sexta-feira, 13 de abril de 2012

Os 4 (Quatro) “Ds” da Educação

                                               A Educação No Mundo.

As crianças e os jovens espanhóis, assim como os do mundo inteiro, têm direito à escolarização. Mas, sobretudo, têm direito ao sucesso na escolarização. Se fracassam na escola, o que conseguimos ao lhe abrimos as portas da mesma?

O relatório PISA 2003 (que oferece a classificação dos resultados obtidos por estudantes de 15 anos em 40 países), com todas as limitações que esse tipo de relatório tem, deve levar todos os membros da sociedade a uma reflexão.

A colocação obtida pelos escolares espanhóis não corresponde ao nível de desenvolvimento econômico e cultura do país. A educação é a grande causa de toda a sociedade.

O que fazer para melhorar a educação que temos? Acredito que seja necessário, antes de qualquer Reforma, pôr em prática 4 (quatro) conceitos e ações que começam pela letra “D”.

1º - DIAGNÓSTICO CERTEIRO.

Dever ser feito um diagnóstico rigoroso da realidade educativa. Muitos pressupostos nos quais se baseia uma nova lei ou padrão estão cimentados em slogans, impressões, tópicos, meias verdade.... Um mau diagnóstico conduz à tomada de decisões arbitrárias ou, talvez, contraproducentes. O diagnóstico tem 2 (duas) dimensões complementares: a comprovadora que consiste em determinar se foi atingido o que se pretendia e a atributiva que consiste em explicar porque ocorre a que se deve aquilo que se comprovou. A segunda se faz, muitas vezes, de forma simplista ou interesseira. Suponhamos que se comprove que existe fracasso em conseguir os níveis de conhecimento exigíveis. Não há rigor total em atribuir (explicar) o fracasso através de um só tipo de causa (os alunos, as faltas, a cultura do esforço, Por exemplo). Não há outras possíveis causas? Não se pode falar da faltar de formação do professorado, da má coordenação das escolas, da falta de participação das famílias, da escassa liberação de recurso? E muitas outras mais.

2º – DEBATE AUTÊNTICO.

   É necessário articular um debate autêntico, antes de tomar decisões. Não só porque haverá uma melhor compreensão das situações problemáticas, uma melhor compreensão das realidades, mas também, sobretudo, porque se gerará um clima propício para sentir como própria a Reforma.

Deve ser divulgado que o debate está aberto. Ás vezes, os circuitos da informação não fluem de forma conveniente. Esse convite, que é um direito e, ao mesmo tempo, um dever, deve ser conhecido de forma suficientemente clara e operativa. O debate deve estar aberto a toda a sociedade, não só aos técnicos e aos profissionais da educação. Os meios de comunicação devem ecoá-lo é necessário cuidado para que o debate não se desvirtue e, sobretudo, para que não se simplifique.

As grandes linhas de discussão precisam ser bem marcadas: a importância do modelo educativo, os objetivos básicos do sistema, o compromisso com as famílias e com a sociedade, o valor da escola, a dignidade dos professores, a subordinação dos interesses setoriais e corporativos aos interesses gerais, a exigência de responsabilidades em todos os âmbitos, a equidade do serviço, a igualdade de oportunidades.

Portanto, para que tais discussões se concretizem, o debate deve dispor de um tempo amplo.

3º - DECISÕES ACERTADAS.

O modelo de mudanças que converte os docentes em meros aplicadores ou executores do que dizem os legisladores, à luz do que descobriram os técnico e pesquisadores, é um modelo que tem uma possibilidade mínima de gerar mudanças profundas no sistema. É, alem disso, um modelo desprofissionalizante, já que parece partir da premissa de que os docentes, ou não saberão fazer as coisas por sua iniciativa, ou não as farão sem que sejam mandados. No entanto, e necessária uma lei consensual que:

a) leve em consideração a eqüidade. A educação tem que corrigir desigualdades, não acentuá-las;

b) direcione-se para a construção de um currículo básico rico, sugestivo integrado e relevante, que reflita a diversidade cultural; e que seja elaborado em consenso com as “Autonomias” (comunidades autônomas - estados espanhóis).

c) proponha um sistema de avaliação que não se converta em uma corrida de obstáculo, na qual os mais desfavorecidos esbarrem paulatinamente;

d) considere o ensino de valores (virtudes), não limitando a educação somente á aquisição de conhecimentos;

e) observe o mandato constitucional que estabelece o principio de laicidade no sistema educativo;

f) incremente (não só mantenha) a participação da comunidade no desenvolvimento da prática educativa.


4º - DINHEIRO ABUNDANTE.

É necessário destinar um orçamento maior do que é convencionalmente dedicado á educação. O nível de riqueza do qual dispõe a Espanha não é proporcional aos recursos que se dedicam á educação. Pretendemos estar entre os primeiros em resultados, mas ficamos entre os últimos em destinação de verbas. Para que isso se concretize, dever-se:

a) aumentar a despesa pública em educação. E temos de controlar o que se faz com o dinheiro público.

b) aplicar estratégias distributivas dos recursos, baseadas em programas prioritários;

c) corrigir as desigualdades de todo tipo (sócias, territoriais, na rede pública /privada, no atendimento a imigrantes) existente no sistema;


d) avaliar o que está sendo feito e para o que está servindo o dinheiro de todos os cidadãos.


A educação não se produz somente nas escolas. É necessário pensar em uma lei de Educação e não só da Escolarização. Como diz o já conhecido e sábio provérbio africano: “É necessário um povo inteiro para educar uma criança”. É necessário fazer uma chamada ao otimismo, porque a educação parte de um pressuposto substancialmente otimista: O ser humano pode melhorar. E, acima de tudo, temos de capacitar bem os professores e reconhecer sua dignidade. São eles que tornam as leis boas ou más.

São eles, certamente, os verdadeiros heróis dos novos tempos. 


Abraço e Sucesso a Todos

Olimpia Pinheiro
Consultora Executiva
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