quinta-feira, 21 de maio de 2015

PALESTINA EXISTE?

A província da Judeia no século I, pouco antes da criação da Síria Palestina no ano 70 pelo Imperador Romano Adriano.

Em 63 a.C. a Síria foi incorporada pela República Romana como uma província, depois de ser conquistada na campanha de Pompeu contra os partas.

Durante os séculos II e I a.C., o estado asmoneu independente da Judeia se expandiu pelos territórios do decadente Império Selêucida, mas, a partir do cerco de Jerusalém em 63 a.C. em diante, foi sendo cada vez mais influenciada por potências estrangeiras.

A Judeia a princípio manteve sua independência, mas uma luta entre os herdeiros pró-romanos e pró-persas levou finalmente à ascensão de Herodes, o Grande, em 37 a.C., tornando a Judeia um reino cliente de Roma. Depois da morte de Herodes, o Reino Herodiano tornou-se uma tetrarquia, governada por seus filhos. Porém, em 6 d.C., depois de mais uma intervenção romana, a região foi formalmente organizada na província da Judeia.

A capital da Síria romana era Antioquia já desde o início do domínio romano, enquanto na Judeia a cidade principal era Cesareia Marítima, que, de acordo com o historiador H. H. Ben-Sasson, já "era a capital administrativa" da região desde sua criação.

As duas províncias foram o palco de importantes eventos da relação cada vez mais conflituosa entre as populações judaicas e helênicas. A situação finalmente explodiu em guerras abertas entre judeus e romanos, começando com a Grande Revolta Judaica de 66-70. 

Os distúrbios continuaram por toda a região e provocaram novo conflito na Guerra de Kitos, em 117-118. Entre 132 e 135, Simão bar Kokhba liderou uma revolta que levou seu nome contra o Império Romano que conseguiu conquistar Jerusalém e a região vizinha por três anos e foi proclamado "Messias" pelo rabino Akiva ben José. Porém, as consequências foram terríveis: Adriano enviou o general Sexto Júlio Severo para a região e ele esmagou brutalmente a revolta, retomando a cidade.

A província da Judeia no século I, pouco antes da criação da Síria Palestina.
Depois da vitória, Adriano passou a utilizar o nome de "Síria Palestina" para toda a região que antes era a província da Judeia. Ele provavelmente reviveu o antigo nome da região (Filístia [Philistia] - "Palestina", que significa "terra dos filisteus") e combinou-a com a vizinha Síria numa tentativa de suprimir a ligação judaica com a região[a]. 

Porém, Dião Cássio, o historiador romano a quem devemos a maior parte da nossa compreensão sobre a revolta, não menciona a mudança no nome e nem a razão por trás dela em sua "História Romana". A cidade de Élia Capitolina foi construída por Adriano sobre as ruínas de Jerusalém, mas a capital permaneceu ainda em Antioquia.

Em 193, as províncias da Celessíria e Fenícia foram separadas da Síria Palestina. Já no século III, os sírios chegaram mesmo a assumir o trono imperial durante a dinastia Severa e a região teve também um importante papel durante a crise do terceiro século.

Palestina (em árabe: فلسطين, translit. Filasṭīn; em hebraico: פלשתינה; em grego: Παλαιστίνη, transl. Palaistinē, e em latim: Palæstina), é a denominação histórica dada pelo Império Romano a partir de um nome hebraico bíblico, a uma região do Oriente Médio situada entre a costa oriental do Mediterrâneo e as atuais fronteiras ocidentais do Iraque e Arábia Saudita, hoje compondo os territórios da Jordânia e Israel, além do sul do Líbano e os territórios da Faixa de Gaza e Cisjordânia.
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- VEJA AQUI QUEM MUDOU O NOME DO PAÍS DE JUDEIA PARA SYRIA PALESTINA (aqui)

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