terça-feira, 24 de janeiro de 2012

PSICOLOGIA - Depressão e tireoide

A síndrome depressiva é caracterizada por alterações de humor, com ansiedade, insônia e demais sintomas psicológicos que persistem por um período mínimo de duas semanas, com impacto mais ou menos profundo nas atividades sociais e ocupacionais, prejudicando o trabalho do paciente, ou limitando sua atividade produtiva e profissional. A severidade da depressão é geralmente avaliada por uma escala de pontos em que cada sintoma ganha um valor numérico.
 

Os pacientes que, nesta escala, têm um “score” muito elevado são portadores de depressão extremamente severa.
A classificação psiquiátrica emprega várias terminologias para diferentes subtipos de sintomas depressivos. É o caso da depressão pós-parto (relativamente comum, atingindo 10% das puérperas e com alterações na glândula tireoide); da doença depressiva sazonal, que ocorre em invernos prolongados do hemisfério norte; e da depressão com predomínio melancólico, com sinais depressivos durante o período matinal, perda do apetite, peso e retardo psicomotor.
As causas
Em nosso cérebro, as comunicações são efetuadas por meio de ondas eletromagnéticas perceptíveis ao exame chamado de eletroencefalograma. Por outro lado, os elementos que constituem a massa cerebral – os neurônios – têm como forma de mensagem as substâncias químicas chamadas monoaminas (serotonina, dopamina e nor-adrenalina).
A hipótese mais aceita pelos cientistas e neurologistas clínicos é que as síndromes depressivas se associam a uma queda da atividade da serotonina. Com menor conteúdo de serotonina, o sistema de mensagem entre neurônios torna-se errático, levando ao desequilíbrio de outros neurotransmissores, tais como a nor-adrenalina. Quando o clínico, o psiquiatra, o neurologista indicam medicamentos que elevam a serotonina, os sintomas depressivos se atenuam e progressivamente desaparecem.
Outras teorias sobre estados depressivos indicam que baixos níveis de hormônio feminino (estradiol), encontrados na maioria das mulheres menopausadas, podem ser coadjuvantes no desencadear da depressão e que a reposição hormonal com estradiol favorece a “cura” do estado depressivo.

A função da tireoide e a depressão
Os hormônios da tireoide, tiroxina (T4) e tri-iodo-tironina (T3), são essenciais para o funcionamento do sistema nervoso central. O cérebro transforma o hormônio tiroxina em T3 por meio de uma atividade enzimática peculiar à célula nervosa. O hormônio T3 liga-se à célula nervosa por um receptor especial e induz vários efeitos metabólicos dentro da célula nervosa.
Desta breve descrição da importância do hormônio da tireoide para o tecido cerebral veio a noção de que a falta de T3, como ocorre em pessoas com HIPOTIREOIDISMO (falta de hormônio da tireoide) seria causa de síndromes depressivas ou seria um agravante da depressão.
Mais tarde, estudos realizados em pacientes que tiveram a glândula tireoide totalmente removida por cirurgia, por doença auto-imune ou por uso de iodo radioativo em dose elevada indicaram que o estado de melancolia, baixa capacidade de comunicação e alterações psicomotoras estavam associados à baixa produção de hormônios tireoideos.

Hoje já se sabe que o hipotireoidismo agrava os estados depressivos. Por outro lado, a persistência do estado de baixa função da glândula tireoide pode dificultar o tratamento do depressivo com os fármacos serotoninérgicos usuais. Por este motivo é consensual a solicitação da dosagem do nível de hormônios tireoideos (T4, T3, T4 livre) e de TSH (hormônio da hipófise que estimula a tireoide) no conjunto de exames que avaliam o paciente com depressão.
Alguns autores propõem a introdução de pequenas doses de hormônios da tireoide em casos de depressão em que exista o chamado hipotireoidismo sub-clínico, isto é, pacientes que possuem níveis de tiroxina livre (T4 livre) normais, mas TSH elevado. Tal prática, contudo, ainda não é aceita por alguns endocrinologistas, embora tenha o sentido terapêutico de abreviar o retorno do paciente depressivo a suas atividades habituais com o alívio dos sintomas melancólicos.


