quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Dilma vira alvo de chacota ao falar sobre ‘vento estocado’ na ONU. Dilma cabeça de vento.



07/10/2015 às 15:58

Estamos sendo governados pelas piadas. Ou: Dilma, Lula, o vento estocado e a Terra quadrada

É preciso ter claro: eles vieram para mudar tudo o que a gente sabia. Há um saber não-convencional representado pelos petistas que precisa ser bem compreendido. Esta aí  para nos alegrar. São clowns. O problema é que passamos a ser governados pelas piadas. Muitos já viram, eu sei, mas reproduzo trecho do discurso de Dilma na ONU em que ela fala sobre a possibilidade de se estocar o… vento. Ela reconhece certa dificuldade, mas avança na hipótese.
Seu mestre, Lula, quando presidente, resolveu fazer digressões sobre Freud e sobre o clima. Ele explicou, quando presidente, por que a poluição é um problema: porque a terra é redonda.
Fiz até uma imitaçãozinha:
Por Reinaldo Azevedo

Trabalho escolar: Maquetes - lugares da Ásia



Mapa Político da Ásia. Fonte: guiageo.com/asia

A Ásia é um continente que está bem distante de nós geograficamente, embora que muitos aspectos da sua cultura estejam presentes no nosso cotidiano. Ao estudar este continente nas aulas de Geografia, pode-se constatar a multiplicidade de povos, religiões, características físicas e naturais, desigualdades socioeconômicas entre os países que dele fazem parte.

Para "trazer" a Ásia para mais perto da sala de aula, os alunos do 9º ano 1 da EEB Domingos Sávio (Ascurra-SC/2015), produziram maquetes de alguns lugares asiáticos, pesquisando e contextualizando a geografia, a história e a cultura dos países do Oriente. Cada equipe teve que apresentar ao grande grupo o resultado do seu trabalho.

Dentre as maquetes produzidas, destacam-se a Grande Muralha (China), Taj Mahal (Índia), a Cidade Proibida (China), a Mesquita Sagrada - Masjid Al-Haran (Arábia Saudita), os Templos de Bagan (Mianmar), Monte Everest (Tibet/Nepal), Monte do Templo ou Esplanada das Mesquitas (Israel), Kinkajuji - Templo do Pavilhão Dourado (Japão) e a Estátua de Gengis Khan (Mongólia).

Para saber um pouco mais sobre estes lugares citados, visite as páginas indicadas:

Muralha da China http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-foi-construida-a-muralha-da-china

Taj Mahal http://www.asia-turismo.com/taj-mahal.htm

Cidade Proibida http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-era-a-cidade-proibida-na-china

Mesquita Sagrada http://gigantesdomundo.blogspot.com.br/2012/11/a-maior-mesquita-do-mundo.html

Templos de Bagan http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/viajologia/noticia/2013/12/bagan-em-mianmar-deveria-ser-uma-dasb-sete-maravilhas-do-mundob.html

Monte Everest http://www.asia-turismo.com/everest.htm

Esplanada das Mesquitas https://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_do_Templo

Templo do Pavilhão Dourado http://viajeaqui.abril.com.br/estabelecimentos/japao-kyoto-atracao-kinkakuji

Estátua de Gengis Khan http://revistaplaneta.terra.com.br/secao/cultura/o-tumulo-perdido-de-gengis-khan
O resultado do trabalho pode ser conferido clicando AQUI 

COMENTÁRIOS DO BLOG:

Trabalho fraco sobre tutela esquerdista, como sempre, além de falsificarem a história são contra a Criatura, contra a Criação e contra o Criador.

Onde está Israel nos mais diversos estudos?

- ISRAEL FOREVER!!! (aqui)

A mágoa de Melanie Notkin: 42 anos, sozinha e sem filhos

Por Melanie Notkin

Para uma mulher solteira, a mágoa de não ter filhos não é aceite. A mágoa atingiu-me aos trinta e poucos anos sem qualquer aviso.
Segundo tudo o que parecia, a minha vida era fantástica, ou muito próxima de o ser. Tinha um bom emprego em Nova York, bons amigos, e alguns encontros românticos. Mas também houve momentos, dias e noites de solidão, em que eu chorava. Eu soluçava. Eu deitava-me na cama durante horas e horas, com lágrimas a correrem sobre a minha almofada. Eu estava de luto mas nem sabia.

