sábado, 6 de setembro de 2014

Exclusivo: Paulo Roberto Costa começa a revelar nomes dos beneficiários do esquema de corrupção da Petrobras


Atualizado às 4h42.


Sergio Cabral, Roseana Sarney, Eduardo Campos, Renan Calheiros e Edison Lobão estão entre os citados nos depoimentos do ex-diretor da Petrobras

Preso em março pela Polícia Federal, sob a acusação de participar de um mega esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa aceitou recentemente os termos de um acordo de delação premiada – e começou a falar.
No prédio da PF em Curitiba, ele vem sendo interrogado por delegados e procuradores. Os depoimentos são registrados em vídeo — na metade da semana passada, já havia pelo menos 42 horas de gravação. Paulo Roberto acusa uma verdadeira constelação de participar do esquema de corrupção.
Entre eles estão os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Do Senado,  Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR), o eterno líder de qualquer governo. Já no grupo de deputados figuram o petista Cândido Vaccarezza (SP) e João Pizzolatti (SC), um dos mais ativos integrantes da bancada do PP na casa. O ex-ministro das Cidades e ex-deputado Mario Negromonte, também do PP, é outro citado por Paulo Roberto como destinatário da propina. Da lista de três “governadores” citados pelo ex-diretor, todos os políticos são de estados onde a Petrobras tem grandes projetos em curso: Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio, Roseana Sarney (PMDB), atual governadora do Maranhão, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência da República morto no mês passado em um acidente aéreo.
Paulo Roberto também esmiúça a lógica que predominava na assinatura dos contratos bilionários da Petrobras – admitindo, pela primeira vez, que as empreiteiras contratadas pela companhia tinham, obrigatoriamente, que contribuir para um caixa paralelo cujo destino final eram partidos e políticos de diferentes partidos da base aliada do governo.
Sobre o PT, ele afirmou que o operador encarregado de fazer a ponte com o esquema era o tesoureiro nacional do partido, João Vaccari Neto, cujo nome já havia aparecidao nas investigações como personagem de negócios suspeitos do doleiro Alberto Youssef. 
Conheça, nesta edição de VEJA, outros detalhes dos depoimentos que podem jogar o governo no centro de um escândalo de corrupção de proporções semelhantes às do mensalão. 
Para ler a continuação dessa reportagem compre a edição desta semana de VEJA no IBA, no tablet ou nas bancas.




A DESCULPA CRIMINOSA DO PETISTA!

"Com FHC/Aécio/PSDB a polícia federal fez cerca de 44 campanhas; com Lula/Dilma mais de 2000!
Percebem a diferença?

O PT fortaleceu o TCU, a Polícia Federal e esta efetivamente combatendo a corrupção.
Agora os corruptos estão indo para cadeia. 
Vocês devem preferir a época do FHC, em que tudo era engavetado!!!"

COMENTÁRIO

Já se sabe que na cadeia só tem inocentes que não deveriam ir presos, também acho que deveriam ser presos quem defende esses "bandidos inocentes".

- Então, o número de campanha que se deram não é por que tem mais bandidos é por que eles são vítimas?
- 12 anos de quadrilha petista e a unica coisa que conseguem é prender companheiros?

Por que não prenderam esses outros bandidos inimigos que os bandidos petistas sugerem que a PF deixaram passar - os crimes não tinham prescrevidos.
Cadê o processo contra o Delegado Romeu Tuma que escreveu um livro - Assassinato de Reputação - provando que até a Polícia Federal está aparelhada pelo petismo?



