Em meio ao agravamento da crise econômica da Grécia, Alemanha e França fecharam, nesta sexta-feira, uma posição comum em relação ao novo pacote de socorro a Atenas, em estudo na União Europeia. Desde a semana passada, Berlim e Paris divergiam sobre a melhor solução a respeito da quase insolvência financeira grega. Após uma reunião entre a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy, ficou estabelecido que os países defenderão quatro pontos prioritários para o resgate: solução rápida (ainda que não tenham definido data), participação voluntária de credores privados e acordo com o Banco Central Europeu (BCE).
Também nesta sexta, o governo da Grécia anunciou uma extensa reformulação do gabinete, incluindo a substituição do ministro de Finanças, num esforço para conquistar apoio para reformas econômicas impopulares. O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, nomeou o ministro da Defesa e número dois do partido governante Pasok, Evangelos Venizelos, como novo responsável pela pasta de Finanças.
Considerado o arquiteto das reformas econômicas, Papaconstantinou foi deslocado para o Ministério do Meio Ambiente e permanece no núcleo do governo. A autoria das reformas econômicas tornou Papaconstantinou uma figura bastante impopular entre a população grega.
Resgate - Ministros de finanças da zona do euro vão se reunir em Luxemburgo no domingo e na segunda-feira para discutir o novo pacote de socorro financeiro. Um graduado funcionário do FMI disse que é uma "precondição" do financiamento que a Grécia aprove as medidas orçamentárias. Tais medidas implicam grandes cortes em postos de trabalho e afetam gregos de todas as idades.
Após a reunião, Merkel e Sarkozy defenderam agilidade na solução para a crise da dívida grega - ambos, porém, recusaram-se a divulgar uma data limite para aprovação do pacote. "Queremos que o setor privado participe voluntariamente. Eu quero insistir nisto, não há nenhuma base legal para uma participação obrigatória", afirmou a chanceler alemã. A França e o BCE insistem há semanas que a participação de credores privados - bancos, seguradoras e fundos de investimentos - deve ser voluntária para não assustar os mercados, ao contrário da Alemanha, que insistia na participação do setor privado no plano de resgate.
Mercado - Os investidores continuaram céticos de que a Grécia poderá evitar uma moratória de dívida sem uma estabilidade política maior em Atenas, mantendo a tendência de baixa das bolsas de valores asiáticas nesta sexta-feira.
Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,64%, com blue-chips como a Honda derrubando o mercado japonês para o menor patamar desde 18 de março. O índice da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão perdia 0,37% às 7h50 (horário de Brasília), com o setor de tecnologia liderando os declínios.
Também pressionou os mercados asiáticos a reversão dos futuros de Wall Street para território negativo. Isso sugere que o índice Standard & Poor's 500 pode testar a mínima do ano, atingida em março. O índice de Seul se desvalorizou em 0,72%. Em Hong Kong, o mercado caiu 1,17% e a bolsa de Taiwan recuou 0,21%, enquanto o índice referencial de Xangai perdeu 0,81%. Cingapura encerrou em baixa de 0,49 por cento e Sydney fechou com leve ganho de 0,13%.
Troca de comando - O porta-voz George Petalotis disse que o governo designou Evangelos Venizelos para o Ministério de Finanças. O até agora ministro da Defesa, de 54 anos, é deputado pela região de Salônica e ocupou no passado diversas pastas em governos anteriores do Pasok. No currículo, Venizelos tem curso de leis na própria cidade de Salônica e estudos de pós-graduação em Paris, além de ser considerado um destacado constitucionalista na Grécia. Na corrida pela liderança do partido em 2007, foi o principal adversário de Papandreou. Venizelos tentará negociar ainda neste mês um segundo empréstimo com os parceiros da Grécia na zona do euro e com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Como pré-requisito, a Grécia deve adotar um pacote de austeridade de 28 bilhões de euros, que inclui profundos cortes de gastos e uma série de novos impostos. Além disso, o novo ministro de Relações Exteriores da Grécia será Stavros Lambrinidi, até agora chefe do grupo do Pasok no Parlamento Europeu. Os novos integrantes do governo grego assumiram seus cargos às 7 horas (de Brasília) desta sexta-feira, de acordo com o porta-voz do governo, George Petalotis.
(Com agências Estado, France-Presse, EFE e Reuters)
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