domingo, 16 de junho de 2013

SERVIÇO SECRETO DA PM DIZ QUE PSOL 'RECRUTA' PUNKS PARA PROTESTOS
MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO 16/06/2013 - 03h15


Marlene Bergamo/Folhapress
Jovens durante a manifestação contra o aumento da tarifa nas ruas de SP; polícia diz que PSOL recruta 'punks' para os protestos
Jovens durante a manifestação contra o aumento da tarifa nas ruas de SP; polícia diz que PSOL recruta 'punks' para os protestos


O serviço secreto da Polícia Militar afirma em relatórios sobre as manifestações contra o aumento das tarifas de transporte em São Paulo que os grupos mais violentos nem sempre agem de maneira espontânea.
Punks que partem para o quebra-quebra são arregimentados por militantes do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) com o objetivo de desgastar o PT do prefeito Fernando Haddad e o PSDB do governador Geraldo Alckmin, de acordo com documentos sigilosos aos quais a Folha teve acesso.

Para a polícia, a forma de ação desses supostos punk é "semelhante a atos de guerrilha". Seria também uma forma que integrantes do PSOL teriam encontrado de constranger os dois governantes sem aparecer numa situação que poderia desgastar a imagem do partido, de acordo com esses relatórios.
Um dos relatórios do P2, sigla pela qual é conhecido o serviço reservado da PM, frisa que não há envolvimento do PSOL como partido, mas de militantes avulsos. A avaliação foi feita por policiais militares infiltrados.


Os punks e anarquistas partem para o que a polícia chama de "atuações paralelas" sempre que suas propostas são rejeitadas pelo Movimento Passe Livre, que convoca as manifestações.
O presidente nacional do PSOL, o deputado federal Ivan Valente, diz que a avaliação é completamente equivocada. "Os arapongas sempre cometem erros crassos de avaliação política. O
PSOL nunca apoiaria esse tipo de comportamento. Não precisamos utilizar ninguém para criticar governos".

PINGA ANTES E DEPOIS

O monitoramento mostrou que os punks seguem um ritual que se repete nas manifestações, segundo os relatos feitos. Tomam pinga antes de começar os protestos, esperam o movimento atingir o seu ápice para começar a agir e comemoram os resultados com mais pinga depois que o corre-corre acaba.
Para destruir vitrines e janelas, eles usam uma meia recheada com ferro e pregos, segundo o relato dos PMs.
A polícia diz que os punks que seriam recrutados por militantes do PSOL já acreditavam na violência como forma de protesto. Parte deles é ligada ao Black Bloc (Bloco Negro), uma estratégia anticapitalista que nasceu na Alemanha, nos anos 70.
O Black Bloc prega o ataque a símbolos como o McDonald´s como uma forma de combate ao capitalismo. Todos usam máscaras e roupas pretas, tida pelos anarquistas como a cor da negação.
A avaliação da polícia o é que o Movimento Passe Livre tem intenções "sinceras" ao defender a redução da tarifa de R$ 3,20 para R$ 3,00 e não tem orientações violentas. Mas, como não aceita lideranças, permite que esse tipo de comportamento violento explore o movimento.
A inexistência de lideranças é considerada o pior pesadelo para a polícia porque não há alvos claros. Outra dificuldade é separar a ação política dos atos criminosos.

