sábado, 14 de julho de 2012


ERNESTO “CHE” GUEVARA: UMA VERDADE INCONVENIENTE


Há cerca de oitenta e três anos (a data exata foi 14 de junho) nascia, em Rosário, na Argentina, Ernesto Guevara. Aquele que depois se tornou “El Che” e foi para Cuba construir, ao lado de Fidel Castro, o “outro mundo possível”, teve uma juventude até bem pacata, ocupado com os estudos da faculdade de medicina. Vivesse ele nestes tempos, vários especialistas especulariam sobre os vídeo-games, filmes e jogos de RPG que o jovem nerdargentino gostava, na tentativa de explicar a atração que ele veio a mostrar pela morte e pelo terror.
Em vão. A resposta para a violência não está no Mortal Kombat hoje, assim como não estaria também em meados do século XX. Para entender a história de Che Guevara, há que se começar aceitando que ele foi um sociopata, não um herói. A uma certa altura da vida, o jovem que cruzou a América Latina de motocicleta e se dedicou a tratar voluntariamente de leprosos, decidiu que curar os enfermos não era mais suficiente. Em vez disso, para construir um mundo mais “justo, igualitário e fraterno”, Guevara preferiu o caminho do assassinato em massa.


O jovem Ernesto Guevara, quando ainda não era um homicida compulsivo, mas apenas um menino querendo brincar com sua bola...
Meu palpite é que a cantilena marxista o seduziu, fazendo-o lambuzar-se com gosto naquela pocilga ideológica. Tivesse ele lido a Escola Austríaca, teria percebido que reduzir o tamanho do Estado é melhor, mais prático e menos doloroso do que reduzir o número de pessoas por meio de balaços na nuca… Mas, quê! Depois de se arrepiar ao ler que “um espectro ronda a Europa”, não foi mais possível trazer o sujeito de volta à razão. E tome assassinato!
“El Che”, que tinha esse apelido por conta do seu – como direi? – “cheiro peculiar” (pesquisem antes de negar isso, esquerdistas! São os amigos dele que contam o fato.), decidiu que contra a tirania “do mal” de Fulgêncio Batista, só poderia haver a tirania “do bem” comandada por ele e pelos irmãos Castro. Eu, revolucionário de sofá que sou – incapaz de matar uma mosca! -, acho que as duas tiranias merecem ir pra lata de lixo da história! Acredito nessa coisa chamada democracia representativa, uma invenção ocidental que, apesar dos defeitos, vem se mostrando bastante aceitável. No mais, como recusar algo criado pelo ocidente liberal, a mesma civilização que nos brindou com a poesia de Shakespeare, os antibióticos, o sorvete e, last but not least, o cappuccino?
Os jovens que idolatram Guevara sentem comichões no baixo-ventre sempre que repetem a famosa frase do “endurecer sem perder a ternura”. Eu, que li a Escola Austríaca, prefiro lembrá-lo por outra citação, ainda mais marcante para a história de sua obra homicida: “A ação mais positiva e forte, independentemente de qualquer ideologia, é um tiro bem dado, no momento certo, em quem merece.”
Percebam que é a síntese perfeita do “outro mundo possível” que ele pretendia criar – e com o qual seus cultuadores sonham ainda hoje. Todo o pensamento político-ideológico, todos os postulados econômicos e sociológicos do universo comunista resumidos no ato de dar “um tiro bem dado em quem merece”. E quem merece? É aí que se encerra todo o busílis…
Os comunistas se pretendem uma vanguarda libertadora dozoprimido, destinados a colocar um fim ao jugo capitalista. Por isso agem sempre como portadores de uma verdade redentora, fruto de um futuro que prometem glorioso. E aí, em nome de algo intangível (um amanhã paradisíaco e igualitário), ganha-se a autorização moral necessária para perpetrar, no presente, todo tipo de atrocidade.
Você pode jogar na cara deles os 70 milhões de mortos produzidos pela Revolução Cultural chinesa, os 30 milhões assassinados pela URSS stalinista, os 2 milhões de cadáveres do Khmer Vermelho, ou mesmo os mcerca de 100 mil mortos por Fidel, Raúl, Guevara e demais homicidas da Revolução Cubana. Não adianta! Para os seguidores da Igreja Guevariana tudo não passou de “acidente de percurso”, de “baixas colaterais aceitáveis”, em nome da igualdade que surgiria no horizonte pós-revolucionário.


A maioria dos jovens esquerdistas do mundo deveria usar essa estampa nas camisetas, afinal poucos sabem quem ele foi de fato.
O “porco fedorendo” (é isso que “El Che” significa) não se contentou em passar fogo nos adversários para assumir o poder em Cuba. Uma vez instalado no comando do país, Guevara, ao lado dos irmãos Castro, continuou a derramar, sem qualquer constrangimento, o sangue de toda e qualquer pessoa que ousasse se opor ao novo regime.
Aquele que é celebrado como uma sorte de libertador foi o responsável pela criação do primeiro campo de trabalhos forçados da América Latina. Para lá, “El Che” e seus valorosos companheiros mandavam “pessoas que não devem ir para a cadeia, gente que atentou contra a moral revolucionária”[1] E o que essa vanguarda redentora entendia por “moral revolucionária”? Quem, enfim, merecia ser “reeducado pelo trabalho”? Dissidentes do novo regime, acima de quaisquer outros. Mas também homossexuais e até mesmo pessoas infectadas pela AIDS[2]
Assim funcionava o “outro mundo possível” implementado em Cuba pela revolução comunista capitaneada por Guevara. Um mundo tão mais justo, fraterno e igualitário, que todos eram obrigados a amá-lo incondicionalmente, sob pena de… bem… levar um tiro nos cornos.
Era o que fazia Guevara quando um dos companheiros ficava saturado da matança e resolvia cair fora. Eutimio Guerra foi executado pessoalmente pelo “porco fedorento”, que fez quetão de registrar num dos seus tantos diários o episódio: “acabei com o problema dando-lhe um tiro com uma pistola calibre .32 no lado direito do crânio, com o orifício de saída lo temporal direito. Ele arquejou um pouco e estava morto”. Notem a frieza da narrativa, o desprendimento com que o sujeito discorre sobre tirar outra vida humana. Isso, meus caros, é um exemplo clássico de sociopatia: não há remorso algum. Tanto que o homicida ainda teve tempo de subtrair os pertences da vítima“ao tratar de retirar seus pertences, não consegui soltar o relógio, que estava preso ao cinto por uma corrente”[3]
Todas essas verdades inconvenientes sobre a vida de Che Guevara são conhecidas e tratadas como fatos históricos. Há relatos de ex-companheiros de revolução que narram detalhes ainda mais escabrosos, como o episódio em que o homicida argentino condenou à morte um revolucionário réu de ter roubado um pedaço de pão.
Apenas pessoas com pouca leitura, doutrinadas pelas resenhas que seus professores fizeram a partir dos livros de Emir Sader, são capazes de colocar em dúvida os atos hediondos praticados por Guevara em nome da revolução. Os admiradores do “porco fedorento” que admitem tais atrocidades, tentam lançar-mão do argumento de que tratava-se de uma guerra, e a pena capital é prevista e aceita no bojo de uma organização militar.
Bullshit! Os revolucionários cubanos não eram nem nunca foram um Exército formal, submetido a um Código Penal Militar legalmente instituído. Guevara insurgiu-se contra o Estado de direito cubano e, por conseguinte, contra suas leis – chamadas de opressoras e burguesas. Como invocar, depois, os preceitos de um dos diplomas legais daquele mesmo Estado, outrora inimigo, para justificar a execução sumária de seres humanos?
Não, meus caros. A verdade (inconveniente) é bem outra… Que Che Guevara gostava do homicídio não resta qualquer dúvida, basta ver a exortação a “dar um tiro bem dado”, que mencionei alhures. Reformas sociais? Mudança do status quo? Ruptura com os preceitos capitalistas? Tudo isso se tornou secundário siante do objetivo primordial: varrer do mapa toda e qualquer oposição aos ideais e à moral revolucionária.
Uma das passagens da vida deste “libertador” que mais me marcaram diz respeito ao momento de sua captura, na Bolívia. Ao ser apanhado pelos soldados, disse o valente herói de inúmeras gerações: “Não atire! Sou Che Guevara! Valho mais vivo do que morto.”


Era essa imagem que deveria estampar milhares de camisetas ao redor do mundo, e inspirar pessoas de todas as nacionalidades e idades.
Já ouviram falar de Antonio Chao Flores? Foi um dissidente que se insurgiu contra o regime revolucionário de Guevara. Preso e condenado à morte como tantos outros, Flores foi levado diante de Che e do seu pelotão de fuzilamento. O jovem, então com cerca de vinte anos, ergueu o rosto para seus algozes e, rasgando a camisa, gritou: “Atire aqui! Bem aqui, no peito! Como um homem!” E com a tranquilidade de um sociopata que ordena um homicício como quem pergunta que horas são, o “porco fedorento” ordenou aos seus assassinos:“Fuego!”
Não é preciso ter lido a Escola Austríaca para saber qual dos dois personagens terminou a vida como herói… Enquanto o “redentor de todo um povo”, Ernesto Che Guevara tremia de medo e implorava por uma clemência que sempre negou aos seus inimigos, Chao Flores erguia os olhos para encarar a face escura da morte.
Fosse vivo, “El Che” teria completado 83 anos no último dia 14 de junho. Folgo em saber que ele não caminha mais por este vale de lágrimas. O mundo é sem dúvida um lugar melhor sem a presença de um covarde entusiasta do homicídio.
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Notas:
1 – ANDERSON, Jon Lee. Che – uma biografia.
2 – BERMAN, Paul. The cult of Che.
3 – ANDERSON, Jon Lee. Che – uma biografia.


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