domingo, 7 de junho de 2015

Proibição do véu aprofunda sectarismo religioso na França

Malek Layouni não estava pensando no islã ou em seu véu quando levou seu filho de nove anos a um parque de diversões perto de Paris. Mas, no fim, era só isso que importava.

Funcionários a pararam a caminho dos brinquedos, citando normas que proíbem cães, pessoas alcoolizadas e símbolos religiosos.Layouni ainda cora quando recorda a humilhação de ser barrada diante de amigos e vizinhos e de não ter resposta a dar a seu filho, que não parava de lhe perguntar: "O que foi que fizemos?" Mais de dez anos depois de a França ter aprovado sua primeira lei contra o uso do véu, proibindo meninas de usá-lo em escolas públicas, o assunto tornou-se uma das questões mais voláteis nas tensas relações do país com sua crescente população muçulmana.
Políticos franceses de direita ou centro continuam a defender novas medidas para negar o acesso de mulheres que usam véus a empregos e instituições educacionais. Frequentemente, eles dizem que o fazem em nome da ordem pública ou da laicidade, termo usado pelos franceses para designar a separação entre religião e Estado.

Porém, críticos das leis dizem que esses esforços incentivam a discriminação contra muçulmanos. O resultado é o aumento da impressão de muitos muçulmanos de que a França, que celebra feriados cristãos nas escolas públicas, pratica o racismo de Estado. Para alguns críticos, a proibição do véu também atende aos interesses de alguns islâmicos que querem aprofundar as divisões entre muçulmanos e não muçulmanos no Ocidente.

A França aprovou duas leis: uma, em 2004, proíbe o uso do véu nas escolas públicas primárias e secundárias; outra, promulgada em 2011, proíbe o uso do véu facial completo, usado por apenas uma fração minúscula da população.

Muçulmanas devotas na França dizem que a discussão constante sobre novas leis as converteu em alvo de insultos, cuspes e empurrões nas ruas.

Não é de hoje que a França, onde os muçulmanos compõem 8% da população, demonstra mal-estar diante de muçulmanas que cobrem a cabeça -comportamento que segue os ensinamentos do Alcorão sobre modéstia.

Nos últimos anos, porém, os líderes franceses vêm sendo motivados por vários fatores, incluindo a ascensão da extrema direita e o fato de que extremistas muçulmanos nascidos e criados na França lançaram dois dos piores ataques sofridos no país, incluindo o ataque ao jornal satírico "Charlie Hebdo".

Muitos líderes franceses dizem que a proibição do véu facial completo é necessária por razões de segurança, observando que a Bélgica aplica medida semelhante.  Eles afirmam que a proibição do véu nas escolas se deve à defesa da laicidade (e que solidéus, crucifixos grandes e outros símbolos religiosos são igualmente proibidos).

O conceito de laicidade foi desenvolvido durante a Revolução Francesa com o objetivo de limitar a influência da Igreja Católica.

Recentemente, porém, especialistas dizem que ele se converteu na bandeira da direita, que o redefiniu como arma para defender as tradições francesas contra algo que muitos veem como a influência assustadora de uma população muçulmana crescente.

A lei francesa que proíbe os véus que cobrem todo o rosto vem sendo problemática. Nos três anos desde que entrou em vigor, foram emitidas apenas cerca de mil multas, cujo valor pode chegar a €150. Parece que várias mulheres se divertem incitando a polícia. Uma já recebeu mais de 80 multas. Poucas pagam. 

Um rico empresário argelino criou um fundo para pagar qualquer multa emitida.
Muitos muçulmanos franceses ironizam a lei, dizendo que turistas ricas do Oriente Médio que usam véu facial completo podem passear na avenida Champs-Elysées ou tirar férias na Côte d'Azur sem serem multadas. Dizem também que a discussão constante sobre as leis do véu deixam muitas pessoas confusas em relação ao que é ou não ilegal.

Defendendo a proibição de mulheres com véus, Richard Trinquier, prefeito de Wissous, disse a um tribunal que estava defendendo o compromisso da França com o secularismo. De acordo com relatos de jornais, o prefeito disse que a presença de símbolos religiosos em público está se tornando "um obstáculo à convivência".

O juiz que julgou o caso em Wissous discordou, e o parque acabou sendo liberado para Malek Layouni. No entanto, o acontecimento a deixou traumatizada e dividiu a pequena cidade.

Depois do julgamento, o movimento na casa de chá de Layouni e seu marido diminuiu. Neste ano, eles fecharam o estabelecimento e se mudaram para outra cidade.

Colaboraram AYA KORDY e LAURE FOURQUET, de Paris

Islã Um panfleto real... divulgado nos bairros com grande concentração de imigrantes muçulmanos na Europa


 
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook

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