Olimpia Pinheiro
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PSICOLOGIA - Não há vantagem evolutiva na depressão
Por Dr. Richard A. Friedman, The New York Times News Service/Syndicate

Em alguns setores acadêmicos, só se fala em analisar o comportamento humano por meio da biologia evolutiva. Os pesquisadores querem descobrir que vantagens evolutivas estariam escondidas em nossas ações, ou mesmo em nossas patologias.
É a vez de a depressão ser examinada em detalhes. Alguns psicólogos evolucionistas acreditam que essa doença dolorosa e incapacitante pode esconder algo de positivo. Mas, como eu, a maioria dos profissionais que tratam pacientes discorda com veemência.
Tome como exemplo uma paciente que analisei há algum tempo, uma mulher de trinta anos de idade cujo marido a havia traído e abandonado. Durante muitas semanas, ela se tornou abatida e se isolou socialmente. Ela desenvolveu insônia e começou a refletir constantemente sobre o que havia feito de errado.
Um psicólogo evolucionista talvez afirmasse que a resposta de minha paciente tinha alguma lógica. Afinal de contas, quando sua rotina normal foi quebrada, ela procurou se isolar, tentou entender a razão para seu abandono e se planejar para o futuro. Talvez você perceba alguma vantagem evolutiva na habilidade que as pessoas depressivas têm de fixar sua atenção de forma rígida e obsessiva em um único problema, desligando-se de tudo e de todos a seu redor.
Alguns estudos parecem dar apoio a essa perspectiva. Paul W. Andrews, psicólogo da Virginia Commonwealth University, relata que sujeitos normais ficam tristes quando tentam resolver um teste de reconhecimento de padrão espacial mais complicado, o que sugere que alguma característica da tristeza possa melhorar a capacidade analítica dos sujeitos.
Com uma abordagem similar, Joseph P. Forgas, psicólogo da Universidade de New South Wales, na Austrália, descobriu que sujeitos tristes obtiveram mais sucesso no reconhecimento de mentiras do que sujeitos felizes submetidos ao mesmo teste. Nele, os sujeitos eram expostos a vídeos desenvolvidos para induzir sentimentos de felicidade ou tristeza e, em seguida, Forgas exibia uma série de entrevistas, algumas verdadeiras e outras mentirosas, nas quais os entrevistados negavam ter cometido um roubo. Os sujeitos que foram expostos ao vídeo triste eram mais céticos e detectavam com maior precisão os discursos mentirosos; já os sujeitos que foram expostos ao vídeo positivo confiavam com muito mais facilidade nos entrevistados.
Resultados como esses podem sugerir alguns benefícios da tristeza, mas, com o tempo, eles foram generalizados para pacientes que sofriam de depressão profunda. Por exemplo, Andrews e o Dr. J. Anderson Thomson Jr., psiquiatra da Universidade da Virgínia, propuseram que a reflexão entre os depressivos seria uma estratégia de adaptação para resolver um problema doloroso. Os psicólogos clínicos, por outro lado, continuam a afirmar que o aspecto sombrio dos depressivos é uma evidência de que seus processos cognitivos estão distorcidos e funcionando de forma errônea. Esses processos devem ser corrigidos, não incentivados.
Há evidências concretas de estudos neuropsicológicos e de imagem cerebral que demonstram que a depressão clínica está ligada a vários tipos de deficiências da memória em todas as faixas etárias e em todos os graus de depressão. Desafiar e modificar os pensamentos disfuncionais da depressão é o objetivo da terapia cognitivo-comportamental, uma das formas mais populares e empiricamente comprovadas de psicoterapia.
Mas quem está certo sobre a depressão, os psicólogos evolucionistas ou os psicólogos clínicos?
Para começar, os sujeitos dos estudos citados eram controles saudáveis, cujo estado de espírito havia sido manipulados para que ficassem temporariamente tristes. Eles não são realmente depressivos do ponto de vista clínico, condição que pode durar por meses ou até anos.
