sábado, 13 de setembro de 2014

O PT PASSA O TRATOR. E MARINA RESISTE



Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) (Ivan Pacheco e Felipe Cotrim/VEJA.com/VEJA.com)

Apavorados diante da perspectiva de deixar o poder, petistas adotam a tática de atacar Marina Silva a qualquer custo. O resultado é uma campanha como nunca antes se viu neste país

Daniel Pereira e Mariana Barros
A decisão do PT de passar o trator em Marina Silva foi tomada no dia 1º de setembro em um jantar no hotel Unique, em São Paulo, logo depois do segundo debate entre os candidatos à Presidência, no SBT. Estavam à mesa a presidente e candidata do partido, Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, o marqueteiro João Santana, o ex-­ministro Franklin Martins, o ministro Aloizio Mercadante e o presidente do PT, Rui Falcão. Juntos, chegaram à constatação de que o fenômeno Marina era bem mais sustentável do que parecia a princípio.
Se nada fosse feito, concluíram, Marina Silva estaria sentada na cadeira de presidente da República pelos próximos quatro anos. “As pesquisas mostravam isso”, disse a VEJA um ministro do governo. “Não tínhamos alternativa a não ser partir para cima com tudo.” Àquela altura, a candidata do PSB aparecia empatada com Dilma no primeiro turno e 10 pontos à frente no segundo. Lula resumiu o clima reinante e deu a ordem de marcha: “Precisamos reagir e reorganizar a tropa”.
Como sempre nesses casos, com uma equipe azeitada, acostumada a trabalhar em conjunto há muitas campanhas e conhecedora dos limites éticos, ou da falta deles, não foi preciso ser muito explícito sobre o que precisava ser feito. O próprio diagnóstico do problema embutia sua solução. Marina tinha virado uma entidade sagrada, uma combinação de espírito da floresta com o espírito do capitalismo, metade Chico Mendes, metade Steve Jobs. Decidiu-se que o processo de destruição da candidatura Marina seria eufemisticamente chamado de “dessacralização”.
Logo a máquina de propaganda petista, comandada pelo veterano e medalhado publicitário João Santana, mostrou a que viera. Em menos de uma semana o resultado começou a aparecer no programa eleitoral de Dilma e nas inserções de televisão e rádio. Nunca se viu na história eleitoral deste país uma combinação tão violenta de mentiras, falsificações, manipulações, exageros e falsas acusações como a despejada pelo PT sobre Marina.
Para ler a continuação dessa reportagem compre a edição desta semana de VEJA no IBA, no tablet, no iPhone ou nas bancas.


Marina: 'Nunca pensei que o PT tentaria me destruir'

Marina voltou a pedir que a militância do PSB dedique tempo às redes sociais para responder aos ataques, mas pediu que não façam ofensas a Dilma

Talita Fernandes, de Fortaleza


A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, fala sobre seu programa de governo, em Fortaleza - Ivan Pacheco/VEJA.com
Alvo de artilharia pesada do PT, a candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, demonstrou mágoa do antigo partido nesta sexta-feira, durante ato político em Fortaleza. "Eu nunca imaginei, por mais criativa que eu fosse, que depois de 30 anos lutando no PT, depois de ter enfrentado jagunço, depois de lutar tanto pelo Lula, que seriam eles que iriam fazer de tudo para me destruir. Usando os mesmos argumentos, os mesmos preconceitos", disse durante, inauguração de um comitê suprapartidário no Ceará.
Leia também:

Depois de ter sido comparada aos ex-presidentes Fernando Collor de Mello e Jânio Quadros, que não chegaram ao fim do mandato, e de ser acusada de tentar entregar o país aos banqueiros, Marina mostrou-se bastante irritada com o bombardeio que vem sofrendo do PT. "Ela [Dilma] fala com base naquilo que o marqueteiro diz para ela dizer. Eles pegam uma mulher que tem uma história de vida de luta pela democracria e os marqueteiros dizem que é para atacar a Marina sem do nem piedade", criticou, dizendo ainda que a estratégia adotada pela equipe de Dilma é devido ao pouco tempo de TV que Marina tem, apenas dois minutos, em comparação com a presidente, que conta com quase 12 minutos de exposição na TV.
Marina voltou a pedir que a militância do PSB dedique tempo às redes sociais para responder aos ataques, mas pediu que não façam ofensas a Dilma. Ela repetiu também que vem sendo criticada por seu programa de governo, mas que seus adversários sequer apresentaram propostas. "A presidente Dilma nem vai apresentar, ela disse que tudo vai continuar", disse, aproveitando para criticar o atual quadro econômico de recessão técnica e inflação alta.
Ainda sobre os ataques, o vice de Marina, Beto Albuquerque, comentou a decisão do PT de entrar com uma representação contra Marina, após a pessebista afirmar que o partido deixou que diretores 'assaltassem' a Petrobras, em referência às denúncias feitas pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. "O PT não tem direito de ofender os outros e depois se achar ofendido quando lhe interessa", criticou. Sobre as decisões de marketing da campanha petista, ele disse que "o marqueteiro da Dilma está mais para vice presidente", por ter bastante voz ativa na campanha. 
  
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)


Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook 

Nenhum comentário:

Postar um comentário