domingo, 8 de setembro de 2013

AS RAÍZES NAZISTAS DA CAUSA PALESTINA

hezbollah Do blog Juventude Conservadora da UnB



O expediente mais comum utilizado para criticar ações israelenses contra seus inimigos, notadamente os grupos terroristas palestinos, é efetuar comparações entre judeus e nazistas de todas as maneiras possíveis: quando alguma ação militar é executada contra o Hamas, centenas de vozes se erguem para denunciar o “Holocausto palestino” perpetuado pelo “Estado sionista” (ou sionazista, em alguns casos), acusam o Estado de Israel de limpeza étnica, de supremacismo judaico, de apartheid, dentre outras coisas. 



Os tradicionais meios de comunicação de massa – canais televisivos, jornais de grande circulação – e os não tão tradicionais – como os blogueiros estatólatras de plantão – utilizam ad nauseam esse expediente, seja de modo explícito ou sub-reptício. Abundam cenas e relatos de destruição, dor, sofrimento e tristeza na Faixa de Gaza como se se tratasse, de fato, de uma limpeza étnica, enquanto se ignora solenissimamente os milhares foguetes palestinos que chovem sobre as cidades israelenses – provocando destruição, dor, sofrimento, tristeza e, acima de tudo, terror.

Capa da revista estatal egípcia October Weekly comparando Binyamin Netanyahu com Adolf Hitler.


Vladimir Ilitch Ulianov, mais conhecido como Lênin, possuía uma máxima interessante: “acuse o seu inimigo daquilo que você é”. Os grupos terroristas palestinos – que dominam tanto a propaganda quanto as modernas técnicas terroristas – seguem esse conselho há décadas, e não é à toa: as origens da “resistência” palestina à “ocupação” judaica no Oriente Médio é algo que tem origem em uma convenientemente ignorada aliança entre o Nacional-Socialismo e a causa palestina.

A raiz dos grupos terroristas palestinos – OLP, FPLP, Fatah, Hamas – e de sua ideologia pode ser atribuída a um homem: Hajj Amin al-Husseini. O pai de Hajj, Muhammad Tahir al-Husseini, foi Qadi (chefe do Supremo Conselho Islâmico) em Jerusalém e primeiro Grão Mufti da cidade. Nomeado ao posto pelas autoridades otomanas na década de 1860, Tahir al-Husseini incitou a perseguição contra imigrantes judeus, chegando a conseguir a aprovação de uma lei que proibia a aquisição de terras por parte de judeus em Jerusalém e áreas circunvizinhas. Em 1908, quando Muhammad Tahir al-Husseini morreu, o posto de Grão Mufti de Jerusalém foi ocupado por seu filho mais velho, Kamil al-Husseini.

Hajj Amin al-Husseini (1895 - 1974)


A postura de Kamil foi bastante diferente daquela adotada por seu pai: buscou uma política mais apaziguadora do que Muhammad Tahir com relação aos judeus e, quando o Império Otomano ingressou na Primeira Guerra, demonstrou simpatia e abertura aos britânicos. Com a derrota dos turcos, em 1918, diversos territórios do Império Otomano foram divididos entre França, Inglaterra e Rússia, estabelecendo-se o Mandato Britânico da Palestina por volta de 1920. 

Nessa mesma época, Hajj al-Husseini organizou um levante armado contra os judeus que já habitavam a região da Palestina, o que levou a muitas mortes e à destruição de diversas propriedades de imigrantes judeus. 

O pretexto para esse levante foi o apoio dado pelas autoridades britânicas à Declaração de Balfour (1917), que pedia a criação de um Estado judeu na região da Palestina.



No ano de 1921, com a morte de Kamil, Hajj assumiu o posto de Grão Mufti de Jerusalém e de líder do Supremo Conselho Islâmico. Adotando uma postura completamente diferente da do irmão, Hajj al-Husseini não apenas ressuscitou a agressiva política anti-semita de seu pai, Muhammad Tahir, como foi além e recrudesceu-a: viajou por todos os países árabes da região com vistas a formar uma grande liga anti-judaica. Seu objetivo não era garantir que houvesse Palestina para os palestinos, mas era a perseguição aos judeus que garantisse ou sua expulsão, ou seu extermínio.

O clima anti-judaico alimentado diuturnamente por Hajj al-Husseini era um fator de grande instabilidade na região, o que provocava confrontos diários entre judeus e árabes palestinos. Em 23 de agosto de 1928, uma sexta-feira, três árabes foram mortos no bairro judeu de Mea Shearim, em Jerusalém; durante o sermão na Mesquita de Al-Aqsa, o Grão Mufti conclamou todos os fiéis islâmicos a atacar os judeus de Mea Shearim. Após as preces na mesquita, uma grande multidão afluiu para o bairro judeu e atacou seus habitantes, que não foram pegos de surpresa. 

O saldo foi de 249 mortos (116 árabes, 133 judeus) e aproximadamente 600 feridos, judeus em sua maioria. Um ano depois, dois outros atos bárbaros contra os judeus na Palestina tiveram lugar na região: o primeiro foi em 24 de agosto na cidade de Hebron, onde 67 judeus foram assassinados e centenas ficaram feridos – muitos deles mutilados; o segundo foi em Safed, onde 18 judeus foram mortos e 80 ficaram feridos. 