Forgas afirmou por e-mail: "Nunca trabalhei com depressivos e não acredito que os experimentos que realizamos enquanto procurávamos uma relação entre os efeitos do estado de espírito sobre os processos cognitivos em populações normais que vivenciam diferenças de humor corriqueiras possam ser generalizados para os processos cognitivos de pessoas com depressão".
Sob olhares mais atentos, o caso dos benefícios evolutivos da depressão apresenta grandes problemas. O fato é que o pensamento reflexivo dos deprimidos não é particularmente eficiente na resolução de problemas. Um de meus pacientes disse certa vez: "Eu pensava sempre da mesma maneira e era incapaz de decidir o que fazer. Essa não é uma forma muito criativa de pensar".
Além disso, a depressão pode surgir sem a influência de qualquer fator psicossocial, o que torna difícil o argumento de que a depressão seria a resposta a uma situação difícil ou a um problema. O Dr. David J. Kupfer, psiquiatra da Universidade de Pittsburgh, descobriu que o primeiro episódio de depressão é quase sempre precedido por um grande fator estressante, mas os episódios recorrentes podem ser desencadeados por pequenos fatores, ou mesmo sem causa aparente.
Caso a depressão aumentasse a capacidade de solucionar problemas, ela nunca iria se transformar em uma condição crônica ou autônoma, mas é isso o que ocorre em praticamente metade dos pacientes.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a depressão é a principal causa de afastamento do trabalho e a quarta doença mais difundida no mundo, devendo alcançar a segunda posição em 2020. Há evidências claras de que ela é um fator de risco para problemas no coração e diversos estudos demonstram que a depressão prolongada está associada a danos seletivos e permanentes no hipocampo, a região do cérebro responsável pela memória e pelo aprendizado.
Se adicionarmos ainda o fato de que de 2 a 12 por cento dos deprimidos cometem suicídio, as "vantagens" da depressão deixam de parecer assim tão boas.
Mas, por que ainda existe esta noção de que a depressão traz benefícios e autoconhecimento?
Recentemente, um paciente me ajudou a compreender essa questão. Ele era um jovem educado e articulado, infeliz porque o mundo era um lugar horrível, segundo dizia. Já que ele tinha diversos outros sintomas da depressão _ insônia, fadiga, pouca libido e baixa autoestima _ eu confirmei seu diagnóstico de depressão clínica e lhe disse que sua visão de mundo provavelmente era um resultado da depressão, não sua causa.
Ele zombou, mas estava disposto a tentar um tratamento cognitivo-comportamental associado ao uso de antidepressivos, caso isso o fizesse se sentir melhor. Meses depois, quando já estava recuperado, eu lhe perguntei mais uma vez sobre sua visão de mundo.
Para ele, o mundo continuava terrível, mas ele se sentia melhor. Ainda assim, refletiu melancolicamente que sua alegria recém-descoberta não representava o seu verdadeiro eu, que, segundo ele, seria ensimesmado e criativo.
Essa é a razão pela qual a depressão é cada vez mais romantizada. De acordo com esse pensamento, o que é natural, é bom. Se nós fomos projetados para sofrer de depressão como resposta às doenças da vida, deve haver uma boa razão para isso e nós devemos permitir seu curso natural e doloroso.
Mas, ao contrário da tristeza comum, o curso natural da depressão pode ser devastador e até letal. Mesmo que a tristeza possa ser útil, a depressão clínica assinala uma falha na adaptação à perda ou a situações estressantes, uma vez que diminui a habilidade de resolver os dilemas que a causaram.
Mesmo que a depressão seja "natural" e evolua a partir de um estado emocional que, em algum momento, foi vantajoso, isso não significa que ela seja uma doença mais desejável do que outras. A natureza nos oferece infecções, câncer e problemas do coração, e nós fazemos o possível para evitar esses problemas e tratá-los da melhor forma. Não podemos agir de outra forma com a depressão.
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CIDADANIA - Vigilantes buscam inspiração e fantasias nos quadrinhos
 