Ex-diretor da Petrobras delata parlamentares, governadores e ministro em esquema de corrupção
Paulo Roberto Costa aceitou termos de acordo de delação premiada e prestou depoimento na PF de Curitiba


POR JAILTON DE CARVALHO / SIMONE IGLESIAS / LUIZA DAMÉ
05/09/2014 19:27 / ATUALIZADO 05/09/2014 22:57

Delação premiada: Costa, que teve papel decisivo em diferentes fases da construção de Abreu e Lima, é ameaça- Givaldo Barbosa / Agência O Globo

BRASÍLIA — A revelação de parte do conteúdo dos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa provocou, nesta sexta-feira à noite, muita tensão nos comitês das campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT) e da ex-senadora Marina Silva (PSB). Numa série de depoimentos iniciados semana passada, o ex-diretor apontou o envolvimento de deputados e senadores, governadores e de pelo menos um ministro com os desvios de dinheiro de contratos da estatal com grandes empresas.


Costa denunciou pelo menos 25 políticos vinculados a cinco partidos (PT, PMDB, PP, PR e PTB). A maioria é de parlamentares federais em campanha pela reeleição. Outros ocupam cargos executivos no governo federal e em governos estaduais. Costa apontou, entre outros, um “operador do PMDB”, político fluminense, atribuindo-lhe o papel de intermediário de aliados do governo em negociações com empresas fornecedoras de bens e serviços à Petrobras. A atuação desse político se estenderia à distribuição de propinas a partir de contas no exterior.

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Costa aceitou fazer acordo de delação premiada e, desde então, passou a dar detalhes aos procuradores federais sobre a estrutura de corrupção e lavagem de dinheiro entre políticos e empresas contratadas pela Petrobras em negócios intermediados pelo doleiro Alberto Youssef. O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Thomas Traumann, que viria para o Rio nesta sexta-feira, desistiu da viagem e permaneceu em Brasília para monitorar os desdobramentos da situação. A presidente Dilma Rousseff e o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), por sua vez, reuniram-se à noite no Palácio da Alvorada.

— A crise é séria — desabafou um assessor do Planalto.

Em São Paulo, o comando da campanha de Marina convocou nesta sexta-feira uma reunião de última hora. Assessores e colaboradores chegaram ao comitê da candidata sem esconder um certo clima de tensão. Marina, que inicialmente não participaria do encontro, chegou ao local depois do vazamento de informações sobre a delação premiada de Costa. Oficialmente, o assunto da reunião seria a estratégia para rebater ataques dos adversários. No partido, chegou-se a prever que Marina poderá cancelar compromissos de campanha no fim de semana.

Ao final da reunião, perguntada sobre o assunto, Marina desconversou:

— Não li a matéria.

Diante da insistência dos jornalistas que queriam saber se há envolvimento de políticos do PSB, apenas comentou:

— Vou ler a matéria.

Com o depoimento iniciado na quarta-feira da semana passada, Costa deixou os procuradores com a impressão de que o mecanismo de cobrança e partilha de propinas em contratos da Petrobras funcionou para políticos e partidos aliados ao governo como uma espécie de continuação do mensalão. As investigações já atingiram parlamentares da base governista e podem respingar também na campanha do PSB. Um dos principais focos da investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal são contratos de empreiteiras com refinaria a Abreu e Lima, em Pernambuco.

PROCURADOR-GERAL ENVIARÁ NOMES AO STF

A refinaria foi o centro de uma queda de braço entre petistas e socialistas durante a criação de duas CPIs da Petrobras no Congresso Nacional no primeiro semestre. O PSB se opôs fortemente à inclusão das obras da refinaria entre os alvos de uma das comissões de inquérito.

Durante uma década, Costa foi responsável direto por empreendimentos importantes da estatal. O maior foi o Abreu e Lima, onde a empresa gastou nove vezes mais do que previa inicialmente — depois de mais de uma centena de aumentos de preços nos contratos originais, a refinaria deverá ser inaugurada a um custo estimado em US$ 20,1 bilhões, recorde mundial no setor.

Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, todos os nomes dos políticos mencionados por Costa serão enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF). O procurador-geral não quis confirmar nomes e nem mesmo o número de políticos mencionados. Ele argumenta que o sigilo faz parte do acordo de delação premiada, que pode ou não ser mantido até o final da apuração das novas acusações.

