sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A CULPA É MESMO DO OCIDENTE? Discurso em 2009 de Oscar Arias, ganhador do Nobel da paz e ex-presidente da Costa Rica define bem o tema: “ALGO HICIMOS MAL”




Palavras do Presidente Oscar Arias da Costa Rica na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, 18 de abril de 2009.


“Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latino-americanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas. Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros. Não creio que isso seja de todo justo.

Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país. Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres.

Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade.

Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos.

Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal. Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coréia do Sul. Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante. Bem, algo nós fizemos mal, os latino-americanos.

Que fizemos errado? Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos. Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário. Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10.

Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países. Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos.

Em 1950, cada cidadão norte americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano. Hoje em dia, um cidadão norte americano é 10 15 ou 20 vezes mais rico que um latino-americano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.


No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado. Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo “num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia” e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas e soldados.

*Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000* milhões em armas e soldados. Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo? Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infraestrutura necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é a desigualdade que temos que nos envergonhar realmente; é produto, entre muitas outras coisas, certamente, de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas.

Vá alguém a uma universidade latino-americana e parece, no entanto que estamos nos sessenta, setenta ou oitenta. Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latino-americanos. 

E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os “ismos” (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, social cristianismo…) os asiáticos encontraram um “ismo” muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o *pragmatismo*. Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha: “Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos”. E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que “a verdade é que enriquecer é glorioso”. E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo atrás.

A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos. Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos. Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer.

Muchas gracias.


  
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24/02/2014
 às 19:56 \ Direto ao Ponto

Quatro anos depois de escancarar o abismo existente entre um palanqueiro e um estadista, Óscar Arias mostra a diferença que separa um democrata corajoso de uma cúmplice do capataz da Venezuela



Em março de 2010, com poucas horas de diferença, os presidentes do Brasil e da Costa Rica se manifestaram sobre o tratamento dispensado pela ditadura cubana a presos políticos e oposicionistas em liberdade vigiada. Como atesta o post reproduzido na seção Vale Reprise, o que Lula disse durante outra visita à ilha-presídio e o que Óscar Arias escreveu num artigo publicado no jornal El País escancararam o abismo existente entre um palanqueiro sem grandeza e um genuíno estadista.

Passados quatro anos, chegou a vez de Dilma Rousseff ser exposta a uma desmoralizante comparação com Óscar Arias, desta vez provocada por opiniões antagônicas sobre a reação brutal do presidente Nicolás Maduro às manifestações de protesto promovidas pela oposição venezuelana. Um comunicado oficial endossado pelo governo brasileiro formalizou o apoio incondicional dos países do Mercosul ao companheiro ameaçado por “atos de violência”, “tentativas de desestabilizar a ordem democrática” e “ações criminosas de grupos violentos que querem disseminar a intolerância e o ódio na República Bolivariana da Venezuela, como instrumento de luta política”.

Nesta sexta-feira, de novo com um texto publicado no jornal El País sob o título Venezuela: inferno de perseguição, o costarriquenho premiado em 1987 com o Nobel da Paz implodiu mais um monumento ao cinismo erguido pelo clube dos farsantes. 

Confira:

Quero juntar minha voz ao coro de preocupação que se ouve em grande parte da nossa América.
Multidões de estudantes e cidadãos que se opõem ao governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro foram brutalmente atacados com armas de fogo pelas forças de segurança.

Em nenhum país verdadeiramente democrático alguém é preso ou assassinado por discordar das políticas do governo ou por manifestar em público seu descontentamento. A Venezuela de Maduro pode fazer todos os esforços de oratória para vender a ideia de que é efetivamente uma democracia. Cada violação dos direitos humanos que comete nega na prática tal afirmação, porque sufoca a crítica e a dissidência.

Todo governo que respeite os direitos humanos deve respeitar o direito de seu povo de manifestar-se pacificamente. O uso da violência é inaceitável. Recordemos a advertência de Gandhi: “Olho por olho e o mundo inteiro se tornará cego”.

