sexta-feira, 8 de agosto de 2014

ESPANHA INTERNA 'JIHADISTA' DE 14 ANOS EM CENTRO DE TRATAMENTO

Mulher militante do movimento Jihad Islâmica em Gaza - REUTERS-10-3-2010


POR FERNANDO J. PÉREZ / EL PAIS
07/08/2014 7:00 / ATUALIZADO 07/08/2014 14:26

Plano da adolescente era ir ao Iraque para servir como combatente do Estado Islâmico

MADRI — Um juiz espanhol ordenou que uma adolescente de 14 anos impedida de ir para o Iraque servir como jihadista fosse internada para tratamento em um centro de menores. Foi o primeiro caso do tipo na História da Espanha.

Aicha (nome falso) foi detida na fronteira de Melilla quando planeja ir ao Iraque para se unir ao autoproclamado Estado Islâmico, que afirmou em junho ter fundado um califado entre o país e a Síria.

Aicha estava acompanhada por uma jovem de 19 anos, Fauzia Allal Mohamed, que está em liberdade provisória por ordem do juiz Santiago Pedraz. As duas terão que responder à acusação de integrarem uma organização terrorista.

Fontes presentes ao interrogatório da menina destacam sua frieza e fanatismo. A adolescente admitiu que ia viajar da cidade marroquina de Nador, que faz fronteira com Melilla, para o Iraque para integrar a luta jihadista. Aicha deu ainda o nome de outras três jovens, também recrutadas, que seguiriam com ela para a zona de conflito.

O processo de convocação e doutrinamento da adolescente foi feito pela internet. Aicha disse que começou a participar há quatro meses de fóruns jihadistas. Ao longo desse período, manteve contato constante com os rebeldes através do Facebook e do WhatsApp. Durante o processo de convencimento, ela deixou de ser uma jovem muçulmana tolerante com os costumes ocidentais e passou a ocultar seu rosto com o niqab e seu corpo com um manto negro. Sua mudança de atitude começou a chamar a atenção da família.

Pouco antes de fugir, Aicha entrou em contato com um homem que pessoalmente deu a ela as últimas instruções para a fuga.

A adolescente, que fora enviada pelos pais para viver em Príncipe, um dos bairros mais pobres de Ceuta, escapou a Melilla no final de semana passado. A família denunciou o seu desaparecimento e manifestou a preocupação de que ela tivesse se integrado a uma organização islâmica radical. As autoridades espanholas abriram, então, uma investigação sobre um possível sequestro.

Em Melilla, Aicha ficou por dois dias na casa de sua amiga Fauzia, que também era próxima dos jihadistas. A polícia já procurava pelas duas e as parou quando elas iam atravessar a fronteira de Beni Enzar, rumo ao Marrocos. Apesar de se mostrarem convencidas de que se unir à jihad era uma coisa boa, Aicha teve momentos de dúvida antes de escapar.

A menina, que reconheceu em um dos interrogatórios a influência dos imãs de Ceuta em seu doutrinamento, admitiu que em um momento da fuga quis voltar para casa, mas que ameaçada para dar continuidade ao plano.

A menina, descrita como inteligente por sua família, ingressou em um centro para menores da Comunidade de Madri. A medida, asseguraram as fontes, foi tomada tanto para assegurar a investigação quanto para proteger a própria menor, distanciando-a de Ceuta.


A Segurança, direito a proteção, liberdade e tolerância algumas vezes acabam assim. Que ironia! Milhões de mulheres parece desejarem ser livres da secular opressão da sociedade ocidental dita como “opressora patriarcal” em que nascerem: sentir o vento na pele, serem donas do seu destino e não terem o clitóris decepado, por exemplo...

E, eis que algumas garotas que possuem toda a liberdade e segurança e se lançam numa aventura imbecil. A Jihad neste caso, para elas, seria ter segurança e proteger seus filhos, servir um marido, lavar cueca cozinhar e ter filhos. Fim da internet, do WhatsApp e de coisas muito mais importantes que deixariam para trás.

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A SENADORA GAÚCHA QUE AMEAÇA O PT NA TERRA DE DILM

PEDRA NO SAPATO – A senadora Ana Amélia Lemos (PP), que pode complicar os planos de reeleição de Tarso Genro (PT) no Rio Grande do Sul (Foto: Agência Senado/VEJA)

