quarta-feira, 14 de outubro de 2015

PF investiga repasse do grupo Casino à mulher de Fernando Pimentel, governador de Minas Gerais



A Polícia Federal acredita que um contrato de R$ 8 milhões entre o grupo de varejo Casino e a empresa do jornalista Mário Rosa seja “ideologicamente falso” para justificar pagamentos à jornalista Carolina Oliveira, mulher do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). As suspeitas foram levantadas a partir de relatórios da Operação Acrônimo, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Nas últimas duas décadas, Mário Rosa tem sido um dos mais ativos consultores de imagem e “gerenciadores de crise” de políticos e empresas. Na residência da mulher do governador petista a PF encontrou uma planilha que indicava R$ 362 mil como “valores recebidos do Casino”.
O jornal “Folha de S. Paulo” apurou que a empresa de Carolina, a Oli Comunicação, que tem apenas um funcionário registrado, recebeu, de fato, R$ 2,98 milhões da empresa de Rosa, a MR Consultoria, relativos ao contrato com o Casino, que vigorou de 2011 a 2014.
A primeira-dama de Minas Gerais recebeu pagamentos mensais que oscilaram de R$ 65 mil a R$ 183 mil entre 2012 e 2014. Para a PF, os pagamentos têm relação com a gestão de Pimentel à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), pasta que chefiou de 2011 a 2014 e à qual está vinculado o BNDES.
“Acredita-se que Mário Rosa tenha ‘contratado’ Carolina para facilitar o lobby que teria feito junto ao MDIC/BNDES, obter o benefício solicitado ao Casino e que parte desse pagamento indevido seria repassado para Carolina”, destacou a PF em relatório.
Enquanto isso, a defesa do Casino declarou à PF que os pagamentos à MR estão relacionados a “uma verdadeira guerra” entre o Casino e o seu então parceiro no Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, e que não houve benefício do BNDES ao grupo empresarial francês.
Diniz tentou fazer uma fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour com recursos do BNDES, em 2011. Entretanto, o Casino atuou “combatendo veementemente essa proposta”, de acordo com a petição entregue pelo Casino à PF. Em julho do mesmo ano, o BNDES desistiu da operação. Isso permitiu que o Casino assumisse, em 2013, o controle acionário do Pão de Açúcar.
Na época, Pimentel era ministro e Carolina trabalhava como assessora no BNDES. O Casino ressalta que, como contratou a MR após a decisão do banco, não faz sentido ser colocado sob suspeita de ter buscado benesses no governo.
Os jornalistas Mário Rosa e Carolina Oliveira e o Grupo Casino negaram quaisquer irregularidades nos pagamentos realizados pelo grupo varejista à MR Consultoria, assim como declararam que foram prestados os serviços de comunicação e gerenciamento de crise previstos no contrato e seus aditivos.
“Fui contratado como consultor de comunicação de uma das maiores empresas privadas do país para atuar em assunto que foi resolvido no âmbito privado, sem nenhuma interferência do governo”, disse Rosa. “Quando fui contratado, esse assunto do BNDES já havia sido resolvido”, afirmou o jornalista.
Já o defensor de Carolina Oliveira, Pierpaolo Bottini, afirmou que ela, a convite de Rosa, prestou “serviços de comunicação” ao Casino, auxiliando Rosa em “gestão de crise” e que serão apresentadas à Justiça provas da afirmação.
O advogado disse ainda que a suspeita de que os pagamentos sejam uma fachada “é uma ideia extremamente injusta”. “Carolina tem e-mails demonstrando que trabalhou para esses clientes e trabalhou bastante. Nem ela nem Pimentel tinham qualquer ingerência sobre decisões do BNDES”, ressaltou.
Em nota, o Grupo Casino afirmou que os contratos com a MR, relacionados à disputa com Abílio Diniz, a partir de julho de 2011, “contemplaram todos os requisitos exigidos por lei e seus termos seguiram padrões de mercado, consistentes com aqueles firmados pelo Grupo Casino com outros profissionais no mesmo ramo de atuação”. E acrescenta: “Os serviços prestados pela MR Consultoria foram comprovados às autoridades competentes e são de conhecimento público. O Grupo Casino reafirma que jamais contratou Carolina Pimentel ou qualquer de suas empresas”.