Esses pogroms foram convocados pelo próprio Grão Mufti de Jerusalém, que vinha sustentando que os sionistas estavam tentando tomar de assalto a Mesquita de Al-Aqsa. Não havia qualquer complô do tipo.

Árabes promovendo o pogrom de Hebron.

Ao longo da década de 1930, a perseguição promovida pelo Grão Mufti de Jerusalém contra os habitantes judeus da região da Palestina alçou um nível internacional jamais visto até então. Entre os dias 7 e 17 de dezembro de 1931, Hajj al-Husseini promoveu em Jerusalém o Congresso Islâmico Mundial, que reuniu 130 delegados de 22 países. 

O congresso foi uma grande demonstração anti-judaica, com diversas declarações conclamando pela perseguição aos judeus e o boicote a suas empresas em todo o mundo. Também por essa época, o Grão Mufti apoiou entusiasticamente o primeiro grupo terrorista palestino, o Al-Kaff Al-Aswad‎ (“Mão Negra”), fundado pelo clérigo sírio Izz ad-Din al-Qassam – que dá nome às Brigadas al-Qassam, o braço militar do Hamas.

Zeloso por difundir e amplificar cada vez mais seu espírito anti-judaico, Hajj al-Husseini mantinha contato com diversos governos, inclusive na Europa. E foi um governante em particular que, em 1933, atraiu a mais ampla e sincera simpatia do Grão Mufti de Jerusalém: o recém-eleito chanceler alemão Adolf Hitler. Em 31 de março de 1933, Hajj al-Husseini enviou um telegrama oficial ao gabinete de Hitler informando que os muçulmanos na Palestina e ao redor do mundo viam com entusiasmo sua ascensão à chancelaria alemã. 

A partir desse ano, as relações entre a autoridade islâmica de Jerusalém e o governo nazista só foram aumentado e se fortalecendo. O Grão Mufti se tornou voluntariamente uma espécie de garoto-propaganda do regime nazista no Oriente Médio, sobretudo junto às autoridades e grupos islâmicos da região – em especial a Irmandade Muçulmana, que hoje governa o Egito. Com a fundação do Comitê Pan-Árabe de Bagdá, em 1934, o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, de Hitler, montou um escritório oficial na Palestina, onde passou a trabalhar em estreita cooperação com as autoridades islâmicas do Oriente Médio.

Edição árabe do Mein Kampf, de Hitler.

No dia 19 de abril de 1936, Hajj al-Husseini convocou um levante geral de árabes contra os judeus na Palestina. Grupos armados de extermínio foram formados e, durante 177 dias, mais de três mil judeus foram assassinados. Dezenas de milhares de colonos judeus tiveram suas propriedades destruídas, e muitos se viram forçados a fugir da região. 

Os governos de Hitler e Mussolini não apenas forneceram grandes somas de dinheiro para a revolta, como também abasteceram os grupos de al-Husseini com armamentos que entravam pela Jordânia e a Arábia Saudita. A autoridade britânica na região se viu forçada a agir, o que fez com que Hajj al-Husseini fugisse em 1937 para o Líbano. Em outubro de 1939, mudou-se para Bagdá até a queda do ditador iraquiano Rashid Ali al-Gaylani, em maio de 1941, quando fugiu para Teerã. 

Em 8 de outubro daquele ano, os Aliados ocuparam a Pérsia, mas Hajj al-Husseini conseguiu escapar mais uma vez. Graças a uma ação da Inteligência Militar Italiana, o agora ex-Grão Mufti de Jerusalém foi para a Turquia e, de lá, para a Itália, chegando a Roma em 10 de outubro de 1941.

Hajj al-Husseini buscou apoio formal dos governos do Eixo contra os judeus na Palestina e a favor do movimento pan-árabe. Em 27 de outubro, encontrou-se pessoalmente com Benito Mussolini, que declarou seu apoio à causa palestina. Uma declaração formal foi rascunhada por al-Husseini e aprovada por Mussolini. Após esse encontro, al-Husseini foi para Berlim, onde obteve também do governo nazista a aprovação da declaração – aprovação que obteve diretamente de Adolf Hitler em 28 de novembro de 1941.

Hajj al-Husseini com Adolf Hitler, 28 de novembro de 1941.


A partir desse momento, as relações entre autoridades islâmicas ao redor do mundo e o Terceiro Reich estreitaram-se sobremaneira. Hajj al-Husseini tornou-se um grande propagandista de Hitler em meio às comunidades muçulmanas do leste europeu, sobretudo dos Bálcãs, e do Cáucaso. Ele foi um dos grandes mentores das divisões islâmicas da Waffen-SS, obtendo recrutas em países como Albânia, Bósnia, Iugoslávia, Croácia e Azerbaijão. Elementos culturais tipicamente islâmicos chegaram a ser incluídos nas insígnias e nos uniformes das divisões islâmicas da SS, como o tradicional fez turco. A mais importante divisão islâmica da SS foi a Divisão Handschar, croata, cujo comandante era o SS-Brigadeführer Karl-Gustav Sauberzweig.