Sempre lutei pela democracia. Estou convencido de que, se não existe oposição numa democracia, devemos criá-la, não reprimi-la e condená-la ao inferno da perseguição, como parece fazer o presidente Maduro.


Os presidentes Obama, Lula e Arias na Cúpula das Américas em Trindade e Tobago.

O governo da Venezuela deve respeitar os direitos humanos, sobretudo os dos opositores. Não há nenhum mérito em respeitar apenas os direitos de seus partidários.
Martin Luther King Jr. disse que “os lugares mais quentes do inferno estão reservados àqueles que num período de crise moral se mantiveram neutros. Num determinado momento, o silêncio se converte em traição”.

Estou consciente de que estas afirmações me deixarão exposto a todo tipo de crítica por parte do governo venezuelano. Serei acusado de imiscuir-me em assuntos internos, de desrespeitar a soberania nacional e, quase com certeza, de ser um lacaio do império.
Sou, sem dúvida, um lacaio do império: do império da razão, da tolerância, da compaixão e da liberdade. Sempre que os direitos humanos forem violentados, não vou calar-me. Não posso calar-me se a mera existência de um governo como o da Venezuela, uma afronta à democracia. Não vou calar-me quando estiver em perigo a vida de seres humanos que apenas defendem seus direitos de cidadão.

Vivi o suficiente para saber que não há nada pior do que ter medo de dizer a verdade.
A resposta de Dilma ao jornalista que quis saber em Roma se tinha algo a dizer sobre a crise venezuelana reiterou que, como o padrinho, a afilhada não tem compromisso com a verdade. “Não interfiro em problemas internos de outro país”, mentiu a avalista do infame documento do Mercosul. O post de 2010 registrou que Arias é um democrata exemplar, um devoto do Estado Democrático de Direito que tenta moldar um mundo mais justo e generoso. Dilma só pensa na reeleição. O ex-presidente da Costa Rica se guia por princípios éticos e valores morais. Dilma não sabe o que é isso.

  
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América Latina aprova criação de novo bloco regional sem os EUA

Enviado por Francisco Díaz-Valdés em 23/02/2010 às 06:49 PM


Os presidentes dos países da América Latina e do Caribe aprovaram, nesta terça-feira em Cancún, no México, a criação de um novo bloco que represente todas as nações da região sem a participação do Canadá e dos Estados Unidos.
O organismo se chamaria, temporariamente, Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos e iniciaria suas atividades a partir de julho de 2011 – data da próxima Cúpula da América Latina e do Caribe em Caracas, na Venezuela.
“Finalmente há um consenso sobre isso, também houve discussões intensas”, disse o presidente do México, Felipe Calderón. Segundo ele, o novo bloco deve “impulsionar a integração regional e promover a agenda regional em encontros globais”.
Até agora, os líderes ainda não incluíram Honduras no novo grupo regional.
O bloco seria uma alternativa à Organização dos Estados Americanos (OEA) – o principal fórum das relações regionais nos últimos 50 anos. A OEA tem sofrido críticas de seus próprios membros após uma série de embates políticos e comerciais entre países da região e os Estados Unidos.

Princípios

O novo organismo foi aprovado pelos 25 chefes de Estado e de governo que participaram da Cúpula no México.
Segundo o comunicado divulgado pelos líderes, o bloco terá entre seus princípios promover o respeito ao direito internacional, a igualdade dos Estados, evitar o uso de ameaça de força e trabalhar a favor do meio ambiente na região.
Além disso, o organismo deve promover a integração política da região assim como o diálogo com outros blocos. As regras de operação definitivas deverão ser adotadas no evento de Caracas, no próximo ano, ou na Cúpula que ocorrerá no Chile, em 2012.