— Todos os termos da delação premiada serão encaminhados ao Supremo. Cabe ao Supremo decidir o que é e o que não é (consistente) — disse Janot ao GLOBO.

O relator do caso no STF é o ministro Teori Zavascki. Na primeira etapa da investigação, bem antes do início das negociações com Costa, o ministro decidiu abrir inquérito contra os deputados André Vargas (sem partido-PR) e Luiz Argôlo (SDD-BA) e o senador Fernando Collor (PTB). Relatório da Polícia Federal aponta que os três receberam vantagens da organização de Youssef. Pelas investigações da polícia, Youssef pagou um voo em um jato para André Vargas.

O voo teria custado mais de R$ 100 mil. Vargas teria ajudado o Labogen, um laboratório comprado por Youssef, com o Ministério da Saúde. Argôlo já admitiu que recebeu entre R$ 180 mil e R$ 200 mil, mas negou qualquer ligação com os negócios do doleiro. Collor teria sido agraciado com R$ 50 mil em oito parcelas. Vargas e Argôlo já estão sendo processados por quebra de decoro.

Os depoimentos de Costa têm sido explosivos, mas estão sendo encarados com toda reserva pelos procuradores. Ao final de cada interrogatório, as declarações são criptografadas e guardadas num computador sem internet. Os depoimentos começaram semana passada e ainda não há prazo para conclusão da nova etapa da chamada Operação Lava-Jato. Segundo uma autoridade que está à frente do caso, a cautela é necessária porque as informações são fortes e podem comprometer o processo eleitoral.

— A eleição é daqui a um mês. Essa investigação vai durar muito mais tempo. É um caso complexo, que exige muito cuidado. Temos que checar todas as informações — disse o investigador, que pediu para não ter o nome revelado.

Mas, apesar de toda preocupação, parte das revelações começaram a vazar nesta sexta-feira. Pelo acordo de delação premiada, o ex-diretor terá que apresentar provas ou indicar aos investigadores os caminhos para comprovar cada uma das acusações. Segundo uma das autoridades que está à frente do caso, só ao final da apuração será possível definir os benefícios a serem concedidos a Costa. A redução das penas depende da comprovação das denúncias.

EMPREITEIRAS FIZERAM PAGAMENTOS SUSPEITOS






Pelas investigações da Polícia Federal, empreiteiras com contratos com a Petrobras fizeram pagamentos suspeitos ao doleiro Alberto Youssef e a Paulo Roberto Costa a partir de transações com empresas laranjas. Ainda na primeira fase, a Receita Federal apontou o repasse de mais de R$ 90 milhões de empreiteiras com contratos com a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, para a MO Consultoria, empresa de Youssef, entre 2009 e 2013.

A suspeita é que, a partir daí, o dinheiro teria abastecido campanhas eleitorais de deputados, senadores, governadores e até de um ministro. Um dos supostos chefes da estrutura de desvio seria Paulo Roberto. Durante as investigações, a polícia recebeu a informação de que o ex-diretor mantinha US$ 23 milhões em 12 contas na Suíça. O dinheiro foi bloqueado e o ex-diretor passou a ser investigado por autoridades suíças por lavagem de dinheiro.

O deputado Fernando Francischini (SDD-PR) vai pedir que o MP compartilhe os depoimentos do ex-diretor com a CPMI da Petrobras. Para o deputado, as informações são essenciais para as investigações do Congresso.


  
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Miséria no Paraguai é menor que no Brasil e Argentina


 


Estudo realizado pelo Instituto Cato de Washington, nos Estados Unidos, mostrou os 89 países do mundo com maior concentração de miséria. Segundo o levantamento, o Paraguai aparece na 39° posição, muito atrás dos vizinhos Brasil e Argentina, que ocupam as primeiras posições. 

O Instituto explicou que a pesquisa pode ser realizada em qualquer país que possua dados corretos, analisando inflação, juros de empréstimos, desemprego e o Crescimento Interno Bruto (PIB). 

