terça-feira, 14 de agosto de 2012


KINESIO TAPING, A NOVA APOSTA DOS ATLETAS OLÍMPICOS

Bandagem colorida promete ajudar atletas de alto rendimento a superar a dor e a melhorar o desempenho durante a competição

Aretha Yarak
A alemã Katrin Holtwick no volêi de praia: fita no abdome
A alemã Katrin Holtwick no volêi de praia: fita no abdome - Marcelo Del Pozo/Reuters
A festa olímpica foi das vitórias esmagadoras de Usain Bolt, do recorde de Michael Phelps, das lágrimas de centenas de ganhadores de medalhas. Na festa de cores dos Jogos de Londres, porém, um novo detalhe chamou a atenção de todo o mundo: o que são, afinal, aquelas fitas coloridas coladas aos músculos bem definidos de pernas, braços e troncos?
A atleta paraguaia Leryn Franco durante prova de lançamento de dardo: reforço no ombro
A atleta paraguaia Leryn Franco durante prova de lançamento de dardo: reforço no ombro - Getty Images
 Última moda entre os atletas de alto-rendimento na edição de 2012 das Olimpíadas, as faixas se chamam Kinesio taping, e obviamente não estão lá para enfeitar os corpos torneados. Seu papel é diminuir a dor e dar maior consciência muscular, o que ajudaria a aumentar o desempenho dos atletas. Se funcionam de fato, ainda não se sabe. Mas isso não impediu que as bandagens fossem adotadas por atletas das mais diversas modalidades olímpicas (confira na galeria de imagens)..
Jogadoras do Brasil comemoram vitória sobre a Rússia: nas belas pernas de Jaqueline, a fita na cor preta
Jogadoras do Brasil comemoram vitória sobre a Rússia: nas belas pernas de Jaqueline, a fita na cor preta - Kirill Kudryavtsev/AFP
Divulgação
Kinesio tape
Aplicação da Kinesio taping
Criada na década de 1970 pelo quiropraxista japonês Kenzo Kase, a fita elástica é mais resistente que as usuais e tem uma qualidade extremamente vantajosa: ela não restringe o movimento. Quando criou a faixa, Kase acreditava que ela replicaria os efeitos benéficos das terapias manuais, como a massagem e a fisioterapia. Segundo o site da empresa que fabrica o tape original, ele pode ser usado para reduzir a dor, reeducar o sistema neuromuscular, melhorar o desempenho, prevenir machucados e aumentar a circulação local. “Dependendo de como a bandagem é aplicada, ela tem uma resposta diferente”, diz Karina Santaella, fisioterapeuta especialista na técnica e professora na Universidade Anhembi-Morumbi.

O alemão Jonas Reckermann no volêi de praia
O alemão Jonas Reckermann no volêi de praia - Dominic Ebenbichler/Reuters
Apesar de ter ganho notoriedade apenas durante as Olimpíadas de Londres, a Kinesio taping já havia sido usada experimentalmente por alguns atletas nos jogos de Pequim, em 2008. A americana Kerri Walsh, medalhista de ouro no vôlei de praia, foi uma das atletas que usaram a então novidade. “Em atletas de alto rendimento é impossível o esporte ser saudável.
O egipíco Karam Ebrahim durante luta greco-romana: reforço no ombro  
O egipíco Karam Ebrahim durante luta greco-romana: reforço no ombro - AFP
Se a dor é tolerável, ele vai usar tudo o que tem ao seu alcance para conseguir jogar machucado”, diz Marcelo Bannwart Santos, supervisor de Fisioterapia do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo, e membro do Centro de Traumatologia do Esporte da Unifesp. Segundo o fisioterapeuta, em cerca de 80% dos casos, o uso da fita tem como objetivo reduzir a dor local, e não melhorar a performance.
A corredora Keshia Baker, dos Estados Unidos, antes da prova de revezamento dos 400 metros
A corredora Keshia Baker, dos Estados Unidos, antes da prova de revezamento dos 400 metros - Getty Images
Mas é exatamente nesse ponto que a prática esbarra na ciência. De um lado, esportistas e atletas afirmam que a Kinesio taping de fato funciona — e a usam indiscriminadamente durante os jogos. Do outro, pesquisas científicas ainda penam para comprovar algum benefício nas tiras coloridas.
A dupla da Alemanha formada por Laura Ludwig e Sara Goller