Havendo experimentado o mesmo sentimento há já alguns anos, hoje sei que a mágoa devia-se ao facto de não ter filhos; ou, dito de forma mais pungente, devia-se à perda do bebé que nunca tive nos meus braços. Por aquela altura da minha vida, eu esperava já estar casada e ser mãe de pelo menos duas crianças. Mas eu estava muito longe disso: ainda estava solteira.

Cruzar-me uma nova mãe (e o seu filho) enquanto passeava pela Broadway mexia com o meu útero. E só o facto de ver uma mulher inchada, grávida de ou 8 meses, fazia com que a minha pequena estatura se sentisse invisível e pequena. A tristeza que eu sentia durante a altura do meu período era mais profunda que hormonal. Eu estava a chorar a perda de mais uma chance de ter a vida familiar que sempre havia sonhado ter.

E eu sofria sozinha.

Sofrimento por não ter sido capaz de ter filhos é aceitável para casais que estão a atravessar por um momento de infertilidade biológica. Sofrimento por não ter filhos por se ser uma mulher solteira que se encontra na casa dos trinta ou quarenta não é aceite. Em vez disso, é assumido que nós não entendíamos que a nossa fertilidade tem um tempo de vida limitado e que nós fomos descuidadas com a possibilidade.

Somos chamadas de "mulheres carreiristas" como se tivéssemos acabado a faculdade, queimado os nossos sutiãs, e tivéssemos começado a nossa carreira profissional como forma de exibir algum tipo de músculo feminista. Ou, é assumido que não estávamos a "tentar o suficiente", ou fomos "demasiado esquisitas". A moda mais recente é assumir que nós não queremos filhos porque não congelamos os nosso ovos, porque não adoptamos, ou porque não tivemos um filho quando éramos mulheres solteiras.

Este tipo de mágoa, mágoa que não é aceite ou que é silenciosa, é referida como uma mágoa desprivilegiada. É o tipo de mágoa que nós sentimos não ter permissão para sentir porque a perda não é clara e nem é entendida. Nós não perdemos um irmão, um esposo ou um parente. Mas as perdas que os outros não entendem podem ser tão poderosas como as perdas que são socialmente aceites.

Deixem-me ser bem clara: quando já passamos os 35 anos, estamos de coração partido por causa do homem que esperávamos que fosse "o tal", já não temos um bom encontro romântico há um bom tempo, ou vemos as nossas amigas mais próximas grávidas com o segundo ou o terceiro filho, é duro. É desarmante. E por vezes, é insustentável.

Eu sempre gostei de estar perto de bebés; nunca me fartava dos meus sobrinhos e sobrinhas recém-nascidos. Não tendo filhos meus, sentia como se o mundo, e de forma bem brusca, estava a avançar e eu estava a ficar para trás.

Passar a ter 40 anos ajudou. A antecipação de passar a ter 37....38....39, e continuar solteira, estava a criar mais ansiedade que qualquer outra coisa na minha vida. Mal atingi os 40, apercebi-me que apesar dos meus sonhos (e apesar do meu profundo desejo biológico e emocional de ser mãe), eu ainda estava feliz pelas outras coisas da minha vida. Ser uma tia era (e muito provavelmente sempre será) a minha maior alegria. Dar início ao meu próprio negócio, tornar-me autora e realizar o meu potencial profissional tem sido extremamente recompensador.

Hoje tenho 42 anos, e avancei calmamente com a minha vida. Tornar-me mãe por esta altura seria uma surpresa bastante feliz. Claro, ainda tenho os meus momentos. A paz de espírito conquistada com tanto esforço pode ser interrompida por uma inesperada embalagem enviada por uma agência de Relações Públicas a enviar-me roupa de bebé para promoção. (....) Ou quando as pessoas assumem que eu nunca quis filhos porque não tenho nenhum. Ou quando ficam surpreendidos quando digo que quero.

Ou, pior ainda, quando presumem que estou mais feliz por não ter filhos ou mais afortunada por não ter que me "preocupar com filhos". Algumas pessoas chegam até a chamar-me de "sem-filhos" - termo cunhado por aqueles que escolheram não ter filhos e não têm o desejo de ter filhos - só porque eu "escolhi" esperar pelo amor.