O Evangelho Social, os Conselhos de Igrejas e o Socialismo Fabiano

Berit Kjos
Chamado "Pai do Evangelho Social", Walter Rauschenbusch (1861-1918), foi criado em uma família de imigrantes alemães luteranos em Nova Iorque. Estudou teologia na Universidade de Rochester, uma das centenas de instituições educacionais "cristãs" financiadas por John D. Rockefeller. Depois de pastorear uma Igreja Batista entre os imigrantes pobres na cidade de Nova Iorque durante alguns anos, ele se tornou docente do Seminário Teológico Rochester – também financiado por Rockefeller. Em 1902, ele se tornou Professor Titular de História da Igreja dessa instituição de ensino.
A partir dessa proeminente plataforma, ele escreveu livros como "Christianizing the Social Order" [Cristianizando a Ordem Social] e "A Theology for the Social Gospel." [Uma Teologia Para o Evangelho Social].[4] Embebecido na "alta crítica" e na ideologia socialista, ele ensinava o que muitos consideravam um evangelho mais relevante e solidário. Como resultado disso, ele "mudou tanto a ênfase quanto a direção do Protestantismo Americano". [1]
Rauschenbusch apresentava Jesus "não como alguém que viria para salvar os pecadores de seus pecados, mas como alguém que tinha uma ‘paixão social’ pela sociedade." [2] Ele e seus companheiros estabeleceram a "Brotherhood of the Kingdom" [Fraternidade do Reino], que unificou líderes de igrejas que tinham as mesmas convicções que ele sobre uma busca socialista comum para um "Reino de Deus" terreno.
O plano deles teria se encaixado bem nos nossos tempos! Esse plano clamava por reforma, por unidade ecumênica, por "Justiça Social" e por paz global. Para justificar seu lugar na teologia "cristã", palavras como redenção e regeneração foram redefinidas para se encaixarem aos seus ideais socialistas.[3]
Parece familiar, não é mesmo? Os líderes populares das igrejas usam a mesma estratégia atualmente. The Secret Message of Jesus [A Mensagem Secreta de Jesus], o livro recente do pastor Brian McLaren, torce a Palavra de Deus, fazendo-a endossar um reino terreno e interreligioso.[4] Semelhantemente, a esperança de Tony Campolo por uma perfeição terrena zomba da promessa bíblica da vida eterna:
"O evangelho não tem nada a ver com (...) um prêmio para quando se morre (...). É imperativo que a geração que está vindo reconheça que o Jesus bíblico estava comprometido com a realização de uma nova ordem social neste mundo. (...) Tornar-se cristão, portanto, é ter um chamado à ação social". [5]
Em 1907, Rauschenbusch encontrou-se com os líderes do Socialismo Fabiano na Inglaterra, Sidney Webb e Beatrice Potter Webb.
Diferentemente dos impacientes revolucionários marxistas, os metódicos fabianos enfatizavam a transformação pacífica por meio da propaganda e da infiltração nas universidades, seminários e igrejas.
Ao longo dos anos, esse movimento socialista cresceu de formas a incluir Bertrand Russell, H. G. Wells (que escreveu "Open Conspiracy" [Conspiração Aberta]), o escritor de peças de teatro George Bernard Shaw, Sinclair Lewis, a líder da teosofia Annie Besant, e o líder comunista Harry Dexter White, que trabalhou com Alger Hiss para estabelecer as Nações Unidas.[6] O movimento se espalhou pelas nações ocidentais – graças em parte, às igrejas liberais que pregavam sua mensagem como se fosse apoiada pela autoridade de Deus.
Notas:
1. Dr. A.W. Beaven, ex-presidente do Conselho Federal de Igrejas (EUA). Citado por
Edgar C Bundy, página 99. Referências abaixo.
2. Edgar C Bundy, Collectivism in the Churches: A documented account of the political activities of the Federal, National, and World Councils of Churches [O Coletivismo nas Igrejas: Um relatório documentado das atividades políticas dos Conselhos Federal, Nacional e Mundial de Igrejas] (Wheaton, Illinois: Church League of America, 1957), p. 97.
3. Ibid.
5. Tony Campolo, "Reflections on Youth Ministry in a Global Context" [Reflecções Sobre o Ministério de Jovens em um Contexto Global], National Council of Churches, "Poverty March 2002". www.ncccusa.org/poverty/sermon-campolo.html
Traduzido pela Chamada da Meia-Noite do original em inglês: Treason in the Church: Trading Truth for a "Social Gospel"
Divulgação: www.juliosevero.com
Leitura recomendada:

Que horas ela volta? …por cima*


de Christian Dunker

O cinema da Retomada (1992-2003) foi o primeiro movimento estético a captar a importância da vida em forma de condomínio como legado histórico e pendência simbólica de uma época que não soube reconhecer a diferença social como um problema de Estado.
O que é isso companheiro? (1997) Bicho de sete cabeças (2001), Cidades de Deus (2002) e Carandiru (2003), são reflexões sobre este polígono formado pelas favelas, prisões e condomínios.


