Por: Felipe Moura Brasil
O recurso de Eduardo Cunha surtiu efeito. Dilma Rousseff tem mais um motivo para se preocupar.
O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que ainda não há uma determinação do tribunal para que a análise das contas de presidentes da República ocorram em sessão conjunta do Congresso, com deputados e senadores, como havia orientado o ministro Luís Roberto Barroso.
Com isso, o poder de comando sai do presidente do Congresso, Renan Calheiros, e volta para o presidente da Câmara, que pode dar início à análise das contas de Dilma de 2014, cuja rejeição em decorrência de pedaladas fiscais e contingenciamentos indevidos pode levar ao processo de impeachment.
A discussão chegou ao Supremo porque a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) pediu para anular a sessão da Câmara que aprovou as contas de Itamar Franco, FHC e Lula.
Barroso não as anulou, mas deu a nova orientação agora derrubada.
Naturalmente, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski – aquele da reunião secreta com Dilma em Portugal -, repetiu o discurso petista, dizendo ter estranhado a pressa com que as contas de ex-presidentes foram colocadas em votação na Câmara.
“O que causa espécie é o açodamento do julgamento das contas. De repente, foram julgados num bloco só. É algo a se pensar.”
Eu penso, de fato, como é lindo ter aberto o caminho para o impeachment de Dilma Rousseff.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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