segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Leandro Narloch e as bobagens liberalóides da Revista Veja


Por que as religiões encolhem quando o capitalismo avança?


Duas teorias tentam explicar por que as igrejas se esvaziam à medida que os cidadãos enriquecem

Por: Leandro Narloch  

Essa é uma questão antiga entre os estudiosos da religião. Com uma ou outra exceção, as religiões entram em declínio quando a economia se desenvolve e a renda dos cidadãos aumenta. A Suécia é um entre muitos bons exemplos: luterana no passado pobre, secular no presente rico. Só 10% dos suecos consideram a religião relevante para a vida.
Pode ser que os dois fenômenos, apesar de acontecerem juntos, não tenham relação entre si. Mas pelo menos duas teorias tentam relacioná-los.
A primeira, rascunhada por Max Weber em A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo e desenvolvida pelo sociólogo Peter L. Berger, defende que a racionalização necessária ao avanço do capitalismo minou crenças místicas e impôs meios seculares de vida. Como dizia o economista Joseph Schumpeter, “o processo capitalista racionaliza comportamento e ideias, e desse modo persegue em nossa mente, junto a crenças metafísicas, ideias místicas e românticas de todo o tipo”. Desse ponto de vista, o capitalismo minou a fé e, assim, a frequência à igreja.
Para a segunda teoria, o processo foi inverso: o capitalismo minou a frequência à igreja, e assim a fé. Nessa visão, o mercado resolveu as necessidades materiais e psicológicas que antes levavam as pessoas às missas e à vida comunitária religiosa. A frequência às igrejas caiu porque as pessoas arranjaram outras coisas para fazer, como ir ao cinema ou viajar no fim-de-semana. Em vez de conversar com o padre para resolver problemas emocionais, procuraram um psicólogo.
Qual das duas teorias tem mais poder explicativo? O sociólogo Jochen Hirschle, da Universidade de Innsbruck, na Áustria, encontrou uma resposta compilando centenas de dados de renda, crescimento da economia, frequência a igrejas e crença religiosa de treze países europeus. Descobriu que a relação entre progresso econômico e igreja vazia é mais forte que entre progresso econômico e menor crença. A pesquisa favorece, então, a segunda teoria.
Quando a economia cresce, as pessoas deixam de ir tanto à igreja, mas muitas vezes mantém a fé. Em alguns casos, como na Itália, a fé em Deus aumentou apesar do declínio da frequência às igrejas. Não necessariamente, então, as pessoas ficam menos religiosas quando ricas. Mas encontram outros meios de seguir a religião.

@lnarloch

COMENTÁRIO DO BLOG:


Um liberal anti-cristianismo não é um liberal de facto, mas sim uma fraude intelectual. Eu por exemplo, sendo ateu vejo o cristianismo como a cultura do meu povo e dos meus ancestrais e por isso a respeito como tal, pisar e vilipendiar o cristianismo é uma hipocrisia descomunal, é negar toda a história dos nossos antepassados por pura birra ideológica. 

Os japoneses, mesmo sendo em sua maioria ateus, ainda frequentam templos xintoístas e comemoram todas as festividades religiosas que fazem parte da cultura nipônica e representam sua cultura. 
No Japão não existe ateus militantes enfiando estátuas de Izanagi no cu ou quebrando templos budistas, por isso que são uma civilização avançada apesar de viverem em uma ilha localizada no pior acidente demográfico da terra. 

A Suécia se tornou a desgraça que é hoje por causa dos ateus militantes, coisa que não aconteceu no Japão e hoje vemos a diferença, pois os ateus japoneses respeitam e se orgulham de sua história e cultura.

- Suécia à Beira do Colapso (aqui)


Leandro Narloch e as bobagens liberalóides da Revista Veja




Publicado em 30 de out de 2015

Comento sobre o último artigo de Leandro Narloch, sobre a correlação entre prosperidade econômica e religião e faço as seguintes críticas.

Leandro Narloch e as bobagens liberalóides da Revista Veja



Publicado em 6 de nov de 2015


Comento a matéria de Narloch a respeito da imigração no Brasil e as tentativas de distorcer as palavras do deputado Jair Bolsonaro.

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