Característico da Retomada é a tentativa de mostrar e de pensar o Brasil real, entre a maquiagem desenvolvimentista e a cosmética da violência.
Por isso me parece que O invasor (2002) de Beto Brandt, é o filme que melhor capta esta contradição entre ricos e pobres que termina em uma espécie de amizade paradoxal, excessiva e obscena. Dois amigos, empresários, contratam um pistoleiro de periferia para assassinar o terceiro sócio que estava criando problemas no interior da dinâmica da corrupção. O pé de pato faz o serviço, mas depois de receber o dinheiro, em vez de voltar para casa e desaparecer, ele começa a frequentar a mansão e a vida dos dois contratantes, envolvendo-se com a filha de um deles.

Nada mais eficaz do que colocar no personagem paratópico do pistoleiro um não-ator, Paulo Miklos, vocalista da banda de rock Titãs. Desta forma seus gestos insólitos tornam-se obviamente exagerados. Um exagero naturalista que funciona perfeitamente na lógica do filme para mostrar como a insanidade da vingança praticada entre “amigos” (empresários) se instrumentaliza pela aliança entre “inimigos” (ricos e pobres). Nesta versão nacional de Macbeth, o crime não se apaga. Os territórios da mansão no Morumbi e a favela de Paraisópolis, uma vez fundidos, pingam sangue e culpa para sempre.

segundo momento fundamental da lógica do condomínio acontece, naturalmente, com O som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho (2013). 
Agora, trata-se de entender a gênese do condomínio como uma herança arcaica dos antigos latifúndios. Francisco (W. S. Solha), literalmente senhor de engenho, é também e simplesmente dono de uma rua inteira em Recife. Nela, a vida apática e modorrenta, cheia de pequenas contravenções e rebaixamento de sonhos começa a se movimentar quando uma equipe de seguranças, liderada por Clodoaldo (Irandhir Santos) se estabelece no local. Nela tudo funciona bem, a não ser o som que parece denunciar o mal-estar e o esvaziamento das relações sociais, das perspectivas de futuro e da densidade da vida amorosa. Novamente temos uma trama de vingança inesperada, na qual um crime antigo apagado agora retorna com cores vivas e surpreendentes no interior da zona de segurança formada pelo condomínio. Novamente aqueles que deveriam ser aliados “interclasses”, (os condôminos e os seguranças) mostram que tal aliança erige-se em um pacto hamletiano anterior, mal resolvido, e mal honrado.

O ponto arqui-mediano da lógica do condomínio está sem
dúvida em Que horas ela volta? (2015), de Anna Muylaert. Aqui temos a mesma apatia e falta de sentido que domina a representação da vida protegida e abrigada entre muros, síndicos e regulamentos de ocasião. O conflito é novamente caracterizado por uma espécie de dilatação da presença do serviçal. Assim como Val deve aparecer para o que for necessário, antecipando demandas e dificuldades de seus patrões, ela deve logo em seguida tornar-se invisível quando se trata de existência não funcional. Ela deve inexistir, sobretudo, quando o assunto é a personalidade sensível de seus patrões: assuntos que envolvem gosto, narrativas pessoais ou habitação de certos lugares da casa, como a piscina. Era assim também a promessa dos primeiros condomínios. Uma civilização artificial na qual os problemas práticos com empregados domésticos estariam resolvidos: entradas pelos fundos, uniformes, administração impessoal e mínimo de convivência não controlada. Saneava-se assim a antiga e machadiana figura do agregado, este misto de empregado e membro da família, que perpassa a memória afetiva de todos nós, e que descende tanto do aproveitamento sexual da senzala pela casa grande (Gilberto Freire) quanto da mistura ibérica cordial entre o público e o privado (Sérgio Buarque de Holanda).

