sexta-feira, 19 de setembro de 2014

ESCÓCIA REJEITA SEPARAÇÃO DO REINO UNIDO EM REFERENDO


© Foto: Andy Buchanan/AFP/Getty Images Líderes discutirão devolução de mais poderes ao Parlamento escocês.


BBC Brasil

A Escócia votou para continuar como parte do Reino Unido, rejeitando a independência em plebiscito realizado na quinta-feira.

Resultados das urnas apuradas em 31 das 32 regiões administrativas escocesas indicaram 1.539.920 votos pelo "Não" à separação (55%) contra 1.539.920 pelo "Sim" (45%). A diferença é três pontos percentuais maior do que o apontado pelas pesquisas de opinião divulgadas antes da votação.

O plebiscito encerrou dois anos de campanha e dá início a um processo de devolução de mais poderes à Escócia.

O primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, que liderou a campanha pela independência, aceitou a derrota e pediu por união e para que as promessas de devolução de maiores poderes ao Parlamento escocês sejam cumpridas.

"Os partidos a favor da união fizeram promessas no final da campanha para devolver poderes à Escócia", disse ele a simpatizantes. "A Escócia espera que (essas promessas) sejam honradas rapidamente".

Mais de 4 milhões de pessoas – ou 97% do eleitorado – se registraram para votar no plebiscito. Pela primeira vez, eleitores de 16 e 17 anos também puderam participar da votação. O comparecimento nas urnas ficou em 84%.



Salmond disse que o plebiscito e o alto comparecimento são um "triunfo para o processo democrático" e prometeu que cumprirá sua promessa de respeitar o resultado e trabalhar pelo benefício da Escócia e o Reino Unido.


Ele também destacou que partes da comunidade alheias à política foram engajadas pela campanha e pediu a seus partidários que refletissem o que tinham alcançado. "Não acredito que nenhum de nós, não importa quando entramos na política, teria pensado que tal coisa seria verossímil ou possível", disse ele.



Alistair Darling, que liderou a campanha "Melhor Juntos" - contrária à independência - disse que os escoceses "escolheram unidade ao invés de divisão e mudanças positivas ao invés de uma separação desnecessária".



"É um resultado importante para a Escócia e também para o Reino Unido como um todo", disse.



Segundo ele, o resultado "reafirma tudo o que temos em comum e os laços que nos unem" e disse: "Que eles nunca sejam quebrados".



Darling reconheceu que a campanha apontou para a necessidade de mudanças, e apontou para o alto comparecimento nas urnas, dizendo que pessoas alheias à política participaram do plebiscito em grandes números. "Ao comemorarmos, vamos também ouvir", disse ele.



15 horas de votação



Os eleitores tiveram de responder à pergunta: "A Escócia deve se tornar independente"?



Glasgow, a maior área administrativa da Escócia e a terceira maior cidade na Grã-Bretanha, votou a favor da separação - 194.779 contra 169.347. Dundee, West Dunbartonshire e North Lanarkshire também votaram pelo "Sim".



Mas a capital escocesa, Edimburgo, rejeitou independência - 194.638 votos contra 123.927. O "Não" também venceu em Aberdeen por uma margem de 20.000 votos. A rejeição à independência também teve ampla vantagem em muitas outras áreas.



O plebiscito começou às 7h locais (3h de Brasília) de quinta-feira e durou 15 horas, terminando às 22h locais (18h de Brasília).



A votação transcorreu tranquilamente em boa parte do dia nas 5.579 seções eleitorais espalhadas por todo o território escocês.



Segundo a Comissão Eleitoral, responsável pela votação, as seções eleitorais permaneceram cheias durante o dia, mas não houve registro de longas filas.

VITÓRIA DO 'NÃO' PROVOCA ALÍVIO NA ECONOMIA DA ESCÓCIA


EFE
EFE Brasil

© Foto: Dylan Martinez/Reuters Escocesa celebra vitoóia do "não" em plebiscito.

Londres, 19 set (EFE).- O setor empresarial britânico, os bancos e a Bolsa de Valores de Londres respiraram com alívio nesta sexta-feira após a definição do futuro da Escócia no referendo de independência, que havia sacudido a cotação da libra esterlina.

No histórico referendo, que contou com participação de quase 85% dos eleitores, os escoceses rejeitaram a opção pela independência por uma margem maior do que a prevista, com 55,3% a favor do 'não' e 44,7% dos votos para a separação do Reino Unido.

O impacto econômico do resultado pôde ser notado desde o início da votação, já que a Bolsa subiu 0,5% na abertura e seu índice geral FTSE-100 estava em 6.853,13 pontos. Já depois do meio-dia, a cotação estava em alta de 0,58%, aos 6.859,14 pontos.

A libra esterlina se recuperou após ter atingido seu nível mais baixo em quase 12 meses na semana anterior, quando caiu até 1% e, após o resultado, estava cotada a US$ 1,65, enquanto avançava 0,39% em relação ao euro (até 1,28 euro).

A vitória de dez pontos em prol da união foi recebida com grande alívio pelos líderes empresariais britânicos e pelo setor bancário, convencidos de que essa é a alternativa mais benéfica para a economia nacional.

'O mundo empresarial sempre achou que a união é a melhor opção para a criação de emprego, o crescimento econômico e a melhora dos padrões de vida', disse nesta sexta o diretor-geral da Confederação da Indústria Britânica (CBI, sigla em inglês), John Cridland.

Agora o debate segue rumo à devolução de poderes de Westminster para o parlamento escocês, como prometeu o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.

O líder da chamada 'Associação de Governos Locais', David Sparks, que representa as prefeituras da Inglaterra e de Gales, observou que apesar dos escoceses terem rejeitado a cisão, 'claramente disseram um 'sim' enfático em favor de uma maior liberdade financeira e de uma maior tomada de decisões'.

No mundo dos negócios, o setor bancário também já havia manifestado temor diante da possibilidade de independência da Escócia durante a reta final da campanha para o referendo.

Antes da votação, vários bancos sediados em Edimburgo lançaram uma contundente mensagem aos escoceses. O comunicado alertava a população que a separação poderia provocar uma mudança de suas sedes para a Inglaterra, no caso de grupos como o Royal Bank of Scotland (RBS) e o Lloyds Bank.

No entanto, com o predomínio do 'não' depois da contagem de votos, o RBS declarou que 'os planos de contingência não são mais necessários'.

'Após o resultado, seguimos habitualmente com os negócios para todos os nossos clientes do Reino Unido', tranquilizou a entidade, cujas ações subiam na primeira hora, impulsionadas pelo triunfo do 'não'.

A preocupação diante do resultado também mobilizou grandes companhias, como a empresa de seguros Standard Life, que ameaçou uma mudança se a Escócia optasse pela independência, mas confirmou que não irá transferir os negócios da região após a contagem dos votos.

O resultado do referendo provocou a valorização dos títulos de outros bancos e empresas com conexões na Escócia, como o Lloyds Banking Group - proprietário do Bank of Scotland -, que garantiu nesta sexta que 'continuará comprometido com sua sólida presença na Escócia'.


  
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