Al-Husseini passa a Divisão SS-Handschar em revista. Atrás, à direita, o SS-Brigadeführer Sauberzweig.

A aliança entre os grupos muçulmanos envolvidos com Hajj al-Husseini e o governo nazista não era meramente tática. Ela era essencial, estratégica, pois envolvia um ponto nevrálgico de ambas as ideologias: o extermínio dos judeus. Em 1942, quando al-Husseini encontrou-se com Adolf Eichmann e ficou a par da chamada die Endlösung der Judenfrage (“a Solução Final da Questão Judaica”), instou Eichmann a exterminar todos os judeus, não poupando nem as crianças. E essa aliança estratégica se manteve até o fim da guerra, quando o Terceiro Reich caiu. 

No entanto, isso não afetou em nada os esforços de Hajj al-Husseini na promoção do extermínio de judeus no Oriente Médio. Em 1946, instalou-se no Cairo e, unindo-se novamente à Irmandade Muçulmana, utilizou sua expertise na formação das divisões islâmicas da SS para fundar os Batalhões de Alá, que se dedicavam ao assassínio de judeus. Os Batalhões de Alá foram uma das principais forças agressoras na primeira guerra enfrentada pelo Estado de Israel, que começou um dia após a sua instituição, em 1948. Até a sua morte, em 1974, Hajj al-Husseini sustentou até o fim sua posição pró-nazista em todos os seus meandros, como a negação do Holocausto.

A simpatia pelo nazismo não sumiu do seio dos grupos terroristas palestinos. Ao contrário, ela ainda está muito viva. Não são poucas as referências honrosas a Hitler e as tentativas de negação do Holocausto – que ora é descrito como uma fantasia sionista, ora como uma reação legítima ao complô sionista para dominar o mundo. Mahmoud Ahmadinejad, um dos principais financiadores do Hamas, promoveu em Teerã um encontro de revisão do Holocausto. Ekrima Sa’id Sabri, Grão Mufti de Jerusalém de 1993 a 2006 por indicação Yasser Arafat, então líder da Autoridade Palestina, argumentava que “Os Protocolos dos Sábios de Sião” provavam cabalmente que os sionistas tinham capacidade para inventar uma história como o Holocausto. Izz ad-Din al-Qassam – que, como vimos, também era pró-nazista – é o nome que batiza as Brigadas al-Qassam, braço militar do Hamas, responsáveis pelo lançamento diário de mísseis contra o sul de Israel. Os ecos da influência nazista reverberam até hoje contra os judeus.



O principal objetivo dos grupos políticos e terroristas palestinos jamais foi a fundação de um Estado palestino soberano, independente e plenamente reconhecido, mas o extermínio dos judeus da face da Terra. Esse sentimento existe de maneira inequívoca e inconfundível desde meados do século XIX, e, com o passar do tempo, sofisticou-se. O empenho do Terceiro Reich em apoiar essas iniciativas no Oriente Médio prova-o além de qualquer dúvida. Chamar o Estado de Israel de sionazista é ultrajante e despropositado, mas não seria equivocado chamar o Hamas de nazislâmico.






“Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada

Fidel e Pinochet tiram sarro de você que não faz nada

E eu começo a achar normal que algum boçal

Atire bombas na embaixada...

E o fascismo é fascinante deixa a gente ignorante e fascinada

É tão fácil ir adiante e se esquecer que a coisa toda tá errada..."

(Humberto Gessinger - Engenheiros do Hawaii)

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1º - LAG BA’OMER (aqui)

2º - VEJA AQUI QUEM MUDOU O NOME DO PAÍS DE JUDEIA PARA SYRIA PALESTINA (AQUI)

3º - ISRAEL E O SEU VIZINHO MAIS CIVILIZADO: O LÍBANO. E POR QUE? (AQUI)

4º - DIA DE JERUSALÉM 2013 (aqui)

5º - GUERRA DOS SEIS DIAS (aqui)

6º - DIA DA LEMBRANÇA AO HOLOCAUSTO E AO HEROÍSMO (aqui)



7 º A REDE DO TERROR NO BRASIL O TERRORISMO ISLÂMICO FINCA BASES NO BRASIL (AQUI)

8º - A VERGONHOSA ATITUDE DA FAMÍLIA MARINHO, O SBT, O ISLAMISMO, O COMUNISMO, O PETISMO E CUBA (AQUI)


9º - PIO XII FOI O “PAPA DE HITLER”, PORQUE DURANTE SEU PAPADO A IGREJA CATÓLICA NADA FEZ PARA IMPEDIR A MATANÇA DE JUDEUS PELA ALEMANHA (aqui)
10º - A HISTÓRIA OCULTA DE HITLER E A SOCIEDADE DE THULE (aqui)

11º - DOCUMENTOS AFIRMAM QUE FIDEL RECRUTOU EX-NAZISTAS PARA TREINAR EXÉRCITO CUBANO (aqui)

12º - O FASCISMO
Foi durante muitos anos, o mais sólido interlocutor do comunismo (aqui)

13º - CAPITALISMO DE ESTADO!
ESSA É UMA PEQUENA PARTE DA LISTA DA ELITE ESQUERDISTA QUE VOCÊ SUSTENTA! (aqui)