Portanto, a pergunta que não quer calar, não é por que Val (Regina Casé) aparece como personagem caricata em seu exotismo linguístico nordestino, que exagera no amor ao filho da patroa, na devoção superlativa ao marido depressivo ou na tolerância para com a ignara e displicente dondoca. Este 
exagero não é um erro de casting ou de construção de personagem, mas uma necessidade estrutural. Este excesso representa o personagem ausente no filme, mas que é facilmente dedutível da série na qual ele se inclui: a vingança e a violência. A complacência e dedicação de Val tem por objetivo induzir o mal-estar no espectador. Fazer com que ele se reconheça no idiota apressado que não consegue escutar uma história de sofrimento, de inverter uma perspectiva sequer sobre sua própria vida, em relação a quem, por outro lado ama e experimenta gratidão, ainda que narcísica.
Jéssica, a filha abandonada, que reaparece “fora de lugar” faz a função híbrida de Paulo Miklos e Irandhir Santos. Ela gruda, se insinua, aceita ser tratada como hóspede, comporta-se como um objeto intrusivo, age como se não soubesse que existe uma ordem e uma lei, um semblante que mantém sob si a verdade de um discurso, que é o discurso da segregação. Contudo, ela não volta para se vingar dos patrões, mas da covardia moral da mãe. 

Aqui tudo o que o personagem de Val tem de determinação unidimensional Jéssica carrega de indeterminação produtiva. Estaria Carlos, o herdeiro filho de papai, reencarnando seu papel de senhor, assediando a senzala, ou estaria ele tomado pelo redespertar verdadeiro do desejo, diante de um ato real de reconhecimento, quando se encontra com alguém, como Jéssica, dotada de um genuíno apreço pelas artes e pela arquitetura modernista? Estaria Fabinho enciumando por ter que dividir o afeto de sua ama de leite ou interessado em uma mulher real que já não é mais virgem? Seria a alegoria do rato nadando na piscina uma crítica invejosa da madame contra a irreverência da jovem, um gesto para afastar o filho da intimidade demasiada com a intrusa ou é apenas signo de sua derrota e impotência diante da autenticidade da filha ou da intimidade da mãe.

Nada mais distante desta lógica do que pensar que Regina Casé é uma personagem-tipo do lulismo, uma batalhadora que deu certo, ostentando seus signos de consumo, na parede de seu quarto dos fundos, para uma casa que ela ainda não ousou sonhar. Casé vem da comédia nacional semi-escrachada, do fulcro da indústria cultural, mas assim como Paulo Miklos, ela é percebida como uma atriz diferente, uma espécie de antropóloga interessada no Brasil. Aqueles que viram no filme apenas uma reprise de uma comédia de ocasião, realista se não governista, parecem aqueles antigos psicanalistas que só conseguem olhar para um filme a partir de seu enredo. E com um martelo na mão, tudo o que conseguem enxergar são… pregos.

O trabalho de câmera é decisivo para entender como o problema central do filme não é a conflitiva doméstica e seus sonhos de ascensão, mas são os muros que atravessam as relações, induzindo um ressentimento expresso pela perda de intimidade, pela solidão compartilhada, pela inexplicável distância que faz Val, deixar de visitar sua filha por 10 anos. É o abrir e fechar das portas da cozinha, das portas do atelier de Carlos, das janelas do Copan, este sonho contra-condominial de Niemeyer de criar um complexo urbanístico onde ricos e pobres poderiam viver juntos entre apartamentos gigantes e pequenas quitinetes.
São os takes de Campo Limpo, de onde se pode ver a cidade, ao contrário do intra-muros residencial da casa no Morumbi e sua retórica da asfixia.
Nos acostumamos a ver no cinema brasileiro contemporâneo o excesso de emprego da câmera subjetiva. Postada rente ao rosto do personagem ela produz interioridade psicológica e densidade moral apropriada para a tematização do herói dividido (como o Capitão Nascimento, apesar de tudo). Mas não é neste plano subjetivo que Jéssica nos é apresentada, mas numa espécie de plano subjetivo com uma semi-torção, no qual a câmera está perto do rosto da personagem, mas seu rosto vira-se para o lado, como que a recusar a sua psicologização, sem por outro lado, recorrer ao distanciamento. Daí que sejamos surpresos pela complexidade de motivos que trouxeram-na para São Paulo. Daí também que sejamos surpreendidos pela reconciliação diante de um dos sintomas mais temido pelos clínicos, graças a sua força de repetição transgeracional: a gravidez precoce.

