domingo, 7 de setembro de 2014

OS LIVROS DO ANO




UMA SELEÇÃO DE AUTORES PARA VOCÊ SE ATUALIZAR SOBRE GESTÃO, MARKETING, INOVAÇÃO, CARREIRA, ECONOMIA, EMPREENDEDORISMO... DE DEZ LIVROS ESTRANGEIROS E UM NACIONAL

gestão
1. O fim do poder, de Moisés Naím
O poder já não é mais o que era antes. “O poder está em erosão, é mais fácil alcançá-lo, mas difícil usá-lo, e muito mais fácil perdê-lo”, diz Moisés Naím na introdução de seu livro. A visão verticalizada e ascensional de liderança, focada em status e hierarquia, em voga até o século passado, está defasada, diz Naím. “Saia desta ‘mentalidade do elevador’.” Como disse esta revista em sua edição de março (Tchau, líder), o novo papel do líder é “horizontal” – facilitador, agregador ou catalisador de mudanças. Naím entende do assunto. Ex-diretor do Banco Mundial, editor por 14 anos da influente revista Foreign Policy, foi ministro da Indústria e Comércio da Venezuela nos anos pré-Hugo Chávez. O livro certamente não é leitura de praia. Mas ajuda a entender o mundo em que têm de funcionar as empresas – e as pessoas.

estratégia
2. The End of Competitive Advantage, de Rita Gunther McGrath
Em seu lançamento, em junho, The End of Competitive Advantage (“O fim da vantagem competitiva”) viu-se envolvido numa polêmica: muitos críticos enxergaram na obra “a maior paulada já recebida por Michael Porter até hoje”. A dona do porrete é Rita Gunther McGrath, professora da Escola de Negócios Columbia, em Nova York, especialista de estratégia em setores de alta turbulência. A “vantagem competitiva” – o ápice estratégico nas obras de Michael Porter, Gary Hamel e do falecido C.K. Prahalad – não é mais um objetivo realista, diz Rita. Desbancar monstros sagrados é negócio de risco, mas Rita, autora do ótimo Discovery-Driven Growth (“Crescimento baseado em descobertas”), de 2009, dá um show de bagagem intelectual. Segundo ela, nós vivemos na “economia da vantagem transitória”, na qual é essencial descobrir um novo negócio promissor, amamentá-lo, fazê-lo crescer – e se livrar dele antes que todo mundo o imite.

exemplos de sucesso
3. The Everything Store: Jeff Bezos and the Age of Amazon, de Brad Stone
O livro sobre a Amazon e seu fundador, Jeff Bezos, ganhou o prêmio de melhor livro de negócios de 2013 do Financial Times e da Goldman Sachs, por ser “um manancial de lições de gestão”. A única crítica negativa à obra, até aqui, foi da mulher de Bezos, MacKenzie, que lhe deu uma só estrela em sua resenha no site da Amazon. O perfil irascível de Bezos (com explosões como “Você é preguiçoso, ou só incompetente?” e “Desculpe, mas eu não tomei minhas pílulas de estupidez hoje de manhã”) está bem descrito, mas o forte do livro é a dissecação da estratégia e de sua implementação. Do mercado de livros, a Amazon pulou para concorrer com o Walmart no varejo, com a Apple na fabricação de equipamentos, com a IBM em serviços de infraestrutura. “A Amazon é na verdade um gigantesco andaime construído em torno do cérebro de Jeff Bezos”, diz Stone, um editor sênior da revista Bloomberg Business Week. Ao longo de duas décadas, ele entrevistou familiares e amigos, concorrentes e desafetos, além de funcionários e ex-funcionários da Amazon. Só faltou o próprio Bezos. Biografia não autorizada – mas pode ser comprada na Amazon, com apenas um toque.

4. Sonho Grande, de Cristiane Correa
“Ter um sonho grande dá o mesmo trabalho que ter um sonho pequeno”, diz o empresário Jorge Paulo Lemann. A frase virou título do maior best-seller de negócios no Brasil em 2013, sobre a construção do império do trio Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, desde a compra da corretora Garantia, em 1971, no centro do Rio de Janeiro (três salas sem ar-condicionado na sobreloja de um edifício no Largo da Carioca) até a recente aquisição da Heinz, com Warren Buffett, nos Estados Unidos, passando pela transformação da Lojas Americanas, pela formação da Ambev, pela compra do Burger King... Entre os mantras de Lemann está a defesa ardente da meritocracia. Como diz o guru americano Jim Collins, no prefácio, o modelo do trio pode ser exportado a tantos negócios e geografias porque “a cultura não é um apoio à estratégia; a cultura é a estratégia”.

comportamento
5. Give and Take: A Revolutionary Approach to Success, de Adam Grant
“Este talvez seja o livro mais importante do nosso jovem século”, elogiou Bob Sutton, autor de Chega de Babaquice!. Professor e pesquisador da Wharton School, o autor oferece, por meio do “toma lá, dá cá”, uma receita curiosa e contraintuitiva de sucesso. A premissa é que ajudar os outros é o elemento principal para se autoajudar (e se promover). Grant não é ingênuo, e divide os profissionais em três tipos: os doadores (altruístas), os tomadores (que agem como aves de rapina) e os compensadores (cuja política é o “pão, pão, queijo, queijo”). Em geral, compensadores e tomadores se dão relativamente bem. Os doadores, curiosamente, ou se dão muito bem ou muito mal. A explicação é que há um tipo certo de altruísmo: realista, em vez de idealista. “Um exemplo é o profissional de vendas que coloca os interesses do consumidor em primeiro lugar”, diz. Estatisticamente, segundo Grant, o altruísmo realista pavimenta não só o sucesso profissional mas também a satisfação na vida pessoal.