'Substituição'

O presidente de Cuba, Raúl Castro, elogiou o anúncio sobre a aprovação do novo bloco, que incluiria o país, diferentemente da OEA.
Cuba foi suspensa da Organização dos Estados Americanos em 1962 por causa do sistema político socialista da ilha. Em 2009, a OEA decidiu aceitar novamente os cubanos no bloco, mas Cuba rejeitou.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, já havia expressado seu apoio à proposta, afirmando que seria uma ação para distanciar a região da “colonização” americana.
Um representante do Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que não acredita que o novo bloco substituirá a OEA. Os termos do novo organismo e a eventual substituição do Grupo do Rio e da Cúpula da América Latina e do Caribe pelo novo bloco ainda não foram esclarecidos.
Segundo o presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, “é muito importante que não tentemos substituir a OEA”. “A OEA é uma organização permanente e tem suas próprias funções”, disse.




Presidenta Dilma Rousseff recebe cumprimentos do Presidente de Cuba, Raúl Castro na sessão inaugural da II Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos – CELAC.(Havana - Cuba, 28/01/2014)




A AMAZÔNIA É O PULMÃO DO MUNDO?


Por Texto Reinaldo José Lopes

São as algas marinhas que fornecem a maior parte do oxigênio de que planeta precisa. Florestas como a Amazônica consomem tudo ou quase tudo aquilo que produzem

Pulmão do mundo. No que você pensa ao ouvir essa expressão? Ora, só dá para imaginar que a Amazônia é a maior produtora mundial do oxigênio que mantém a Terra viva! Acontece que essa história de "pulmão do mundo" é uma enorme bobagem. Na verdade, são as algas marinhas que fazem a maior parte desse trabalho - elas jogam na atmosfera quase 55% de todo o oxigênio produzido no planeta. E mais: florestas como a Amazônia, segundo os cientistas, são ambientes em clímax ecológico. Isso quer dizer que elas consomem todo - ou quase todo - o oxigênio que produzem. 
As estimativas variam, mas todas indicam que a parcela de oxigênio excedente fornecida pela Amazônia para o mundo é bem pequena. Talvez ela nem exista! É que, além de produzir oxigênio na fotossíntese (enquanto sequestram gás carbônico da atmosfera e o transformam em matéria-prima para galhos e folhas), as árvores também respiram - consumindo oxigênio e liberando gás carbônico. No fim, a relação produção/consumo tende a ficar no empate. 

Isso não significa, contudo, que derrubar a floresta teria impacto zero sobre o clima do planeta. Ao contrário: quando não alimentam a indústria legal ou ilegal de madeira, árvores derrubadas se decompõem, liberando gás carbônico e agravando o problema do aquecimento global. Além disso, já se sabe que, de várias maneiras, a Amazônia produz sua própria chuva e influencia o regime pluviométrico de outras regiões. Segundo os cientistas, ela lança na atmosfera uma quantidade inimaginável de partículas de origem biológica - de pedacinhos de plantas a fungos e moléculas orgânicas. Levadas pelo vento, essas partículas acabam virando núcleos de condensação de nuvens (em torno dos quais o vapor d’água se transforma em gotículas ou cristais de gelo). É por isso, entre outros fatores, que as chuvas são tão abundantes na Amazônia. Quanto mais o desmatamento avança, mais elas tendem a rarear - colocando em risco o delicado equilíbrio da floresta.


Produção de oxigênio2 no mundo 

1º Algas marinhas - 54,7% 
2º Bosques e florestas - 24,9% 
3º Estepes, campos e pastos - 9,1% 
4º Áreas cultivadas - 8,0% 
5º Algas de água doce - 0,3%


  
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IMPORTANTE — URNAS ELETRÔNICAS: Entre todos os países que adotaram o voto eletrônico, o Brasil é o único que ainda utiliza urnas que podem ser manipuladas


Urnas eletrônicas com tecnologia ultrapassada são utilizadas apenas no Brasil (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

