quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

TERAPIA GENÉTICA RECUPERA AUDIÇÃO DE CAMUNDONGOS SURDOS


Audição: Camungondos que nasceram surdos voltam a ouvir após serem submetidos a terapia genética (Pierre Andrieu/AFP)

Ao alterar a expressão de gene alterado, pesquisadores foram capazes de fazer com que animais com tipo de surdez congênita voltassem a ouvir

Cientistas da Universidade Rosalind Franklin de Medicina e Ciência, nos Estados Unidos, utilizaram terapia genética para recuperar parcialmente a audição de camundongos recém-nascidos que tinham uma forma congênita de surdez. A pesquisa, publicada nesta segunda-feira na revista Nature Medicine, sugere que é possível que deficiências auditivas sejam corrigidas nos primeiros dias de vida de pessoas que nascem com determinada mutação genética.
CONHEÇA A PESQUISA





Onde foi divulgada: revista Nature Medicine



Quem fez: Jennifer Lentz,  Francine Jodelka, Anthony Hinrich, Kate McCaffrey, Hamilton Farris, Matthew Spalitta, Nicolas Bazan, Dominik Duelli, Frank Rigo e Michelle Hastings



Instituição: Universidade Rosalind Franklin de Medicina e Ciência, Estados Unidos



Dados de amostragem: Camundongos geneticamente modificados para nascer com síndrome de Usher



Resultado: A audição dos animais foi recuperada com a injeção de um material genético capaz de alterar a expressão de um gene modificado e responsável por desencadear a síndrome de Usher
O estudo, coordenado pela pesquisadora Michelle Hastings, trabalhou com um gene chamado USH1C, responsável por controlar a ação da proteína harmonina. Essa proteína exerce um papel importante na produção de células do ouvido interno que respondem a ondas de som e enviam sinais elétricos ao cérebro. Uma mutação no gene USH1C altera a expressão dessa proteína e pode desencadear o tipo 1 da síndrome de Usher, uma forma de surdez hereditária que costuma ser acompanhada de cegueira.
Leia também: A cura pelos genes
Injeção - O que a equipe de Hastings fez foi injetar, em camundongos recém-nascidos geneticamente modificados para ter a mutação no gene USH1C, uma fibra muito pequena de material genético (oligonucleotídeo antisense) capaz de desativar uma versão defeituosa desse gene. Com isso, a expressão do USH1C foi "corrigida" e ele passou a produzir células normais do ouvido interno. Segundo os resultados, uma única injeção conseguiu restaurar parcialmente a audição dos animais e também diminuiu os movimentos de cabeça que ocorrem pelo fato de a síndrome prejudicar o equilíbrio.  
"Estes efeitos foram mantidos por alguns meses, fornecendo evidências de que a surdez congênita pode ser efetivamente superada com tratamento precoce para corrigir a expressão genética", escreveram os autores no artigo. “A nossa descoberta abre uma possibilidade para a criação de uma droga feita a partir de oligonucleotídeo antisense”, diz Jennifer Lentz, que também participou do estudo.

Saiba mais

TERAPIA GENÉTICA
Tratamento que busca alterar o DNA de uma determinada célula, em busca de um resultado benéfico para a saúde de um paciente. Para isso, os cientistas precisam inserir um gene no núcleo da célula e fazer com que substitua outro, que na maioria das vezes está disfuncional. Os pesquisadores costumam usar como veículo desse gene um vírus ou retrovírus, pois esses vetores conseguem alterar o material genético de seu hospedeiro. Dentro da célula, o novo gene passa a fazer parte de seu DNA, e pode ser usado para tratar alguma doença.

SÍNDROME DE USHER
É a principal causa de surdez e cegueira combinadas, e estima-se que atinja uma a cada 6.000 pessoas no mundo. O tipo 1 dessa doença é o mais grave: indivíduos com o problema nascem surdos, têm prejudicado o seu equilíbrio e, a partir da adolescência, passam a perder a visão progressivamente até se tornarem cegos.

(Agência France-Presse)


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Sonhos: o que são e para que servem

grunge image of green field and blue sky


Depois de um longo dia, você deita a cabeça no travesseiro e (se não tiver a infelicidade de sofrer de insônia), alguns minutos depois, sua mente “viaja” para o bizarro “mundo dos sonhos”. Há décadas cientistas procuram entender o que há por trás desse fenômeno, e ainda não chegaram a um consenso – embora tenha havido grandes avanços.
Um dos aspectos mais curiosos em relação aos sonhos é que, na maioria das vezes, não nos lembramos deles e, quando conseguimos, é comum esquecermos pouco depois. “Algumas das melhores tentativas de catalogar elementos de sonhos envolviam pedir aos participantes para descrevê-los logo que acordassem pela manhã ou, melhor ainda, convidar voluntários para dormir em um laboratório, onde eles seriam acordados e imediatamente questionados em intervalos à noite”, explica David Robson, colaborador da revista New Scientist. Estudos desse tipo mostraram que há poucos estímulos sensoriais nos sonhos (sons, toques e cheiros).
Outra questão que intriga os cientistas: será que os sonhos têm significados específicos? “Você pode esperar que seus sonhos revelem algo sobre sua personalidade”, diz, “mas traços como extroversão ou criatividade não parecem prever o que aparecerá nas jornadas de alguém para a terra dos sonhos”. Há muitas divergências quanto a supostos sentidos para sonhos.

Neurociência dos sonhos

Um dos possíveis propósitos dos sonhos é a consolidação de memórias. “Depois de gravar inicialmente um evento no hipocampo – que pode ser considerado a impressora da memória humana – o cérebro transfere seus conteúdos para o córtex, onde os organiza para armazenamento de longo prazo”. Esse processo levou pesquisadores a suspeitar que os sonhos seriam uma espécie de “colcha de retalhos” de memórias.
É raro, contudo, que um evento apareça “por inteiro” em um sonhos. “O que normalmente acontece é que pequenos fragmentos são recombinados na história do sonho”, explica o pesquisador Patric McNamara, da Northcentral University em Prescott Valley (EUA). Em um de seus estudos, ele comparou os sonhos de pessoas com seus relatos do dia-a-dia durante dois meses, e descobriu que locais conhecidos eram o primeiro fragmento de memória a aparecer em um sonho, seguido por pessoas, ações e, por fim, objetos conhecidos.
Ao misturar elementos de momentos diferentes, o cérebro pode ajudar a encontrar conexões entre eles, o que pode explicar por que às vezes um elemento em um sonho de repente se transforma em outro. “É um resíduo da maneira como o cérebro junta diferentes elementos”, diz McNamara.

Um filme em sua mente

Mais do que apenas nos fazer relembrar coisas que vimos, ouvimos ou fizemos, os sonhos normalmente contam uma história (às vezes bizarra) e, geralmente, emoções são parte fundamental do processo. O psiquiatra Ernest Hartmann, da Tufts University em Medford (EUA), estudou os diários de sonhos de pessoas que haviam passado por experiências dolorosas. Nessa pesquisa, ele descobriu que elas estão mais propensas a sonhar com situações específicas do que com eventos dispersos, e que esses sonhos são lembrados mais facilmente do que outros.
Hartmann acredita que isso pode estar relacionado com a consolidação da memória (afinal, as emoções fazem parte da história de cada um), além de ser uma possível tentativa de incluir o trauma em um contexto maior. “Acho que isso o torna menos traumático”, opina, embora ele próprio admita que é uma hipótese difícil de provar.

Interferência do mundo real

Além de fornecer “material”, o dia-a-dia pode influenciar os sonhos de outras maneiras, como mostra o fato de que muitas pessoas relataram sonhar em preto e branco durante a década de 1950 e, na década seguinte, em cores. De acordo com a pesquisadora Eva Murzyn, da University of Derby (Reino Unido), isso pode ser explicado pela chegada da televisão a cores – que ocorreu na mesma época em que as pessoas passaram a ter mais sonhos “coloridos”.
Outra situação interessante foi estudada pela pesquisadora Jayne Gackenbach, da Grant MacEwan University (Canadá), que encontrou vários jogadores de videogame que se sentiam “participantes ativos” em seus sonhos, como se estivessem dentro de um jogo. Jogadores, aponta MacEwan, são mais propensos a tentar lutar ou se defender quando sonham que estão sendo atacados ou perseguidos – o que, curiosamente, parece fazer com que seus sonhos se tornem menos assustadores. “Eles dizem coisas como ‘foi um pesadelo, mas foi demais’”, explica.
Por fim, outra interferência do mundo real sobre os sonhos pode se dar por meio de odores, como percebeu o pesquisador Hervey de Saint-Denys, ainda no século 19. Ele pediu a seu criado que colocasse gotas de perfume em seu travesseiro em noites aleatórias, e assim descobriu que os sonhos em geral acabavam tendo alguma relação com o perfume.[New Scientist]

