quarta-feira, 26 de junho de 2013

TIPICAMENTE PAULISTANA, GÍRIA "COXINHA" TEM ORIGEM CONTROVERSA
ALEXANDRE ARAGÃO DE SÃO PAULO 22/04/2012 - 09h49

Espécie paulistana que vem acompanhada de certa carga depreciativa e uma pitada de gozação, os "coxinhas" não são uma tribo e não estão nos dicionários. Mas o apelido virou sinônimo de "engomado", "arrumadinho" e "criado pela avó".

são paulo foi atrás de linguistas, rappers, policiais, "coxinhas" e "anticoxinhas" para tentar desco brir a origem do termo. Difícil foi encontrar alguém que se assumisse como tal. Entre as 20 pessoas abordadas pela reportagem nas regiões de Higienópolis e da Berrini, nenhuma se identificou com a gíria e outras disseram conhecer gente do tipo.
"O Itaim Bibi está para os 'coxinhas' como a Liberdade está para os asiáticos ou a Mooca, para os italianos", diz o apresentador da MTV Didi Effe, 30, ex-blogueiro de celebridades.

Ilustrações Caco Bressane

Na definição do VJ, eles frequentam casas noturnas nos arredores da avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona oeste, trazem o cabelo alinhado, muitas vezes arrumado para trás com gel, e gostam de camisa polo. "Nós, paulistanos, já somos meio 'coxinhas' só de termos essa gíria para a gente", diverte-se ele.
Na internet, em um texto publicado em 2002, o publicitário Marcelo Costa utiliza o adjetivo para classificar bandas como Coldplay e Travis. "Não lembro como a gente chegou à conotação, mas minha turma usava a gíria", afirma. Para ele, que foi criado em Taubaté (SP), o equivalente a "coxinha" no interior paulista é aquele que é "criado pela avó".
No Twitter, o perfil @tiposdecoxinha, aberto em 2010, reúne inúmeros exemplos, como aquele que "despreza quem passa o Réveillon em Buenos Aires porque vai passar em Punta [del Este]". Na internet, ainda há o blog "Troféu Coxinha de Ouro" (trofeucoxinhadeouro.tumblr.com ), também de 2010, que "premia" algumas espécies famosas de "coxinha".

O "expert" no salgado Otávio Filho, 37, dono do Veloso --cuja coxinha foi eleita a melhor porção de bar pelo júri do "Melhor de são paulo 2011"--, arrisca uma possível interpretação. "'Coxinha' é aquele cara meio almofadinha. Eu associo almofadinha com a coxinha", diz, sobre o salgado macio.

Especialista em gírias, a professora da USP Marli Quadros Leite, 54, nunca tinha ouvido falar no termo. Mas diz que o nascimento de gírias segue uma lógica: a palavra é usada como código dentro de um grupo, depois o significado extrapola para outros, até que seja adotado por quase todos.



MOTOS E MÚSICA

Uma das explicações é que a palavra tenha vindo dos moto clubes. "'Coxinha' é aquele cara que sai para viajar de moto e, quando chove, encosta no posto da estrada e liga pedindo para alguém ir buscá-lo de carro", conta Reinaldo Carvalho, 55, presidente da Federação dos Moto clubes do Estado de São Paulo. "Tem cara que tem Harley-Davidson e não anda na chuva", debocha.

"Talvez porque o camarada fique com as coxas bem postas junto à moto", especula o professor de português Pasquale Cipro Neto. O colunista da Folha ressalta, no entanto, que é difícil precisar uma gênese do termo. "Não achei referências em nenhuma obra, inclusive nos dicionários mais novos."

Ainda sobre a possível ligação do vocábulo com a coxa da perna, há quem teorize que ele nasceu devido àqueles homens comportados que, quando na praia, usam bermuda no lugar de uma sunga e, depois de tomar sol, ficam com a coxa branca.

O produtor musical DJ Hum, que fez dupla com o rapper Thaíde nos anos 1980, ainda conta que o apelido também é sinônimo para vinil. "Alguns DJs de black music dizem 'ninguém vai morder minha coxinha', para não emprestarem seus discos", afirma ele.
O linguista Bruno Dallari, doutor pela Unicamp, afirma que, na maioria dos casos, é impossível ter certeza sobre qual a fonte de uma palavra ou um significado novo. "Às vezes, há origens identificáveis, mas sempre causam controvérsias", afirma, citando a palavra "Brasil", cujo surgimento, diz, envolve quatro ou cinco teorias.  



PMS E SALGADINHOS

"É o estilo favela e o respeito por ela, os moleque [sic] têm instinto e ninguém amarela. Os coxinha cresce [sic] o zóio na função e gela." O trecho da música "Da Ponte Pra Cá" (2006), dos Racionais MCs, não faz referência a frequentadores de baladas do Itaim Bibi, mas a policiais militares.

Há duas possíveis origens para o apelido nada amigável dado à PM. "Acho que é por causa da história que sempre tem uma viatura da PM parada em frente à padaria", diz o rapper Max B.O., que apresenta o programa "Manos e Minas", da TV Cultura. A segunda versão diz que o vale-refeição dos PMs tinha um valor baixo e acabou apelidado de "vale-coxinha".

Assim, o termo pode ter "colado" por ser uma associação entre o salgado e o agente --por lei, um "certinho", defensor da ordem e dos bons costumes.

Em uma abordagem, o cidadão que se referir a um policial por meio do termo não será, necessariamente, preso por desacato. Procurada, a PM não se pronunciou sobre o assunto. Mas a avaliação é de três especialistas em direito e segurança pública.
"Depende do contexto", diz José Vicente Filho, coronel da reserva. "Essa situação cai no que chamamos de ato discricionário: o policial pode ou não tomar uma atitude." O melhor é não contar com o bom humor alheio, seja qual for o contexto.


Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook 



1º - CONTRATAÇÃO DOS MÉDICOS CUBANOS: O QUE HÁ POR TRÁS DISSO? (AQUI)

2º - O QUE REALMENTE ESTÁ POR TRÁS DAS MANIFESTAÇÕES NO BRASIL? (AQUI)

3º - FORO DE SÃO PAULO E SEU MAPA (aqui)

Basta pesquisar na internet para confirmar, dirigentes dos países participes desta inhaca não são flores que se cheirem, ditadores, corruptos, golpistas, que mantém vínculos estreitos de amizade e negócios espúrios!!! Que bela coisa não deve sair daí!!! Assista aos vídeos abaixo, as matérias, e tire suas próprias conclusões.
OS 70 ANOS DE ARETHA FRANKLIN, A VOZ DEFINITIVA DA SOUL MUSIC
24/03/2012
 às 12:03 \ 
Música no Blog

Aretha: a "Lady Soul" completa 70 anos



















Por Daniel Setti
Da mesma forma que Billie Holiday é sinônimo de jazz, Bessie Smith de blues e Elis Regina de MPB, Aretha Franklin é o nome definitivo entre as grandes intérpretes de soul music.
Nascida em uma das cidades mais musicais dos EUA – Memphis, no Tennessee -, a “Lady Soul”, que já cantava profissionalmente na adolescência, completa 70 anos neste domingo (25).
Premiada com nada menos que 20 Grammys, Aretha Louise Franklin é ocasional compositora e dona de uma das vozes mais marcantes surgidas na segunda metade do século 20, a ponto da Rolling Stone americana elegê-la, em enquete de 2008, a número 1 entre os 100 maiores cantores e cantoras de todos os tempos.
O grosso dessa reputação vem do período entre o final dos anos 1960 e início dos 1970, quando desenvolveu seu estilo interpretativo pontuado por um alcance melódico tremendo, farto suíngue e uma enorme influência do gospel. Nesta época, Aretha lançou seus melhores álbuns pela gravadora Atlantic, um dos baluartes fonográficos da fina flor do soul, blues, rhythm and blues.
Tal fase dourada iniciou com o álbum I Never Loved a Man The Way I Love You (1967), cuja faixa de abertura, “Respect”, composição de Otis Reddig, Aretha praticamente transformou em sua, dando-lhe conotação feminista. Abaixo, ela canta o clássico em especial gravado em Estocolmo para uma televisão sueca em 1968:


No mesmo programa, ela mostra “Chain of Fools”, outro de seus grandes êxitos, escrito por Don Convay e editado como single em 1967:


Ao longo das décadas seguintes, embora continuasse a emplacar canções nas paradas de sucesso, Aretha não voltou a viver um período como o da Atlantic. Mesmo assim, seu prestígio a levou a ser sempre citada como referência por estrelas mais jovens e a cantar o hino patriótico “My Country, ‘Tis of Thee”, de Samuel Francis Smith, na posse de Barack Obama, em 20 de janeiro de 2009:

(Mais sobre música neste link)
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook