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O perfil do emigrante russo mudou. Ele já não busca o sustento nem a riqueza e, frequentemente, se lança à busca de uma nova vida após fazer carreira profissional em sua terra natal. O emigrante que chega da Rússia é mulher, com estudos superiores, que deseja formar família e ter filhos, mas que não consegue em seu país.
Longe ficaram os tempos em que os russos olhavam com desejo para o Ocidente, idealizado paradigma da prosperidade. Sonho de bem-estar até há pouco tempo, hoje deixou de sê-lo aos olhos de muitos, devorado pela voracidade da crise econômica que ameaça engolir o estado de bem-estar com todo tipo de cortes.
Agora que a Rússia, com sua aparente estabilidade econômica e sua fome de trabalhadores qualificados, se transformou em polo de atração para os que foram seus anfitriões, não deixa de surpreender que muitos de seus habitantes continuem voltando o olhar para além de suas fronteiras ocidentais.
Motivos sentimentais para ir embora
A emigração por motivos sentimentais, ao calor das novas realidades russas e do alto status socioeconômico de muitas destas mulheres, transformou as agências de casamento em um próspero negócio na Rússia.
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Empresas como a agência Svetlana, com sede em Berlim e criada por um casal formado por um alemão e uma russa, revelam, através da consultora Angelica Yakovleva, que "os homens europeus e as mulheres russas parecem ser feitos sob medida".
O pessoal da agência está convencido de que no Ocidente são os homens que procuram as mulheres. "São homens que querem ver a seu lado uma companheira, uma mulher carinhosa, mãe para seus filhos e a encontram na Rússia, onde as mulheres desejam ter uma família e criar os filhos", comenta Angelica. A aparente incógnita é por que as mulheres russas buscam a felicidade fora de sua terra?
O desequilíbrio demográfico entre homens e mulheres e os maus hábitos de vida dos homens russos são as respostas mais frequentes. Assim acredita Ilya Shapshin, psicólogo que atende muitas destas emigrantes potenciais.
O álcool, uma praga masculina na Rússia
"Quando a mulher conta por que gostaria de viver com um estrangeiro não fala muito bem de seus compatriotas. Assinala problemas com o álcool desde uma tenra idade, inclusive desde a adolescência. Diz que, por volta dos 40 anos, o homem que não se cuida e abusa do álcool já não tem a mesma forma física que os estrangeiros", lamenta Ilya em entrevista à Agência Efe.
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"Na Rússia não estamos acostumados a ir ao médico. Também não é um segredo que os problemas sexuais, como as disfunções eréteis, a ejaculação precoce e os problemas da próstata, entre os homens russos, acontecem em idades cada vez mais adiantadas", acrescenta.
O último censo de 2011 revelou que, apenas em Moscou, as mulheres superam os homens em 800 mil pessoas. "As guerras levaram muitos homens nos últimos anos. O álcool também acaba com um bom número de vidas", lamenta Angelica.
O problema é maior para quem vive nas províncias russas, onde "a saúde é ruim e o desemprego alto, fazendo com que muitos homens caiam na decadência".
"Se antes emigravam, sobretudo os habitantes das duas capitais - Moscou e São Petersburgo -, agora saem de todas as províncias", destaca Vladimir Mukomil, diretor do Centro de Pesquisas Etnopolíticas e Regionais da Academia de Ciências da Rússia.
Mulheres de entre 35 e 50 anos são as que com mais frequência procuram as agências de casamento. E não é dinheiro o que buscam. "Apenas 10% das mulheres com as quais trabalhamos perseguem o bem-estar material. As outras buscam relações estáveis e a criação de uma família", ressalta Angelica.
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"São sobretudo mulheres de sucesso que atingiram suas expectativas de vida", afirma a especialista. Querem se estabelecer no exterior e formar uma família, embora também não se esqueçam de suas perspectivas profissionais. "Trata-se, às vezes, de mulheres com planos ambiciosos que sabem ou, acreditam saber, que no país de destino terão mais possibilidades para sua carreira", ressalta Ilya.
Onze por cento de emigrantes "potenciais"
Outras mais jovens creem que os ocidentais são muito mais respeitosos no tratamento, carinhosos e dispostos a se envolver em um projeto familiar. É o caso de Anna, de 24 anos que, apesar de sua juventude, tem isso claro em mente. "Frequentemente os homens estrangeiros tratam melhor as mulheres que os russos, com mais carinho e cuidado", diz.
"Tive muitas decepções, da mesma forma que muitas das minhas amigas. É muito difícil encontrar um homem sério na Rússia. As meninas querem uma família e filhos", se queixa esta jovem moscovita.
A juventude - homens e mulheres - também avalia outros argumentos. Em um mundo globalizado e com a facilidade que existe de se viajar para o estrangeiro eles encontram mais de uma razão para abandonar sua pátria.

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"Muitos de nossos compatriotas, ao conhecer o modo de vida ocidental, seja como turistas ou como estudantes, e ao comprovar como é de dentro, percebem que gostariam de viver em condições diferentes das que têm aqui, na Rússia. Querem viver melhor do ponto de vista ecológico, dos serviços de saúde, da segurança", assinala Ilya.
Entre 40 mil e 60 mil russos abandonam todos os anos o país para se estabelecer no exterior, segundo dados oficiais. O centro de pesquisas Levada, um dos mais imparciais e famosos da Rússia, acredita que estes números podem chegar a 100 mil.
O Centro de Estudo da Opinião Pública (Ceop) estima que o número de emigrantes potenciais está em torno de 11% dos habitantes. Destaca que os jovens, os liberais e os usuários mais ativos de internet, são os mais desencantados com seu país.
Vladimir acredita que "as causas de política interna" são um argumento "de primeira ordem" para emigrar hoje em dia do país. Os que votaram no presidente russo, Vladimir Putin, são os mais apegados a sua terra, segundo o Ceop.
O próprio Putin pediu a seus parceiros da União Europeia (UE) um regime sem vistos. "Os medos da onda de imigrantes trabalhistas a partir da Rússia são exagerados", dizia Putin na última cúpula Rússia-União Europeia.

Osvaldo Aires Bade - Comentários Bem Roubados na "Socialização"

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