Vídeo: veja um pensamento se formando



“Comida!”, (provavelmente) pensou o peixe-zebra, ao ver um saboroso paramécio. Embora não seja possível saber com exatidão o que se passou pela mente do peixe, o fato é que uma equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Genética do Japão conseguiu capturar o pensamento em vídeo – algo até então inédito.
Graças a uma tecnologia desenvolvida especialmente para esse tipo de monitoramento (um material fluorescente que brilha quando detecta atividades neuronais), o grupo pôde dar um passo adiante no estudo do mecanismo de formação de pensamentos, uma área ainda cercada de dúvidas – a despeito de todos os avanços feitos na neurociência nas últimas décadas.
Naturalmente, o animal não foi escolhido por seu intelecto, mas por outra razão: “O peixe-zebra é um modelo animal apropriado para estudos de imagens (…) porque seu corpo é transparente durante os estágios embrionário e larval”, escrevem os pesquisadores no artigo publicado no periódico Current Biology. Espera-se que, no futuro, animais com estruturas cerebrais mais complexas possam servir de objeto de estudo.[Gizmodo] [Geek-O-System] [Current Biology]

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Tragédia de Santa Maria: as grandes mentiras oficiais sobre o tratamento dos sobreviventes
31/01/2013
 às 20:02 \ Política & Cia



Sepultamento do jovem Gustavo Marques Gonçalves, que teve 70% do corpo queimado no incêndio de Santa Maria e não resistiu (Foto: Wilson Dias / Agência Brasil)
O blog do jornalista gaúcho Polibio Braga publica hoje esse duro artigo do médico intensivista (especialista em trabalho em UTI) Milton Pires, de Porto Alegre.
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Em 1967 a Guerra do Vietnã envolvia um contingente cada vez maior de soldados americanos. A necessidade de atendimento aos feridos graves, entre eles as vítimas de queimadura e intoxicação, demandavam recursos materiais e humanos cada vez mais complexos.
Os Estados Unidos construíram, na cidade litorânea de Da Nang, um hospital militar com o objetivo de atender suas tropas. Nesta época não existia propriamente a especialidade hoje conhecida como Terapia Intensiva. Foi com espanto que os médicos militares começaram a atender um número cada vez maior de pacientes vítimas de intoxicação em função do chamado “agente laranja” e outras substâncias químicas utilizadas para desfolhamento de florestas e localização dos esconderijos inimigos.
As pessoas apresentavam como quadro clínico uma síndrome que envolvia, entre outros sinais e sintomas, acúmulo de líquidos nos pulmões e diminuição da capacidade de oxigenação do sangue. Essa nova doença ficou conhecida como “Pulmão de Da Nang” e hoje, nós intensivistas, a chamamos de SARA – Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto.
Fiz esta breve introdução para dizer que é isto que pode acontecer com os sobreviventes do incêndio de Santa Maria. Mais; gostaria que ficasse muito claro a todos que este tipo de “coisa” não pode ser atendido (numa situação que envolve um número de pacientes tão grandes) com segurança em nenhuma capital brasileira.
Isto ocorre porque simplesmente não há unidades de terapia intensiva (UTIs) em número suficiente nem respiradores artificiais para atender tanta gente.
Em meio a tanto desespero não há um só político ou autoridade da saúde com honestidade suficiente para dizer aquilo que escrevi acima.
Há pelo menos quatro décadas assistimos gerações e mais gerações de secretários e ministros da Saúde insistindo na ideia de medicina comunitária e prevenção.
Pois bem, pergunto agora: o que nós, médicos intensivistas, devemos fazer com as pessoas que sobreviveram ao incêndio de Santa Maria? Encaminhá-las para postos de saúde?
Não se constrói um hospital público em Porto Alegre desde 1970!
Pelo contrário; vários foram à falência e fecharam! Que o Brasil inteiro saiba que é MENTIRA a afirmação das autoridades de que Porto Alegre tem leitos de UTI suficientes para atender toda essa gente!
A Secretaria estadual da Saúde pode, se necessário, comprar leitos na rede privada mas mesmo assim é muita sorte haver algum disponível.
Com relação aos responsáveis por esta tragédia, deixo aqui a minha opinião – foi o poder público corrupto, negligente e incompetente, quem MATOU todos estes jovens!
É esse tipo de gente que quer entupir o Brasil com médicos de Cuba e do Paraguai, que manda médicos para o Haiti e que insiste em saúde “comunitária”, que agora aparece na televisão chorando e abraçando os pais das pessoas que morreram.
Termino aqui; como em toda situação de guerra, a primeira vítima de Santa Maria, assim como em Da Nang, foi a verdade – jamais esqueçam isto!