04/08/2014
 às 20:30 \ Política & Cia

Ana Amélia Lemos, do PP, lidera as pesquisas para o governo gaúcho contra o petista Tarso Genro e dará palanque a Aécio Neves, adversário de Dilma
Por Marcela Mattos, de Porto Alegre, para o site de VEJA
No dia 25 de junho, às vésperas do término do prazo para as convenções dos partidos, a reunião do Partido Progressista (PP) terminou em confusão. A cúpula do partido não conseguiu aprovar, como pretendia, o apoio à candidatura à reeleição da presidente-candidata Dilma Rousseff. Um dos diretórios que capitaneou a dissidência foi o do Rio Grande do Sul, com a senadora Ana Amélia Lemos à frente.
A briga não reverteu o quadro porque, numa canetada, o presidente da sigla, Ciro Nogueira (PI), reuniu a cúpula do partido em seu gabinete no Senado e, a portas fechadas, decidiu pelo apoio a Dilma. Mas o embate foi um claro prenúncio do tamanho da dificuldade que o PT e Dilma enfrentarão pelos oito milhões de votos gaúchos em outubro.
Com o protagonismo nacional enfraquecido por uma longa crise nas contas públicas, o Rio Grande do Sul terá nas urnas oito candidatos ao Palácio Piratini, entre eles o atual governador, Tarso Genro, do PT, que tenta a reeleição.
A gestão do petista acabou marcada pelo endividamento do Estado – mais de 41 bilhões de reais –, aumento de 22% dos homicídios e uma crise permanente com professores da rede estadual, além do desgaste por ter criado uma estatal para gerenciar as estradas.
“Sou muito mais beneficiada pela fragilidade do Tarso Genro do que exatamente por alguma qualidade que eu possa ter. Estamos vivendo um bom momento para a renovação no Estado, e a política é imponderável”, diz Ana Amélia.
Segundo a última rodada de pesquisas feitas pelo Ibope, Ana Amélia tem 37% das intenções de voto, contra 31% de Tarso. Ex-prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori (PMDB) está em terceiro, com 4%, e o deputado federal Vieira da Cunha (PDT) tem 2%. Sondagens feitas pelo PP apontam um cenário ainda mais favorável à senadora, que chega a 42%, ante 27% do rival petista.
Com uma conhecida dificuldade de relacionamento com Tarso, a presidente Dilma chegou a negociar um palanque com Ana Amélia, mas esbarrou na resistência do PP gaúcho. “O Tarso e seu governo desastrado vieram para atrapalhar a Dilma e jogá-la para baixo”, diz o deputado federal Jerônimo Goergen (PP).
O PP gaúcho dará palanque ao tucano Aécio Neves, numa parceria que incendiou os ataques dos adversários. Ana Amélia passou a ser comparada à ex-governadora Yeda Crusius (PSDB), cuja gestão foi marcada por um esquema de corrupção no Detran, investigado pela Operação Rodin da Polícia Federal.
Segundo políticos gaúchos, a trajetória de Ana Amélia agrada o eleitor do Estado: filha de mãe merendeira e pai carpinteiro, ela saiu de casa aos 9 anos para ser dama de companhia de uma idosa. Concluiu os estudos graças a uma bolsa escolar concedida pelo ex-governador Leonel Brizola e formou-se em jornalismo, profissão que exerceu nas últimas três décadas. A visibilidade na televisão lhe rendeu 3,4 milhões de votos nas eleições de 2010.
Viúva do ex-senador Omar Cardoso, Ana Amélia tem 69 anos e não tem filhos. Declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de 2,5 milhões de reais. Segundo aliados e assessores, ela leva uma vida simples: evita comprar roupas em lojas de shopping e prefere recorrer a uma costureira de Taguatinga, no entorno de Brasília. Em dias corridos no Senado, leva o almoço de casa.
Com pouco tempo na política, Ana Amélia também é criticada pelos opositores do PP pela falta de experiência na administração pública e o fato de viver há anos em Brasília.
“É o mesmo do que colocar o governador para apresentar um programa de televisão. Ela só tem experiência de administrar a pequena sucursal de sua empresa em Brasília”, critica o também jornalista Lasier Martins, que vai seguir o mesmo caminho e tentar o Senado pelo PDT.
Conservadora, a candidata ao Piratini carrega a bandeira do agronegócio, uma das principais fontes de renda do Estado, o que lhe garante simpatia no interior. É ferrenha defensora dos pequenos produtores de fumo.
“Eu não sou defensora do tabaco, mas sim dos trabalhadores. Eu estou falando de uma produção que é legal e é a indústria mais taxada do país. Eu respeito os médicos que são contra o tabagismo. Mas, atualmente, estamos aceitando contrabando paraguaio que não se sabe de qual jeito é feito. Pode ser mais danoso em todos os aspectos”, diz Ana Amélia.
Para se aproximar do público jovem, que pouco acompanhou seus programas na televisão, Ana Amélia montou seu QG de campanha em Porto Alegre, em um casarão onde trabalham 40 integrantes da cúpula da campanha. Pelo menos duas vezes na semana, reúne-se com os coordenadores para definir estratégias.
Ela também optou por coligar-se ao PRB, partido ligado ao eleitorado evangélico, e escalou como vice o ex-jogador e treinador do Grêmio Cassiá Carpes (SD). “Nós formamos a dupla Grenal”, brinca a senadora, torcedora do Internacional – ela carrega na carteira um cartão de crédito com brasão do time colorado.
A preferência pelo Inter, aliás, é a única comparação que Ana Amélia permite com o adversário petista. ”Apenas isso!”, adverte, em tom de brincadeira.

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