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O BRASIL ESTÁ SEM RUMO

Domingos Perocco Netto

14/06/2013 - 19:20:53 

A economia do planeta está em crise.  Os países sérios estão tentando resolver seus problemas econômico-financeiros há já uns dois anos. Medidas duras, de austeridade, de controle do dinheiro público vêm sendo tomadas por europeus, asiáticos, africanos, americanos do norte, enfim por todos os governos de países responsáveis. Todos eles sabem que qualquer redução no controle da economia global pode gerar uma crise econômica mundial, de consequências imprevisíveis. Menos o nosso Brasil...
O Brasil não se mexeu, nem está se mexendo. As últimas notícias sobre o País são péssimas. O dólar e o euro dispararam. A Bolsa de Valores retornou a índices de dois anos atrás. O preço dos alimentos, dos materiais de construção e dos imóveis aumenta além da inflação, que já ultrapassou os 8% a.a. Os trabalhadores estão começando a brigar por reajustes salariais. O descontrole foi previsto pelos economistas nacionais e estrangeiros, que alertaram a Presidenta Dilma sobre a situação explosiva da economia nacional.
A impressão que se tem do nosso Governo Federal é de que, aqui, tudo está às mil maravilhas. O Governo está gastando como se o País estivesse vivendo tempos de fartura. Uma das últimas propostas da Presidenta Dilma encaminhada ao Congresso Nacional é a criação de um financiamento a longo prazo, com juros reduzidos, subsidiados pelo Banco Central, no valor de até R$ 5.000,00, dentro do seu programa eleitoreiro “Minha Casa, Minha Vida”, para as famílias gastarem na compra de móveis e eletrodomésticos.
O Congresso Nacional vive dentro da mesma euforia. Afora a novidade dos dois condenados que estão a comandar os nossos parlamentares, não se tem notícia de um projeto de peso promulgado pela Casa. O último mais comentado foi o da legalização do casamento gay.
Nossos parlamentares continuam brigando pelos cargos em comissões, pela liberação de verbas para suas bases, e coisas assim. Estão agora a pleitear o aumento do limite de suas verbas pessoais de gastança. Tem amigos em suas “bases” precisando de dinheiro para suas ONGs, suas instituições, suas máquinas eleitoreiras. Acham que as verbas atuais são insuficientes para garantirem a reeleição deles.
Descobriram que a vida no poder, ou ao lado do poder, é muito boa, muito fácil, muito rendosa. Nem pensam em retornarem aos seus afazeres anteriores, à época em que tinham que trabalhar para sobreviver. O ócio da vida pública lhes deu uma satisfação divina, o status de parlamentar, onde “o céu é o limite”, parodiando um antigo programa de televisão. Pensam que vivem num país rico. Tentam se defender agarrando-se à palavra da Presidenta Dilma, que nos informa mensalmente, com base em dados estatísticos pouco confiáveis, quantos brasileiros saíram da miséria. Ela ignora o que realmente está ocorrendo no País.
Economia é a palavra de ordem em países responsáveis, como EUA, Alemanha, Canadá, França, e também nos países comunistas da China e da Coréia do Norte. Fotos que nos chegam desses países nos mostram seus estudantes bem alimentados, uniformizados, de cabelos cortados, em formações invejáveis, demonstrando asseio, ordem, obediência.
Nós estamos no País da gastança. A Copa do Mundo de Futebol justifica tudo. Derrubamos estádios que faziam parte de nossa história, como o Maracanã, para edificarmos outros mais “modernos”. Somos milionários, temos verbas sobrando para bancarmos tudo isto. Que se danem as grávidas dando à luz em corredores de hospital, pessoas com costelas quebradas aguardando dias para serem atendidas, dormindo em macas.
Alguns leitores classificam-me como pessimista, argumentam que não vejo o lado positivo do País, que o Brasil não é tão ruim como eu conto. Sentei-me hoje ao computador disposto a falar das nossas coisas boas. Encontrei um tema que me permitisse fazê-lo: o Brasil tem um povo maravilhoso, trabalhador, honesto, solidário, mais criativo que o de países mais adiantados que o nosso, e outras qualidades mais, reconhecidas por todo universo. Se fosse feita uma eleição para escolher o melhor povo do mundo, o brasileiro seria eleito indiscutivelmente.
Um pequeno senão compromete essa visão. O brasileiro é simplório, tolerante, não enxerga a maldade, age de boa fé, vota com base na amizade, como paga do(s) favor(es) recebido(s). Acredita nas lorotas e promessas contadas pelos candidatos nos programas do “horário político”, essa excrecência que existe só no Brasil, no horário nobre televisivo nacional. É enganado por políticos malandros, que só pensam em si e só lembram-se dele, eleitor, no dia da eleição. Em resumo, o brasileiro não sabe votar, não tem noção real do valor e do peso de seu voto.
Defendo a reforma política. Não a imaginada pelos políticos, mas a prenunciada pelo Excelentíssimo Ministro do STF, o Meritíssimo Dr. Joaquim Barbosa. Apenas uma exigência, nada mais: doravante, os políticos só podem se candidatar se tiverem ficha criminal, processual e policial negativas, zeradas. E fim dos recursos. Que resolvam suas pendências com a Justiça antes de se candidatarem, pois precisam assumir os cargos públicos puros e limpos.
Que não se corrompam durante o mandato, porque o castigo cairá infalivelmente sobre eles. Que se encerre a aberração engendrada por Lula e seu Partido, esse permissivo tipo de Governo em benefício da “cumpanheirada” incompetente, que acabou resultando no mensalão e nessa geração de políticos de “mãos grandes”, que avançam sobre tudo... 
Domingos Perocco Netto é bancário aposentado, professor, técnico em contabilidade, sócio da AEPTI e autor do livro “O Banco do Brasil e Eu, Lembranças de uma Vida”.
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DESCOBERTA A ORIGEM DE MAIS UM GRUPO QUE AJUDA A TOCAR O TERROR EM SÃO PAULO. VEJAM! OU: ELES TROCARAM MARX POR UMA MISTURA DE LAFARGUE COM BAKUNIN!