LEIAM TAMBÉM:

Tragédia de Santa Maria: médico de UTI que criticou a saúde pública e provocou polêmica no blog responde duramente a leitores
01/02/2013
 às 18:08 \ 
Política & Cia

Amigas e amigos do blog, foi enorme, de várias dezenas de milhares, o número de acessos ao post intitulado “Tragédia de Santa Maria: as grandes mentiras oficiais sobre o tratamento dos sobreviventes”. Seu autor é o médico de Porto Alegre especializado em atendimento em UTIs Milton Pires. Além dos acessos, o post causou tanta polêmica que considerei interessante publicar, como Post do Leitor, uma resposta dura que ele ofereceu a alguns de seus críticos na área de comentários do blog.
O texto segue abaixo:
Prezado Ricardo Setti, muito obrigado por apresentar meu texto.
Quero fazer aqui algumas observações.
A sigla SARA é a tentativa de traduzir para português a sigla ARDS – Acute Respiratory Distress Syndrome.
Ocorre que em inglês, também é frequente encontrarmos a expressão Adult Respiratory Distress Syndrome para se referir a mesma doença.
Achei conveniente traduzir SARA usando a palavra “Adulto” para fazer a diferença de SARS (outra doença que não tem nada a ver com essa).
Como existem médicos, alguns fazendo comentários sobre o artigo, fica aqui a explicação.
Se quiserem discutir SARA comigo, não tem problema algum. Meu mail é cardiopires@gmail.com.
Com relação a outros comentários (provavelmente também feitos por colegas) que defendem Cuba e a vinda de colegas de lá para o nosso país; aí não vou ser delicado.
Tenham vergonha na cara e respeitem a Medicina brasileira.
Quem pensa que a medicina cubana é boa que vá se tratar lá para ver o que lhe espera!
Apenas PAREM DE MENTIR para quem é leigo!


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OPERAÇÃO RESGATA DE BOATE NO CENTRO DE BELÉM CRIANÇA E ADOLESCENTES (aqui)


PRODUÇÃO INDUSTRIAL DO PARANÁ TEM O PIOR DESEMPENHO DO SÉCULO


A produção industrial do Paraná em 2012 encolheu 4,8% – a maior queda dos últimos 17 anos. Foi o pior resultado da série histórica desde 1998, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com retração de 28,3%, o mês de dezembro contribuiu decisivamente para que o Paraná amargasse a quarta pior posição do país entre as 14 regiões avaliadas – atrás da média nacional, que ficou em – 2,7%. Segundo especialistas, o fator que mais impactou negativamente a retração da indústria no Paraná foi a queda na produção de automóveis, caminhões e ônibus, que desacelerou toda a cadeia produtiva do setor no estado. (Postado por Cristiane Salles-assessoria de imprensa)

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O PT ESTÁ ISLAMIZANDO O BRASIL!!!
O mal progride rapidamente – a porta é larga!!! (aqui)