Antes do Paraguai (39), está a Argentina (4) e o Brasil (9). Outros países americanos com mais miséria são Peru (25), Uruguai (26) e Bolívia (33), Colômbia (38), Chile (52), México (61), Equador (64), Estados Unidos (71), Canadá (74) e Panamá (81).

Ainda segundo a análise liderada pelo economista Steve Hanke, é a Venezuela, onde o governo impõe uma complexa rede de controle de preços. Quando é observado os preços dos artigos que compões o índice, muitos serão estipulados pelo governo e não pelo mercado. Assim, as taxas de inflação da cesta básica serão artificialmente baixas. 

No mundo, os países com maiores índices de miséria são: Iran, Servia, Argentina, Jamaica, Egito, Espanha, África do Sul, Brasil e Grécia.


  
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Denise Abreu e Eduardo Bolsonaro - A NOVA POLÍTICA





  
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TCHAU BRASIL

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Vista de Miami: alguns bancos já têm assessoria imobiliária no exterior para clientes brasileiros

Tchau, Brasil


Os milionários brasileiros estão investindo cada vez mais fora do país. Há boas oportunidades de ganhar dinheiro no exterior, mas o que essa turma quer mesmo é se proteger.

São Paulo - Pouco depois do estouro da crise financeira mundial em 2008, os brasileiros despontaram como compradores de imóveis nos Estados Unidos, especialmente na Flórida. Com a queda dos preços provocada pela recessão, casas e apartamentos de luxo em cidades como Miami e Nova York chegaram a ficar mais baratos do que os vendidos em bairros de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. 

Nos últimos meses, porém, ficou claro que os brasileiros ricos não querem só passar férias com a família no exterior. Eles estão investindo uma parcela maior de seu patrimônio fora do país, em ações, títulos de renda fixa e, claro, imóveis, majoritariamente nos Estados Unidos e na Europa. 


Os números desse movimento ainda não foram divulgados pelo Banco Central, que só reporta anualmente o total de recursos enviados por investidores para fora do país.

Mas dez executivos de alguns dos principais bancos e assessorias financeiras do Brasil disseram a EXAME que o percentual do patrimônio que seus clientes aplicam no exterior é o maior dos últimos dez anos. Os ricos, em suma, estão dando um “bye-bye, Brasil” coletivo.

Na GPS, maior assessoria financeira do país, com 17 bilhões de reais sob gestão, a parcela do patrimônio dos clientes de altíssima renda alocada fora do país dobrou nos últimos 12 meses, para 30%. No Santander, o aumento foi de 110% desde dezembro, e hoje a fatia está em cerca de 30% do volume total.

Os demais bancos consultados — Bradesco, HSBC, UBS e outros que não quiseram ter o nome divulgado — disseram que o percentual oscila entre 20% e 30% e que as remessas para o exterior começaram a ganhar força no fim de 2013. A estimativa é que, no primeiro semestre deste ano, cerca de 4 bilhões de dólares tenham saído daqui (em 2013, o total foi inferior a 6 bilhões de dólares).

A imensa maioria desses investidores aplica, no mínimo, 1,5 milhão de dólares no mercado externo: enviar um volume abaixo desse não compensa em razão das taxas bancárias e dos custos de movimentação. 

Mas vale a pena investir fora do país agora? Os ricaços brasileiros estão agindo por ganância ou por medo? “Quem manda dinheiro para fora está mais preocupado em proteger seu patrimônio do que ter retornos elevados”, diz o diretor de um banco nacional que pediu para não se identificar.

A principal preocupação dos investidores, segundo os profissionais ouvidos por EXAME, é a perspectiva de uma nova desvalorização do real — aplicando no exterior, eles conseguem proteger seus recursos desse risco. “Isso costuma acontecer quando há um cenário de incerteza.

