TECNOLOGIA/NEGÓCIOS - Criminosos vendem 'likes' no Facebook
Atualizado: 28/3/2012 3:05
Aplicativos como 'Veja quem visitou o seu perfil' ou 'Mude a
cor do seu perfil' não são apenas brincadeiras desagradáveis de algum hacker que
quer se divertir. Eles servem também para um esquema fraudulento de venda de
'curtidas' (ou 'likes') a empresas ansiosas por audiência no Facebook.
Uma investigação feita por Fábio Assolini, analista da
Kaspersky Lab e integrante do Grupo de Análise e Resposta a Incidentes de
Segurança (Aris), revela que cibercriminosos brasileiros vendem pacotes de
'curtidas' que variam de R$ 50, para mil 'likes', a R$ 3.990, para 100 mil
'likes'.
'Uma maneira rápida e fácil, adquira cem mil curtidas em sua
fan page no Facebook. Compre este plano, escolha a melhor forma de pagamento que
desejar', diz o site que comanda o negócio - encontrado sob os domínios
publicidadesonline.com e publicidadesonline.net. Eles foram retirados do ar após
Assolini comentar o comércio de 'likes' em um blog.
De fato, a companhia que compra o serviço consegue movimentar o
seu perfil na rede social. Mas o que ela pode não saber é que isso é feito às
custas de usuários infectados por aplicativos do tipo 'Mude a cor do seu perfil'
- gente que não necessariamente admira a marca 'curtida' ou que até acaba
ficando com raiva da empresa por ver seu rosto exposto onde ela nunca pensou em
estar.
O esquema é totalmente brasileiro, segundo o analista da
Kaspersky. Um dos sites estava registrado em nome de um usuário localizado em
Goiânia.
Involuntariamente. Para tomar conta de um perfil no Facebook,
os cibercriminosos geralmente criam aplicativos falsos com motes apelativos para
atrair usuários e convencê-los a baixar o que, na verdade, é uma porta para um
malware (software usado para fins criminosos).
A pessoa, sem saber, está instalando um plug-in no navegador
(Firefox ou Chrome) que roubará o seu nome de usuário e senha, não importa
quantas vezes eles forem trocados.
A menos que o plug-in seja excluído, ele continuará lá como um
espião - e com o poder de usar o seu perfil como bem entender. Caso o usuário
suspeite ter instalado aplicativos maliciosos ou plug-ins estranhos, é
aconselhável verificar as extensões no navegador, segundo Fábio Assolini.
O analista alerta que é provável que o plug-in tenha um nome
conhecido, como Adobe Flash Player, um dos mais populares na web e usado como
isca em outros ataques virtuais. Essa extensão fará o usuário acessar o Facebook
pelo domínio que começa em http:// em vez de https://, que representa o site
seguro.
Popular. Especialistas dizem que o Facebook, hoje com mais de
36,1 milhões de brasileiros, costuma ser eficiente na exclusão de aplicativos
cuja intenção é espalhar vírus pela rede. Mas, apesar dos esforços, a empresa
diz ser necessária a colaboração do usuário. 'Em caso de dúvida, confirme antes
com seu amigo se aquela mensagem ou post é segura', disse a empresa em uma de
suas campanhas.
Olimpia Pinheiro
Consultora Executiva
(91)8164-1073
CRA-PA/AP 3698
CRECI-PA/AP 6312
http://cinenegocioseimoveis.blogspot.com
cinegocioseimoveis@gmail.com
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