14º - NAZISMO ERA DE EXTREMA-DIREITA? (aqui)

15º - A VERDADE SUFOCADA PELO MAU! (aqui)

16º - O QUE É O MARXISMO CULTURAL? (aqui)

17º - QUEM FOI O PRIMEIRO ESQUERDISTA? (aqui)

18º - O PT ESTÁ ISLAMIZANDO O BRASIL (aqui)
19º - AS LIGAÇÕES DO ISLÃO AO NAZISMO! Nesse link tem muitos outros sobre o Islã (aqui)

20º - RACISMO DE ESQUERDA PSTU. É O ESPIRITO DE TODA A ESQUERDA (aqui)

21º - LIVRO REVELA REJEIÇÃO DE VARGAS AOS JUDEUS (aqui)

22º - SOCIALISMO, COMUNISMO, NAZISMO E TODAS AS DOUTRINAS VERMELHAS (aqui)

23º - POR QUE O NAZISMO ERA SOCIALISMO E POR QUE O SOCIALISMO É TOTALITÁRIO (aqui)


GUERRA DOS SEIS DIAS


Israel e os territórios ocupados durante a Guerra dos Seis Dias. Wikigraphists

Shalom amigos,
Quarenta e seis anos atrás, dia 5 de Junho de 1967, começou uma guerra. Uma guerra contra Israel que aconteceu em três importantes frentes de batalha: Síria no Norte, Jordânia no Leste e Egito no Sul. Esses países tinham o apoio de diversas nações Árabes e dos Soviéticos. A guerra e seus resultados ainda afetam a situação atual do Oriente Médio. Essa batalha é conhecida como a Guerra dos Seis Dias (מִלְחֶמֶת שֵׁשֶׁת הַיָּמִים,milxemet sheshet hayamim).

Como o jovem Estado de Israel chegou a esta situação? Primeiramente, o cessar-fogo de 1949 foi "quente" – houveram diversos ataques terroristas e infiltrações por terroristas Palestinos da Síria, Jordânia, Faixa de Gaza e Península do Sinai em território israelense. Esses ataques foram motivados e apoiados pelos países Árabes vizinhos. Além disso, a Síria estava bombardeando aldeias no Vale de Hulah. E para piorar, os Israelenses e o Sírios planejavam alterar o fluxo das suas fontes de água - um recurso vital escasso e importante na região.

A situação interna em Israel era problemática também. Israel estava em estado de recessão econômica. A liderança forte o primeiro Primeiro Ministro de Israel, David Ben Gurion, foi substituída pelo novo Primeiro Ministro, Levi Eshkol, que era considerado hesitante e relativamente fraco. Essa situação interna baixou a motivação dos israelenses, que piorava com a atitude agressiva e superior dos países Árabes vizinhos.
Na frente sul, o Egito, o maior estado Árabe com uma população de 31 milhões, posicionou tropas na sua fronteira com Israel. Eles bloquearam o Estreito de Tiran, que significava o bloqueio de todo o tráfego para o porto de Eilat, o porto ao sul de Israel. Israel declarou diversas vezes que esse bloqueio seria considerado “casus belli” (justificação para atos de guerra). Os EUA e diversos outros países também declararam que o Estreito deveria ser mantido aberto para passagem internacional. O Egito, no entanto, proclamou que qualquer tentativa de sabotar o bloqueio do Estreito será considerada um ato de guerra. Estas posições opostas foram mantidas, e nenhuma das partes buscou uma solução pacífica.

O presidente Egípcio Gamal Abdel Nasser incitou guerra contra Israel intencionalmente, declarando que o Egito era forte o suficiente para ser vitorioso e que destruiria Israel. Suasprovocações foram apoiadas por seus aliados Árabes, Jordânia e Iraque, bem como os Soviéticos, que aumentaram o fornecimento de armas para os Estados Árabes.

Na manhã do dia 5 de Junho de 1967, a guerra começou com um ataque preventivo conduzido pela Força Aérea Israelense contra a Força Aérea Egípcia, atacando todos os aeroportos militares no Egito e na Península do Sinai, destruindo centenas de aeronaves e neutralizando a Força Aérea Egípcia. 
Na frente oriental, os Jordanianos começaram bombardeando e atacando pelo ar e a Força Aérea Israelense respondeu com ataques contra a Força Aérea Jordaniana.

Na frente norte, a Síria continuava bombardeando aldeias israelenses. A Força Aérea Israelense atacou aeroportos Sírios e destruiu a maior parte de suas aeronaves.

No primeiro dia de lutas, Israel surpreendeu as nações Árabes com sua Força Aérea superior e obteve controle aéreo absoluto. No entanto, o sucesso militar não pode ser garantido apenas pelo ar. Por isso, as forças do Exército de Defesa de Israel (EDI) foram enviadas para todas as frentes. A infantaria do EDI moveu para a Península do Sinai e conquistou ela. Após batalhas complicadas aos redores de Gaza, as Forças Blindadas Israelenses, acompanhadas por suporte aéreo, forçaram a rendição dos Egípcios. Finalmente, Sharm el- Sheikh, de onde o exército Egípcio operou o bloqueio nos Estreitos de Tiran, foi conquistada pelo mar. 