Os livros do ano (Foto: Artnet)
marketing
6. Contagious: Why Things Catch On, de Jonah Berger
Por que algumas marcas de produtos, vídeos no YouTube e posts no Facebook se tornam sucessos virais? Em seu livro (“Contagioso: por que as coisas ‘pegam’”), Jonah Berger, professor de marketing da Wharton School, propõe seis fatores. Ele traz casos saborosos, como o do bar Please Don’t Tell, em Nova York, que viralizou justamente ao pedir para ninguém falar dele (como indica o próprio nome do lugar). Segundo o autor, só 7% da propaganda boca a boca ocorre online; 93% se propaga no mundo offline – longe de Facebook, Twitter e similares. Sobre o mesmo tema, um livro mais aprofundado sairá em 2014: Social Physics: How Good Ideas Spread, de Alex ‘Sandy’ Pentland, diretor do MIT Media Lab.

empreendedorismo
7. The Founder’s Dilemmas, de Noam Wasserman
A criação de uma startup raramente tem final feliz – sobretudo para o fundador. Várias armadilhas o aguardam ao longo da expansão do negócio. Professor de inovação e estratégia de Harvard, Wasserman mostra como os novos empreendedores podem antecipar estes problemas, fundamentando o crescimento da empresa nascente. São dilemas clássicos: ter sócios ou tocar o projeto-solo? Chamar investidores? Quando expandir? Quando contratar? A obra, fruto de dez anos de pesquisa, foi eleita um dos melhores livros de negócios de 2013 pela Academy of Management, em Boston, nos EUA.

estudo de caso
8. Reinventing Giants: How Chinese Global Competitor Haier Has Changed the Way Big Companies Transform, de Bill Fischer, Umberto Lago e Fang Liu
Visão de bastidores de um dos maiores fabricantes mundiais de eletrodomésticos de linha branca, o chinês Haier Group. Fundado em 1984, o grupo reinventou o modelo de negócios na última década, mudando o foco da venda de produtos à venda de soluções de consumo. A guinada exigiu a crescente customização de produtos. O Haier também se tornou campeão de obtenção de patentes na China. O núcleo da mudança, explorado no livro, são as ZZJYT (pronuncia-se “dzi dju jing ying ti”), células autônomas, de dez a 20 gestores, com responsabilidade sobre o resultado financeiro de um produto ou processo. O trio de autores inclui Bill Fischer, diretor do IMD, escola suíça de administração. O ponto negativo do livro é a leitura maçante. Se você não aguentar, pule para os capítulos finais, os melhores.
 
economia
9. The Alchemists: Three Central Bankers and a World on Fire, de Neil Irwin
Quando a crise financeira eclodiu, em 2008, Ben Bernanke praticamente não abandonou o escritório, no Federal Reserve, em Washington. Nos fins de semana, deu expediente de calça jeans. O livro do repórter Neil Irwin, do Washington Post, foi saudado pelo The Wall Street Journal, pelo Financial Times e pela revista Strategy+Business como uma das reportagens mais reveladoras sobre os bastidores da crise. O livro enfoca as manobras orquestradas por Bernanke, Jean-Claude Trichet, então presidente do Banco Central Europeu, e Mervyn King, presidente do Banco da Inglaterra, para evitar o colapso financeiro global – e as diferentes respostas à crise que tiveram o americano e os europeus.
tecnologia

10. Big Data, de Viktor Mayer-Schönberger e Kenneth Cukier
Para quem ainda não entendeu direito o que é, para que serve, e qual o impacto futuro da Big Data, o livro de Viktor Mayer-Schönberger, professor de governança digital da Universidade de Oxford, na Inglaterra, e Kenneth Cukier, editor de tecnologia da Economist, é uma boa introdução ao assunto. Como a análise de busca no Google ajudou a antecipar os focos da gripe H1N1. Como fundos de capital privado empregam modelos matemáticos para redução de riscos no mercado acionário. Como vendedores de carros usados calculam as cores que mais valorizam os veículos. Isso tudo é só o começo. “Nós temos obsessão por relações de causa e efeito. Mas a análise da big data nos dá algo diferente: correlações muitas vezes fortuitas. E que estranhamente fazem sentido”, diz a dupla.

carreira
11. Faça Acontecer, de Sheryl Sandberg
Para Sheryl, vice-presidente executiva do Facebook, as mulheres devem parar de dar desculpas e buscar culpados para a rarefeita presença feminina nos cargos mais altos das empresas. Ela diz que a receita é parar de duvidar, por exemplo, de sua capacidade de conciliar vida profissional e familiar. Vencer a insegurança gera um ciclo virtuoso: o sucesso coloca a mulher em posição mais confortável para negociar. Não é a palavra final sobre os obstáculos que as mulheres enfrentam no trabalho – mas tem o peso de um exemplo inspirador de uma executiva bem-sucedida.

  
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook 

Nenhum comentário:

Postar um comentário