Não só tenho que lidar com a minha infertilidade circunstancial, como tenho que defender o meu desejo de me casar com alguém por quem me encontro apaixonada antes de conceber. Tenho que defender o porquê de não ser mãe quando isso era o que eu mais queria.

A mágoa de nunca me ter tornado mãe é uma que eu nunca vou superar, ao contrário da mágoa que senti há 23 anos atrás quando perdi a minha mãe. Mas tal como esse tipo de mãgoa, ela já não é constante ou activa. Sim, eu ainda tenho a esperança de vir a conhecer o homem que venha a ter o desejo de ter uma filho comigo, e que está preparado para atravessar comigo os tratamentos que eu posso vir a precisar para que isso aconteça. Ou que esteja pronto para sofrer comigo se por acaso isso não funcionar.

Mas, de forma geral, eu prossigo, buscando o amor. Felizmente, não há limite temporal biológico para esse sonho. De forma cuidada, eu nutro a esperança de ainda vir a ter a chance de ter o meu bebé nos meus braços - e que eu ainda seja atraente para os homens que querem ter filhos.

Sei que não estou sozinha; faço parte das 18% de mulheres Americanas com idades compreendidas entre os 40 e 44 que não têm filhos. A Pew Research relata que metade das mulheres deste grupo escolheu esse destino - escolheram não ter filhos. Mas o resto de nós - cerca de 1 milhão de mulheres Americanas com idades compreendidas entre os 40 e os 44 e sem filhos - sofre com a infertilidade biológica ou circunstancial.

A forma como escolhemos seguir com a vida apesar desta mágoa é o foco do nosso e "viveram felizes para sempre". E, se posso dizer, tenho planos de fazer com que o meu "feliz" seja mesmo para sempre. E se tudo correr bem, não estarei sozinha.

-  http://bit.ly/1M5Z2fZ

Inconsistência e falta de provas: Cunha arquiva pedido de Bolsonaro para impeachment de Dilma


RESTAM 7
CUNHA ARQUIVA PEDIDO DE IMPEACHMENT FEITO POR BOLSONARO
INCONSISTÊNCIA NAS INFORMAÇÕES E FALTA DE DOCUMENTOS FORAM JUSTIFICATIVAS

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), indeferiu nesta quarta-feira, 7, mais um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O pedido arquivado hoje era o do deputado Jair Bolsonaro (PTB-RJ). A justificativa para a recusa do pedido é que ele tinha inconsistência nas informações e não apresentava documentos probatórios das denúncias.

Recém-desfiliado do PP, sigla com o maior número de políticos investigados pela Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro pedia no documento que Dilma perdesse o cargo de presidente por denúncia de crime de responsabilidade.

Militar da reserva, Bolsonaro é autor de diversas falas polêmicas de defesa à ditadura. Em seu pedido de impeachment havia inclusive deferência à ditadura militar. "A história recente da democracia brasileira, garantida durante a necessária intervenção dos governos militares e mantida pelo livre exercício político dos representantes eleitos do povo, registra a destituição de um mandatário do Poder Executivo por crime de responsabilidade."

Com o arquivamento de hoje ainda restam sobre a mesa de Cunha sete pedidos, entre eles o de autoria dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça na gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O presidente da Câmara disse no início da semana que pretende apreciar os pedidos restantes em "10 dias ou 15 dias". (AE)

DIÁRIO do PODER/montedo.com

Sem acordo! Boate Kiss: subtenente do Exército diz não ao Ministério Público!




O presidente da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) é o Subtenente do Exército Sérgio da Silva. Leia a notícia do site do Sedufsm. Ao final, relembre o caso da tragédia da Boate Kiss.

Kiss: pais acusados de calúnia pelo MP não irão se retratar
Durante audiência de conciliação nesta quarta, familiares recusaram acordo
Audiência de conciliação nesta tarde não levou a acordo entre pais e MP

Fritz R. Nunes

Foi uma reunião rápida no início da tarde desta quarta (7) na 4ª Vara Criminal do Fórum de Santa Maria. De um lado, o juiz Leandro Sassi e o promotor Alexandre Salim, e do outro, Flávio José da Silva, do Movimento Luto à Luta e vice-presidente da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) e Sérgio da Silva, presidente da AVTSM. O motivo da audiência é uma tentativa de conciliação, já que os dois pais que perderam filhos na Boate Kiss estão sendo processados por supostamente terem extrapolado o direito de “livre expressão”, nas palavras do próprio juiz ao portal UOL. Conforme Flávio Silva, a proposta do juiz era pela extinção do processo desde que os pais fizessem uma retratação, um pedido de desculpas públicas, o que não foi aceito.


Sérgio perdeu o filho Augusto no incêndio da Boate Kiss (Imagem: UOL/Facebook - Edição: montedo.com)

O processo contra os pais tendo como fato motivador cartazes que foram afixados em locais públicos criticando o Ministério Público (MP), por este supostamente não ter feito tudo o que seria possível para fechar a Boate Kiss, que enfrentava vários problemas de ordem legal para o seu funcionamento. Se a casa noturna tivesse sido fechada, as 242 mortes e mais as centenas de feridos poderiam ter sido evitadas, conforme o entendimento dos pais. Junto aos cartazes com críticas ao MP e à Prefeitura, foram coladas fotos do prefeito Cezar Schirmer e do promotor Ricardo Lozza.

Em função dos cartazes, o MP pediu a condenação de Flávio Silva e Sérgio Silva por calúnia e difamação, com uma condenação que pode variar de seis meses a dois anos de reclusão, agravada pelo fato de Lozza ser funcionário público. A partir da recusa dos pais em fazer a retratação pública, o processo pode ter dois caminhos conforme um advogado ouvido pela assessoria de imprensa da Sedufsm: dar prosseguimento até cumprir ao processo ou suspendê-lo, cabendo essa decisão ao juiz.


Sem retroceder
Para Flávio Silva, a decisão de não aceitar acordo em relação ao processo é a mais acertada. No entendimento dele, as críticas ao papel do MP no período que antecedeu a tragédia não estão erradas, e pedir desculpas seria dar um passo atrás na luta por justiça, avalia ele.

Visão semelhante é expressada por Sérgio Silva. Para ele, fazer uma retratação ao MP seria “concordar com a injustiça e jogar a dignidade fora”. Em relação às alegações dos promotores e do próprio juiz que o direito de crítica foi extrapolado, Silva discorda frontalmente. E ele cita o exemplo da presidente Dilma Rousseff. “Falam as maiores besteiras dela (Dilma) e ela não fica processando todo o mundo. Quem eles (promotores) pensam que são: deuses?”.

A audiência de conciliação, que ocorreu na 4ª Câmara Criminal, foi acompanhada por dezenas de pessoas, entre pais e familiares, que usavam camisetas com uma ilustração do cartunista Carlos Lattuf, que continha uma forte crítica ao papel do Ministério Público. Um banner com a mesma ilustração também foi colocado na entrada do prédio do Fórum. Ao final da reunião, gritos por “justiça” ecoaram no prédio do Judiciário.

Fotos: Fritz Nunes e Arquivo pessoal/Sérgio da Silva
Sedufsm/montedo.com

Relembre o caso
Há dois anos, um incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), vitimou 242 jovens que saíram de casa para se divertir numa noite de verão. Até hoje, ninguém foi condenado. Medidas protelatórias dos advogados de defesa têm feito o processo se arrastar à passos de tartaruga. Uma vergonha para o judiciário gaúcho.


Doze militares das Forças Armadas morreram no sinistro:

FAB
Sargento Luiz Carlos Ludin de Oliveira e soldados Giovani Krauchemberg Simões, Leandro Nunes da Silva, Rodrigo Dellinghausen Bairros Costa e Rhuan Scherer de Andrade.

Exército
Capitã Médica Daniela Dias de Matos, 1º Tenente Leonardo Machado de Lacerda, 2º Tenente Brady Adrian Silveira, 3° Sargento Diego Silvestre, Cabo Lucas Leite Teixeira e soldados Leonardo de Lima Machado e Luciano Taglia Pietra Espiridião.

Luta incansável

O subtenente da reserva do Exército Sérgio da Silva perdeu o filho na tragédia. Augusto Sergio Krauspenhar da Silva tinha 20 anos e era estudante de Filosofia. Seu pai é um dos membros mais atuantes da Associação das Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVSTM) e falou agora há pouco no Jornal Nacional (aqui, a partir de 1min50s).

Mais cedo, falou ao Jornal do Almoço da RBS TV Porto Alegre: - - Nós não vamos desistir. Já pagamos um preço muito grande para desistir" - afirmou - ao declarar que a Associação está recorrendo ao Tribunal Penal Internacional para garantir a condenação dos responsáveis.


- DENÚNCIA DE AGRESSÃO AO ESTADO DE DIREITO - BOATE ZEUS, HOJE BOATE HYPE! (aqui)

Rússia declara “guerra santa” ao Estado Islâmico

Raymond Ibrahim
A Igreja Cristã Ortodoxa, que mantém um papel importante numa Rússia insurgente, descreve como “guerra santa” a luta de seu governo contra o Estado Islâmico e outros grupos islâmicos de oposição na Síria.
De acordo com Vsevolod Chaplin, diretor do Departamento de Assuntos Públicos da Igreja Ortodoxa,
A luta contra o terrorismo é uma batalha santa e hoje nosso país é talvez a força mais ativa no mundo combatendo-o. A Federação Russa fez a decisão responsável de usar as forças armadas para defender o povo da Síria dos sofrimentos causados pela arbitrariedade de terroristas. Os cristãos estão sofrendo na região com o rapto de clérigos e a destruição de igrejas. Os muçulmanos não estão sofrendo menos.
Esse não é algum “truque” novo para justificar uma intervenção na Síria. Durante anos, os líderes ortodoxos da Rússia vêm expressando suas preocupações pelos cristãos perseguidos. Já em fevereiro de 2012, Vladimir Putin se reuniu com representantes da Igreja Ortodoxa Russa. Eles descreveram para ele o tratamento horrível que os cristãos estão sofrendo no mundo inteiro, principalmente no mundo muçulmano:
O diretor de relações eclesiásticas externas, o metropolita Illarion, disse que a cada cinco minutos um cristão é morto por sua fé em alguma parte do mundo, especificando que ele estava falando sobre tais países como Iraque, Egito, Paquistão e Índia. O clérigo pediu a Putin que fizesse da proteção aos cristãos uma das direções de política externa no futuro.
“É assim que vai ser, não tenha dúvida,” Putin respondeu.
Compare e contraste isso com o presidente americano Obama, que nega que existe uma conexão entre ensinos islâmicos e violência; cujas políticas habitualmente dão poder aos islamistas que perseguem cristãos, que impede os representantes cristãos de darem testemunho contra seus opressores; e que até expulsa dos EUA refugiados cristãos de volta aos leões, enquanto aceita dezenas de milhares de imigrantes muçulmanos.
O patriarca russo Cirilo chegou uma vez a escrever uma carta comovente para Obama, implorando ao presidente americano que parasse de dar poder aos muçulmanos de guerra santa que perseguem os cristãos. O patriarca disse: “Estou profundamente convencido de que os países que pertencem à civilização cristã têm uma responsabilidade especial pelo destino dos cristãos no Oriente Médio.” Essa declaração só deve ter garantido que a carta fosse jogada na lata de lixo da Casa Branca.
É claro que a preocupação da Rússia pelas minorias cristãs será tratada com cinismo e desprezo pelos maiores líderes pretenciosos dos dois grandes partidos dos EUA. Embora tais desprezos tivessem repercussão entre os americanos no passado, estão se tornando cada vez menos persuasivos aos que estão prestando atenção, conforme explicado no artigo “Putin’s Crusade—Is Russia the Last Defender of the Christian Faith?” (A Cruzada de Putin: Será que a Rússia é a Última Defensora da Fé Cristã?)
Para nós que crescemos nos EUA ouvindo que os ateus comunistas ímpios da Rússia eram nossos inimigos, a ideia de que os EUA poderiam abandonar Deus e o Cristianismo enquanto a Rússia abraça o Cristianismo poderia no passado ser difícil de aceitar. Mas no ano de 2015, os sinais diários nos EUA mostram um desprezo crescente para com o Cristianismo, sob o primeiro presidente cujas próprias afirmações de ser ele cristão são questionáveis. A tendência oposta exata está acontecendo com a Rússia e seus líderes — uma volta às suas raízes cristãs.
Aliás, um número crescente de americanos que não têm nenhum amor especial pela Rússia ou pelo Cristianismo ortodoxo — desde o magnata bilionário Donald Trump até os evangélicos — estão sendo conquistados pelas opiniões francas de Putin.
Como é que eles não se convenceriam? Depois de um de seus discursos louvando a herança cristã do Ocidente — algo que poucos políticos americanos ousam fazer — Putin concluiu com algo que com certeza deve provocar repercussão entre milhões de americanos conservadores: “Precisamos proteger a Rússia daquilo que destruiu a sociedade americana” — uma referência ao liberalismo anticristão e a libertinagem que perderam o controle no Ocidente.
