Por Stephen J. Dubner, The New York Times News Service/Syndicate




Recentemente, nós pedimos que os leitores do blog Freakonomics enviassem perguntas para David Agus, oncologista e autor do livro "The End of Illness" (O fim das doenças, inédito no Brasil). Agora, ele voltou com as respostas, incluindo: como aproveitar ao máximo uma consulta médica; deve-se ou não tomar probióticos; além das 10 principais medidas que podem ser tomadas para reduzir o risco de câncer. Eu posso garantir que suas respostas irão esclarecer e alegrar algumas pessoas, mas também irão enfurecer e confundir outras. Muito obrigado a todos que participaram, especialmente a Agus, por todas as suas respostas.
P: Atualmente, é praxe dizer que os pacientes devem ser mais responsáveis e engajados nos cuidados com a sua saúde. Mas existem gigantescos obstáculos psicossociais, econômicos e institucionais para que essa mudança comportamental e de atitude se torne real. Quais são nossas melhores oportunidades para romper com a lógica do "me sinto doente; vou ao médico; ele me cura", que serve de base para nosso relacionamento com o sistema de saúde?


R: Essa é uma ótima questão e uma das principais razões que me levaram a escrever "The End of Illness". Se eu pudesse resumir o livro inteiro em uma única frase, ela seria: conheça a si mesmo. E não me refiro a isso de uma maneira cósmica, ou puramente psicológica. Eu realmente acredito na medicina personalizada, que significa adaptar os cuidados médicos a suas necessidades específicas, com base em sua psicologia, sua genética, seu sistema de valores e suas condições únicas. Nós estamos no começo de uma era empolgante para a medicina, na qual temos a tecnologia necessária para ajustar os protocolos de tratamento e prevenção às necessidades médicas de cada pessoa, assim como mandamos ajustar um terno ou um vestido de acordo com as formas do corpo de uma pessoa.


Mas tudo começa com você mesmo. Você precisa se conhecer de uma maneira que provavelmente não se conhecia antes. Agora mesmo, muitos de nós fazemos escolhas para a saúde com base em diretrizes gerais e abrangentes, iguais para todo mundo. Se você quiser perder peso, por exemplo, você escolhe uma dieta que serve para qualquer um e que, provavelmente, recomenda que você consuma mais vegetais fibrosos e corte o açúcar refinado. Se você quiser reduzir o risco de desenvolver um câncer, irão lhe dizer para evitar o fumo, se exercitar regularmente e levar a detecção precoce a sério.
Ao invés disso, imagine ter acesso a um oráculo dedicado ao futuro de sua saúde, bem como à determinação mais exata do conjunto de regras que você deve seguir em seu dia-a-dia. Por exemplo, pense como seria saber com exatidão o que você deveria modificar em sua dieta para perder 10 quilos sem esforço e para sempre; ou receber uma lista detalhada de itens que deve evitar e itens que deve adotar para que você se sinta extremamente bem, e que irão mantê-lo com uma forma física invejável; ou saber qual seria a quantidade ideal do medicamento X para que você combata a doença Y sem sofrer com os efeitos colaterais. Essas são as promessas que a medicina personalizada tem a oferecer. Mas, novamente, você não será capaz de aproveitar seus benefícios até que conheça a si mesmo de forma mais íntima e pessoal. Não existe uma resposta-padrão quando o assunto é saúde. Portanto, até que você aprenda a fazer os seus próprios "ajustes", você não será capaz de viver a vida longa e feliz que lhe aguarda.
Eu criei uma lista (que pode ser achada no livro, ou online, no site www.davidagus.com) para que cada um de nós possa dar um passo na direção correta. Esse questionário foi desenvolvido para ajudá-lo a se preparar para um check-up com seu médico. Ele também serve para que você se conheça melhor e possa construir um novo relacionamento com seu atual fornecedor de cuidados com a saúde, de forma a aproveitar melhor o que a medicina e as tecnologias atuais têm a oferecer.
P: Você recomenda o consumo de probióticos? Eu li seu livro e acho que você nunca disse de forma explícita se isso é ou não é uma boa ideia. Gostaria de saber se o consumo de probióticos (ao menos, da maneira como eles têm sido comercializados atualmente) pode interferir no sistema das pessoas e ser, portanto, semelhante à ingestão de vitaminas.
R: Eu acredito que a ciência dos probióticos ainda está em desenvolvimento. Por exemplo, nós ainda estamos aprendendo a caracterizar suas bactérias. No futuro, as pesquisas irão confirmar o valor e os riscos envolvidos no consumo de probióticos. Mas, assim como é geralmente melhor obter sua dose diária de vitaminas e nutrientes consumindo alimentos de verdade, é melhor ingerir os probióticos presentes em iogurtes e outras comidas, ao invés de tomar uma pílula.
P: Uma amiga minha recentemente se tornou diabética de tipo 1 aos 50 e poucos anos, por meio da combinação ostensiva de intensos exercícios diários e de uma dieta pobre em carboidratos. Quando eu falo com as pessoas a esse respeito, elas acham que eu devo estar enganada, mas é verdade. (Os médicos acreditam que, de alguma maneira, ela provocou uma resposta autoimune que danificou seu pâncreas.)
Você já ouviu falar em algo desse tipo? De forma mais ampla, você acredita que a prática extrema de exercícios causa um risco maior do que costumamos admitir?
R: Eu não acredito que existam evidências que sugiram que a combinação entre exercícios diários intensos e uma dieta pobre em carboidratos possa causar o diabetes de tipo 1. Mas existem muitas evidências que sugerem o contrário _ que a prática de exercícios diminui o risco do diabetes. Como eu não sou o médico dessa mulher, e nem conheço todos os detalhes, é impossível comentar a respeito desse caso em particular, mas provavelmente existe uma coleção de fatores em jogo na saúde de sua amiga. Seria ingênuo culpar unicamente o exercício, seja ele rigoroso ou não, pelo diagnóstico de diabetes do tipo 1. A falta de exercício físico levaria a mais problemas de saúde do que a prática regular de exercícios.
P: Quais são as 10 principais medidas que posso tomar para reduzir meu risco de desenvolver um câncer?
R:
_ Evite vitaminas e suplementos
_ Converse com seu médico sobre tomar aspirinas e estatinas redutoras de colesterol
_ Participe dos programas prescritos para detecção de câncer
_ Faça exercícios regulares e se movimente durante o dia
_ Mantenha uma massa corporal magra
_ Evite produtos derivados do tabaco
_ Evite a exposição direta ao sol sem filtro solar
_ Evite fontes de inflamação
_ Tome todos os anos uma vacina contra a gripe
(Stephen J. Dubner é coautor, com Steven D. Levitt, de "Freakonomics: O Lado Oculto e Inesperado de Tudo Que Nos Afeta" e "Super Freakonomics: Resfriamento Global, Prostitutas Patriotas e Por que os Homens-Bomba Deveriam Fazer Seguro de Vida".)
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