31/10/2014 às 18:02 \ Política & Cia

Amigas e amigos do blog, este post foi originalmente publicado a 15 de julho passado e acabou sendo um dos mais acessados na história do blog.
No momento em que há uma grande interrogação sobre o que ocorreu no dia 26 de outubro — quando, devido à necessidade de esperar o fechamento das urnas no Acre antes da divulgação dos resultados para a Presidência, quando o TSE anunciou seus primeiros números Dilma já estava praticamente eleita –, achei importante republicar o post, que traz uma análise técnica sobre a fragilidade das nossas urnas eletrônicas.
Publicado originalmente a 15 de julho de 2014
AS URNAS BRASILEIRAS ESTÃO ULTRAPASSADAS
Texto de Walter Del Picchia, professor aposentado da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e participante do Fórum do Voto Eletrônico
Um estudo publicado no site do voto eletrônico pelo engenheiro Amilcar Brunazo Filho, coordenador do Fórum do voto eletrônico e um dos maiores especialistas em segurança de dados, demonstra cabalmente que nossas urnas eletrônicas, endeusadas como a oitava maravilha do mundo, na realidade estão tecnicamente ultrapassadas pelas utilizadas nos dez países onde se realizam eleições informatizadas (Modelos e Gerações das máquinas de votar – Janeiro/2014).
Ele descreve os três modelos conhecidos (DRE, VVPAT e E2E), denominando-os como de Primeira, Segunda e Terceira gerações. Estas denominações traduzem o fato de que os três modelos surgiram como evolução, um após o outro, para resolver algum problema do modelo anterior.
Em todo o mundo onde se usa voto eletrônico, excluindo-se o Brasil, modelos de 1ª geração já foram abandonados, devido à sua inerente falta de confiabilidade e absoluta dependência do software (ou seja, modificações intencionais ou erros não detectados no software poderiam causar erros não detectados nos resultados da votação).
A 1ª Geração – DRE
Nas urnas de 1ª geração, conhecidas por DRE (Direct Recording Electronic voting machine — máquina de gravação eletrônica direta do voto), os votos são gravados apenas eletronicamente, não oferecendo possibilidade de auditoria por outros meios. Deste modo, a confiabilidade do resultado publicado fica totalmente dependente da confiabilidade do software instalado no equipamento.
Máquinas DRE foram usadas em eleições oficiais em 1991 na Holanda, em 1992 na Índia e desde 1996 no Brasil. O modelo brasileiro chegou também a ser usado em alguns países latino americanos entre 2002 a 2006.
A falta de confiabilidade do modelo DRE (utilizado no Brasil) fez com que, a partir de 2004, este modelo fosse substituído por outros mais evoluídos e confiáveis. De 2004 a 2012, a Venezuela, a Holanda, a Alemanha, os Estados Unidos, o Canadá, a Rússia, a Bélgica, a Argentina, o México e o Paraguai abandonaram o modelo DRE de 1ª Geração.
Em 2014, a Índia e o Equador adotarem modelos mais avançados, de maneira que restou apenas o Brasil ainda usando o modelo DRE de 1ª Geração em todo o mundo.
A 2ª Geração – IVVR ou VVPAT
A 2ª Geração foi proposta formalmente em 2000 (tese de doutorado da Ph.D Rebecca Mercury, disponível na internet). Na tese, foi proposta a possibilidade de auditoria contábil da apuração por meio de uma segunda via de registro do voto, além do registro eletrônico usual.
Este novo registro deveria ser gravado em meio independente que não pudesse ser modificado pelo equipamento de votação e deveria poder ser visto e conferido pelo eleitor antes de completar sua votação. Ela propôs o nome “Voter Verifiable Paper Audit Trail” (Documento de Auditoria em Papel Conferível pelo Eleitor), ou VVPAT.

