As gerações do cárcere
No ventre das detentas, o destino dos filhos da prisão
Uma geração invisível
nasce e vive sob o estigma da prisão, mesmo plena de inocência. No país, 80%
das presas têm filhos, gerados dentro ou fora da cadeia. A realidade dessas
crianças, na prisão ou fora dela, nas unidades materno-infantis ou nos abrigos,
ilustra como os crimes das mães e, em muitos casos, a morosidade dos ritos da
Justiça deixam sequelas nas famílias. É sobre essa realidade que você vai ler a
seguir.
No Rio, as grávidas que entram na prisão dividem uma cela única, no presídio Talavera Bruce, em Bangu. Em conversa inédita, elas narram detalhes da gravidez atrás das grades. É também no complexo que fica a creche, um espaço sem barras que abriga bebês e mães detentas. É comum pelo país — reconhece o Ministério da Justiça — que filhos convivam com as detentas, mas no cárcere. Em abrigos, eles sofrem com a ausência materna.
A primeira política pública voltada exclusivamente para a mulher presa já foi formatada pelo governo. Até março, virará decreto da presidente Dilma Rousseff. Haverá um capítulo sobre a relação entre mães presas e seus filhos.
— Muitas vezes, quando o homem é preso, a mulher é suporte. Quando a mulher é presa, a família se desfaz. A pena atinge os filhos — sintetiza a coordenadora do Fórum dos Conselhos Penitenciários do país, Maíra Fernandes.
A condição da mulher nos estabelecimentos prisionais do Brasil - 2013
Fonte: Ministério Publico - 2013
CONEXÃO REPÓRTER - MÃES DO CÁRCERE - PARTE 1 . .
CONEXÃO REPÓRTER - MÃES DO CÁRCERE - PARTE 5
.
CONEXÃO REPÓRTER - MÃES DO CÁRCERE - PARTE 1 . .
CONEXÃO REPÓRTER - MÃES DO CÁRCERE - PARTE 5
.
Osvaldo Aires Bade
Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80
milhões Me Adicione no Facebook
Nenhum comentário:
Postar um comentário