Como se não existissem outros sabotadores sorrateiros do sono — bife no jantar, estamos falando de você —, o simples fato de dividir a cama com alguém pode estar atrapalhando o seu descanso.
Eis algumas das reclamações mais frequentes, e como resolver o problema de uma vez por todas.
Ele está viciado no botão "Soneca" do despertador
Seu parceiro de cama está apertando o botão soneca porque provavelmente está com o sono atrasado, diz Ilene Rosen, diretora do programa do sono da Universidade da Pensilvânia e integrante do conselho da Academia Americana do Sono. Ele acha que cinco minutos a mais – e depois só mais outros cinco – vão fazer uma enorme diferença. Mas ele provavelmente se sentiria muito melhor se dormisse ininterruptamente os últimos 10 ou 20 (ou 30) minutos finais da noite, em vez de ter esse período do sono fragmentado em pequenas porções. Isso se explica em parte pelo fato de que nossos períodos mais longos de sono REM (sigla em inglês para fase de movimentos rápidos dos olhos) acontecem justamente de manhã; ser acordado repetidas vezes pelo despertador nesta fase do sono nos deixa mais grogues do que se tivéssemos acordado em outra fase.
Quando você faz isso numa cama compartilhada, o efeito é duplo, pois o sono da outra pessoa também é perturbado, diz Rosen. “O ideal é combinar a hora de dormir e de acordar de cada um”, diz ela. “Mesmo que não seja a mesma hora para ambos... as rupturas serão minimizadas.”
Ela assiste TV na cama
O comprimento de onda azul emitido pelas telas – seja da TV, de um tablet ou até mesmo de um smartphone – faz nossos relógios internos acharem que é hora de despertar, diz Rosen. “Se uma das pessoas está no iPhone e a outra está acordada, com certeza haverá interferência.”
“Combinar que a cama é apenas para sexo e para dormir é um bom mote”, diz ela. “Quando é hora de ir para a cama, é hora de ir para a cama”, não de ficar no Netflix ou no Instagram.
Ele ronca
É um dilema clássico, que leva muita gente a dormir em quartos separados – mesmo casais que estão felizes dividindo a cama. Mudanças no estilo de vida, como perder peso, evitar o álcool antes de dormir e deitar-se de lado, podem ajudar a diminuir o ronco mas esse problema não deve ser considerado um mero inconveniente. “Roncar pode ser um sinal de doenças do sono, e isso deve ser levado a sério”, diz ela. Sugira que o parceiro fale com o clínico geral dele a respeito de uma eventual consulta com especialistas, “particularmente se o ronco for alto demais a ponto de você querer dormir em outro quarto ou se o problema vem se agravando com o tempo”.
Ela rouba os cobertores
Os melhores ambientes para dormir são escuros, silenciosos e frios, com lençois e cobertores confortáveis – e nada pior do que ficar descoberto no meio da noite. “Se você mora com um ladrão de cobertores, sinta-se à vontade para ter o que precisa do seu lado da cama”, diz Rosen. Isso talvez signifique usar um jogo extra de cobertores, afirma ela.
Ele gosta de conchinha; você, não
Para alguns, dormir abraçado é reconfortante e ajuda no sono. Para outros, pode ser sufocante. Se os comportamentos de vocês forem incompatíveis nesse departamento, é melhor “ter uma conversa sincera”, diz Rosen. “Diga algo como: ‘Vou ser um parceiro melhor se dormir melhor’”, diz ela. Uma sugestão é fazer um pouco de cada: ficar abraçados por alguns minutos e depois dormir separados.
Ela dorme tarde (ou acorda cedo); você, não
De novo, reservar o quarto somente para dormir ou para fazer sexo é a melhor opção. Quem acorda cedo deve desligar rápido o despertador e se arrumar fora do quarto, diz Rosen. Assim, o ambiente continua escuro e silencioso para quem ficou dormindo. Igualmente, quem vai para a cama mais tarde tem de evitar qualquer tipo de atividade que possa acordar o parceiro que já no décimo sono. Esse tipo de diferença de horários não significa falta de intimidade, disse previamente ao HuffPost Healthy Living Phillip Gehrman, diretor clínico do Programa de Medicina Comportamental do Sono da Universidade da Pensilvânia.
Ele não consegue dormir
Se seu parceiro fica rolando na cama, é provável que logo, logo você vá estar também. Por mais que você queira ajudar, essa é com ele. “Se você está na cama há 15 ou 20 minutos e não [dormindo ou fazendo sexo], deveria se levantar e até mesmo sair do quarto”, diz Rosen. Pode parecer contraintuitivo, mas é um dos pilares do tratamento da insônia, afirma ela – e ajuda os dois. “Isso ajuda o insone a não se sentir frustrado e permite que quem está na cama continue a dormir.” Quem não consegue dormir deveria meditar, ouvir música ou ler algo relaxante ou então procurar um tipo de atividade calma, com uma luz moderada, até sentir sono e tentar dormir de novo.