Uma urna VVPAT — que produz “voto impresso conferível pelo eleitor” — fabricada na Espanha desde 2006 (Foto: brunazo.eng.br)

Posteriormente, a literatura técnica adotou também o nome“Independent Voter Verifiable Record” (Registro Independente Conferível pelo Eleitor), ou IVVR. No Brasil é comum ser chamado de “Voto Impresso Conferível pelo Eleitor”, ou VICE.
A principal característica de equipamentos com VVPAT (IVVR ou VICE) é que passam a ser independentes do software. O Registro Digital dos Votos (RDV) e a sua apuração eletrônica podem, neste caso, ser conferidos por ações contábeis de auditoria, independentes do desenvolvedor do software e do administrador do sistema.
Assim, em 2006, desenvolveu-se o Princípio da Independência do Software em Sistemas Eleitorais que, aos poucos, passou a ser exigido em todos os países que usam voto eletrônico, fora o Brasil. Ele diz: Um sistema eleitoral é independente do software se uma modificação ou erro não-detectado no seu software não pode causar uma modificação ou erro indetectável no resultado da apuração ou na inviolabilidade do voto.
No Brasil, em 2002, houve um teste com urnas com VICE, de 2ª Geração, o qual resultou em fracasso, decorrente da falta de planejamento e condução da experiência. Em seguida, em 2004, a Venezuela implantou equipamentos de 2ª Geração com VICE, com todo sucesso, demonstrando que a proposta é perfeitamente viável, ao contrário do que afirma o TSE no Brasil.
A partir de 2006, equipamentos de 2ª Geração, com voto impresso ou escaneado, passaram a substituir os equipamentos de 1ª Geração em todos os países.
A 3ª Geração – E2E
A partir de 2008, várias iniciativas começam a apresentar sistemas eleitorais independentes do software, que aprimoravam e/ou facilitavam os procedimentos de auditoria, tanto do registro do voto como de sua apuração e totalização.
Na Argentina (2010) foi apresentada uma cédula eleitoral com um chip de radio-frequência (RFID) embutido, onde, num só documento, estão presentes o registro digital e o registro impresso do voto. Esse documento é chamado de “Boleta de Voto Electrónico” (BVE) e propicia muita facilidade para os eleitores e para os fiscais de partido poderem conferir o registro do voto, a apuração e a transmissão dos resultados.
O sistema argentino está descrito no 2º Relatório CMind (ver no site do voto eletrônico), com várias tabelas comparativas do desempenho desse sistema de 3ª Geração em relação ao sistema brasileiro de 1ª Geração.

Urna com o sistema Scantegrity II: independência do software e facilidade de auditoria independente em todo o processo (Foto: brunazo.eng.br)

Em 2009, no município de Tacoma Park, nos EUA, foi testado o sistema Scantegrity II, onde o voto criptografado é impresso e entregue ao eleitor, que poderá verificar posteriormente o seu processamento, sem, no entanto, conseguir revelar o conteúdo do seu voto. Logo em seguida, em Israel, foi apresentado o Wombat, muito parecido ao Scantegrity.
As características comuns de todos esses sistemas de 3ª geração são a independência do software e a grande facilidade de auditoria independente, de ponta a ponta. Por esse motivo, os sistemas de 3ª geração são designados “End-to-End verifiability” ou, E2E.
No site do voto eletrônico, em sua página de abertura, está o link para o estudo aqui resumido. Nele há um mapa com a distribuição dos modelos usados no mundo. Estão divididos em:
— País que ainda usa sistema DRE de 1ª Geração (dependente do software): Brasil
— Países que testaram e abandonaram sistemas de 1ª Geração por falta de transparência ou falta de confiabilidade e, no momento, não estão usando votação eletrônica: Alemanha, Holanda, Irlanda, Inglaterra, Paraguai
— Países que abandonaram sistemas de 1ª Geração e passaram a usar sistemas VVPAT de 2ª Geração (independentes do software): Bélgica, Russia, Índia, EUA, Canadá, México, Venezuela, Peru, Equador, Argentina
— Países que adotaram ou estão testando sistemas E2E de 3ª Geração (independentes do software, com auditoria facilitada): EUA, Israel, Equador, Argentina
Na Página Principal do site do voto eletrônico encontra-se a Cartilha Básica do voto-e no Brasil, que resume críticas e propostas para as eleições informatizadas brasileiras.