15/06/2013 às 7:15

Ai, ai… As coisas vão ficando cada vez mais divertidas. Nos distúrbios de rua, especialmente em São Paulo, a gente nota a presença ostensiva de bandeiras amarelas. Vejam.

Há ali a assinatura de um “movimento”, que tem página na Internet: chama-se “Juntos”. O endereço é juntos.org.br. Mais uma vez, fui fazer a divertida brincadeira de saber quem e o dono do registro. Tchan, tcha, tcham!


Sim, trata-se de Luciana Genro, militante do PSOL, filha do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT). Ela anda um tanto afastada da política por razões de saúde, mas o vereador Pedro Ruas, de Porto Alegre, dá toda força à turma e a substitui com sobras. O “Juntos” é uma espécie de movimento social do PSOL. No “Quem somos”, eles se revelam (em vermelho):
“Juntos! é um movimento nacional de juventude. Surgiu no início de 2011 em São Paulo e vem conquistando a simpatia de jovens de todo o Brasil. Surgimos em um novo momento no mundo. O mar da história está agitado, já diria Maiakovski. Representamos uma nova geração de lutadores dispostos a construir um mundo radicalmente novo. Juntos! é a juventude em movimento pela educação de qualidade, em defesa do meio ambiente, contra o preconceito e por uma sociedade com igualdade e liberdade para todos.
Juntos! construímos o nosso I Encontro Nacional que deu o ponta-pé inicial pra nossa empreitada de organizar as lutas onde quer que estejam.
Juntos! é a juventude dos indignados: dos tunisianos, egípcios, espanhóis, chilenos. Somos aqueles que estão sem emprego, sem educação, sem cultura, sem casa, mas também sem medo de lutar! Somos aqueles que estão em defesa da Amazônia nos atos contra a construção de Belo Monte e contra o novo código (anti-)florestal! Somos aqueles que estão nas lutas contra toda forma de preconceito, seja de genêro, etnia, idade, credo. Somos aqueles que estavam nas Marchas da Liberdade, das Vadias, no #ForaRicardoTeixeira, contra a corrupção, nas paradas LGBT. Somos aqueles que #TomamosAsRuas e lutamos por uma #DemocraciaRealJá!
Voltei
Como se vê, para que alguém pertença ao “Juntos”, basta que tenha uma causa, qualquer uma, e que se indigne com alguma coisa. Boa parte dos “revolucionários” modernos, estes que promovem a baderna em várias cidades brasileiras, com destaque para São Paulo e Rio, não têm mais, a exemplo de seus congêneres do passado, Karl Marx como referência. O marxismo, já afirmei aqui algumas vezes, é difícil. A leitura da teoria propriamente dita é chata. É diferente do Marx divertido de “O 18 Brumário” ou de “A Ideologia Alemã” — ainda assim, também esses livros são ignorados.
A “moçada” que está nas ruas tem pressa demais para se ater a textos de referência. Bastam-lhes as opiniões dos amigos no Facebook e algumas irresponsabilidades daquele professor “bacana” de história que os incita ao ativismo. Teoria pra quê? Mesmo os vermelhos que tentam organizar a turma (PSOL, PCO e congêneres), lembrou um amigo ao telefone nesta sexta, estão menos para Marx do que para uma mistura, assim, de Paul Lafargue, que escreveu um panfletozinho chamado “O Direito à Preguiça”, com Bakunin, o anarquista. Ao mesmo tempo em que parecem rejeitar o estado, exigem que ele se comporte como o grande provedor. Tempos de obstipação ideológica!
Tenho combatido, desde o primeiro dia, como evidenciam os textos que estão em arquivo, certo esforço que anda por aí de emprestar aos violentos distúrbios de rua — promovidos principalmente por jovens de classe média alta (as roupas o denunciam) — um alcance mais profundo, como se fossem eventos da superfície a denunciar um movimento de placas tectônicas da sociedade brasileira. Será mesmo?
São Paulo tem 11,5 milhões de habitantes; o Rio, 5,5 milhões. O movimento contra o reajuste da passagem de ônibus deve ter reunido pouco mais de 5 mil pessoas na primeira cidade — 0,05% da população — e de 2 mil na segunda: 0,04%. É mais do que o suficiente para provocar o caos. Aliás, a depender da leniência da polícia ou da violência dos que protestam, dá para provocar um desastre na cidade com muito menos gente do que isso. Basta que dois ou três malucos resolvam se deitar no meio da avenida, sem que ninguém os tire de lá, e pronto!
Mas por que o transporte virou uma espécie de fetiche? Por que essa luta “pegou” — ainda que nesse universo restrito de uns poucos milhares numa cidade de muitos milhões — e conta, segundo pesquisas, com o apoio de boa parte da população. Porque, se formos pensar, de todos os serviços públicos, é aquele cujo pagamento é mais visível. É diário — ainda que não forma de cartão. E também é o que rende menos satisfação. A educação pública até o ensino médio é uma lástima, mas é gratuita. A saúde, idem, idem. Boa ou má, não se paga de modo perceptível por segurança pública. Há outros serviços oferecidos por concessionárias que causam satisfação imediata: é o caso da energia elétrica ou da telefonia. Mesmo havendo reclamações às pencas, o fato é que o serviço está disponível na esmagadora maioria das vezes.
Com o transporte público, a coisa é diferente. O serviço nas grandes cidades é mesmo precário, ainda que tenha melhorado muito (falo de São Paulo, que conheço) nos últimos 20 anos. Tanto é um ponto nevrálgico que Fernando Haddad transformou a questão numa bandeira de campanha. E foi eleitoralmente bem-sucedido. Que o seu “bilhete mensal” fosse só uma tramoia de marketing, isso era evidente. Bastava refletir um pouco. Mas a tese seduziu muita gente, especialmente jornalistas. Assim, é fácil entender que um movimento que se oponha à elevação do preço da passagem — e que prega, na verdade, tarifa zero — conte com a simpatia de muita gente.
Nada de bom