O último exagero imputado ao filme, procurando corroer sua verossimilhança e com isso sua potência crítica, trata de insistir que seria pouco plausível que uma moça vinda do nordeste, sem cursinho, entrasse na USP. A objeção não procede, pois mostra, antes de tudo, soberba ignorância quanto ao fato de que há muitos alunos que não são ricos e indolentes como Fabinho, nas universidades públicas. E é aqui que o filme vai melhor ao nos apontar nosso próximo muro condominial a ser derrubado: a inequidade na distribuição de bens simbólicos de qualidade, como educação, cultura, justiça e saúde. É o ponto de inversão real no qual os jovens protegidos e indolentes das classes altas estão sendo sobrepujados nas universidades e nos empregos por jovens inquietos atrás de uma única oportunidade. Mais do que atrás de um prato de comida, atrás de um prato de saber. É a ridícula miséria cultural daqueles que deveriam zelar pela sua distribuição que é posta em questão de ponta a ponta no filme: as telas desperdiçadas de Carlos, as declarações vazias de sua

esposa (“o estilo é a pessoa, sabe?”), a inconsequência de Fabinho.

A síntese desta questão está na cena na qual guiado pelo pai, Fabinho confessa sua ignorância de jamais ter entrado e sequer saber como é a universidade onde queria estudar, ali tão próxima de sua casa no Morumbi. Em contraste com Jéssica que sem jamais ter pisado em São Paulo, pressentia o encontro indelével com o horizonte futuro de seu desejo, e a hora da verdade quando ela e sua turma poderão dar a volta por cima.

*Fonte: Blog Da Boitempo - http://blogdaboitempo.com.br/category/colunas/christian-dunker-colunas/

Trailer do Filme

Christian Ingo Lenz Dunker é psicanalista, professor Livre-Docente do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Analista Membro de Escola (A.M.E.) do Fórum do Campo Lacaniano e fundador do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise da USP. Autor de vários livros, entre eles Estrutura e Constituição da Clínica Psicanalítica (AnnaBlume, 2011) vencedor do prêmio Jabuti de melhor livro em Psicologia e Psicanálise em 2012. Seu livro mais recente é Mal-estar, sofrimento e sintoma: a psicopatologia do Brasil entre muros  (Boitempo, 2015).

COMENTÁRIO DO BOLG: 

Por Christian Ingo Lenz Dunker

"Regina Casé é uma personagem-tipo do lulismo, uma batalhadora que deu certo, ostentando seus signos de consumo, na parede de seu quarto dos fundos, para uma casa que ela ainda não ousou sonhar".




“Caiu, o primeiro tombo” PF quebra sigilo bancário de ‘Lula’ e revela operações milionárias com empreiteiras

O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) enviou à Polícia Federal e aos integrantes da força-tarefa paranaense, dados estarrecedores sobre a movimentação financeira milionária da LILS, empresa de palestras do ex-presidente Lula.

De acordo com o documento, Lula faturou apenas através da LILS cerca de R$ 27 milhões, desde que ele deixou a presidência da República. Destes, boa parte do dinheiro veio de empreiteiras investigadas na Lava Jato, como Odebrecht (R$ 2,8 milhões), Andrade Gutierrez (R$ 1,5 milhão) e OAS (R$ 1,4 milhão).
Lula é milionário. É o ex-presidente mais rico em toda a história do País.
Essa é apenas uma pequena amostra da movimentação financeira do ex-presidente. Os dados são referentes apenas a conta bancária da LILS e apontam a a destinação de parte dos recursos. De acordo com o relatório, a LILS aplicou R$ 12,9 milhões, fez um plano de previdência privada no valor de R$ 5 milhões, recolheu R$ 3 milhões em impostos e fez transferências de R$ 4,3 milhões.
Após as revelações de sua conta milionária, Lula entrou em pânico e passou toda a noite em claro. Fez dezenas de ligações durante a madrugada e conseguiu marcar uma reunião de emergência com a presidente Dilma Rousseff na manhã deste sábado. Os dois se encontraram a sós, sem a presença de assessores ou testemunhas.
A assessoria de imprensa do Planalto assim como a do ex-presidente Lula não repassaram informações sobre o conteúdo da conversa reservada.
Fontes : Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e Polícia Federal. Valores referentes apenas à LILS, empresa de Lula. Há ainda outros milhões doados por empreiteiras ao Instituto Lula, que não teve o sigilo quebrado. Lula terá que depor em inquérito da Operação Lava Jato.

COMENTÁRIO DO BOLG:

Por Christian Ingo Lenz Dunker

"Regina Casé é uma personagem-tipo do lulismo, uma batalhadora que deu certo, ostentando seus signos de consumo, na parede de seu quarto dos fundos, para uma casa que ela ainda não ousou sonhar".