  
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IMAGINE A SEGUINTE SITUAÇÃO

Um cliente vai a um banco depositar um valor em dinheiro.
Entrega o valor ao caixa.
O caixa lhe diz “Ok. O depósito está feito”.
O cliente: “E o meu recibo?”
O caixa: “Não, não há como te entregar o recibo”.
O cliente: “Posso, ao menos, olhar aí, na sua máquina, que o depósito foi feito na minha conta, e não na conta de outro cliente?”
O caixa: “Não, isso também não é possível.”
O cliente: “Poderei, então, tirar um extrato depois, para confirmar o depósito?”
O caixa: “Isso também não poderá ser feito. Mas fique tranquilo. CONFIE NO BANCO!”

Fala sério: você confiaria seu dinheiro a um banco que funcionasse dessa maneira? É claro que não, né?

Por que, então, “depositamos” nosso voto na urna eletrônica justamente desse jeito?
A URNA ELETRÔNICA BRASILEIRA É, SIM, UMA PORTA ABERTA À FRAUDE!!! O VOTO IMPRESSO, EM PARALELO AO REGISTRO ELETRÔNICO, É SOLUÇÃO SIMPLES, BARATA E QUE PROPORCIONA MAIOR CONFIABILIDADE AO SISTEMA DE VOTAÇÃO.

Olhem isso que colei de um comentário de um post do Reinaldo Azevedo!

SOMA TOTAL (redondos):
Bahia - soma de votos Aécio + Dilma + brancos + nulos: 7.654.200.
Minas Gerais – soma de votos Aécio + Dilma + brancos + nulos: 12.012.050.
Rio de Janeiro - soma de votos Aécio + Dilma + brancos + nulos: 9.421.190.
Amapá - soma de votos Aécio + Dilma + brancos + nulos: 389.080.

Todos terminados em dezena ou centena!

SOMA AÉCIO+DILMA (redondos):
—————————
Amazonas – Aécio (595.810)+Dilma (1.033.090) = 1.588.900 (todos redondos, o último na centena)
Bahia – Aécio + Dilma: 7.211.150
Piauí – Aécio + Dilma: 1.768.950
Tocantins – Aécio + Dilma: 720.510
Exterior – Aécio + Dilma: 135.180

Todos terminados em dezena ou centena!

A urna passa a ser apenas um detalhe quando se percebe os fios que tecem toda uma ideia de conspiração:

1 – Resultados imbecis e INSISTENTES dos institutos de pesquisas quando lá fora a realidade era diferente;
2 – Resultados diferenciados entre institutos ligados ao governo e os independentes;
3 – Decreto do horário de verão antes de um acontecimento que envolve a mobilização de todas as pessoas (não fariam isso em vésperas do Carnaval, por exemplo);
4 – Reviravolta assombrosa na última meia hora da contabilização dos votos;
5 – Pessoas propagando o resultado antes do encerramento da apuração;
6 – Depoimentos de todas as partes do Brasil sobre anormalidades no dia da votação, desde eleitores a mesários;
7 – Negação do TSE em testar os aparelhos antes da eleição;
8 – Máquinas enguiçadas e com defeitos sendo trocadas em Brasília e não nos Estados onde ocorreram;
9 – Depoimentos de entendidos sobre a vulnerabilidade;
10 – A intuição e a lógica matemática dos eleitores demonstrando dúvidas;
11 – O vício institucionalizado de mascarar contabilidade e resultados;
12 – A disposição de fazer qualquer coisa para se manter no poder, inclusive sob as bênçãos do diabo;
13 – É treze, é petê.