Hoje, as dúvidas são provocadas pela eleição presidencial”, diz Paulo Corchaki, diretor de investimentos do banco UBS. A maioria dos economistas acredita que, qualquer que seja o resultado das eleições, o câmbio deverá desvalorizar até o fim de 2015, devido ao aumento do déficit externo.

A projeção média é que o dólar feche o próximo ano em 2,50 reais, o que representa queda de 10% em relação à cotação atual. Mas vai saber como o câmbio vai reagir ao novo governo — e, na dúvida, a turma está comprando lá fora.

Uma parcela dos investidores diz estar mandando recursos para o exterior por temer que as condições econômicas piorem no Brasil. Na conta deles, está o risco de reajustes de tarifas e preços como o dos combustíveis, que estão defasados cerca de 11% em relação aos preços internacionais do petróleo pagos pela Petrobras na importação.

Há ainda os alarmistas, que temem que o novo governo eleve impostos sobre investimentos ou limite remessas para o exterior. Os executivos de mercado disseram que não viam essa “apreensão” entre os investidores desde a primeira eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.

Na época, o movimento foi muito mais intenso: os investidores mandaram cerca de 9 bilhões de dólares para fora do país, o dólar bateu os 4 reais e o Ibovespa caiu 17% em 12 meses (neste ano, o índice está subindo 16%). 

Mas vale olhar também o que está acontecendo lá fora. Além do medo do que pode se passar por aqui, o interesse dos investidores em aplicar no exterior se deve ao bom desempenho de vários mercados. A bolsa de Nova York subiu 79% em cinco anos, e a do Japão, 48%, enquanto o Ibovespa valorizou só 3,5%.

Desde dezembro de 2009, o preço de imóveis nas 20 maiores cidades dos Estados Unidos aumentou quase 20%. Os juros pagos pelos governos de países europeus, como Espanha, França e Itália, caíram drasticamente desde a crise de dois anos atrás — quem apostou na queda ganhou muito dinheiro.

Na tentativa de abocanhar parte desses ganhos, dezenas de fundos multimercados brasileiros passaram a comprar ações e títulos no exterior, mantendo os recursos dos cotistas no país (só em 2013, o patrimônio desses fundos aumentou cinco vezes, para 3 bilhões de reais, segundo a consultoria Risk Office).

Está tudo muito bem até agora, mas o risco parece alto olhando à frente. A dúvida é se essa alta de preços em muitos desses mercados é sustentável ou se tem sido inflada pelos juros baixíssimos praticados nos países desenvolvidos. 

É bolha? 

Cada vez mais analistas estão apostando na segunda opção: o BIS, o banco central dos bancos centrais, vem alertando em artigos — o último deles publicado em junho — para a formação de bolhas financeiras em diversos países.

Os bancos e as assessorias consultados por EXAME recomendam que seus clientes endinheirados apliquem no exterior uma pequena parcela do patrimônio, entre 10% e 15% do total. O objetivo, dizem, é diversificar riscos. Atualmente, a principal indicação é aplicar em fundos de ações que invistam nas bolsas dos Estados Unidos e da Europa, que podem ganhar com a esperada retomada da economia.

Os especialistas também recomendam imóveis, principalmente os comerciais, que podem ser alugados e dar um rendimento mensal. O banco Santander montou uma área para assessorar seus clientes nisso, e o Credit Suisse, o HSBC e o Itaú estão vendendo fundos imobiliários nos Estados Unidos e na Europa.

Para quem prefere a renda fixa, o conselho é investir nos países desenvolvidos, porque o risco é menor, mas procurar opções que rendam mais do que os títulos públicos, com suas taxas próximas de zero. As alternativas são papéis de empresas sem grau de investimento e fundos que apostam na alta dos juros nos Estados Unidos e estão ganhando dinheiro.

O rendimento não é nenhuma maravilha — tem ficado em torno de 5% ao ano —, mas pode fazer sentido para quem está querendo dar um tempo no risco Brasil.

Como mandar dinheiro para o exterior sem risco de ser preso pela Polícia Federal (aqui)

  
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