Não há nada de bom, reitero o que escrevi (aqui) na manhã de ontem, nesse movimento. Ao contrário. Assistimos ao casamento do estado-babá com o estado prevaricador. Os “lafarguistas” brasileiros estão tentando transformar num valor, numa cláusula pétrea do caráter nacional, o “direito à preguiça”, ao “almoço grátis”. Querem que o estado forneça de camisinha a aborto, tudo graciosamente — tratar-se-ia, asseguram, de “direitos”. E tem sido esse o mais permanente sinal das ditas políticas de inclusão social, que tendem a criar, dada a forma como se exercem, clientelas políticas. E qual a causa da violência? Ora, a experiência indica que os “oprimidos” — ou aqueles que falam em seu nome — têm assegurado o direito à transgressão. Não tem sido assim com o MST e com os índios, por exemplo?
Mas vai mudar

A partir de segunda, no entanto, a pauta deve sofrer uma torção. O PT decidiu aderir às manifestações de rua, mudando a sua agenda, que é ruim para Fernando Haddad. Em vez de protesto contra a elevação da tarifa, os alvos serão a Polícia Militar e o governo de São Paulo.
Ontem, a vastíssima rede do PT na Internet, incluindo os blogs e sites sujos financiados pelo governo federal, por gestões petistas e por estatais, entraram firme no apoio ao protesto de segunda. O PT tem experiência nisso. Sua ala sindical deve ir à rua, inclusive para tentar impedir que a coisa degenere para a violência.
Ingênuo ou espontâneo, esse movimento nunca foi, como este post prova mais uma vez. Ele só se dava um tanto à margem do petismo. Mas, agora, o partido decidiu deglutir o processo.
Texto publicado originalmente às 6h32
Por Reinaldo Azevedo
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ATENÇÃO! PT VAI ENTRAR DE CABEÇA NA PANTOMIMA! APARELHOS DO PARTIDO DOS TRABALHADORES E ESTUDANTES ESTÃO LIBERADOS PARA IR ÀS RUAS NA SEGUNDA: A ORDEM É NÃO TOCAR NO VALOR DA TARIFA E SE MANIFESTAR CONTRA A PM E CONTRA ALCKMIN. MILHÕES DE PESSOAS SÃO VÍTIMAS DE UMA TRAMOIA ELEITORAL