Ver depoimento do Professor Diego Aranha (Ciência da Computação – UnB) no Congresso Nacional:


Especialista e professor da UNB, Diego Aranha diz que urna eletrônica é insegura


Publicado em 15/10/2013

Especialista e professor da UNB, Diego Aranha diz que urna eletrônica é insegura na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado Federal

Muito bom, muito bom mesmo os leitores terem ideia que o buraco é muito mais embaixo, justamente por esse país ser o único com essa tal “tecnologia” sendo que os países de alto nível a proíbem. Venho aqui lhe falar sobre o projeto do professor Diego Aranha para tentar remediar esse problema, como pessoas aqui nos comentários perguntando o que fazer, o que o povo pode fazer para ajudar?
No projeto dele, peço que você de uma olhada, por favor, creio que talvez já o viu http://www.catarse.me/pt/VoceFiscal é uma maneira de tentar melhorar a nossa situação e como o projeto já atingiu sua meta vai ser ótimo para nos os mais interessados, um grande abraço!

Hacker de 19 anos mostrou como fez para fraudar eleições no Rio de Janeiro

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Atualizado em 29/09/2014
Você confia nas urnas eletrônicas?
As últimas informações dão conta que o Hacker que demonstrou as falhas das urnas no RJ está sob proteção policial. A identidade do mesmo não é revelada pelas forças policiais qu acompanham o caso, em face do risco à vida do jovem.
O registro do caso é oficial e ocorreu durante as eleições Municipais em 2012, no Rio de Janeiro.
Acompanhado por um especialista em transmissão de dados, Reinaldo Mendonça, e de um delegado de polícia, Alexandre Neto, um jovem hacker de 19 anos, identificado apenas como Rangel por questões de segurança, mostrou como — através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi – interceptou os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento de outros – sem nada ser oficialmente detectado.
Fácil, fácil, diz o Hacker
“A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados  mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada”, explicou Rangel, ao detalhar em linhas gerais como atuava para fraudar resultados.
Especialistas ficaram de boca aberta após demonstração
O depoimento do hacker – disposto a colaborar com as autoridades –  foi chocante até para os palestrantes convidados para o seminário, como a Dra. Maria Aparecida Cortiz, advogada que há dez anos representa o PDT no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para assuntos relacionados à urna eletrônica; o professor da Ciência da Computação da Universidade de Brasília, Pedro Antônio Dourado de Rezende, que estuda as fragilidades do voto eletrônico no Brasil, também há mais de dez anos; e o jornalista Osvaldo Maneschy, coordenador e organizador do livro Burla Eletrônica, escrito em 2002 ao término do primeiro seminário independente sobre o sistema eletrônico de votação em uso no país desde 1996.
Sob proteção policial 24 horas por dia...
Rangel, que está vivendo sob proteção policial e já prestou depoimento na Polícia Federal, declarou aos presentes que não atuava sozinho: fazia parte de pequeno grupo que – através de acessos privilegiados à rede de dados da Oi – alterava votações antes que elas fossem oficialmente computadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Fraude em benefícios de políticos locais...
A fraude, acrescentou, era feita em benefício de políticos com base eleitoral na Região dos Lagos – sendo um dos beneficiários diretos dela, ele o citou explicitamente, o atual presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Paulo Melo (PMDB). A deputada Clarissa Garotinho, que  também fazia parte da mesa, depois de dirigir algumas perguntas a Rangel  - afirmou que se informará mais sobre o assunto e não pretende deixar a denúncia de Rangel cair no vazio.
Fernando Peregrino, coordenador do seminário onde foi apresentado como foi burlada a eleição, por sua vez, cobrou providências:
“Um crime grave foi cometido nas eleições municipais deste ano, Rangel o está denunciando com todas as letras –  mas infelizmente até agora a Polícia Federal não tem dado a este caso a importância que ele merece porque  ele atinge a essência da própria democracia no Brasil, o voto dos brasileiros” – argumentou Peregrino.
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook