sexta-feira, 27 de julho de 2012

ROBERTO POMPEU DE TOLEDO – 232 BOMBAS ATÔMICAS

24/07/2012 às 14:00 \ Política & Cia

navio-brasil
"Se quatro brasileiros, cada um com um manual de sobrevivência na mão, têm cinco minutos para lê- lo, num barco que está afundando, um deles morrerá"
(Artigo publicado na edição de VEJA que está nas bancas)


232 BOMBAS ATÔMICAS




Roberto Pompeu de Toledo

Pesquisa divulgada na semana passada pela ONG Ação Educativa, em colaboração com o Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope, indica que 27% dos brasileiros são analfabetos funcionais.
Isso significa que, se quatro brasileiros, cada um com um manual de sobrevivência na mão, têm cinco minutos para lê- lo, num barco que está afundando, um deles morrerá.
A pesquisa toma por base os 130 milhões de brasileiros com idade acima de 15 anos. Caso todos eles se encontrassem na mesma situação, num superbarco, 32,5 milhões morreriam.
O cataclismo é de proporções cósmicas. Seriam necessárias 232 bombas como as que caíram sobre Hiroshima, onde morreram 140000 pessoas, para chegar a esse total.
O leitor, que é esperto, e tem a sorte de desde a adolescência ter escapado do clube dos analfabetos funcionais, sabe que o superbarco da imagem acima é o barco Brasil, e o “morrer” não é morrer de verdade, mas ser desclassificado para trabalhos que exijam o domínio de textos e de cálculos com média complexidade.
Temos quase dois Chiles de pessoas despreparadas para tarefas acima das rudimentares
O resultado continua sendo catastrófico: 32,5 milhões de brasileiros estão de saída desclassificados. O barco Brasil carrega quase dois Chiles de despreparados para tarefas acima das rudimentares.
A ONG Ação Educativa e o Instituto Paulo Montenegro começaram em 2001 a pesquisar o que chamam de Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf). De lá até agora, o índice de analfabetismo puro e simples caiu pela metade no país — de 12% para 6%. O de analfabetismo funcional também caiu — de 39% para 27%.
Nem por isso os índices são satisfatórios e, em alguns detalhes, a pesquisa revela um quadro ainda mais cruel. Afora o analfabetismo puro e simples, o Inaf considera três níveis de alfabetização: a rudimentar, a básica e a plena. A rudimentar é a que permite ler um anúncio e operar com pequenas quantias; a básica, a que possibilita ler textos mais longos e vencer operações como as que envolvem proporções; a plena, a que contempla os níveis mais altos de análise de textos e de operações matemáticas.

São três os níveis de alfabetização: a rudimentar, a básica e a plena. A rudimentar é a que permite ler um anúncio e operar com pequenas quantias; a básica, a que possibilita ler textos mais longos e vencer operações como as que envolvem proporções; a plena, a que contempla os níveis mais altos de análise de textos e de operações matemáticas. O percentual de plenos -- 26% -- é o mesmo hoje do que era em 2001!

Nem formados em universidades alcançam a alfabetização plena
Da soma dos alfabetizados básicos e plenos resulta o total dos alfabetizados funcionais. Eles são 73% hoje, contra 61% em 2001. Mas, considerados só os alfabetizados plenos, o total não se moveu: eram 26% em 2001 e continuam 26%.
Também é desanimadora a constatação de que, mesmo entre os portadores de diploma universitário, há carências na alfabetização. Trinta e oito por cento deles não alcançam o nível de alfabetização plena. Tal constatação põe por terra o argumento de que o mar de faculdades mambembes espalhado pelo país cumpriria ao menos o papel de suprir as deficiências escolares anteriores do aluno.
A presidente Dilma Rousseff disse outro dia, rodeada pelas crianças que participavam da Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que não é pelo PIB que um país deve ser julgado, mas pela capacidade “de proteger o seu presente e o seu futuro, que são suas crianças e seus adolescentes”.
Foi criticada por vários motivos: porque sem um PIB robusto não há como cuidar bem das crianças; porque suas palavras embutiam a falácia de que o país cuida bem das crianças; porque fez a declaração no mesmo dia em que o Banco Central divulgava mais uma das hoje habituais más notícias quanto à saúde da economia.
Acompanhamos milimetricamente os respiros do PIB. Já em relação à educação…
As críticas eram justas. Se o PIB anda mal, vamos mudar de assunto — eis o convite com que acenava a presidente. Mas o fato de ela invocar o PIB quando falava de crianças tem a virtude de ressaltar a desproporção da atenção dispensada no país a um e outro. Os respiros do PIB são acompanhados milimetricamente. Uma notícia negativa, como o recuo de 0,02% em maio com relação a abril, como anunciava o Banco Central naquele dia, provoca a mobilização do ministro da Fazenda.
Já as más notícias na educação, que em última análise é o que mais importa, quando se fala em crianças e adolescentes, não produzem o mesmo efeito. Não há sinal de que o ministro da Educação tenha se abalado com a divulgação da pesquisa sobre o analfabetismo. Aliás, onde está o ministro da Educação? Não só o atual, mas seus antecessores, a não ser quando são candidatos a alguma coisa, onde se enfiam? Os ministros da Fazenda, o atual como os antecessores, estão sempre em todas.
Para fazer justiça, o problema não é só o ministro da Educação. Também não é só o governo. A sociedade mostra interesse igualmente apenas relativo pela catástrofe das 232 bombas de Hiroshima sobre a educação brasileira. As gerações perdidas vão se acumulando umas sobre as outras, num barco Brasil que mal e mal se equilibra, com tanta gente despreparada para decifrar o manual de sobrevivência.

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Nóz Pega os Peiche
 
A própria Dilma é integrante do grupo de alfabetização básica…
Ou alguém acredita que essa mulher “ekonomista” domina plenamente alguma coisa?

A questão é muito seria mesmo.

Existe uma questão genética e que é agravada mais ainda na educação por esse motivo que  não se consegue entender a situação em toda a sua extensão. Ela vai muito além da simples situação de ensinar ou do ensino de qualidade a cena é muito mais profunda e terrível. Já existe uma deformidade mental que se reflete no caráter.


Instruí um curso para clientes gregos lá pelos idos de 2006. Os certificados de conclusão tinham que ser entregues aos alunos no final do curso. Coletei o nome dos alunos e os encaminhei para o responsável pela digitação. A empresa tinha um acordo com uma entidade de assistência a menores carentes e um deles recebeu a tarefa de emitir os certificados, baseados na lista de alunos que eu tinha encaminhado.

Para o meu espanto, recebi os certificados com os nomes todos errados. Não era uma questão de interpretar nada: o estagiário tinha apenas que os copiar no programa de computador. Onde havia um “K”, deveria digitar “K”, e assim por diante, até compor o nome do aluno. Pedi para ele refazer os certificados errados. Aí, o inacreditável aconteceu: os certificados vieram com os nomes errados mais uma vez! Neste momento, percebi o que estava acontecendo. O estagiário era tão profundamente despreparado que sequer compreender os nomes na lista lhe era possível. Então, tive consciência de quão terrível era o nível de instrução que aquele garoto tinha recebido ao longo de sua vida.

Isso corroborava a experiência que tinha ao dar aulas em uma faculdade em São Paulo. Os alunos que nos eram entregues pelo sistema de educação do Brasil eram inacreditavelmente deformados. Preguiçosos em sua maioria, incapazes de ler textos e escrever algo sem apelar para o plágio de páginas da internet, além de agressivos com os professores quando chamados à atenção por indisciplina. A má-formação dos nossos jovens destrói o futuro do Brasil. Por esse motivo, Deus me livre de ter viver e morrer no Brasil. Não quero que os meus filhos cresçam neste ambiente.


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- 10 (DEZ) PASSOS DA APRENDIZAGEM - EDUCAÇÃO E GESTÃO - Entre a Finlândia e o Piauí (aqui)

- BRASIL APARECE EM PENÚLTIMO LUGAR EM RANKING DE EDUCAÇÃO (aqui)
Entre 40 países, Brasil só ficou à frente da Indonésia em lista de desempenho escolar.

- ESQUERDISMO É UMA DOENÇA MENTAL GRAVE!? (Aqui)


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A PINTURA HIPERREALISTA DE LEE PRICE: ELA PRÓPRIA — NUA –, SOLIDÃO, GULOSEIMAS E FRUTAS


Cocoa Puffs Oil on Linen
“Cocoa Puffs” (nome de um cereal matinal) 7/09/2011 às 19:00 \ Tema Livre
Por Rita de Sousa
O blog publicou recentemente um post com pintura hiperrealista — no caso, quadros do francês Matteo Mezzetta – de que muitos leitores gostaram. Agora vocês vão poder apreciar Lee Price, autora de uma obra muito original, centrada em autorretratos.
Seu ângulo de visão, assim como os detalhes íntimos ou os cenários escolhidos, não são nada convencionais. É que Lee Price se retrata rodeada de frutas, doces e até junk food, mas não na sala de jantar ou na copa, e sim no banheiro, na banheira, na cama, no chão. São cenas solitárias, que abordam a mulher e suas escolhas alimentares, a compulsão, o excesso e, eventualmente, o pudor — daí o sigilo de espaços privados.
A visão de Lee inclui um quê de voyeurismo, como se ela estivesse olhando para si mesma com um distanciamento seguro, que não requeira a decisão de parar com o comportamento compulsivo.
Ela pinta sempre com tinta a óleo, sobre telas de linho tratado.
VEJA TAMBÉM:
"Auto-retrato na Banheira com Sorvete"
Grilled Cheese II - Oil on Linen
"Queijo na Chapa II"
Lemon Meringue Oil on Linen
"Merengue de Limão"
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Redemoinho de Morango
"Redemoinho de Morango"
Sorvete
"Sorvete"
Sorvete III
"Sorvete III"
Tortinha de Morango II
"Tortinha de Morango II"
tortinha de morango III
"Tortinha de morango III"

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4º - A PINTURA HIPERREALISTA DE LEE PRICE: ELA PRÓPRIA — NUA –, SOLIDÃO, GULOSEIMAS E FRUTAS (AQUI)



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Robert Pattinson planejava pedir Kristen Stewart em casamento

Segundo amiga da atriz, ela também teria confessado que estava ansiosa para ter um filho com o namorado, com quem estava havia três anos

Robert Pattinson e Kristen Stewart: juntos no último dia 22 de julho, mas ele ainda não sabia de nada
Robert Pattinson e Kristen Stewart: juntos no último dia 22 de julho, mas ele ainda não sabia de nada (Getty Images)
Antes de descobrir que havia sido traído pela namorada, Kristen Stewart, Robert Pattinson estava se preparando para pedir a atriz em casamento, de acordo com a revista Us Weekly, a mesma que flagrou Kristen nos braços do diretor Rupert Sanders, casado e pai de dois filhos, com quem ela trabalhou no filme Branca de Neve e o Caçador.
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De acordo com a revista, o romance de Kristen e Pattinson parecia mais forte do que nunca nos últimos meses. Tanto que, segundo um amigo do casal, ele planejava pedi-la em casamento e "passar o resto da vida com ela". Segundo ele, o ator encorajava a namorada a se abrir mais, mas ela oferecia resistência. No entanto, Kristen teria dito a uma amiga no dia 23 de junho que estava ansiosa para ter um filho com Pattinson. Isso aconteceu alguns dias depois de ela ter sido fotografada com Sanders, em 17 de julho. Apesar da traição, Kristen continuava levando a vida com o namorado normalmente. No último dia 22, eles até foram fotografados juntos no Teen Choice Awards.
Após a pulada de cerca vir à tona, Kristen emitiu um comunicado lamentando o ocorrido. "Eu sinto muito pelo sofrimento e mal-estar causado a todas as pessoas próximas a mim. Essa perda momentânea de responsabilidade expôs a pessoa mais importante na minha vida, Rob, que eu amo e respeito ao máximo. Eu o amo. Eu o amo. Me desculpe", dizia a nota. Pattinson deixou a casa em que os dois moravam nesta quinta-feira.
Kristen e Pattinson levaram o romance dos personagens Bella e Edward, da saga Crepúsculo, para fora das telas há pelo menos três anos. Na semana passada, foi divulgado que um livro contará tudo sobre o casal, que teria um relacionamento aberto.
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