Paisagem em Dubai: cidade nos Emirados Árabes onde as travestis estão detidas Foto: Ana Branco / Agência O Globo
Luísa Lucciola
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Luísa Lucciola
Duas travestis brasileiras estão detidas em Dubai, nos Emirados Árabes, desde
dezembro de 2013, com seus passaportes retidos. Karen Mke e Kamilla Sato, foram
presas após serem expulsas de uma boate. Elas são acusadas de cross-dressing
(vestir-se com roupas associadas ao sexo oposto), considerado crime no país
islâmico. Elas aguardam, em liberdade, uma audiência marcada para 23 de março.
A confusão teve início em 12 de dezembro, quando Karen, Kamilla — que são
cabeleireiras e maquiadoras — e um amigo foram a uma boate em Dubai.
— Não demorou 20 minutos e os seguranças da boate perceberam que a gente era
travesti. Eles nos tiraram do meio da pista e pediram nosso passaporte. Assim
que viram nossos nomes masculinos, colocaram a gente para fora sendo mal educados
e grossos — contou Karen, por e-mail.
Foi então que seu amigo, ofendido, decidiu chamar a polícia local. Segundo a
advogada Márcia Rocha, especialista em transgeneridade, o grupo de brasileiros
do Amazonas foi inocente em chamar a polícia.
— É uma ignorância ir para os Emirados Árabes e ainda chamar a polícia, achando
que está em São Paulo. Num país árabe, de modo algum. Existem países muçulmanos
que têm pena de morte. É um risco muito grande que a pessoa corre só de estar
lá. As pessoas estão no Brasil e acham que é ruim, mas lá fora tem lugares
muito piores — acredita.
Diplomacia
Segundo o Itamaraty, Karen e Kamilla ficaram detidas por cerca de 24 horas e
agora estão sendo julgadas por terem usado roupas feminas. O assessor de
imprensa do Ministério de Relações Exteriores, Luiz Gonçalves, garante que o
órgão dá todo apoio possível às brasileiras.
— A Embaixada tem prestado assistência consular cabível e tem mantido contato
com o delegado e promotor responsáveis pelo caso. Só não há condições de a Embaixada
interferir no processo judiciário de um país, como não poderiam interferir na
Justiça brasileira, por exemplo — explica.
Mesmo assim, elas enfrentam maus bocados no país árabe. Sem condições
financeiras de se sustentar, as cabeleireiras estão hospedadas na casa de uma
família filipina. Elas recebem ajuda de amigos, mas estão preocupadas, já que
ainda falta bastante tempo para o julgamento e elas deveriam ter voltado para o
Brasil no final de dezembro.
— Essa família nos ajudou com a moradia, mas será temporário. A Embaixada está
prestando apoio de ordem politica, mas, infelizmente, eles não podem nos ajudar
financeiramente nem com moradia. Estamos sendo acusadas por sermos travestis.
Nós não sabíamos, não imaginávamos — conta Karen.
Márcia Rocha afirma que, antes de viajar, é importante se informar sobre os
hábitos e a legislação do país de destino.
— Se fossem naturais de lá, elas não poderiam nem existir. Foi uma falta de
informação enorme. Elas tinham que ter saído (da boate) de fininho, essa é a
realidade. Não podemos impor nossa realidade a outros países. Tem que se
informar antes de viajar — conclui.
Pela internet, circula no site Avaaz uma petição direcionada à Embaixada do
Brasil nos Emirados Árabes que solicita elas sejam repatriadas. A campanha já
conta com mais de 1.600 assinaturas.
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Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook
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