Antes de continuarmos com a frente oriental, é importante lembrar que antes da guerra, Jerusalém estava dividida entre Israel e Jordânia. Durante a guerra, Israel enviou reforço militar para Jerusalém e pode conectar a parte Judaica que foi definida como área Jordaniana desde 1949. Após 36 horas de combate, Israel conseguiu tomar controle sobre as estradas que davam acesso à Cidade Velha e Jerusalém Oriental. A conquista da Cidade Velha foi completada no dia 7 de Junho, quando forças do EDI chegaram até o Muro das Lamentações e hastearam a bandeira de Israel lá pela primeira vez na história do estado moderno.
Ao final do terceiro dia de batalhas, Israel tinha completado a conquista da Península do Sinai, até o Canal de Suez e a maioria da Cisjordânia. Naquele momento, após diversos dias de negociação, o Conselho de Segurança da ONU pediu por um cessar-fogo (הַפְסָקַתאֵשׁhafsakat esh), em que Israel foi o primeiro a concordar. Depois da recusa Síria porcessar-fogo, o Exército de Israel concentrou forças para aniquilar com postos Sírios em caminho das Colinas do Golan. Uma larga faixa das Colinas do Golan foi conquistada após 20 horas de batalhas intensas. Um cessar-fogo em fronteiras Sírias foi estabelecido no dia10 de Junho.


Tanques israelenses avançando pelas Colinas do Golan, 10 de Junho, 1967


A guerra terminou com uma vitória Israelense clara. Mais de 4.000 aeronaves Árabes foram destruídas, 60 interceptadas durante voo. Mais de 500 tanques foram destruídos. Por volta de 70% de todas as máquinas pesadas usadas pelo Egito, Síria e Jordânia foram inutilizadas. Mais de 15.000 Egípcios foram mortos durante a guerra e 5.600 foram levados como prisioneiros. De acordo com o Rei Hussei, A Jordânia teve 6.000 mortos. A Síria teve 1.000 mortos e Israel teve mais de 700 mortos e 2.500 feridos.
O tamanho de Israel foi triplicado depois da guerra, além de ganharem soberania sob uma população Árabe de quase um milhão de cidadãos (além dos 300.000 Árabes Israelenses que já viviam em Israel naquele momento). O público estava muito animado e sentiu uma sensação de força como resultado da vitória rápida contra inimigos múltiplos e a captura da Cidade Velha. Um contraste muito grande com a ansiedade e confusão intensa que havia em Israel durante semanas antes do início da guerra.

A Guerra dos Seis Dias teve muitas implicações de largo prazo para a região. A curto prazo, subiu a moral dos israelenses, dando para o mundo uma nova perspectiva sobre o jovem Estado de Israel. No largo prazo, alguns dizem que é a raiz de diversas guerras posteriores, mas foi também a raiz dos acordos de paz com Egito e Jordânia.

Oremos juntos pela paz,
שירה כהן-רגב
Palavras em Hebraico
מִלְחָמָה
Transliteração: milxama
Tradução: guerra, batalha
guerra
חֵיל אֲוִיר
Transliteração: xeyl avir
Tradução: força aérea
Força Aérea
נִצָּחוֹן
Transliteração: nitsaxon
Tradução: vitória, triunfo
V
Música em Hebraico

