ROBERTO POMPEU DE TOLEDO – 232 BOMBAS ATÔMICAS
232 BOMBAS ATÔMICAS
Roberto Pompeu de Toledo
- 10 (DEZ) PASSOS DA APRENDIZAGEM - EDUCAÇÃO E GESTÃO - Entre a Finlândia e o Piauí (aqui)
- BRASIL APARECE EM PENÚLTIMO LUGAR EM RANKING DE EDUCAÇÃO (aqui)
Entre 40 países, Brasil só ficou à frente da Indonésia em lista de desempenho escolar.
- ESQUERDISMO É UMA DOENÇA MENTAL GRAVE!? (Aqui)
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(Artigo publicado na edição de VEJA que está nas bancas)
232 BOMBAS ATÔMICAS
Roberto Pompeu de Toledo
Pesquisa divulgada na semana passada pela ONG Ação Educativa, em colaboração com o Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope, indica que 27% dos brasileiros são analfabetos funcionais.
Isso significa que, se quatro brasileiros, cada um com um manual de sobrevivência na mão, têm cinco minutos para lê- lo, num barco que está afundando, um deles morrerá.
A pesquisa toma por base os 130 milhões de brasileiros com idade acima de 15 anos. Caso todos eles se encontrassem na mesma situação, num superbarco, 32,5 milhões morreriam.
O cataclismo é de proporções cósmicas. Seriam necessárias 232 bombas como as que caíram sobre Hiroshima, onde morreram 140000 pessoas, para chegar a esse total.
O leitor, que é esperto, e tem a sorte de desde a adolescência ter escapado do clube dos analfabetos funcionais, sabe que o superbarco da imagem acima é o barco Brasil, e o “morrer” não é morrer de verdade, mas ser desclassificado para trabalhos que exijam o domínio de textos e de cálculos com média complexidade.
Temos quase dois Chiles de pessoas despreparadas para tarefas acima das rudimentares
O resultado continua sendo catastrófico: 32,5 milhões de brasileiros estão de saída desclassificados. O barco Brasil carrega quase dois Chiles de despreparados para tarefas acima das rudimentares.
A ONG Ação Educativa e o Instituto Paulo Montenegro começaram em 2001 a pesquisar o que chamam de Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf). De lá até agora, o índice de analfabetismo puro e simples caiu pela metade no país — de 12% para 6%. O de analfabetismo funcional também caiu — de 39% para 27%.
Nem por isso os índices são satisfatórios e, em alguns detalhes, a pesquisa revela um quadro ainda mais cruel. Afora o analfabetismo puro e simples, o Inaf considera três níveis de alfabetização: a rudimentar, a básica e a plena. A rudimentar é a que permite ler um anúncio e operar com pequenas quantias; a básica, a que possibilita ler textos mais longos e vencer operações como as que envolvem proporções; a plena, a que contempla os níveis mais altos de análise de textos e de operações matemáticas.
Nem formados em universidades alcançam a alfabetização plena
Da soma dos alfabetizados básicos e plenos resulta o total dos alfabetizados funcionais. Eles são 73% hoje, contra 61% em 2001. Mas, considerados só os alfabetizados plenos, o total não se moveu: eram 26% em 2001 e continuam 26%.
Também é desanimadora a constatação de que, mesmo entre os portadores de diploma universitário, há carências na alfabetização. Trinta e oito por cento deles não alcançam o nível de alfabetização plena. Tal constatação põe por terra o argumento de que o mar de faculdades mambembes espalhado pelo país cumpriria ao menos o papel de suprir as deficiências escolares anteriores do aluno.
A presidente Dilma Rousseff disse outro dia, rodeada pelas crianças que participavam da Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que não é pelo PIB que um país deve ser julgado, mas pela capacidade “de proteger o seu presente e o seu futuro, que são suas crianças e seus adolescentes”.
Foi criticada por vários motivos: porque sem um PIB robusto não há como cuidar bem das crianças; porque suas palavras embutiam a falácia de que o país cuida bem das crianças; porque fez a declaração no mesmo dia em que o Banco Central divulgava mais uma das hoje habituais más notícias quanto à saúde da economia.