Por Kirk Johnson, The New York Times News Service/Syndicate


Salt Lake City _ Red Voltage e dois de seus parceiros mascarados na luta contra o crime caminhavam em direção a um cruzamento aqui na capital de Utah recentemente, fazendo a patrulha noturna a pé, quando um carro de repente desacelerou ao lado deles. A noite estava terrivelmente fria e encoberta por uma ondulada nuvem de névoa que poderia ou não estar ocultando milhares de perigos. A janela do carro se abriu.
"Olá, super-heróis!", gritou uma mulher de dentro do carro. "Sou apaixonada por vocês!"
Morra de inveja, Batman. Em um nicho de vida urbana que tem se desenvolvido nos últimos anos entre a fantasia das histórias em quadrinhos e o juramento dos escoteiros, uma célula de vigilantes autoproclamados _ alguns com capas, outros sem, mas todos com algo a provar _ está na ativa.
Eles espreitam as noites de Boston, São Francisco, Milwaukee, Minneapolis, e até mesmo da Austrália. Ainda não é certo se estão tornando o mundo mais seguro, ou apenas mais esquisito.
Alguns saem armados com equipamentos como gás lacrimogêneo, spray de pimenta e cassetetes; outros dizem que usam apenas celulares, com o objetivo de trabalhar como os olhos e ouvidos da polícia, que, na maioria das cidades, incluindo Salt Lake City, está mantendo uma distância cautelosa deles.
"Não os estamos defendendo, apoiando, condenando ou qualquer outra coisa assim _ estamos nos mantendo imparciais e longe deles", disse o detetive Joshua Ashdown, porta-voz da polícia de Salt Lake City. "Apoiamos apenas aqueles que treinamos."
Red Voltage, que durante seu dia-a-dia comum e pacato é um gerente de locação de imóveis de 23 anos chamado Roman Daniels, acenou casualmente para a sua fã no carro. Coberto da cabeça aos pés com uma fantasia de couro vermelha e preta, e com o rosto coberto de elastano, ele afirma tornar-se uma pessoa diferente quando está mascarado _ uma pessoa melhor.
Dave Montgomery, a former alcoholic known in the street as the black-leather-clad Nihilist, studies a map to see where his group of fellow crime fighters will patrol, in Salt Lake City, Dec. 15, 2011. A cadre of self-cast crusaders from San Francisco to Australia are on the march, but whether they are making the world safer, or just weirder, remains an open question. (Jim Wilson/The New York Times)
Mike Gailey, a former bouncer whose crime-fighting persona is called Asylum, with his child Gabriel, on Gailey's back, and Frankie Montgomery, in Salt Lake City, Dec. 15, 2011. A cadre of self-cast crusaders from San Francisco to Australia are on the march, but whether they are making the world safer, or just weirder, remains an open question. (Jim Wilson/The New York Times)