Isto é uma informação, não uma interpretação. O PT liberou a tigrada para ir às ruas na segunda-feira. Os sindicatos de trabalhadores e estudantes dominados pelo partido estão sendo convocados a participar do que pretendem que seja uma megamanifestação, aí não mais contra a tarifa de ônibus, mas contra a Polícia Militar e contra o governo de São Paulo. A ordem, aliás, é focar o menos possível no valor da passagem de ônibus. Por óbvio, a questão pode arranhar a imagem de Fernando Haddad. Os petistas estão vendo na questão uma chance de ouro de realizar uma dupla operação:

a: diluir o mal-estar com a elevação da tarifa;

b: mudar definitivamente o sentido dos protestos.
O movimento é organizado, veio de cima. O próprio Haddad saiu na frente. Foi a primeira autoridade petista, já na noite de ontem, a criticar “a violência” da polícia. Ele o fez depois de conversar com a cúpula partidária. Gilberto Carvalho — que comanda a pasta que, na prática, “organiza” os índios — está sabendo de tudo. É ele quem faz a interlocução com os movimentos sociais.
Os petistas tentam “assumir a liderança” do movimento em São Paulo, que consideram perigosamente fora do controle. Ao assumi-la, por intermédio dos movimentos sociais e lhe dar uma direção, pretendem mudar o eixo dos protestos. Observem que José Eduardo Cardozo também atacou a polícia. Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais, defendeu “o direito à manifestação”, como se alguém estivesse a contestá-lo.
PCdoB

O PCdoB também está chamando a sua turma. Membros da Juventude Socialista já andaram aparecendo nos protestos. Na segunda, haverá uma espécie de adesão formal. Não se esqueçam de que o partido tem a vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão.
Pusilanimidade

Haddad, diga-se
, convidou o Movimento Passe Livre para um papinho. Quer ouvir as suas propostas. A menos que o grupo tenha mudado a agenda, sei qual é: transporte gratuito para todos. A turma tem uma máxima bucéfala: se é público, por que é pago? Entenderam? Eles fingem não entender que tudo, rigorosamente tudo, o que é é público é… pago! Alguém sempre arca com os custos.
É um caso evidente de pusilanimidade política. Ao receber pessoalmente os representantes do Passe Livre, o prefeito estará endossando seus métodos: depredação, quebra-quebra, coquetel molotov, porrada.
É preciso deixar claro: ao aderir aos protestos e tentar mudar a sua natureza, evidencia-se o caráter político-eleitoral dos protestos. O PT e o PCdoB enxergaram no episódio uma janela de oportunidades e decidiram tomar a rédea dos protestos, tirando-o da condução da turma do Passe Livre, PSOL e PCO. Ainda que, num dado momento, todos se entendam, têm lá suas diferenças de estratégia.
Violência

Os petistas graúdos passaram a considerar também que é fundamental que não haja violência na segunda-feira. Na fórmula de um deles, a manifestação só será bem-sucedida se for grande e pacífica e se concentrar suas palavras de ordem em favor da liberdade de expressão (como se ela estivesse sob ameaça), contra a violência policial e contra o governo Alckmin.
É assim que o PT faz política. É assim que sempre fez. E assim fará enquanto existir. Não é uma questão de escolha, mas de natureza. Podem contar: na segunda, os petistas param São Paulo. E tentarão provar que é para o bem dos paulistanos.
Para encerrar

Ao saber que jornalistas haviam sido feridos nos confrontos dessa quinta, um petista de alto coturno quase soltou rojão. Anteviu uma reação corporativista, como de fato aconteceu, e comemorou: “Agora eles [os jornalistas] vêm pro nosso lado!”.  Como se a maioria já não tivesse ido…
Texto publicado às 20h12 desta sexta
Por Reinaldo Azevedo


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