sexta-feira, 3 de outubro de 2014

DISTÚRBIO DO SONO É PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA


    
    Vamos começar pelo obvio: Existe uma infinidades de doenças e intercorrências médicas (que trato ao final do texto) e existem situações momentâneas de vida, mesmo as boas, como nascimento de um filho que afetam diretamente o sono e existem as situações da vida moderna pois Tomas Edson e sua lampada maravilhosa enlouqueceu o sono de todos. Sim, a luz elétrica é um forte fator, por si só, de afetação do bom sono. Até a facilidade para obtenção de alimentação, sendo ela industrial, afetam sobre maneira o sono.
      
    Há alguns anos, mesmo os cientistas desconheciam o valor achando que se poderia tratar de uma mera fase passiva de fadiga do cérebro, onde a atividade mental estava tão reduzida a ponto de não ter importância. Entretanto, as pesquisas feitas nos últimos decênios têm mostrado resultados cada vez mais surpreendentes, revelando ser o sono uma das fases mais nobres, porque nela se efetuam importantes etapas da aprendizagem, da criatividade, do equilíbrio emocional etc.

   Algumas pessoas dormem menos mal por fatores orgânicos, como pela falta de substâncias químicas, que participam dos circuitos neurais controladores. Sabe-se que a falta de serotonina leva à insonia e a falta de noradrenalina a suprimir o sono paradoxal (sonho). Essas deficiências podem também ser muitas vezes provocadas por ausência de enzimas conversoras ou substâncias precursoras.

    Entretanto, a maioria das pessoas que dome mal hoje é por origem externa. Não só pela falta de ritmo próprio na vida, como no caso dos trabalhadores noturnos, mas também pela quebra do ritmo biológico dos trabalhadores diurnos, devido às perturbações sociais, cada vez maiores nas cidades.

    Estudos feitos na Universidade de Cornell, EUA, calculam que 100 milhões de norte-americanos dormem mal, manifestando dificuldades de sair da cama, sono durante a jornada de trabalho ou durante uma aula ou conferência. Esta queda do rendimento físico e mental levou o "Centro de Investigações sobre o Sono" do Hospital Henry Ford, em Detroit, EUA, a considerá-lo responsável por inúmeros acidentes aéreos, automobilísticos, ferroviários, alguns de proporções catastróficas, como os acidentes nucleares em Chernobyl, URSS, e em Three Mile Island, EUA, na indústria química de Bophal, Índia, e o no superpetroleiro Exxon, no Alasca. Em consequência, há perda considerável de milhares de vidas e danos à natureza, além de queda de produtividade, acidentes rotineiros no trabalho, despesas médicas e sofrimento humano.

   Se num país desenvolvido e disciplinado como o EUA, 40% de sua população é considerada prejudicada por distúrbios do no sono, no Brasil, se considerarmos um acréscimo de pelo menos 50% pela baixa qualidade de vida e pelo comportamento permissivo e egoísta de muitos cidadãos, teremos pelo menos 60%, ou seja, pelo menos 90 milhões de pessoas afetadas (ver artigo sobre "Cidadão de segunda classe" no ESTADO DE MINAS de 9/5/90).

  Excetuando-se trabalhadores de turnos ou os noturnos e doentes, os mais prejudicados passam a ser os mais velhos e os que realmente trabalham durante o dia, visto na ótica do compromisso com o horário de trabalho e com o desempenho. Mas, com o passar da idade, as pessoas vão acumulando progressivamente distúrbios sobre o sono noturno e já não conseguem dormir mais do que seis horas de sono contínuo à noite. Em compensação, passam a cochilar ao longo do dia. A primeira consequência que todo mundo conhece é a perda de produtividade em geral em todas as atividades. Se o seu trabalho envolve periculosidade e o mesmo não é logo aposentado, torna-se um operário, mesmo de turno diurno, de alto risco pelas distrações que comete.

    Levantamentos estatísticos mostram que os adultos dormem entre 5 e 9 horas, sem considerar a sua qualidade e sua saciedade. Sabe-se que a necessidade de sono na pessoa normal e adulta varia com a saúde, tipo de atividade, personalidade ou fase da vida. Crianças, estudantes, doentes e intelectuais necessitam de mais horas de sono e sonho. Porém, pessoas deprimidas, que ao mesmo tempo apresentam hipersonia, podem aprofundar a doença. Geralmente, quando se dorme menos toma-se menos criativo e mais operoso e vice-versa.

    Por outro lado, sabe-se que a regularidade do sono é fundamental para a saúde. Isto significa ter hora certa para dormir e levantar. Mas, nem no seu apartamento ou casa o cidadão está livre de incômodos dessincronizadores provenientes de trânsito, vizinhos, obras, igrejas, bares, boates e outras fontes de barulho e poluição sonora, que, considerando sua natureza terrivelmente invasora, sobressai-se mais à noite devido à queda do ruído ambiental, e toma-se uma perturbação terrivelmente conflituosa para a maioria das pessoas por impedir um sono normal e que entre outras doenças podem levar até a morte.

   Milhões de pessoas no mundo recorrem a tranquilizantes, do tipo diazepan, ou a outros ansiolíticos, como a bebidas alcoólicas, para tentar dormir à noite. Mas, a curto prazo perdem o sono paradoxal (sonho), portanto com sérios prejuízos para a qualidade do sono, e podem apresentar ou intoxicação ou sedação diurna ou outras formas de efeitos secundários. A longo prazo, podem ser levados à dependência, a alguma tolerância e, na retirada do medicamento, à síndrome de abstinência, ou seja, dificuldade de vencer transtornos terríveis na saúde para tentar se livrar da droga ou do álcool.

  Devido ao uso em massa desses tranquilizantes, equivalente a milhões de comprimidos-ano no país, o Ministério da Saúde restringiu sua venda só com consulta médica, para evitar seus efeitos nocivos. A habituação de uso de psicotrópicos de maneira permanente estabelece também um perigoso precedente de busca de sedação e para os conflitos do organismo, muitas vezes com a tolerância da família. Assim as pessoas acabam ficando submetidas a uma forma de dopagem na intimidade, porta aberta para o uso posterior de drogas pesadas. Por consequência, pouco adiantam as campanhas contra as drogas, quando elas já abriram caminho na vida insalubre e conflituada do cidadão. A situação é mais delicada neste momento, porque a cocaína deverá ser mais facilmente oferecida ao consumo no Brasil, que está agora na rota alternativa desta droga, devido ao combate sistemático à mesma atualmente feito na Colômbia e a ascensão (diga-se em massa) de governos esquerdista na America Latina.

   É comum no nosso meio vermos pessoas faveladas fazerem uso diário desses “tranquilizantes” como "a solução para supostos sofrimentos". Certamente tudo isto está denunciando a conhecida má qualidade de vida na periferia das grandes cidades. No entanto, está passando despercebido que coisa semelhante vem acontecendo junto à classe média urbana, devido ao ambiente poluído acusticamente, causam o estresse auditivo, produzindo distúrbio no sono, prenunciando coisas mais graves, reduzindo, enfim, o cidadão brasileiro a uma categoria inferior por razões puramente ambientais. Nesse ponto vemos funcionar a democracia "à brasileira", tratando todo mundo igual, mas num nível de rebaixamento total, devido a covardia e à omissão ao espírito permissivo com as coisas fundamentais de nossa vida, transformando um potencial cidadão em fugaz habitante do país. 

CAUSAS MÉDICAS


  Problemas relacionados ao sono podem estar ligados a outras doenças e causar desgastes físicos ou psicológicos. Dificuldades de concentração, de aprendizado, mau humor, indisposição e outros estados que comprometem seu bem-estar podem ser reflexo de distúrbios do sono que, muitas vezes, só são diagnosticados por especialistas.

Conheça os Distúrbios

   Fique atento: um problema crônico de sono manifesta-se principalmente pela sonolência diurna exagerada. Com ela, vêm as alterações de humor e de memória e das capacidades mentais, como aprendizado, raciocínio e pensamento.
  1. Bruxismo (Ranger de Dentes)
  2. Enurese Noturna
  3. Insônia
  4. Pesadelo
  5. Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono
  6. Síndrome das Pernas Inquietas
  7. Sonambulismo
  8. Sonilóquio (Falar Dormindo)
  9. Sonolência Excessiva Diurna
  10. Terror Noturno
OUTROS



DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

  Os diagnósticos dos distúrbios do sono são obtidos através do exame de polissonografia. Esse procedimento é realizado no laboratório do sono durante a noite (sua duração é de cerca de oito horas). Durante o exame, o paciente é devidamente monitorado e acompanhado por um técnico.
  Os tratamentos variam de acordo com o resultado do exame. Em geral, o médico optará por um ou mais dos seguintes procedimentos, que serão devidamente acompanhados durante toda a sua duração:
  • Tratamentos com aparelhos respiratórios (CPAP);
  • Tratamento com prótese intraoral (aparelhos dentários específicos para ronco);
  • Tratamento cirúrgico;
  • Tratamento medicamentoso.

CÉREBRO ELIMINA DETRITOS INDESEJÁVEIS DURANTE O SONO

   Pesquisa feita na faculdade de Medicina da Universidade de Rochester sugere que o sono dá aos nossos cérebros tempo de limpar todos os detritos que se acumulam em um dia de pensamento.
  A bióloga dinamarquesa Maiken Nedergaard que liderou a pesquisa acredita que há uma rede de canais que limpam as toxinas com fluido cérebro-espinhal diluído. Sua equipe descobriu em estudos realizados em ratos, que quando estes estão dormindo ou anestesiados, seus cérebros estão limpando os dejetos.

   O Centro do Sono e Neurologia Circadiana da Universidade da Pensilvânia descobriu que a interrupção crônica do sono perturba os neurônios responsáveis pela vigília e a função cerebral e cria um acumulo de proteínas ligadas ao envelhecimento e a degeneração neurológica. Estamos realmente começando a perceber que quando deixamos de dormir, podemos estar causando um dano irreparável ao cérebro, disse ao "NYT" Sigrid Veasey que lidera a pesquisa.

   Os pesquisadores estão descobrindo ligações entre a insônia e a depressão, que afeta cerca de milhões de pessoas por ano. A terapia para diminuir a insônia poderia duplicar a eficácia do tratamento para a depressão, relatam cientistas, já que a forte ansiedade é um dos sintomas de depressão.

   O sono é especialmente importante para as crianças e adolescente, que passam ainda mais tempo em ciclos de sono que são responsáveis por reforçar as conexões neurais e formar memórias.

   Uma quantidade menor de sono esta ligada a mais acidentes, irritação e agressão e possivelmente distúrbios de déficit de atenção. Pode aumentar o risco de uso de drogas, lesões esportivas e baixo desempenho acadêmico.

HIGIENE DO SONO
  1. Deitar-se sempre no mesmo horário.
  2. Deitar-se somente quando estiver com sono. Caso não consiga dormir em 15 minutos, levante-se e faça algo agradável (ler, escutar música).
  3. Utilizar o quarto somente para dormir. Evite alimentar-se ou assistir TV na cama.
  4. Não dormir à tarde, para ter uma boa noite de sono.
  5. Evitar exercícios físicos ou atividades mentais muito preocupantes próximos do horário de dormir.
  6. Não cochilar diante da televisão antes de deitar.
  7. Não prolongar o horário habitual de sono durante o final de semana.
  8. Manter temperatura ambiente (do quarto), ventilada e agradável.
  9. Não dormir de estômago cheio (evite refeições "pesadas"). Evite tomar café, chá, coca-cola, ingerir chocolate e evite fumar após o jantar até a hora de deitar-se.
  10. Verificar se não está tomando algum medicamento que possa provocar insônia.
  11. Não usar medicamentos hipnóticos sem receita médica e por período superior a 3 semanas.
Inspirado do texto de FERNANDO PIMENTEL SOUZA
Professor Titular na área de Neuromuscular no Instituto de Ciências Biológicas, UFMG, membro pleno do Instituto de Pesquisas sobre o Cérebro, IBRO-UNESCO, Paris.

© Copyright British Broadcasting Corporation 2014 Barulho, temperatura e alimentação influenciam na qualidade do sono

Ficar se revirando na cama e lutando para dormir é um sentimento familiar para muitos.
A dificuldade pode estar em adormecer ou em manter o sono. De qualquer maneira, todos sabemos o esforço que fazer as atividades do dia demanda quando não temos uma boa noite de sono. Aqui estão cinco coisas comuns que impedem muitos de nós de descansar o quanto precisamos.

1) Barulho e desconforto

Podemos nos sentir sonolentos quando começamos a adormecer, mas nosso cérebro ainda está ativo. Por isso, ruídos ou desconforto podem nos perturbar.
À medida que entramos em um sono leve, uma área do cérebro chamada hipotálamo começa a bloquear o fluxo de informações de nossos sentidos para o resto do cérebro. Mas ainda deixa passar ruídos, que precisam ser capazes de nos acordar.
Após cerca de meia hora de sono leve, a maioria de nós entra em um tipo de sono profundo chamado de sono de ondas lentas. Nosso cérebro fica menos sensível e torna-se muito mais difícil ser acordado. Mas algumas coisas sempre irão passar - como os nossos nomes sendo chamados em voz alta.
Perder partes do nosso ciclo de sono habitual reduz a qualidade e a quantidade de sono.

2) Rotinas irregulares

Todos nós temos um relógio biológico interno que nos diz quando estamos cansados. Ela ajuda a sincronizar milhares de células em nosso corpo a um ciclo de 24 horas chamado de ritmo circadiano.
O principal sincronizador para o nosso relógio biológico é a luz. Nossos olhos reagem à luz e ao escuro mesmo quando nossas pálpebras estão fechadas.
A luz do dia faz com que o cérebro reduza a produção do hormônio do sono melatonina. Isso faz com que as pessoas se sintam mais alertas.
Se dormimos menos durante a noite - por ir para a cama tarde ou acordar cedo -, é improvável que tenhamos o tempo de sono profundo que precisamos.
Fechar as cortinas para bloquear totalmente a entrada de luz do sol ajuda a melhorar a qualidade do sono.

3) Temperatura errada

Nossa temperatura corporal normalmente cai meio grau quando estamos dormindo. Assim, quando o sono se aproxima, nosso relógio biológico faz os vasos sanguíneos em nossas mãos, rosto e pés se dilatarem para perder calor.
Mas, quando está muito frio, ficamos inquietos e temos dificuldade para dormir. Ou, se os nossos quartos ou edredons são muito quentes, nossos corpos não conseguem perder calor, o que também pode causar inquietação.

4) Comida e bebida

Podemos ter problemas para dormir depois de consumir alimentos e bebidas que agem como estimulantes.
Bebidas ricas em cafeína podem tornar mais difícil adormecer e interferir em nosso sono profundo. A cafeína pode ficar em nosso sistema por muitas horas. Por isso, a nossa qualidade de sono pode ser afetada pelas bebidas com cafeína que consumimos ao longo do dia.
Durante uma noite, geralmente temos de seis a sete ciclos de REM (movimento rápido dos olhos) do sono, durante o qual nossos cérebros processam a informação que absorvemos durante o dia. Isto faz com que nos sintamos revigorados. Mas uma noite de bebedeira significa, normalmente, que teremos apenas um ou dois ciclos e acordaremos cansados.
Alimentos que contêm uma substância química chamada tiramina - como bacon, queijo, nozes e vinho tinto - podem nos manter acordados durante a noite. Isto acontece porque a tiramina provoca a liberação de noradrenalina, um estimulante cerebral.
Refeições ricas em carboidratos iniciam uma cadeia de reações que faz com que sintamos sono. Quando são digeridos, os carboidratos liberam insulina, que ajudam o triptofano a entrar no cérebro. Ali, ele se transforma em seratonina, que provoca sono.
Comer proteínas tem o efeito oposto. Elas se transformam em aminoácidos, que reduzem a quantidade de triptofano no cérebro. Dessa forma, menos seratonina é produzida, o que nos faz ficar mais alertas.

5) Mente ocupada

O estresse é um inimigo do sono. Na cama, nossa mente fica livre para passear - e ansiedade a respeito do sono só piora a situação.
É difícil manter a noção do tempo quando você está deitado no escuro tentando dormir. As pessoas muitas vezes adormecem e acordam novamente, mas acham que ficaram o tempo todo acordadas. Isto leva ao sono fragmentado, com muito menos tempo gasto nos importantes estágios de sono profundo.


© Copyright British Broadcasting Corporation 2014 Cruzadinhas e quebra-cabeças podem ajudar a distrair a mente antes de dormir

Especialistas em sono recomendam que as pessoas com este problema se levantem e façam uma atividade que distraia a mente de preocupações - como um quebra-cabeça - antes de tentar dormir novamente.

Por que a falta de sono é ruim para você?

Um em cada três pessoas sofrem com noites mal dormidas. Veja quatro coisas que podem acontecer se você não descansar o suficiente.

1) Resfriados ou gripes

Pouco sono pode atrapalhar seu sistema imunológico, tornando-se mais difícil combater doenças como a gripe. Ela também pode aumentar o tempo de recuperação de uma doença.

2) Ganho de peso

Acredita-se que a falta de sono estimula o ganho de peso. Cientistas afirmam que dormir mal aumenta o apetite ao elevar os níveis de hormônios relacionados à fome.

3) Depressão

Muitas vezes, ficamos irritados após uma noite de sono ruim. A privação de sono por um tempo prolongado pode levar a desordens de longo prazo, como depressão e ansiedade.

4) Redução da fertilidade

Acredita-se que a falta de sono pode tornar mais difícil conceber um bebê, ao reduzir a liberação de hormônios de reprodução.

  
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook 

Nenhum comentário:

Postar um comentário