Ela se mexe demais durante a noite
Sua parceira está se debatendo na cama e você a acorda – ninguém merece mais uma cotovelada nas costelas, afinal de contas. Ela estava sonhando com uma briga – o mesmo sonho que a fez te chutar a canela duas noites atrás. “‘Representar’ o que acontece no sonho pode ser sinal de um distúrbio da fase REM do sono”, diz Rosen. Esse problema significa que a paralisia típica dos músculos durante o sono não está ocorrendo. Pacientes que têm esse distúrbio, conhecido pela sigla em inglês RBD (REM behavior disorder), podem falar, bater e até mesmo levantar-se da cama, o que pode ser perigoso tanto para quem está sonhando quanto para o parceiro, segundo a Fundação Nacional do Sono. Mas existem tratamentos, e a melhor saída é procurar um especialista.
Ele é um animal (literalmente)
Sim, é uma delícia agarrar o Totó na cama, mas toda vez que um animal de estimação se mexe ou faz barulho seu sono provavelmente é interrompido. Cerca de 30% das pessoas que dormem com seus animais relatam acordar pelo menos uma vez por noite, segundo uma pesquisa de 2014. “Se você não tiver um sono saudável, quem quer que divida a cama com você – animais de estimação, bebês – vai ter de ajustar seus hábitos de acordo com os seus”, diz Rosen. “Do contrário, melhor tirá-los da cama.”
Bichos na cama também trazem consigo toda a sujeira e o pólen que eles acumularam durante suas aventuras diurnas, o que pode representar o risco de reações alérgicas. Melhor dar uma cama própria para o Totó!
Este texto foi publicado originalmente no The Huffington Post e foi traduzido do inglês.
Paralisa do Sono
Se alguma vez você adormeceu ou acabou de acordar mas não conseguia mexer qualquer parte do seu corpo – provocando a sensação de que você está congelado na cama – você pode ter tido um episódio de paralisia do sono. A paralisia do sono é mais comum nos segundos e minutos em que estamos despertando, seja de manhã ou no meio da noite, disse Gehrman. Quando estamos na fase do sono REM, nossos músculos ficam paralisados para que não tentemos reagir fisicamente aos nosso sonhos. Mas com a paralisia do sono, uma parte do cérebro desperta antes do que o resto, criando uma sensação de estar acordado e alerta – apesar dos músculos do corpo ainda estarem paralisados, explicou Gehrman. No entanto, a paralisia do sono não é perigosa, apesar da sensação perturbadora que dá à pessoa que a experimenta, segundo estudos da Stanford University. Para reduzir a frequência de episódios de paralisia do sono, reduzir o estresse, dormir o suficiente cada noite e ter uma boa rotina de sono pode ajudar.
REM: Distúrbio de comportamento do sono
Ao contrário da paralisia do sono, o distúrbio de comportamento do sono REM acontece quando o seu cérebro está no sono REM mas os seus músculos estão reproduzindo o que acontece em seus sonhos, explica Gehrman. O site WebMD detalhe alguns sinais do distúrbio:
O comportamento de expressar fisicamente o que a pessoa sonha pode incluir conversar, gritar, socar, chutar, sentar, pular da cama, mexer os braços e segurar objetos. Uma forma mais aguda pode occorer durante fases de abstinência do álcool ou de drogas sedativo-hipnóticas.
A Dra. Tracy Kuo, Ph.D., especialista em sono da clínica Stanford Sleep Disorders Clinic falou em entrevista ao Everyday Health que esse distúrbio pode causar comportamento violento, principalmente se a pessoa estive chutando ou esmurrando a si mesmo ou à pessoa com quem está dormindo. “Sem tratamento, o distúrbio vai piorando com o passar do tempo”, ela disse ao site Everyday Health. Mas existem medicamentos que a pessoa pode tomar que ajudam a relaxar a musculatura, e assim ela não terá atividade muscular durante o sono REM, segundo reportagem da Everyday Health. O distúrbio de comportamento do sono REM também já foi associado a doenças neurodegenerativas como o Mal de Parkinson e a Atrofia Multisistêmica, e parece ocorrer vários anos antes que as outras doenças se manifestem, diz o site WebMD.
Soniloquismo e Sonambulismo
Fenômenos similares à paralisia do sono, o soniloquismo e o sonambulismo ocorrem quando uma parte do cérebro está desperta mas o restante continua dormindo, disse Gehrman. "Com o sonambulismo, as pessoas estão dormindo quase cem por cento, mas geralmente fazem atividades da rotina diária”, explicou Gehrman. "Então, é comum que o sonâmbulo levante e vá ao banheiro ou até a cozinha para fazer um lanche, mas geralmente são coisas bem rotineiras”. Como o sonambulismo e o soniloquismo acontecem no estágio NREM do sono, e o sono NREM produz apenas sonhos inócuos, o que pessoa fala ou faz não está relacionado ao que ela talvez esteja de fato sonhando, ele diz. Porém, Gehrman destaca que ainda não existe uma explicação clara do por quê nós dizemos ou fazemos certas coisas quando estamos em estado de soniloquismo ou sonambulismo. O sonambulismo em si não é perigoso, mas se uma criança tem a tendência de ser sonâmbula, Honaker recomenda que os pais tomem algumas medidas preventivas de segurança, trancando janelas, portas etc., para que a criança sonâmbula não se machuque acidentalmente.
Enurese noturna
A enurese noturna, ou ‘fazer xixi na cama’, pode ser definida como a micção involuntária por uma criança com mais de 5 ou 6 anos de idade (de dia ou de noite), segundo a enciclopédia médica A.D.A.M.. A Dra. Sarah Morsbach Honaker Ph.D., psicóloga do sono infantil da University of Louisville, disse ao HuffPost que a enurese noturna é comum em crianças, e que a maioria delas não tem mais esse problema à medida que crescem, sem que haja necessidade de alguma intervenção. Honaker afirmou que uma possível causa da enurese noturna pode ser um retardo de maturação, significando que o corpo da criança ainda não se desenvolveu ao ponto de conseguir controlar a bexiga durante a noite. “Você não espera que uma criança de 2 anos não faça xixi durante a noite inteira”, disse Honaker ao HuffPost. "Para algumas crianças, essa habilidade se desenvolve mais tarde do que para outras”. Além disso, algumas crianças simplesmente não despertam com tanta facilidade, o que significa que é mais difícil elas acordarem se a bexiga estiver cheia, ela explicou. “Como a enurese passa com a idade, muitas vezes os profissionais de saúde decidem não fazer nenhuma intervenção ou tratamento” disse Honaker said. "No entanto, algumas pesquisas sugerem que a condição acabam afetando a auto-estima da criança e pode ter consequências sociais”. Por conta disso, ela sugere que as crianças que são mais afetadas pela enurese noturna usem algumas ferramentas de tratamento como o alarme de enurese, com um sensor de umidade que dispara um alarme que acorda a criança para que ela possa ir ao banheiro.
Terror Noturno
O terror noturno, também conhecido como pânico noturno, ocorre com maior frequência em crianças, e geralmente desaparece na adolescência, disse Honaker said. Ela esclareceu que o terror noturno não é a mesma coisa que um pesadelo. “Quando uma criança sofre de terror noturno, ela está dormindo, então ela geralmente fica inconsolável, muito chateada, chorando, gritando, ou talvez até pareça não reconhecer o pai ou mãe que tentam acalmá-la”, disse Honaker. Um episódio de terror noturno pode durar de 2 a 20 minutos ou mais, e podem deixar os pais bastante assustados, ela disse, mas os pais devem ficar tranquilos porque o terror noturno não é prejudicial à criança. “Elas estão dormindo, então não perdem horas de sono, e não demonstram cansaço no dia seguinte”, ela afirmou. “Geralmente a criança não tem lembrança do episódio, e esse é um dos sinais do terror noturno”. Honaker disse que entre 1 e 6 por cento das crianças terão um episódio de terror noturno, ocorrendo geralmente entre os 4 e 12 anos de idade. Para os pais, a melhor coisa a fazer é não acordar a criança – “isso pode fazer com que o episódio seja ainda pior, porque a criança não reconhece os pais”, segundo ela.
Bruxismo
O bruxismo, ou ranger os dentes, acontece quando a pessoa range ou aperta os dentes, e pode ocorrer tanto de dia quanto de noite, segundo a enciclopédia médica A.D.A.M. Medical Encyclopedia. Isso pode irritar bastante o companheiro de cama e pode causar dores e até lesões na mandíbula. O bruxismo pode ser causado por diversos fatores, incluindo estresse, um desalinhamento da arcada dentária, não conseguir relaxar e hábito do sono, segundo a enciclopédia. Gehrman afirma que às vezes, reduzir os níveis de estresse e ansiedade pode ajudar a reduzir o bruxismo durante o sono. Uma forma de controlar o bruxismo – apesar de não ser uma cura definitiva – é pedir ao dentista que receite uma placa protetora que é usada à noite.
Síndrome da cabeça explosiva
A síndrome da cabeça explosiva é certamente mais rara do que outros distúrbios do sono como o sonambulismo ou soniloquismo, disse Gehrman. "Pela descrição de quem sofre dessa síndrome, é uma experiência bizarra em que você sente que sua cabeça está explodindo”, devido a um som muito alto que ecoa na sua cabeça, Gehrman disse. Mas ele explicou que a síndrome não é perigosa. A Associação Americana do Sono a descreve assim:
... Parece a explosão de uma bomba, ou o estampido de um tiro, o barulho de címbalos sendo tocados ou qualquer outro som alto e indecifrável, que parece ecoar dentro da cabeça.
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook
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