segunda-feira, 18 de novembro de 2013

VÍDEO MOSTRA DESESPERO DE LOJISTA OBRIGADO A BAIXAR PREÇOS NA VENEZUELA

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As televisões privadas da Venezuela divulgaram um vídeo sobre o desespero de um comerciante obrigado a baixar os preços dos produtos da sua loja e que foi detido pela Guarda Nacional (polícia militar).

"O que comprei a 60 mil bolívares (7110 euros) não posso vender a seis mil (o equivalente a 711 euros). (...) Isto é um desrespeito, é o nosso dinheiro, não me deixem sem nada", gritava Hakimn Raffai, proprietário de uma loja de eletrodomésticos em El Tigre, a sudeste de Caracas.

Apesar da versão oficial dar conta da comercialização de produtos com preços 260% superiores e de os empregados insistirem que tinham as "faturas de tudo" e que a medida era exagerada, o comerciante viu os seus produtos serem vendidos ao público com 70% de desconto.

No vídeo o comerciante exclama: "Prefiro que as pessoas entrem e nos saqueiem, sai-nos mais barato", expressão utilizada para título de primeira página do "El Tiempo" e que gerou uma forte reação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que acusou o jornal local de incitar à violência.

"Olhem o que disse este empresário, incitando ao delito, à violência, ao saque. O diário El Tiempo cometeu um delito e espero que os organismos do Estado venezuelano, como veem atuando, o façam de acordo com a lei", disse Maduro, sublinhando que o comerciante, cobrou mais de 1000% pelo produto.

No passado dia 8, o governo venezuelano ordenou às lojas de eletrodomésticos do país que baixassem os preços, depois de terem sido detetados alegados "aumentos injustificados" que motivaram intensas fiscalizações a 'stands' de automóveis, lojas de ferragens, têxteis, brinquedos, calçados e alimentos.

Desde há uma semana que, em várias cidades do país, os venezuelanos fazem fila para comprar eletrodomésticos e outros produtos, a preços muito inferiores aos que eram comercializados.

Na passada segunda-feira, Nicolás Maduro anunciou que o seu governovai impor limites máximos de lucro em todas as áreas da economia e um endurecimento das penas de prisão para os empresários que especulem e roubem o povo.
Na Venezuela vigora, desde 2003, um sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção de moeda estrangeira no país.

Para importar os empresários têm que recorrer à Comissão de Administração de Divisas, organismo responsável por atribuir-lhes as divisas solicitadas a um preço preferencial de 6,30 bolívares por dólar. No entanto no mercado paralelo o valor é até nove vezes superior.


Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook 

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