A dois meses da realização das eleições municipais na Venezuela, o tirante Nicolás Maduro, cuja eleição é contestada pela oposição pela ocorrência de fraude gigantesca, pediu à Assembléia Nacional, totalmente controlada pelos esbirros do chavismo, poderes para legislar através de decreto. É a chamada “lei habilitante”, criada pelo seu padrinho, o finado caudilho Hugo Chávez, que com base nessa lei transformou a Venezuela num apêndice de Cuba. Aliás, Chávez chegou a aludir à possibilidade de um Estado Transnacional Cuba-Venezuela, de conformidade com a diretrizes do Foro de São Paulo, a organização esquerdista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990 e que recentemente reuniu-se em São Paulo. Depois desse encontro bolivariano na capital paulista coincidentemente surgiram no Brasil coisas, diria, bastante estranhas, como Black-bloc e diversas badernas nas ruas das maiores cidades brasileiras.
Maduro alega que pretende esses poderes ditatoriais para combater a corrupção, o que não passa de um ardil, haja vista que a corrupção está entranhada no governo bolivariano, como de resto nos demais países latino-americanos - a maioria, incluindo o Brasil sob o desgoverno do PT. A corrupção é a forma pela qual esses governos vinculados ao Foro de São Paulo conseguem amealhar apoios e o fato mais emblemático dessa funesta realidade é o famigerado mensalão levado a efeito pelo governo de Lula.
Atenta à escalada autoritária do governo - segundo revela matéria do site da revista Veja - a oposição venezuelana vem denunciando desde agosto que o pedido por superpoderes no combate à corrupção esconde, na verdade, uma “caça às bruxas” de Maduro contra seus adversários políticos. Em seu programa semanal na internet, o líder opositor Henrique Capriles afirmou que a manobra do herdeiro de Chávez visa distrair a população dos graves problemas econômicos do país.
APOIO EMPRESARIAL
A escalada de governos autoritários na América Latina só tem sido possível pelo apoio dos grandes grupos empresariais. Na Venezuela, inclusive, criaram o neologismo “boliburguês”, ou seja, “burguês bolivariano”, para designar os empresários que apóiam o chavismo, principalmente, aqueles que se locupletam com os negócios ligados ao petróleo dirigidos pela estatal PDVSA.
É claro que sem o apoio de grupos econômicos industriais e banqueiros, o que denomino “núcleo duro da economia”, esses comunistas não chegariam jamais ao poder. É que para esses grandes capitalistas o novo sistema comunista do século XXI, que contempla parcerias com o setor privado, transformou-se num maná. Explica-se: quanto mais autoritário o governo, com o cerceamento da liberdade de imprensa, fica mais fácil para eles o estabelecimento de negociatas com o governo. O caso brasileiro é emblemático. O BNDES financia obras no exterior, como em Cuba, Venezuela, Bolívia e em países ditatoriais da África. Geralmente são grandes obras de infraestrutura de bilhões de dólares. E notem que a alocação desse dinheiro público não passa pelo crivo do Congresso Nacional e a forma como são implementados jamais chegam ao conhecimento público.
O que se sabe é que empreiteiras como a brasileira Odebrecht financiam viagens de Lula ao exterior para proferir palestras para empresários. Isso é do conhecimento de todos. Entretanto, se desconhece os meandros dessas negociatas. Embora no Brasil ainda haja liberdade de imprensa, a maioria dos veículos da grande mídia sofre censura efetuada pelos próprios jornalistas que integram a patrulha do PT.
Enquanto na Venezuela o chavismo teve que fechar emissoras de televisão, jornais e rádios, no Brasil o Foro de São Paulo nem precisou utilizar de toda essa truculência, já que as redações dos veículos de mídia estão sob o controle de verdadeiros militantes do PT. Basta analisar o noticiário dos três principais dos jornais do Brasil: Folha de S. Paulo, Estadão e o Globo, sem falar nas emissoras de televisão cuja linha editorial é criminosa. Quem adula comunistas é criminoso!
BANQUETE DE ABUTRES
O que acontece na Venezuela antecede o que deverá acontecer no Brasil mais adiante. O mensalão tinha por objetivo uma espécie de “lei habilitante” dissimulada. Regiamente subornados com dinheiro público, os deputados e senadores votariam favoravelmente todos os projetos que Lula, então todo poderoso presidente, enviasse ao Congresso.
Sabe-se que, a maioria dos deputados são financiados via contribuições de empresários e banqueiros, e, neste caso, esses ricaços são também co-autores da corrupção mensaleira, ou seja, comensais desse banquete de abutres.
Guardadas as proporções, ocorre no Brasil, sob diferente estratégica, a mesma coisa que acontece na Venezuela. A corrupção, institucionalizada pelo governo do PT, tem o apoio total não só dos parlamentares, como dos empresários e banqueiros, o núcleo duro da economia, que são os “sócios” de primeira hora do lulismo e, na Venezuela, do chavismo.
Alguém já ouviu uma só manifestação de algum empresário ou banqueiro contra o desgoverno do PT? De alguma entidade representativa dos empresários como a CNI e das poderosas federações de indústria e do comércio dos Estados?
O que se sabe é que toda essa gente proporciona bilhões de reais em doações para o PT a cada eleição. São eles - o conjunto dos grandes empresários que na verdade tocam os países - que mantêm o comunismo do século XXI no poder no Brasil, na Venezuela, na Bolívia, no Uruguay, na Argentina e em praticamente toda a América Latina.
Na Venezuela, vejam só, houve pelo menos alguns empresários que lutaram e ainda lutam bravamente contra o comunismo chavista. Exemplo disso foi o empresário Ernesto Zuloaga, que era proprietário da TV Globovisión. Estava o exílio, já que Chávez havia decretado a sua prisão pelo fato de sua emissora de televisão noticiar a vagabundagem e a roubalheira de Chávez e seus asseclas. Não resistiu às pressões do Conatel, órgão que controla o sistema de rádiodifusão e que havia aplicado multas milionárias à Globovisión. Recentemente, a emissora foi vendida para um grupo de boliburgueses.
O FIM DA DEMOCRACIA
Recentemente, o jornal El Nuevo Herald, de Miami (EUA), publicou uma reportagem em que analisa o fato de que Chávez morreu mais o chavismo continua vivo e se estendeu a vários países latino-americanos. A reportagem entrevista o professor Luis Frelischman, adjunto de Sociologia e Ciências Políticas do Wilkes Honor College da Florida Atnalntic University. O especialista conclui que as eleições normais na Venezuela e demais países dominados pelo comunismo do século XXI, já não constituem mais o meio eficaz para alternância do poder. Em outras palavras, esses países são arremedos de democracia e a oposição se tornou inócua.
No caso da Venezuela, a Assembléia Nacional concederá a Nicolás Maduro, com toda a certeza, o direito de se transformar no mais novo ditador latino-americano. Os últimos resquícios de democracia nesse país receberão o golpe mortal sob os aplausos de Lula e seus sequazes e o silêncio de Aécio Neves, Eduardo Campos, Marina Silva e seus deputados e senadores. O mesmo acontece com os demais países latino-americanos onde os políticos quando não apóiam ditaduras bolivarianas silenciam de forma criminosa ante o desmonte das instituições democráticas no continente.