sábado, 12 de setembro de 2015

Al-Qaeda declara guerra ao Estado Islâmico após 'insubordinação'


No dia em que se completam 14 anos do atentado terrorista às Torres Gêmeas, nos Estados Unidos, a Al-Qaeda declarou guerra ao Estado Islâmico. Em uma mensagem de áudio, o líder Ayman al-Zawahiri acusou o cabeça do grupo jihadista, Abu Bakr al-Baghdadi, de insubordinação. 


“Todos ficaram surpreendidos quando al-Baghdadi se proclamou como o quarto califa da história islamita, sem consultar ninguém", disse Zawahiri na mensagem. 


"Preferimos falar o mínimo possível, centrados na preocupação de extinguir o fogo da insubordinação, mas al-Baghdadi e os seus irmãos não nos deixam outra opção, pois exigiram que todos os guerrilheiros renunciassem às alianças e jurassem aliança ao que dizem ser um califado", continua. 

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Ayman al-Zawahri já havia classificado a facção Estado Islâmico e seu chefe como ilegítimos. O Estado Islâmico, que controla vastas áreas do Iraque e da Síria, prometeu estabelecer um califado no Oriente Médio.

O grupo assumiu o controle de amplas faixas de território da Síria e do Iraque no ano passado. A reputação do grupo por assassinatos, torturas, conversões forças e até mesmo escravidão provocaram uma fuga em massa de iraquianos e sírios para os países vizinhos, como Líbano, Jordânia e Turquia, antes de viagens arriscadas para a Europa.

COMENTÁRIOS DO BLOG:


E POR QUE TANTA PREOCUPAÇÃO COM A PALESTINA?

Agora sim é cobra comendo cobra, terrorista explodindo terrorista é o demo contra o satã. A briga vai ser boa! e no final, quem sabe, a região terá paz.



O Abu Azrael, os Peshmerga e agora Al-Qaeda o Estado Islâmico só acumula inimigos é impressionante uns 40 mil homens do Estado Islâmico fazer tanto estrago.


Os Peshmerga (Curdistão)

Maior etnia sem Estado do mundo (26,3 milhões de pessoas), os curdos habitam uma vasta região do Oriente Médio que extrapola as fronteiras da Turquia, abrangendo partes do Iraque, do Irão, da Síria e da Armênia. São maioritariamente muçulmanos sunitas, organizam-se em clãs e, em algumas regiões, falam a língua curda. A partir de meados do século XX, ocorrem rebeliões curdas na Turquia e no Iraque. O projeto de um Estado curdo tem opositores dos governos da região, que reprimem com violência os separatistas.

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"Rambo do Iraque" vira herói na luta contra Estado Islâmico


Abu Azrael afirma que combateu o Estado Islâmico em meia dúzia de campos de batalha

O miliciano xiita Abu Azrael, cujo nome significa "Pai do Anjo da Morte", se converteu para milhares de iraquianos no herói sem medo que simboliza o combate ao grupo Estado Islâmico (EI).


"Juro diante de Deus que não terei nenhuma clemência", afirmou Abu Azrael referindo-se aos jihadistas



A página do Facebook de Abu Azrael - um homem corpulento, de cabeça raspada e espessa barba que perdeu o uso da mão direita em uma explosão - já obteve mais de 280.000 curtidas entre suas centenas de milhares de seguidores.


Abu Azrael (à direita) tem a mão direita inutilizada



Nas redes sociais, particularmente no Twitter, se multiplicam as fotos - sejam com um helicóptero de fundo ou ao lado de um leão - e comentários elogiando o combatente xiita.



Proveniente de Bagdá, Abu Azrael, cujo verdadeiro nome é Ayub Faleh al Rubaie, popularizou o slogan "Ila tahin" (esfarelar), com o qual afirma sua determinação em esmagar o Estado Islâmico.

"Juro diante de Deus que não terei nenhuma clemência", afirmou Abu Azrael referindo-se aos jihadistas.

A AFP conversou com Abu Azrael na base militar de Speicher, perto de Tikrit, uma cidade situada 160 km ao norte de Bagdá, ocupada pelo EI em 2014 e que o exército iraquiano e as milícias tentam reconquistar.

Abu Azrael tem em sua mão esquerda um punhal e no ombro carrega um fuzil M4. Os bolsos do colete militar, onde figura um escudo com seu nome, estão repletos de munições e granadas.

Abu Azrael personifica a resposta forte e determinada que centenas de milhares de iraquianos exigem frente aos milicianos do Estado Islâmico.



Simboliza a vontade de combate necessária para apagar a vergonhosa fuga do exército diante da ofensiva jihadista de 2014.
Abu Azrael na base militar Speicher, perto da cidade iraquiana de Tikrit, em 14 de Março, de 2015.

Mas o desejo de vingança combinado com um escasso controle das milícias que combatem ao lado do exército regular pode ser perigoso.As milícias são acusadas regularmente de violar os direitos humanos ao realizar execuções sumárias e sequestros.

Abu Azrael afirma que combateu o Estado Islâmico em meia dúzia de campos de batalha.

Começou sua formação militar com o Exército de Mahdi, a milícia do influente chefe xiita Moqtada al-Sadr, na região de Damasco, onde participou de combates contra os rebeldes sírios que querem derrubar o presidente Bashar al-Assad.

No Iraque, Abu Azrael combateu em Amerli, uma cidade majoritariamente xiita que esteve sitiada pelos jihadistas em 2014 e onde, segundo ele, os milicianos do EI "massacraram nossos filhos com machados".

Abu Azrael personifica a resposta forte e determinada que centenas de milhares de iraquianos exigem frente aos milicianos do Estado Islâmico


Abu Azrael diz que um dos responsáveis por este massacre morreu em combate, mas que buscou os outros dois até encontrá-los para cortar sua cabeça.



Para se justificar, Abu Azrael cita uma frase do Alcorão: "Ataque-os como te atacaram".

As declarações deste guerreiro seduzem muitos iraquianos que exigem vingança pelas atrocidades cometidas pelos jihadistas, entre elas decapitações, estupros, torturas, etc.

Abu Azrael se descreve como um homem simples, de uma família simples, pai de quatro meninas e um menino.

"Quando levo meus filhos à escola estou tranquilo. Mas diante do Estado Islâmico mostro outra face", afirma Abu Azrael, que se nega a apontar diferenças entre sunitas e xiitas.

"Todos formamos parte de um país: Iraque", afirma. Pelo Iraque, Azrael diz estar disposto a sacrificar sua vida.

"Considero-me 100% um mártir, se for a vontade de Deus. Estou disposto a morrer, agora ou mais tarde", conclui antes de partir a uma nova batalha.

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