Armazenamento de hidrogênio pode ser fundamental para planos energéticos
alemães
Por Kevin Bullis, The New York Times News Service/Syndicate
Catedral em Berlim
Catedral em Berlim
Se a Alemanha quiser cumprir suas metas ambiciosas de obtenção de um terço de
sua eletricidade de energias renováveis até 2020 e 80 por cento até 2050, deve
encontrar uma maneira de armazenar grandes quantidades de eletricidade a fim de
compensar a intermitência das energias renováveis.
A Siemens afirma que tem a tecnologia perfeita para isso: usinas
eletrolisadoras do tamanho de um grande armazém que decompõem a água para
produzir gás hidrogênio. O hidrogênio pode ser usado para gerar eletricidade em
usinas alimentadas a gás quando não há vento, ou, ainda, para abastecer
carros.
Produzir hidrogênio é uma forma ineficiente de armazenar energia – cerca de
dois terços da energia se perdem nos processos de geração e utilização do
hidrogênio para gerar eletricidade. Mas a Siemens diz que essa é a única opção
de armazenamento capaz de alcançar a escala que será necessária na Alemanha.
Ao contrário de eletrolisadores industriais convencionais, que necessitam de
um fornecimento de energia consideravelmente constante para decompor a água de
modo eficiente, o novo projeto da Siemens é flexível o suficiente para funcionar
com energia intermitente proveniente de turbinas eólicas. Ele é baseado em uma
tecnologia de membrana de troca de prótons semelhante à utilizada em células de
combustível para carros, capaz de operar a níveis de potência muito diferentes.
Os eletrolisadores também podem, temporariamente, operar duas ou três vezes a
mais do que os seus níveis de energia, o que pode ser útil para acomodar picos
de energia em dias com vento.
Frankfurt
A Alemanha, que tem sido líder mundial em capacidade de instalação solar, não está apenas preocupada com a mudança climática. Seus dirigentes acham que a longo prazo, as energias renováveis serão mais baratas do que os combustíveis fósseis, de modo que poderiam dar ao país uma vantagem econômica, afirma Miranda Schreurs, diretora do Centro de Pesquisa de Política Ambiental da Universidade Livre de Berlim. A Alemanha servirá como um teste para mostrar se os países industrializados podem depender de energias renováveis e ainda assim serem competitivos.
A Alemanha, que tem sido líder mundial em capacidade de instalação solar, não está apenas preocupada com a mudança climática. Seus dirigentes acham que a longo prazo, as energias renováveis serão mais baratas do que os combustíveis fósseis, de modo que poderiam dar ao país uma vantagem econômica, afirma Miranda Schreurs, diretora do Centro de Pesquisa de Política Ambiental da Universidade Livre de Berlim. A Alemanha servirá como um teste para mostrar se os países industrializados podem depender de energias renováveis e ainda assim serem competitivos.
Outra razão pela qual a Alemanha está se voltando para a energia renovável é
cumprir sua meta de redução das emissões de gases de efeito estufa em 40 por
cento até 2020, em relação aos níveis de 1990, e em 80 por cento até 2050.
Alguns outros países têm metas igualmente ambiciosas de redução de dióxido de
carbono, mas a Alemanha se destaca porque é uma grande economia que depende de
eletricidade barata para produzir bens manufaturados. O país decidiu não
utilizar a energia nuclear como fonte de eletricidade constante e livre de
carbono. E não pode depender demais do gás natural, que emite cerca de metade do
dióxido de carbono em relação ao carvão.
O gás natural é mais caro na Europa do que nos Estados Unidos e vem de países
– como a Rússia – que nem sempre são fornecedores confiáveis.
Manter baixos os custos da eletricidade durante a transição para energia
renovável vai ser difícil. A energia solar é muito mais cara do que a energia de
combustíveis fósseis, especialmente na Alemanha, onde o céu muitas vezes está
nublado. Além disso, embora a energia eólica já esteja quase tão barata quanto a
energia derivada de combustíveis fósseis– o que acontece porque a Alemanha está
começando a mudar suas políticas para favorecer o vento como fonte de energia –
ela, como a solar, é intermitente: até mesmo alguns dos aerogeradores mais bem
situados geram eletricidade durante apenas um terço do tempo.
Colônia
Colônia
Para garantir suprimentos confiáveis de energia, portanto, será necessário
instalar linhas elétricas de alta tensão para obter energia renovável a partir
de lugares que sejam ensolarados ou que tenham muito vento até lugares onde a
energia é necessária. A Alemanha já está enfrentando limitações à sua capacidade
de transmitir suas fontes existentes de energia renovável, que respondem por
cerca de 20 por cento de sua eletricidade: segundo a Siemens, a Alemanha joga
fora 20 por cento da energia que suas turbinas eólicas produzem porque não tem
capacidade de transmissão suficiente.
A energia renovável precisará ser armazenada em uma escala enorme. O caminho
mais acessível de armazenar eletricidade é usá-la para bombear a água de uma
colina e, em seguida, deixá-la fluir novamente para ativar uma turbina e um
gerador quando a eletricidade for necessária. Mas isso só funciona em locais
onde há montanhas e represas, e a maior parte da Alemanha é plana.
A quantidade total de armazenamento de água bombeada na Alemanha agora é
cerca de 40 gigawatt-hora – não mais do que as fontes renováveis poderiam gerar
em uma hora em um dia ensolarado e ventoso, diz Michael Weinhold, diretor chefe
de tecnologia da Siemens Energy. "Elas não foram feitas para armazenar horas ou
dias, ou até mesmo semanas, de volatilidade."
No momento, as baterias são muito caras – e não estão sendo fabricadas em
número suficiente para acomodar a escala necessária. Seria necessário reunir a
capacidade de bateria de milhões de veículos elétricos para alcançar a
capacidade existente de armazenamento por água bombeada.
A Alemanha, no entanto, tem potencial para armazenar uma grande quantidade de
hidrogênio, porque é possível misturar pequenas quantidades de hidrogênio em
dutos de gás natural e recipientes de armazenamento existentes. Esses dutos e
recipientes têm capacidade de armazenamento suficiente para cerca de duas
semanas da produção atual de energia renovável da Alemanha. Cavernas de sal,
algumas das quais são atualmente usadas para armazenar reservas estratégicas de
petróleo da Alemanha, poderiam servir para armazenar muito mais.
A Siemens estima que gerar 85 por cento da eletricidade da Alemanha usando
energias renováveis exigirá o armazenamento de 30 mil gigawatt-hora. O
hidrogênio necessário para fornecer tamanha eletricidade poderia ser armazenado
em um quarto do espaço disponível em cavernas subterrâneas. O hidrogênio poderia
ser distribuído inicialmente através de gasodutos já disponíveis e, por fim,
através de gasodutos específicos.
A Siemens afirma que seus eletrolisadores têm cerca de 60 por cento de
eficiência. 40 por cento da energia gerada por uma turbina de vento seriam
perdidos na produção do gás hidrogênio. Em seguida, pelo menos 40 por cento da
energia do hidrogênio seriam perdidos na geração de eletricidade em centrais
elétricas alimentadas a gás ou pilhas de combustível. Assim, apenas cerca de um
terço da energia original seria retido. Weinhold, porém, diz que o sistema
produziria hidrogênio a partir de uma eletricidade que não poderia ser utilizada
na rede e que, portanto, seria desperdiçada sem um sistema de armazenamento como
esse.
Além de ser ineficiente, o sistema poderia ser dispendioso. O alto custo das
células de combustível é uma das principais razões pelas quais elas não têm sido
utilizadas amplamente em carros. Mas Weinhold diz que a Siemens está trabalhando
para reduzir os custos. A Siemens está realizando demonstrações-piloto da
tecnologia neste ano, e planeja vender sistemas de dois megawatts até 2015 e
construir sistemas de até 250 megawatts até 2018. As usinas maiores poderiam se
beneficiar da energia produzida por cerca de 100 turbinas eólicas.
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