Nos anos antes da Guerra dos Seis Dias, as aldeias do norte sofriam combombardeamentos da Síria. Um Kibutz que sofreu em particular foi o Kibutz GadotYovavKatz do Kibutz Na’an foi enviado com sua esposa para ajudar o Kibutz que perdeu algunsde seus integrantes com as bombas SíriasEle ficou em um apartamento pequenoquedepois percebeu que era de um dos membros do Kibutz que foi morto durante os ataques.
Durante a Guerra dos Seis Dias, Katz lutou no Sinai e quando escutou que as Colinas doGolan e o Monte Hermon foram conquistados por Israel, ele escreveu a canção seguinte. Opoema conta a história de uma garota de Gadot que está apavorada pelo montemonstruoso que atacou eles, o monte que deixou a família dela sem casa. Depois daguerra, a garota olha para o mesmo monte e sua mãe diz que ela não precisa mais termedo, agora  uma bandeira azul e branca e não  mais tanques e canhões inimigos nomonte.
Minha filhavocê está chorando ou rindo
Letras: Yovav Katz
Música: David Kriebusheh
בִּתִּיאַתְּ בּוֹכָה אוֹ צוֹחֶקֶת
מילים: יובב כץ
לחן: דוד קריבושה
última bomba explodiu e silenciou
O vale foi envolvido por quietude
Uma garota em Gadot foi buscar umabrigo,
não  mais casas na fazenda.
Mamãetinhamos uma estufa
Com papai e bonecas e ameixas.
estufa não existe mais, e papaiestá longe,
Mamãevocê está chorando ourindo.
Pagaz axaron hitpotsetsveshatak,
Atfa hadmama et ha’emek.
Yalda beGadot yats’amimiklat,
Ve’eyn batim od bameshek.
Eamahaya lanu bayit yarok
Im aba uvuba veshesek.
Habayit eynenuve’abaraxok,
Eamy at boxa ot tsoxeket.
פָּגָז אַחֲרוֹן הִתְפּוֹצֵץ וְשָׁתַק
עָטְפָה הַדְּמָמָה אֶת הָעֵמֶק
יַלְדָּה בְּגָדוֹת יָצְאָהמִמִּקְלָט
וְאֵין בָּתִּים עוֹד בַּמֶּשֶׁק
אִמָּאהָיָה לָנוּ בַּיִת יָרֹק 
עִם אַבָּא וּבֻבָּה וְשֶׁסֶק
הַבַּיִת אֵינֶנּוּוְאַבָּא רָחוֹק
אִמִּי אַתְּ בּוֹכָה אוֹ צוֹחֶקֶת
Olheminha filha, no monte,
monte monstruoso,
Ainda  canhõesminha garota, nomonte,
Mas eles ameaçam Damasco.
O Rio Jordão flui, se dobra como umbêbado,
Florescimento beija o vale.
ninguém faz a água mudar seufluxo,
Minha filhavocê está chorando ourindo.
Habiti lemalabiti, el hahar,
Hahar shehaya kemifletset.
Od yesh totaximyaldati, alhahar,
Ax hem me’aymim alDamesek.
Zorem haYardenmitpatelkeshikor,
Prixa et ha’emek nosheket.
Ve’ish lo yasev et meymavle’axor,
Biti, at boxa ot tsoxeket.
הַבִּיטִי לְמַעְלָהבִּתִּי, אֶלהָהָר
הָהָר שֶׁהָיָה כְּמִפְלֶצֶת
עוֹד יֵשׁ תּוֹתָחִיםיַלְדָּתִי, עַלהָהָר
אַךְ הֵם מְאַיְּמִים עַל דַּמֶּשֶׂק. 
פְּרִיחָה אֶת הָעֵמֶק נוֹשֶׁקֶת.
זוֹרֵם הַיַּרְדֵּןמִתְפַּתֵּלכְּשִׁכּוֹר
וְאִישׁ לֹא יָסֵב אֶת מֵימָיולְאָחוֹר
בִּתִּיאַתְּ בּוֹכָה אוֹ צוֹחֶקֶת.
Você pode escutar a Chava Alberstein cantando esta canção aqui
Caça-palavras em Hebraico
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Nomes em Hebraico

גּוֹלָןColinas do Golan por Avishai Ticher
Nome:Golan
Gênero:Masculino
Significado:Golan é o nome de uma zona geográfica na região Leste da Galiléia.

סִינָיָהSinai
Nome:SinayaSinia
Gênero:Feminino
Significado:O nome "Sinaya" é derivado do nome "Sinai" (סִינַי): o deserto entre Canaã e o Egito. Ali, no Monte Sinai, Deus deu as Tábuas da Lei para Moisés.



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1º - AS CRUZADAS (aqui)

2º - CRUZADAS (aqui)

3º - AS CRUZADAS - HISTÓRICO DO MOTIVO DAS BATALHAS (aqui)

4º - OBAMA ESCOLHE MUÇULMANO COMO DIRETOR DA CIA - ISLÃ NOS EUA (AQUI)

5º - MENINA DE 8 ANOS MORRE EM LUA DE MEL COM MARIDO DE 40 (aqui)

6º - QUEM ACABOU COM O COMUNISMO NOS EUA? (aqui)

7º - GUERRA DOS SEIS DIAS (aqui)

8º - A VERGONHOSA ATITUDE DA FAMÍLIA MARINHO, O SBT, O ISLAMISMO, O COMUNISMO, O PETISMO E CUBA (AQUI)

9º - VOCÊ SABE O QUE É A SHARIA? (aqui)

10º - ALGUÉM PODERIA EXPLICAR AQUI SURA 5:33-34? (aqui)

11º - ISLAMISMO UM POUCA DE HISTÓRIA PARA COMEÇAR (aqui)

12º - LAG BA’OMER (aqui)

13º - VEJA AQUI QUEM MUDOU O NOME DO PAÍS DE JUDEIA PARA SYRIA PALESTINA (AQUI)

14º - ISRAEL E O SEU VIZINHO MAIS CIVILIZADO: O LÍBANO. E POR QUE? (AQUI)

15º - DIA DE JERUSALÉM 2013 (aqui)

16º - GUERRA DOS SEIS DIAS (aqui)

17º - DIA DA LEMBRANÇA AO HOLOCAUSTO E AO HEROÍSMO (aqui)

18º - A REDE DO TERROR NO BRASIL O TERRORISMO ISLÂMICO FINCA BASES NO BRASIL (AQUI)

19º - A VERGONHOSA ATITUDE DA FAMÍLIA MARINHO, O SBT, O ISLAMISMO, O COMUNISMO, O PETISMO E CUBA (AQUI)

20º - PIO XII FOI O “PAPA DE HITLER”, PORQUE DURANTE SEU PAPADO A IGREJA CATÓLICA NADA FEZ PARA IMPEDIR A MATANÇA DE JUDEUS PELA ALEMANHA (aqui)

21º - A HISTÓRIA OCULTA DE HITLER E A SOCIEDADE DE THULE (aqui)