Acompanhamos milimetricamente os respiros do PIB. Já em relação à educação…
As críticas eram justas. Se o PIB anda mal, vamos mudar de assunto — eis o convite com que acenava a presidente. Mas o fato de ela invocar o PIB quando falava de crianças tem a virtude de ressaltar a desproporção da atenção dispensada no país a um e outro. Os respiros do PIB são acompanhados milimetricamente. Uma notícia negativa, como o recuo de 0,02% em maio com relação a abril, como anunciava o Banco Central naquele dia, provoca a mobilização do ministro da Fazenda.
Já as más notícias na educação, que em última análise é o que mais importa, quando se fala em crianças e adolescentes, não produzem o mesmo efeito. Não há sinal de que o ministro da Educação tenha se abalado com a divulgação da pesquisa sobre o analfabetismo. Aliás, onde está o ministro da Educação? Não só o atual, mas seus antecessores, a não ser quando são candidatos a alguma coisa, onde se enfiam? Os ministros da Fazenda, o atual como os antecessores, estão sempre em todas.
Para fazer justiça, o problema não é só o ministro da Educação. Também não é só o governo. A sociedade mostra interesse igualmente apenas relativo pela catástrofe das 232 bombas de Hiroshima sobre a educação brasileira. As gerações perdidas vão se acumulando umas sobre as outras, num barco Brasil que mal e mal se equilibra, com tanta gente despreparada para decifrar o manual de sobrevivência.
Tags: Ação Educativa, analfabetismo, analfabetismo funcional, Banco Central,cataclismo, Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente,Dilma Rousseff, diploma universitário, Hiroshima, Ibope, Indicador de Alfabetismo Funcional, Instituto Paulo Montenegro, PIB
Lya Luft: Empregar o máximo de recursos em educação não quebra o país, coisa nenhuma: só constrói Política & Cia
(Publicado em VEJA de 18 de julho de 2012)
O instinto animal
“Sendo bom esse instinto, o fator educação terá de ser visto como o mais importante de todos na construção de um país mais justo”
Alguns traduzem por “instinto animal” o que o economista inglês John Maynard Keynes na década de 30 descreveu como animal spirit, isto é, espírito animal. A tradução do termo original não importa muito, importa o que significa, e significa várias coisas: o gosto ou a capacidade pelo risco ao investir, por exemplo, quando se fala em empresários e economia.
Neste artigo tomo a expressão como nossa capacidade geral de sentir, pressentir algo, e agir conforme. Isso se refere não só a indivíduos, mas a grupos, instituições, Estados, governos. Sendo intuição e audácia, ele melhora se misturado com alguma prudência e sabedoria, para que o bolo não desande.
Não me parece muito apurado o espírito animal que, nas palavras de uma autoridade, declara que empregar 7% do PIB em educação (e 10% em mais alguns anos) vai “quebrar o país”. Educação não quebra nada: só constrói. Sendo bom esse instinto ou espírito, o fator educação terá de ser visto como o mais importante de todos. Aquele, sólido e ótimo, sem o qual não há crescimento, não há economia saudável, não há felicidade.
A verdadeira democracia só floresce no terreno da boa educação e ótima informação do povo
Uso sem medo o termo “felicidade”, pois não me refiro a uma cômoda alienação e ignorância dos problemas, mas ao mínimo de harmonia interna pessoal, e com o mundo que nos rodeia. Não precisar ter angústias extremas com relação ao essencial para a nossa dignidade: moradia, alimentação, saúde, trabalho. Como base para tudo isso, educação.
Educação que pode consumir bem mais do que 7% do PIB sem quebrar coisa alguma, exceto a nossa miséria nascida da ignorância; nossas escolhas erradas nascidas da desinformação; nossa má qualidade de vida; e a falta de visão quanto àquilo que temos direito de receber ou de conquistar, com a plena consciência que nasce da educação.
A verdadeira democracia só floresce no terreno da boa educação e ótima informação de seu povo. Pois não será governo de todos o comando dos poucos que estudaram bem, os informados, levando pela argola do nariz de bicho domesticado milhões e milhões de seres humanos cegos, aflitos ou alienados, que não sabem; e que, se quiserem boa educação desde as bases na infância, correm o risco de ser acusados de querer quebrar o país.