"Mas às vezes estou vestindo a fantasia e penso: 'Será que sou louco por fazer isso?'. Realmente, sinto-me estranho e diferente", disse Daniels, que assumiu a liderança do grupo local, chamado Black Monday Society, há alguns meses, depois de dois anos de patrulhas. "Mas é bom", ele disse. "A sensação é muito boa _ na maior parte das vezes."
Mike Gailey, um homem robusto que antes trabalhava como leão de chácara em uma boate de striptease, e cuja persona de combatente do crime se chama Asylum, disse que, para ele, juntar-se à Black Monday Society foi, em parte, uma maneira de se retratar por certas coisas que fez no passado, como o tempo em que cobrava dívidas para traficantes de drogas.
"Eu era um capanga", disse Gailey, de 31 anos. "Existem muitos caras como eu, que querem se retratar por coisas do passado."
Outro patrulheiro da Black Monday se identificou como ex-membro de uma gangue. O cofundador do grupo, Dave Montgomery, um tatuador conhecido nas ruas como Nihilist, vigilante com roupas pretas de couro, disse que já foi alcóolatra e que vestiu a máscara quando parou de beber.
É claro que o fato de combatentes do crime terem problemas pessoais é uma tradição antiga. O Super-homem foi enviado à Terra por seus pais. Os X-Men são mutantes desprezados. E não precisamos nem falar do rico Bruce Wayne _ aquele da Batcaverna, que tem o Robin como ajudante.
Alguns combatentes do crime arrumam problemas com as autoridades. Em Seattle, por exemplo, um homem com uma fantasia musculosa, chamado Phoenix Jones, foi preso em outubro depois que a polícia afirmou que ele usou spray de pimenta em algumas pessoas ao tentar apartar uma briga de rua.
Outros vingadores mascarados, do passado e do presente, já tiveram objetivos muito específicos em suas lutas contra os problemas da sociedade. No começo dos anos 2000, por exemplo, uma mulher em Nova York, cuja persona se chamava Terrifica, começou a patrulhar os bares de paquera vestida de elastano rosa e roxo.
The patch of the Black Monday Society, a masked crime-fighting group in Salt Lake City, Dec. 15, 2011. A cadre of self-cast crusaders from San Francisco to Australia are on the march, but whether they are making the world safer, or just weirder, remains an open question. (Jim Wilson/The New York Times)
Dave Montgomery, a former alcoholic known in the street as the black-leather-clad Nihilist, with his crime-fighting attire at his home, in Salt Lake City, Dec. 15, 2011. A cadre of self-cast crusaders from San Francisco to Australia are on the march, but whether they are making the world safer, or just weirder, remains an open question. (Jim Wilson/The New York Times)
"Parece que ela havia tido algumas experiências ruins com homens", disse Tea Krulos, um escritor de Milwaukee que está fazendo pesquisas para um livro sobre o que ele e outras pessoas chamam de "movimento de super-heróis de verdade". "Sua missão era alertar mulheres bêbadas sobre o fato de que elas talvez não estivessem tomando decisões muito boas."
Novas atitudes em relação à polícia também podem estar afetando a maneira como as pessoas veem os combatentes do crime. Aqui em Salt Lake City, por exemplo, uma patrulha da Black Monday que passava por um acampamento do Occupy Salt Lake City em uma praça do centro da cidade, recentemente, foi recebida com muito carinho. Muitos manifestantes afirmam que uma patrulha contra o crime que não pertença à polícia é mais que bem-vinda hoje em dia.
"É exatamente isso que precisa acontecer no mundo _ sabe, por que precisamos da polícia se podemos ajudar uns aos outros?", disse Poyce Denikma, um ex-peão de obras de 21 anos que hoje é manifestante. "Eles estão dando um exemplo, um exemplo maravilhoso, do que precisa acontecer."
Outras pessoas que encontraram a patrulha não tinham tanta certeza disso.
"Ainda estou pensando no assunto", disse Rebecca Vest, uma moradora de Seattle que estava visitando Salt Lake City para o casamento de uma amiga e havia saído para caminhar. Vest disse que o caso em sua cidade, envolvendo o super-herói com o spray de pimenta, havia levantado algumas preocupações.
"Mas acho que, às vezes, só a presença das pessoas já ajuda, e eles certamente não estão se escondendo de ninguém", ela disse, depois de posar para uma foto com a patrulha da Black Monday. "Eles estão lá fora, dizendo 'Ei, aqui estamos nós'."
Montgomery, o Nihilist, disse que as máscaras estão por toda a parte, se você olhar bem. Ele disse que o que é escondido e o que é revelado pela fantasia é a psicologia básica da vida de um super-herói.
Dave Montgomery, a former alcoholic known in the street as the black-leather-clad Nihilist, with a shruiken he likes to carry when patrolling the streets, in Salt Lake City, Dec. 15, 2011. A cadre of self-cast crusaders from San Francisco to Australia are on the march, but whether they are making the world safer, or just weirder, remains an open question. (Jim Wilson/The New York Times)
Red Voltage, center, and fellow crime fighters patrol the streets of Salt Lake City, Dec. 15, 2011. A cadre of self-cast crusaders from San Francisco to Australia are on the march, but whether they are making the world safer, or just weirder, remains an open question. (Jim Wilson/The New York Times)

"É quase freudiano", ele disse. "Quando você usa uma máscara, você consegue realmente se tornar quem você realmente é. Isso se transforma quase em uma droga."
Ele admite que usar roupas que muitas pessoas consideram fantasias de Dia das Bruxas já transformou, em certas ocasiões, os patrulheiros da Black Monday nos próprios alvos de crimes, ou ao menos de provocações. Mas ele disse que a inteligência e a razão quase sempre desmontam a tensão ocasional com bêbados e outros durões que possam enxergar os patrulheiros como alvos de zombaria.
"Quando começamos a conversar, eles deixam de nos enxergar como patetas ou idiotas fantasiados", ele disse.
Ultimamente, no entanto, Montgomery tem patrulhado menos, para se dedicar mais à atividade de ser pai.
Ele e sua ex-mulher têm guarda conjunta de sua filha de 5 anos de idade, Frankie, e ela passa a maioria das noites com o pai. Mas às quintas e sextas, ela vai para a casa da mãe, deixando-lhe duas noites livres para vestir a fantasia e ir patrulhar as ruas.
"Pegou seu cobertorzinho?", ele perguntou à filha enquanto se preparava para levá-la ao jardim de infância em uma manhã recente de quinta-feira. Dentro da sala de aula, as crianças estavam preparando uma festa de fim de ano _ cada aluno deveria preparar um presente secreto para outro. Mesmo antes da primeira série, Frankie já estava trabalhando infiltrada.
"Lembre-se, você é o Papai Noel Secreto", Montgomery sussurrou para a filha. "Não conte para ninguém."
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