Escolhida de última
hora para coordenar a campanha de Marina Silva à Presidência, a deputada
federal Luiza Erundina (PSB-SP), submergiu para não divergir publicamente da
candidata. Apesar de serem amigas e compartilharem o mesmo projeto de poder, as
duas têm posições antagônicas em temas polêmicos que são especialmente
sensíveis no atual cenário eleitoral.
Erundina notabilizou-se
no Congresso - ela está no quarto mandato de deputada - pela defesa das
bandeiras LGBT, da revisão da Lei da Anistia e da democratização da
mídia.
Marina, porém, evita
encampar essas propostas. Em um episódio recente, a equipe da candidata retirou
do programa de governo trechos que previam a criminalização da homofobia e a
aprovação do casamento gay. Na ocasião, Erundina não se manifestou. Hoje,
quando questionada, ela minimiza o caso. “Essas questões são menores. Em uma
disputa eleitoral com essa dimensão, essas questões precisam ser tratadas no
seu devido tempo”, afirmou.
Para evitar novos
desgastes - e não se desgastar com os seus eleitores - Erundina tem acompanhado
Marina a pouquíssimos eventos. Sua agenda tem se concentrado a atividades que
fogem do seu perfil - a burocracia do dia a dia da campanha.
Na sexta-feira, quando
compareceu a uma ato de Marina em São Bernardo do Campo, na região do ABC
paulista, a deputada foi questionada pelo Estado sobre as divergências com a
presidenciável. “Esta é uma coletiva com a candidata à Presidência, não com a
coordenadora da campanha”, disse. “O centro do debate, a figura principal, o interesse
que a sociedade tem é pelo o que está falando a nossa candidata”,
concluiu.
Em outra ocasião,
também na semana passada, a deputada reconheceu as diferenças. “Não alterei um
milímetro das minhas posições. Mas há mais convergências do que divergências.”
Entre as discordâncias, talvez a mais delicada seja a revisão da Lei da
Anistia, que permitiria que militares e civis sejam punidos por seus crimes da
época da ditadura. Em debates na Câmara, Erundina costumava fazer duras
críticas à presidente Dilma Rousseff (PT), por se mostrar contrária à revisão
da norma. “A postura da presidente Dilma é de leniência. Por que esse receio?
Não entendo, sobretudo para uma pessoa que pagou tão caro na época”, chegou a
dizer a parlamentar. A posição não mudou, mas Marina é poupada. “Temos que
lutar pela revisão, mas isso é um aspecto menor”, disse a deputada.
Quando questionada
sobre sua baixa participação nos eventos de campanha, a deputada diz que tem de
se concentrar na sua campanha à reeleição para a Câmara. Apesar das
divergência, Erundina e Marina compartilham a mesma mágoa com o PT, partido que
ambas ajudaram a fundar e que, hoje, tentam derrotar no plano nacional.
Em 22-08-2014 às 22:30
A deputada federal
Luiza Erudina (SP), candidata à reeleição, será a representante do PSB na
coordenação da campanha de Marina Silva à Presidência da República. A
confirmação foi feita pelo presidente do partido, Roberto Amaral, na noite de
quinta-feira 21.
Erundina vai substituir
Carlos Siqueira, antigo coordenador, que deixou o posto na quinta-feira fazendo
duras críticas a Marina. De acordo com Siqueira, “Marina não representa o
legado de Eduardo Campos”, é “diferente politicamente e ideologicamente” dele e
não passa de “uma hospedeira” dentro do PSB.
A indignação de
Siqueira teria sido motivada por duas nomeações feitas por Marina Silva ao
assumir o posto aberto pela morte de Eduardo Campos: a de Bazileu Margarido
como tesoureiro e a de Walter Feldman como coordenador-adjunto de campanha.
Assim como Marina, Feldman se filiou ao PSB no fim de 2013, após a Rede
Sustentabilidade, partido que tentavam montar, não conseguir viabilizar sua
formalização na Justiça Eleitoral.
O movimento migrou para
o PSB, sigla em que está abrigada, mas continua existindo. Há diversas incompatibilidades
entre o PSB e a Rede, que vinham sendo mantidas sob controle por Eduardo
Campos. Sem ele, as feridas têm ficado expostas.
A própria Luiza
Erundina, nova coordenadora de campanha ao lado de Feldman, fez duras críticas
à Rede em julho de 2013.
Questionada sobre a
possibilidade de aderir à Rede no programa É Notícia, da Rede TV, Erundina
afirmou que “sua opção é pelo socialismo”. “A Marina é uma pessoa maravilhosa,
mas entra no senso comum da sociedade do ponto de vista de negar a política, de
negar partido… tanto é que é Rede, não partido”, afirmou. “Isso desorganiza,
deseduca politicamente.. não há política e não há democracia sem partidos”,
disse.
Fonte: Carta
Capital
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook
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