JOAQUIM, O ANTI-HERÓI


O ministro Joaquim Barbosa em seu gabinete no STF Lula Marques/Folhapress


MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA

Relator do mensalão revela voto em Lula e Dilma, diz que a imprensa trata escândalos com dois pesos e duas medidas e que o racismo está estampado na TV


O "dia mais chocante" da vida de Joaquim Benedito Barbosa Gomes, 57, segundo ele mesmo, foi 7 de maio de 2003, quando entrou no Palácio do Planalto para ser indicado ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A ocasião era especial: ele seria o primeiro negro a ser nomeado para o tribunal.
"Eu já cheguei na presença de José Dirceu [então ministro da Casa Civil], José Genoino [então presidente do PT], aquela turma toda, para o anúncio oficial. Sempre tive vida reservada. Vi aquele mar de câmeras, flashes...", relembrava ele em seu gabinete na terça-feira, 2.

No dia seguinte à entrevista com a Folha, e nove anos depois da data memorável de sua nomeação, Joaquim Barbosa condenou Dirceu e Genoino por corrupção.
Para conversar com o jornal, impôs uma condição: não falar sobre o processo, ainda em andamento no STF.

O TELEFONE TOCA

Barbosa diz que foi Frei Betto, que o conhecia por terem participado do conselho de ONGs, que fez seu currículo "andar" no governo.
"Eu passava temporada na Universidade da Califórnia, Los Angeles. Encontrei Frei Betto casualmente nas férias, no Brasil. Trocamos cartões. Um belo dia, recebo e-mail me convidando para uma conversa com [o então ministro da Justiça] Márcio Thomaz Bastos em Brasília." Guarda a mensagem até hoje.

"Vi o Lula pela primeira vez no dia do anúncio da minha posse. Não falei antes, nem por telefone. Nunca, nunca."

Por pouco, não faltou à própria cerimônia. "Veja como esse pessoal é atrapalhado: eles perderam o meu telefone [gargalhadas]."

Dias antes, tinha sido entrevistado por Thomaz Bastos. "E desapareci, na moita." Isso para evitar bombardeio de candidatos à mesma vaga.

"Na hora de me chamar para ir ao Planalto, não tinham o meu contato." Uma amiga do governo conseguiu encontrá-lo. "Corre que os caras vão fazer o seu anúncio hoje!"
Depois, continuou distante de Lula. Não foi procurado nem mesmo nos momentos cruciais do mensalão. "Nunca, nem pelo Lula nem pela [presidente] Dilma [Rousseff]. Isso é importante. Porque a tradição no Brasil é a pressão. Mas eu também não dou espaço, né?"

O ministro votou em Leonel Brizola (PDT) para presidente no primeiro turno da eleição de 1989. E depois em Lula, contra Collor. Votou em Lula de novo em 2002.
"Vou te confidenciar uma coisa, que o Lula talvez não saiba: devo ter sido um dos primeiros brasileiros a falar no exterior, em Los Angeles, do que viria a ser o governo dele. Havia pânico. Num seminário, desmistifiquei: 'Lula é um democrata, de um partido estabelecido. As credenciais democráticas dele são perfeitas'."

O escândalo do mensalão não influenciou seu voto: em 2006, já como relator do processo, escolheu novamente o candidato Lula, que concorria à reeleição.
"Eu não me arrependo dos votos, não. As mudanças e avanços no Brasil nos últimos dez anos são inegáveis. Em 2010, votei na Dilma."

DE LADO

No plenário do STF, a situação muda. Barbosa diz que "um magistrado tem deveres a cumprir" e que a sociedade espera do juiz "imparcialidade e equidistância em relação a grupos e organizações".

Sua trajetória ajuda. "Nunca fiz política. Estudei direito na Universidade de Brasília de 75 a 82, na época do regime militar. Havia movimentos significativos. Mas estive à parte. Sempre entendi que filiação partidária ou a grupos, movimentos, só serve para tirar a sua liberdade de dizer o que pensa."

VENCEDOR E VENCIDO

Barbosa gosta de dizer que não tem "agenda". Em 2007, relatou processo contra Paulo Maluf (PP-SP). Delfim Netto não era encontrado para depor como testemunha. Barbosa propôs que o processo continuasse. Foi voto vencido no STF. O caso prescreveu.

No mesmo ano, relatou processo em que o deputado Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB) era acusado de tentativa de homicídio. O réu renunciou ao mandato e perdeu o foro privilegiado. Barbosa defendeu que fosse julgado mesmo assim. Foi voto vencido no STF.
Em 2009, como relator do mensalão do PSDB, propôs que a corte acolhesse denúncia contra o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo. Quase foi voto vencido no STF -ganhou por 5 a 3, com três ministros ausentes.

Dois anos antes, relator do mensalão do PT, propôs que a corte acolhesse denúncia contra José Dirceu e outros 37 réus. Ganhou por 9 a 1.

NOVELA RACISTA

Barbosa já disse que a imprensa "nunca deu bola para o mensalão mineiro", ao contrário do que faz com o do PT. "São dois pesos e duas medidas", afirma.
A exposição na mídia não o impede de fazer críticas até mais ácidas.

"A imprensa brasileira é toda ela branca, conservadora. O empresariado, idem", diz. "Todas as engrenagens de comando no Brasil estão nas mãos de pessoas brancas e conservadoras."

