domingo, 21 de setembro de 2014

ERUNDINA 'SOME' PARA NÃO FUSTIGAR ALIADA

Escolhida de última hora para coordenar a campanha de Marina Silva à Presidência, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), submergiu para não divergir publicamente da candidata. Apesar de serem amigas e compartilharem o mesmo projeto de poder, as duas têm posições antagônicas em temas polêmicos que são especialmente sensíveis no atual cenário eleitoral.

Erundina notabilizou-se no Congresso - ela está no quarto mandato de deputada - pela defesa das bandeiras LGBT, da revisão da Lei da Anistia e da democratização da mídia. 

Marina, porém, evita encampar essas propostas. Em um episódio recente, a equipe da candidata retirou do programa de governo trechos que previam a criminalização da homofobia e a aprovação do casamento gay. Na ocasião, Erundina não se manifestou. Hoje, quando questionada, ela minimiza o caso. “Essas questões são menores. Em uma disputa eleitoral com essa dimensão, essas questões precisam ser tratadas no seu devido tempo”, afirmou. 

Para evitar novos desgastes - e não se desgastar com os seus eleitores - Erundina tem acompanhado Marina a pouquíssimos eventos. Sua agenda tem se concentrado a atividades que fogem do seu perfil - a burocracia do dia a dia da campanha. 

Na sexta-feira, quando compareceu a uma ato de Marina em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, a deputada foi questionada pelo Estado sobre as divergências com a presidenciável. “Esta é uma coletiva com a candidata à Presidência, não com a coordenadora da campanha”, disse. “O centro do debate, a figura principal, o interesse que a sociedade tem é pelo o que está falando a nossa candidata”, concluiu. 

Em outra ocasião, também na semana passada, a deputada reconheceu as diferenças. “Não alterei um milímetro das minhas posições. Mas há mais convergências do que divergências.” Entre as discordâncias, talvez a mais delicada seja a revisão da Lei da Anistia, que permitiria que militares e civis sejam punidos por seus crimes da época da ditadura. Em debates na Câmara, Erundina costumava fazer duras críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), por se mostrar contrária à revisão da norma. “A postura da presidente Dilma é de leniência. Por que esse receio? Não entendo, sobretudo para uma pessoa que pagou tão caro na época”, chegou a dizer a parlamentar. A posição não mudou, mas Marina é poupada. “Temos que lutar pela revisão, mas isso é um aspecto menor”, disse a deputada. 


Quando questionada sobre sua baixa participação nos eventos de campanha, a deputada diz que tem de se concentrar na sua campanha à reeleição para a Câmara. Apesar das divergência, Erundina e Marina compartilham a mesma mágoa com o PT, partido que ambas ajudaram a fundar e que, hoje, tentam derrotar no plano nacional.

Luiza Erundina vai coordenar a campanha de Marina
Em 22-08-2014 às 22:30

A deputada federal Luiza Erudina (SP), candidata à reeleição, será a representante do PSB na coordenação da campanha de Marina Silva à Presidência da República. A confirmação foi feita pelo presidente do partido, Roberto Amaral, na noite de quinta-feira 21.
Erundina vai substituir Carlos Siqueira, antigo coordenador, que deixou o posto na quinta-feira fazendo duras críticas a Marina. De acordo com Siqueira, “Marina não representa o legado de Eduardo Campos”, é “diferente politicamente e ideologicamente” dele e não passa de “uma hospedeira” dentro do PSB.

A indignação de Siqueira teria sido motivada por duas nomeações feitas por Marina Silva ao assumir o posto aberto pela morte de Eduardo Campos: a de Bazileu Margarido como tesoureiro e a de Walter Feldman como coordenador-adjunto de campanha. Assim como Marina, Feldman se filiou ao PSB no fim de 2013, após a Rede Sustentabilidade, partido que tentavam montar, não conseguir viabilizar sua formalização na Justiça Eleitoral.

O movimento migrou para o PSB, sigla em que está abrigada, mas continua existindo. Há diversas incompatibilidades entre o PSB e a Rede, que vinham sendo mantidas sob controle por Eduardo Campos. Sem ele, as feridas têm ficado expostas.
A própria Luiza Erundina, nova coordenadora de campanha ao lado de Feldman, fez duras críticas à Rede em julho de 2013.

Questionada sobre a possibilidade de aderir à Rede no programa É Notícia, da Rede TV, Erundina afirmou que “sua opção é pelo socialismo”. “A Marina é uma pessoa maravilhosa, mas entra no senso comum da sociedade do ponto de vista de negar a política, de negar partido… tanto é que é Rede, não partido”, afirmou. “Isso desorganiza, deseduca politicamente.. não há política e não há democracia sem partidos”, disse.
Fonte: Carta Capital

  
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