(Imagem / Reprodução)
Dois candidatos conduzem as campanhas eleitorais socialistas mais fortes em grandes cidades dos Estados Unidos em décadas e ameaçam a hegemonia republicana/democrata
Dois candidatos da Alternativa Socialista (Socialist Alternative), Kshama Sawant, em Seattle, e Ty Moore, em Minneapolis, conduzem as campanhas eleitorais socialistas mais fortes em grandes cidades dos Estados Unidos em décadas. Os dois concorrem a assentos no conselho municipal, a câmara municipal estadunidense, onde as eleições são realizadas distritalmente. Os resultados ainda são apenas parciais, mas o desempenho em uma campanha socialista e basicamente feita com voluntários tem feito a dupla ser tema de notícias e análises.
O socialista Ty Moore está somente 130 votos atrás de seu adversário. Já Sawant, uma conhecida ativista, que participou ativamente do Occupy Seattle, está somente 7% atrás do candidato democrata – na contagem inicial, ela tinha cerca de 38% do total de cédulas, sendo que o restante dos votos a serem apurados tendem mais para ela.
Independentemente do resultado final, afirmam alguns analistas de jornais locais e sites de esquerda, os votos para esses ativistas socialistas ilustram claramente o vácuo na política dos EUA e a raiva contra o establishment controlado pelas grandes empresas. As duas campanhas se fortaleceram com a enorme desconfiança que existe em relação ao sistema político, enraizada na crise de 2008 e na lenta recuperação econômica. A recente paralisação do governo federal, quando não havia acordo sobre o orçamento, também alimentou a ira popular que permitiu que as campanhas socialistas tivessem um eco entre os trabalhadores.
Durante a paralisação do governo, o índice de aprovação do Congresso caiu para um mínimo histórico de 5%. Segundo a pesquisa Gallup, um recorde de 60% das pessoas disseram que é necessário um novo partido nos EUA, e apenas 26% disseram que os dois partidos estavam fazendo um trabalho adequado.
As campanhas demonstram que os candidatos independentes da classe trabalhadora podem desafiar oestablishment sem receber dinheiro das empresas. Ty Moore arrecadou mais dinheiro do que seu principal adversário apoiado pelas empresas, apenas em doações individuais, e Kshama Sawant levantou cerca de 110 mil dólares, em comparação com os 238 mil dólares de seu oponente.
Ideias socialistas em ascensão
Muitos, na esquerda, argumentam que as ideias socialistas não podem ganhar o apoio das massas nos EUA, mas essas campanhas mostram o contrário. Pesquisas do Pew Research Center mostram repetidamente que a maioria dos jovens e negros agora preferem o “socialismo” ao “capitalismo”. Obviamente, essa consciência é confusa, mas ilustra que as pessoas estão de saco cheio com a desigualdade crescente e com os aumentos insuportáveis no custo de vida e do próprio capitalismo.
Os adversários de Sawant e Moore se preocuparam em recorrer a um “anticomunismo” contra as ideias socialistas. Richard Conlin, que defendia seu cargo em Seattle, usou argumentos anti-imigrantes e sexistas pouco disfarçados contra Sawant, enquanto Alondra Cano, em Minneapolis, se esquivava de fazer campanha negativa, preferindo contar com seu apoio no setor imobiliário e do establishment político.
Construindo movimentos
A campanha de Ty Moore no Distrito 9 de Minneapolis foi construída ao lado de uma campanha importante e com grande visibilidade por justiça habitacional liderada pelo “Ocupe Casas Minnesota”. Moore e a Alternativa Socialista ajudou a lançar esta organização, que defendeu com sucesso muitas famílias de serem despejadas pelos grandes bancos e pela polícia. O centro “Zona livre de despejos” do Ocupe Casa foi no Distrito 9, bairro etnicamente misto habitado por trabalhadores. O “Ocupe Casas” e a campanha de Moore reforçaram mutuamente um ao outro.
(Cartaz da campanha de Swant / Reprodução)
Da mesma forma, em Seattle, a campanha de Sawant ajudou a colocar a “Luta por 15″ – as greves e protestos de trabalhadores de baixa renda pelo salário mínimo de 15 dólares por hora – no centro do debate político. A candidata construiu energicamente este movimento, auxiliando grevistas criminalizados e combatendo os argumentos contra o aumento do salário mínimo. Quando as organizações de trabalhadores conseguiram incluir um plebiscito sobre o aumento do salário mínimo a 15 dólares na votação no subúrbio de Seattle de SeaTac, a campanha de Sawant energicamente apoiou este movimento, contribuindo para a vitória histórica no plebiscito.
Os dois candidatos a prefeito, que não tinha mencionado o salário mínimo no início de suas campanhas, saíram vagamente em apoio de um salário mínimo 15 dólares por hora. O sucesso da Sawant em deslocar o debate político levou o Seattle Times, o maior jornal de Seattle, a dizer antes da eleição que “o vencedor da eleição de Seattle já é a socialista Kshama Sawant”.
Caros Amigos, com informações da Liberdade, Socialismo e Revolução, Socialist Worker e Seattle Times
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na
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A doutrinação marxista é mundial
Tenho exposto aqui no blog vários casos de gritante doutrinação marxista nas faculdades brasileiras, especialmente as federais. Não é o simples fato de Marx ser estudado como pensador, como alegam os bobinhos marxistas. Claro que isso faz parte, mesmo sabendo-se que o sujeito errou em praticamente tudo e foi responsável pela utopia revolucionária mais nefasta da história da humanidade.
O problema é o viés mesmo, a reverência, o foco excessivo, a lavagem cerebral, os seminários e palestras que tratam o marxismo como uma doutrina louvável, e não como o retumbante fracasso que é. Para cada vez que o nome Adam Smith é mencionado numa dessas universidades, o nome Marx deve ser citado umas cem vezes!
Mas se no Brasil essa doutrinação marxista está em estágio assustador, vale notar que não é exclusividade nossa (ainda que a pregação marxista renda mais frutos abaixo da linha do Equador, onde há mais miséria e ignorância). Como prova, um leitor me mandou esse cartaz de sua faculdade… na Alemanha!
Você, como eu, deve pensar que o Muro de Berlim foi derrubado em 1989, que o rastro evidente de desgraça que o marxismo deixou do lado oriental seria suficiente para que a simples menção de seu nome fosse motivo de briga e revolta, que nenhum alemão jamais ousaria citar essa doutrina novamente. Mas, assim como eu, estaria enganado.
Quando pensamos que há até nazistas alemães ainda hoje, essa constatação do viés marxista parece menos espantosa. Mas o triste fato é que muitos não aprendem nem mesmo com a experiência! O mais inteligente, claro, é aprender com a lógica, a observação, e jamais flertar com essas doutrinas bizarras e coletivistas. Mas não aprender nem mesmo com o passado recente? Isso é incrível sim.
“Marxismo Revolucionário – Teoria para ação”, diz o cartaz. O leitor escreve na mensagem: “Por ser uma faculdade de tecnologia, a maior parte do pessoal está mais preocupada em estudar do que filosofar. Por isso esse tipo de propaganda não pega muito por lá. Mas dar uma volta na Humboldt e na Freie Universität é como voltar ao tempo do entre-guerras”.
É isso, gente. A praga marxista não morre, nem mesmo após cem milhões de inocentes sacrificados no altar de sua utopia igualitária. Quantos mais precisam morrer, viver na miséria ou ser escravizados para que esse povo entenda que o “fim dos meios privados de produção” e a “ditadura do proletário” significam sempre, inexoravelmente, morte, miséria e escravidão?
Tags: Marx, Muro de Berlim