O racismo se manifesta em "piadas, agressões mesmo". "O Brasil ainda não é politicamente correto. Uma pessoa com o mínimo de sensibilidade liga a TV e vê o racismo estampado aí nas novelas."

Já discutiu com vários colegas do STF. Mas diz que polêmicas "são muito menos reportadas, e meio que abafadas, quando se trata de brigas entre ministros brancos".
"O racismo parte da premissa de que alguém é superior. O negro é sempre inferior. E dessa pessoa não se admite sequer que ela abra a boca. 'Ele é maluco, é um briguento'. No meu caso, como não sou de abaixar a crista em hipótese alguma..."

Barbosa, que já escreveu um livro sobre ações afirmativas nos EUA, diz que o racismo apareceu em sua "infância, adolescência, na maturidade e aparece agora".

Há 30 anos, já formado em direito e trabalhando no Itamaraty como oficial de chancelaria -chegou a passar temporada na embaixada da Finlândia-, prestou concurso para diplomata. Passou. Foi barrado na entrevista.

DE IGUAL PARA IGUAL

É o primeiro filho dos oito que o pai, Joaquim, e a mãe, Benedita, tiveram (por isso se chama Joaquim Benedito).

Em Paracatu, no interior de Minas, "Joca" teve uma infância "de pobre do interior, com área verde para brincar, muito rio para nadar, muita diversão". Era tímido e fechado.
A mãe era dona de casa. O pai era pedreiro. "Mas ele era aquele cara que não se submetia. Tinha temperamento duro, falava de igual para igual com os patrões. Tanto é que veio trabalhar em Brasília, na construção, mas se desentendeu com o chefe e foi embora", lembra Joaquim.

O pai vendeu a casa em que morava com a família e comprou um caminhão. Chegou a ter 15 empregados no boom econômico dos anos 70. "E levava a garotada para trabalhar." Entre eles, o próprio Joaquim, então com 10 anos.

RUMO A BRASILIA

No começo da década, Barbosa se mudou para a casa de uma tia na cidade do Gama, no entorno de Brasília.

Cursou direito, trabalhou na composição gráfica de jornais, no Itamaraty. Ingressou por concurso no Ministério Público Federal.

Tirou licenças para fazer doutorado na Universidade de Paris-II. E passou períodos em universidades dos EUA como acadêmico visitante. Fala francês, inglês e alemão.
Hoje, Barbosa fica a maior parte do tempo em Brasília, onde moram a mãe, os sete irmãos e os sobrinhos. O pai já morreu. Benedita é evangélica e "superpopular". Em seu aniversário de 76 anos, juntou mais de 500 pessoas.

O ministro tem também um apartamento no Leblon, no Rio, cidade onde vive seu único filho, Felipe, 26. Se separou há pouco de uma companheira depois de 12 anos de relacionamento.

PÚBLICO

A Folha pergunta se Barbosa não tem o "cacoete da condenação" por ter feito carreira no Ministério Público, a quem cabe formular a acusação contra réus.

"De jeito nenhum. O que eu tenho do MP é esse espírito de preocupação com a coisa pública. Mesmo porque não morro de amores por direito penal. Sou especialista em direito público."

DEVER

Nega que tenha certa aversão por advogados [ver página ao lado]. E nega também que tenha prazer em condenar, sem qualquer tipo de piedade em relação à pessoa que perderá a liberdade.

"É uma decisão muito dura. Mas é também um dever."

"O problema é que no Brasil não se condena", diz. "Estou no tribunal há sete anos, e esta é a segunda vez que temos que condenar. Então esse ato, para mim e para boa parte dos ministros do STF, ainda é muito recente."
Diante de centenas de grandes escândalos de corrupção no Brasil, e de só o mensalão do PT ter chegado ao final, é possível desconfiar que a máquina de investigação e punição só funcionou para este caso e agora será novamente desligada?

"Não acredito", diz Barbosa. "Haverá uma vigilância e uma cobrança maior do Supremo. Este julgamento tem potencial para proporcionar mudanças de cultura, política, jurídica. alguma mudança certamente virá."

MEQUETREFE

O caso Collor, por exemplo, em que centenas de empresas foram acusadas de pagar propina para o tesoureiro do ex-presidente, chegou "desidratado" ao STF, diz o ministro. "Tinha um ex-presidente fora do jogo completamente. E, além dele, o quê? O PC, que era um mequetrefe."

O país estava "mais próximo do período da ditadura" e o Ministério Público tinha recém-conquistado autonomia, com a Constituição de 1988. Até 2001, parlamentares só eram processados no STF quando a Câmara autorizava. "Tudo é paulatino. Mas vivemos hoje num país diferente."

PONTO FINAL

Desde o começo do julgamento do mensalão, o ministro usa um escapulário pendurado no pescoço. "Presente de uma amiga", afirma.

Depois de flagrado cochilando nas primeiras sessões, passou a tomar guaraná em pó no começo da tarde.

Diz que não gosta de ser tratado como "herói" do julgamento. "Isso aí é consequência da falta de referências positivas no país. Daí a necessidade de se encontrar um herói. Mesmo que seja um anti-herói, como eu."

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook