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"Existe um marketing para dizer que ser de direita é ruim"

A gaúcha de 22 anos explica por que organizou o movimento pela refundação da Arena, o partido criado para dar sustentação ao regime militar

Conversa com Cibele Baginski

Guilherme Dearo

Cibele: "Um general elogiou a iniciativa" (Jefferson Brnardes/Preview.com)

Como surgiu a ideia de refundar a Arena?

Faltam ideologia e pragmatismo na política nacional, os partidos são movidos por interesses e conveniências e não existe direita no Brasil. Queremos oferecer aos brasileiros um partido que represente a genuína direita. Faremos isso assim que reunirmos o número de assinaturas necessárias para obter o registro da Arena, o que deve ocorrer no ano que vem.

Você pretende copiar o ideário do partido original? 

Vamos nos inspirar nos fundamentos da Arena, sim. Existe um marketing para dizer que ser de direita é ruim e retrógrado, mas ser de direita é ter respeito às pessoas, é promover mudanças econômicas e sociais de maneira ordeira, sem caos, pensando no progresso do país em primeiro lugar.

O que vocês defendem? 

Somos conservadores e nacionalistas. Estruturalmente, seremos uma sigla de alianças, como a original, e abarcaremos outras ideias, como o integralismo, por exemplo.

Por que você acha que o projeto será bem recebido? 

As pessoas mais velhas, que têm saudade da Arena, certamente vão gostar. Um general me procurou e elogiou a iniciativa. Os jovens que já buscaram conhecer a história do país também vão abraçar a causa. Meus amigos de esquerda é que não curtiram.

Osvaldo Aires Bade - Comentários Bem Roubados na "Socialização"

Defender ideais “nacionalistas e conservadores” vai levar essa patota (será que ela conhece essa gíria?) de encontro ao gasismo praticado pelo Petixmo – com X de Xadrez.
o que precisamos é de gente honesta que fortaleça um movimento nacional em defesa da democracia, do estado de direito e da lei.

Essa mesma lei que está sendo esbulhada nesse momento no STF por advogados que defendem a tese de que “caixa dois” não é crime.

Gauchinha tenho admiração pelo RS, mas ultimamente tá difícil te vejo daqui alguns anos abraçando Tarso Genro/Olívio Dutra/Dilma que vocês alojaram durante tanto tempo.

Se você não está sendo financiada pelo PT de qualquer forma você está querendo dar uma de esperta ou é uma doida… lamentável.

Se temos o PT como esquerda autoritária, teremos a arena como direita autoritária?

Nada disso nos serve.

Vejo tudo como loucura, absurdo, maldade, miséria ou qualquer outro horror ou pavor em propor isso. Só não se pode é proibir, só acho que o estado antigo não pode ser um padrão de evolução futura, mas jamais que não poderia existir.
Precisamos de partido que combatam os esquerdopatas, travestidos de comunistas, e que vestem Prada, usam adidas, e tem mais não sou favorável a ditadura nenhuma, mesmo que tenham sido os melhores dias do país, em todos os aspectos!!!! Se este é o caminho eu duvido.

A moça é honesta e proba?

O Brasil precisa de um partido libertário, de um partido conservador e de um partido nacionalista, isto eu sei: precisa sim! Muito bem Srta. Cibele resta saber se será composto por militares conservadores.

Vejo isso com muita desconfiança. Um movimento conservador não é algo que aflora do nada, meio que por geração espontânea.

Desculpe, a moça me desperta mais dúvidas sobre se isso é algo legítimo ou alguma armação do partido fascista que é governo e pretende-se ditadura.

No mais… arena? O que havia de ideológico ali? Aquilo era um punhado de políticos, muitos dos quais são os mesmos fisiológicos que hoje dão suporte aos comunofascistas liberticidas atuais.

Apesar da imensa maioria dos brasileiros serem conservadores, o pensamento conversador no Brasil é um deserto histórico.

Algo que precisa ser construído, não supostamente reavivado. Que o Brasil precisa de um partido de direita não resta a menor dúvida, até para equilibrar o sistema político-partidário, hoje amplamente dominado pela esquerda.

Agora, querer reviver um partidão que era o braço político da ditadura militar é de uma estultice descomunal, principalmente por associar a direita a regimes totalitários, um prato cheio para as esquerdas.

O Brasil precisa de um partido de direita, sim, mas de uma agremiação arejada, sem qualquer laço com um passado que deveríamos sepultar.

Causa-me espanto e preocupação o fato de uma jovem querer retomar a velha arena.

Exatamente, ela não conhece política nacional, nem a do passado e nem a do presente.

O Brasil já teve vários “regimes”:

Antes da revolução, durante a revolução, transição e até Fernando Henrique. Peço aos céus para acabar a corrupção e ditadura petista Sarney e Collor etc..

Indiscutivelmente, foi muito melhor trabalhar nos governos militares, onde se tinha planejamento, honradez e principalmente a hierarquia era uma condição essencial. hoje, um ministro não tem nenhum poder.

Seu ministério é retalhado com os aliados (todos são donos dos cargos) e o presidente da república é refém do congresso.

Sou plenamente favorável, sem sarney e sua turma.

Agora direita nacionalista e progressista?

Passo longe.

Precisamos de um direita laissez-faire, isso sim. Já chega de estatismo e nacionalismo bocó.

Podemos dizer, que o Brasil é antes e depois de Getulio Vargas um militar Getulio não inventou o salário mínimo; não inventou férias e outros benefícios do trabalhador, tudo isso já estava no mundo desde o inicio do século anterior, ele teve a coragem de implantar tudo isso. e pergunto quantos presidentes tivemos desde a proclamação da república até Getúlio? Alguém muito estúpido afirmara ainda no outro século que a vocação do Brasil era a lavoura e acreditaram. Getulio não acreditou fundou; a Petrobrás, a siderúrgica nacional, a vale do rio doce, a Eletrobrás… e no final teve a grandeza de dar um tiro no próprio peito, para evitar uma guerra civil!!! quem viveu os anos de 1963 e 1964, sequencias de greves em todo o país, uma verdadeira baderna, ninguém saia de casa com a certeza de retornar para casa inteiro, porque quebravam ônibus e vitrina de lojas…

Podemos dizer que a ditadura dos militares foi democrática, porque nenhum presidente militar fez questão de se perpetuar no poder chegava o fim do mandato e o outro assumia numa boa, não roubaram e nenhum ficou rico. Agora imaginem se Luiz Inácio l, ou qualquer um do mensalão tivesse tido a chance de ditar as normas a partir daquela época, certamente estaríamos ainda tendo que atura-los e em quem essa patota se espelhavam?
Num Fidel Castro, num falso herói Che Guevara e em semelhantes. Os militares abriram estradas em quase todos os lugares e deixou o país com excelente infraestrutura. Em maio de 1984, o salário mínimo era de cr$ 96.300 dava comprar mais de 100.000 litros gasolina a cr$ 0,86, o precioso liquido era importado…

Para não me alongar muito digo: se os nossos atletas que se encontram competindo, se trouxerem bronze está de bom tamanho e isso tudo é ao reflexo da corrupção e da impunidade no Brasil, a maioria daqueles que se acham atrás das grades em presídio não são bandidos, os bandidos de verdade estão soltos em todos os recantos do país e mais precisamente em Brasília.

Algo precisa se contrapor a esse partido maluco e ditador que está no poder. Se existisse um partido de direita no Brasil nós não teríamos uma oposição morta, amorfa como a que existe atualmente (se é que existe oposição).

Para se ter uma democracia forte é preciso ter direita e esquerda. É só olhar nas grandes democracias pelo mundo.

Para essa meleca não ficar pior que está precisa-se “urgente” de um partido conservador. quero assinar para criação do partido. Um detalhe: Integralismo não, alguém precisa explicar para a moça o que é isto.

Ditadura é o que nós estamos vivendo agora com esta súcia no poder. Quanto à moça de piercing, se as ideias do novo partido caminharem na direção da diminuição do peso do estado na economia (redução de impostos…) e sem intromissão estatal na vida dos brasileiros, siga em frente!

Vá em frente, Cibele! merda maior do que temos, com qualquer outra coisa, nunca teremos!

FILME SOLDADO DE DEUS
O LONGA MOSTRA A HISTÓRIA DO MOVIMENTO INTEGRALISTA POR MEIO DE ENTREVISTAS
Direção:Sérgio Sanz

Nome Original:

Soldado de Deus

Duração:

80 minutos

Ano:

2004

País:

BRA

Gênero:

Documentário

O integralismo foi um movimento político que unia a população com a idéia de salvar o Brasil. Com uma mobilização popular grande, pessoas do campo e da cidade do início do século passado se juntaram para lutar por esta causa. Um retrato desta época está no documentário Soldado de Deus, dirigido por Sérgio Sanz. 

Muitos depoimentos e algumas imagens de arquivo fazem do filme quase uma enciclopédia sobre o tema, reconstruindo a identidade e essência do movimento. Com orçamento de R$ 245 mil, o filme tem entre os entrevistados Miguel Reale, a advogada Nilza Perez de Rezende, o filósofo Leandro Konder, a historiadora Anita Prestes, o poeta Gerardo melo Mourão, entre outros. O título do filme está ligado a Plínio Salgado, um dos mentores do integralismo, que teria dito que "um integralista é antes de tudo um soldado de Deus."

Abraço e Sucesso a Todos

Olimpia Pinheiro 
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