Até mesmo a resposta do Rev. Franklin Graham à intervenção militar russa na Síria parece inusitadamente positiva, vindo do próprio presidente da Associação Evangelística Billy Graham: “O que a Rússia está fazendo poderá salvar a vida de cristãos no Oriente Médio… Entendam que o governo sírio… tem protegido os cristãos, eles têm protegido as minorias contra os islamistas.”
Se os islâmicos de guerra santa (“rebeldes”) apoiados pelos EUA conseguirem derrubar o governo da Síria, Graham prediz corretamente que haverá “um banho de sangue de cristãos”:
Haveria dezenas de milhares de cristãos assassinados e massacrados e, além disso, haveria centenas de milhares de mais refugiados fugindo para a Europa. Portanto, em relação à Rússia de agora, eu vejo sua presença como ajudando a salvar a vida dos cristãos.
Evidentemente, é um fato comprovado que os “rebeldes bons — chamados de moderados — estão perseguindo os cristãos tanto quanto o Estado Islâmico persegue os cristãos.
Quando lhe perguntaram o motivo por que o governo de Obama está ignorando a perseguição aos cristãos, Graham, ecoando Putin, disse que Obama está mais envolvido em promover a agenda homossexual do que ele está em proteger as minorias cristãs:
Não estou aqui para criticar os gays e as lésbicas e eles certamente têm direitos e compreendo tudo isso, mas este governo tem focado mais nessa agenda do que qualquer outra coisa. Como consequência, o Oriente Médio está ardendo em chamas e há mais refugiados hoje se deslocando do que na 2ª Guerra Mundial. Dava para ter impedido isso.
Aliás, no final, não são as afirmações dos russos de que eles estão travando uma guerra santa para salvar os cristãos da guerra santa islâmica que merecem tratamento de cinismo e desprezo, mas todas as afirmações que o governo de Obama faz para justificar seu apoio à oposição na Síria, quando a maior parte desses opositores nem síria é.
Não existe nenhum “rebelde moderado.” Todos eles estão ansiosos e empenhados numa guerra islâmica para estabelecer a lei islâmica, que é o oposto exato de tudo o que o Ocidente costumava valorizar. Se o “ditador diabólico” Assad mata pessoas no contexto da guerra, os “rebeldes” torturam, mutilam, escravizam, estupram, degolam e crucificam pessoas unicamente porque elas são cristãs.
Como é que dá para preferir os rebeldes em vez de Assad?
E, com base em precedente comprovado — olhe para o Iraque e para a Líbia, os outros países que a liderança dos EUA ajudou a “libertar” — podemos entender que o resultado de derrubar o homem forte secular da Síria será mais atrocidades, mais perseguição aos cristãos, mas igrejas destruídas por bombas, mais locais arqueológicos destruídos e mais terrorismo, inclusive no Ocidente, apesar das garantias absurdas de John Kerry de que a Síria será mais “pluralista” depois da derrubada de Assad.
Portanto, mais uma vez, os EUA se acham do lado dos terroristas islâmicos, que sempre reservam seu melhor para os EUA. Os sauditas — a cabeça da Cobra de Guerra Santa Islâmica diante da qual os presidentes dos EUA estão acostumados a beijar e se prostrar — já estão gritando em protesto e exigindo uma guerra santa islâmica maior na Síria em resposta à atitude corajosa da Rússia de fazer uma guerra santa cristã.
Obama e a grande mídia americana atenderão aos sauditas, inclusive por meio de uma campanha de propaganda maior? Grandes clérigos islâmicos como Yusuf Qaradawi — que já apareceu ao vivo na televisão americana pedindo que os EUA façam uma guerra santa islâmica em prol de Alá contra Assad — parecem ter tal opinião. Os Estados Unidos já deram as boas-vindas à nova piada cruel de que a Arábia Saudita — um dos piores violadores de direitos humanos do mundo — presidirá uma comissão de direitos humanos da ONU.
No final e colocando imperativos políticos de lado, não há como negar a realidade: o que os Estados Unidos e seus aliados ocidentais fizeram e estão fazendo no Oriente Médio — culminando com a ascensão de um califado sanguinário e as piores atrocidades do século XXI — é tão ímpio quanto é santa a determinação da Rússia de lutar.
Raymond Ibrahim é membro do Centro de Liberdade David Horowitz.
Traduzido por Julio Severo do artigo original da revista FrontPage: Russia Declares ‘Holy War’ on Islamic State
Leitura recomendada:
Artigo de Franklin Graham:
Outros artigos de Raymond Ibrahim:

Por que a Rússia, e não o Ocidente, defende os cristãos na Síria?

Cristãos sírios

Gustavo Chacra
Nos EUA, alguns políticos, como os pré-candidatos republicanos Ted Cruz e Marco Rubio, dizem estar preocupados com os cristãos no Oriente Médio. Não duvido da intenção deles. Acho que é genuína. Mas, talvez por ignorância, eles costumam sempre se posicionar contra os lados que defendem os cristãos.
Noto que, muitas vezes, estes lados não são necessariamente os “bonzinhos”. Na Guerra da Síria, por exemplo, todos os lados, sem exceção, são ruins. Mas o fato é que os cristãos sírios, em sua maioria, se sentem protegidos pelo regime de Bashar al Assad, pelo Irã, pelo Hezbollah e, acima de tudo, pela Rússia.
Não que eles gostem do líder sírio, do regime de Teerã e do grupo xiita libanês. Alguns gostam, outros, não. Mas se sentem protegidos por eles diante da ameaça de grupos rebeldes opositores ultra radicais islâmicos, seguindo a ideologia wahabbita do islamismo sunita. Sabem também que, entre os grupos armados da oposição, todos são extremistas, não apenas o ISIS, também conhecido como Grupo Estado Islâmico ou Daesh.
Rubio, Cruz e outros políticos dos EUA, e também algumas igrejas evangélicas americanas, se posicionam justamente contra quem defende os cristãos – ou diretamente contra as milícias cristãs pró-regime. Pode até ser legítimo, caso, por exemplo, pensem na segurança de Israel. O Hezbollah e o Irã são inimigos mortais dos israelenses e possuem dezenas de milhares de mísseis no sul do Líbano apontados para Tel Aviv e Haifa. Também vale o argumento caso queiram se posicionar contra um regime que cometeu crimes contra a humanidade, segundo a ONU, como o de Assad. Mas não vale caso eles digam que querem defender os cristãos.
A Rússia entende melhor o cenário na Síria. Entrou no conflito por uma série de motivos, entre eles, para defender os cristãos. É importante notar que a maior parte dos cristãos sírios são ortodoxos, com minorias melquitas, maronitas e assírias. Estes cristãos não se identificam com os evangélicos do Ocidente. Mas se identificam e muito com a Rússia, maior nação cristã ortodoxa do mundo.
Ontem, o Patriarca Russo defendeu a intervenção de Putin na Síria dizendo que isso é fundamental para defender os cristãos. Ao longo do conflito, o maior líder cristão da Rússia também declarou uma série de vezes apoio ao regime de Bashar al Assad por proteger os cristãos. Outros patriarcas cristãos do mundo árabe realizaram reunião ecumênica recentemente em Damasco para apoiar o líder sírio – Damasco é sede de quatro patriarcados cristãos.
Ao longo destes meus anos cobrindo o conflito, sempre fiquei surpreso como muitas vezes o Ocidente não entende o cristianismo oriental. A França até entendia os ocidentalizados e francófonos cristãos maronitas de um Líbano que deixou de existir em 1975. Hoje, nem os franceses.
Já os russos, por incrível que pareça, são os que melhor leem a situação dos cristãos. Nos EUA e mesmo no Brasil, infelizmente, pessoas que talvez sejam bem intencionadas entendem completamente errado a situação dos cristãos. Por exemplo, Ted Cruz ter sido vaiado por cristãos destes lugares quando defendeu Israel em palestra. O senador pelo Texas achava que os cristãos sírios fossem defensores dos israelenses. Coitado. Nunca havia conversado com um cristão de Damasco antes.
Fonte: Estadão
Divulgação: www.juliosevero.com
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