A dupla da Alemanha formada por Laura Ludwig e Sara Goller - Daniel Garcia/AFP
“Existe evidência de pequenos benefícios em lesões, mas ainda é preciso que estudos de qualidade sejam feitos”, diz Chris Whatman, um dos fisioterapeutas australianos responsáveis pela última meta-análise feita sobre a bandagem. 
A canadense Desiree Scott durante partida de futebol em Londres: fita pink no joelho
A canadense Desiree Scott durante partida de futebol em Londres: fita pink no joelho - Stanley Chou/Getty Images
Um dos problemas em se encontrar essas evidências concretas, dizem os especialistas, está no fato de que é difícil mensurar o nível de dor que um atleta sente com e sem a bandagem. "E há sempre o efeito placebo, que pode mascarar resultados", diz Bannwart.
O judoca grego Ilias Iliadi: reforço nas costas

Veja alguns dos artefatos usados pelos atletas
Cinta de apoio lombar
 

Usada para reduzir a compressão gerada na coluna lombar durante o levantamento de pesos. Sozinha, a musculatura da região pode não aguentar a sobrecarga. Além dos atletas que competem na modalidade de levantamento de peso, ela é usada também por aqueles que treinam com barras com anilhas.

Munhequeira


Utilizada, principalmente, para a estabilização do punho. É mais comum entre os atletas da ginástica olímpica. Em alguns casos, a faixa é estendida também para a região das mãos que fica em contato com os aparelhos, para evitar a lesão da pele.


Joelheira


Usada normalmente por atletas com dores no patelo femoral, um problema que acontece no momento da estabilização da patela (no joelho) com o fêmur. É mais comum entre os jogadores que saltam muito, como os atletas do vôlei.

Tornozeleira


Usada para estabilizar o tornozelo, geralmente em atletas que já tenham algum tipo de lesão local. Como a proteção é rígida, ela restrige o movimento com a finalidade de evitar uma entorse.

Meias de compressão


Essas meias reduzem as vibrações dos músculos, o que, de imediato, já diminui microlesões e o desgaste muscular. Estudos ainda em fase iniciais afirmam que ela pode, inclusive, melhorar a performance do atleta.

Bermuda de compressão


Importante principalmente para atletas que vão competir em temperaturas baixas, já que a bermuda mantém a temperatura muscular constante. Em esportes de explosão, como no futebol, a temperatura corpórea precisa se manter alta, para que a liberação de energia aconteça de maneira mais eficiente.


Desempenho físico – Enquanto a ciência não bate o martelo sobre a eficácia da Kinesio, a faixa continua sendo usada, seja para aliviar a dor ou para aumentar o desempenho, dentro e fora das Olimpíadas. A jogadora de vôlei paulista Camila Cristina da Silva, de 21 anos, adotou há cerca de um ano para driblar uma lesão no ombro. “Não conseguia levantar o braço para atacar. A bandagem me ajudou com apoio, é como se eu tivesse um suporte me auxiliando a realizar todo o movimento”, diz.
Essa sensação que Camila descreve é chamada pela fisioterapia de propriocepção, que nada mais é do que a consciência de uma musculatura específica durante o movimento. “A bandagem pode ser colocada com o músculo em posição de alongamento ou de contração. Dependendo de como é aplicada, ela age dando estabilidade ou estimulando o uso de outro músculo”, diz Karina. Em outras palavras, é como se a faixa assumisse o papel de suporte que um especialista exerce durante uma sessão de fisioterapia. Assim, o atleta, tendo consciência do movimento que faz, consegue evitar a dor. Por exigir um alto grau de conhecimento da fisiologia muscular, a Kinesio taping só pode ser aplicada por profissionais treinados na técnica.
De acordo com o fabricante, a bandagem causa uma tração na pele, o que gera um movimento interior, entre pele e tecido subcutâneo. Como consequência, ela melhora os fluxos sanguíneo e linfático — o que, por fim, também ajudaria na mobilização de um edema. “O esporte de alto rendimento não é saudável. E a Kinesio veio de encontro a isso, porque ela ajuda o atleta a chegar ao seu limite de dor”, diz Bannwart. A bandagem, no entanto, pode ter um resultado indesejável. “Ao reduzir a dor, o atleta força mais um local já machucado. Se a causa dessa dor não for devidamente tratada, o uso contínuo da Kinesio pode lesionar ainda mais a região.”


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Um comentário:

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