Precisamos medir nossas palavras: cuidar do que dizemos, do que escrevemos, e também do que pensamos e não dizemos. Podem acusar quanto quiserem os empresários, os louros de olhos azuis, as elites, os ricos, os intelectuais, não importa: mas não acusem de querer o mal da nação aqueles que batalham pela mera sobrevivência ou por uma vida melhor, num orçamento que tenha a educação como prioridade.
Na treva da ignorância nasce o atraso
Pois não é certo que da treva sempre nasce a luz: dela brotam como flores fatídicas o sofrimento, a miséria, a subserviência.
Na treva da ignorância nasce o atraso, de suas raízes se alimenta a pobreza em todos os sentidos, financeira, moral, intelectual. Uma educação bem cuidada e fomentada, com professores bem pagos, boas escolas desde a creche até a universidade, com orientação sadia e não ideológica, mas realmente cultural, aberta ao mundo e não isolacionista, grande e não rasa, promove crescimento, nos insere no chamado concerto das nações, e nos torna respeitados – nos faz incluídos, consultados, procurados.
Na vida do país, cuidar é também iluminar a mente
Dirão que continuo repetitiva com esse tema: sou, e serei, porque acredito nisso. Precisamos ter cuidados pelos que nos governam: se nas relações pessoais amar é cuidar, na vida do país cuidar é nutrir não só o corpo e fortalecer condições materiais de vida, mas iluminar a mente.
Para que a gente possa ter esperanças fundamentadas, emprego digno, salário compensador, morando e trabalhando num ambiente saudável, aprendendo a administrar nossos ganhos, poucos ou abundantes. Para não estarmos entre os últimos nas listas de povos mais ou menos educados e saudáveis, mas plenamente inseridos no mundo civilizado.
Parece utopia, aceito isso. Mas batalharei, com muitos outros, para que ela se transforme na nossa mais fundamental realidade: simples assim.
Osvaldo Aires Bade Comentários
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Nóz Pega os Peiche
A própria Dilma é integrante do grupo de alfabetização básica…
Ou alguém acredita que essa mulher “ekonomista” domina plenamente alguma coisa?
A questão é muito seria mesmo.
Existe uma questão genética e que é agravada mais ainda na educação por esse motivo que não se consegue entender a situação em toda a sua extensão. Ela vai muito além da simples situação de ensinar ou do ensino de qualidade a cena é muito mais profunda e terrível. Já existe uma deformidade mental que se reflete no caráter.
Instruí um curso para clientes gregos lá pelos idos de 2006. Os certificados de conclusão tinham que ser entregues aos alunos no final do curso. Coletei o nome dos alunos e os encaminhei para o responsável pela digitação. A empresa tinha um acordo com uma entidade de assistência a menores carentes e um deles recebeu a tarefa de emitir os certificados, baseados na lista de alunos que eu tinha encaminhado.
Para o meu espanto, recebi os certificados com os nomes todos errados. Não era uma questão de interpretar nada: o estagiário tinha apenas que os copiar no programa de computador. Onde havia um “K”, deveria digitar “K”, e assim por diante, até compor o nome do aluno. Pedi para ele refazer os certificados errados. Aí, o inacreditável aconteceu: os certificados vieram com os nomes errados mais uma vez! Neste momento, percebi o que estava acontecendo. O estagiário era tão profundamente despreparado que sequer compreender os nomes na lista lhe era possível. Então, tive consciência de quão terrível era o nível de instrução que aquele garoto tinha recebido ao longo de sua vida.
Isso corroborava a experiência que tinha ao dar aulas em uma faculdade em São Paulo. Os alunos que nos eram entregues pelo sistema de educação do Brasil eram inacreditavelmente deformados. Preguiçosos em sua maioria, incapazes de ler textos e escrever algo sem apelar para o plágio de páginas da internet, além de agressivos com os professores quando chamados à atenção por indisciplina. A má-formação dos nossos jovens destrói o futuro do Brasil. Por esse motivo, Deus me livre de ter viver e morrer no Brasil. Não quero que os meus filhos cresçam neste ambiente.
Osvaldo Aires Bade Comentários
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Abraço e Sucesso a Todos
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