domingo, 21 de junho de 2015

Cresce número de judeus franceses que estão indo morar em Israel. Governo de Paris manda investigar atitude antissemita do Museu do Louvre e outras instituições que bloquearam visita de estudantes israelenses


Edição do dia 16/01/2015
16/01/2015 21h22 - Atualizado em 18/01/2015 16h03

Ataque à mercearia, dois dias depois do atentado ao jornal Charlie Hebdo, deixou os judeus franceses em pânico, mais uma vez



Um número crescente de judeus franceses está deixando a França e se mudando para Israel. Muitos deles alegam a falta de segurança como motivo para a decisão.
O ataque à mercearia, dois dias depois do atentado ao jornal Charlie Hebdo, deixou os judeus franceses em pânico, mais uma vez. O vinicultor David Suissa chorou.

"Chorei, chorei, chorei por dois dias sem parar", ele disse, interrompendo a entrevista para chorar de novo.
Ao ver judeus atacados apenas por serem judeus, David se lembrou que no ano passado quatro pessoas tinham sido assassinadas em um museu judaico em Bruxelas. E que, dois anos atrás, três crianças e uma professora foram mortas por um extremista islâmico em uma escola judaica em Toulouse, no sul da França.

"E agora de novo", ele diz. "Alguém entra no mercado e mata pessoas que não fizeram nada”.

Cinco meses antes do ataque, no entanto, David resolveu dizer adeus a Paris. A família ainda se adapta ao novo país mas o ambiente não é exatamente estranho. Ashdod, a cidade onde eles moram, recebeu uma boa parte dos 7.000 judeus franceses se mudaram pra Israel no ano passado. Mais que o dobro dos 3.400 que vieram em 2013, ou dos 1.900 do ano anterior.


A ideia de facilitar a mudança, concedendo cidadania rapidamente, faz parte de um programa governamental que oferece incentivos aos judeus que resolvem se mudar para lá. E tem como um dos objetivos aumentar a população judaica no país. Com a economia enfrentando problemas na Europa e as hostilidades contra eles aumentando, os judeus franceses se tornaram recordistas e andam recebendo convite até do primeiro-ministro.

Durante o enterro dos quatro judeus assassinados em Paris, Benjamin Netanyahu falou aos franceses. "Israel também é a casa de vocês", disse.

De fato, eles se sentem em casa. Davi não precisa mais tirar o quipá com medo de sair na rua. E a única preocupação das crianças é com os gatos que aparecem de repente no jardim. Odelia tem medo, mas Nôa faz desenhos do gato. Mas será que não é perigoso morar em um país que vive em guerra, ainda mais numa cidade que fica a 30 quilômetros de Gaza?

“Aqui em Israel a gente sabe de onde vem o perigo e nos defendemos. Na França, você pode sair na rua e ser morto a qualquer momento”, afirma disse David.
Para uma família judia, a vida agora parece mais livre, ainda que David continue chorando pelos judeus da França.

"Eu chorei porque vi meus irmãos morrendo em Paris, chorei ao pensar que meus filhos poderiam morrer lá também. Mas choro agora por ver a França do jeito que está", diz David.

O medo crescente dos judeus franceses e a fuga ao antissemitismo

Governo de Paris manda investigar atitude antissemita do Museu do Louvre e outras instituições que bloquearam visita de estudantes israelenses





O governador da região da Ile-de-France, que inclui a capital francesa e seus arredores, pediu à promotoria pública que abra uma investigação sobre discriminação contra um grupo de estudantes da Universidade de Tel Aviv, relatado pelo diário francês “Libération”. O grupo deveria visitar Paris no fim do mês, mas seus pedidos de visita a uma série de instituições culturais na cidade, incluindo o Museu do Louvre, foram rejeitados. "Fiquei surpreso ao descobrir que um lugar que recebe nove milhões de visitantes anuais não tenha espaço para nós", afirmou o professor da Universidade de Tel Aviv, Safy Handler: 


"Mesmo que tenhamos feito o pedido para um dia de meio de semana". Após ter o pedido negado, Hendler tentou conseguir uma visita na mesma data, usando o nome de instituições italianas e de Abu Dhabi, e recebeu a resposta de que as datas estavam disponíveis. "Está claro para mim que quando você diz não aos israelenses, trata-se de um ato racista e discriminatório, no qual ninguém se importa se você é de direita ou esquerda, e o simples fato de sermos israelenses é suficiente para a visão rasa das pessoas", diz Hendler: "É algo que não consigo entender". 


A administração do Louvre afirmou estar “perturbada” com o incidente e iniciou uma investigação interna sobre o boicote nitidamente antissemita, mas alegou que seu sistema de agendamento é quase que inteiramente automático, diferentemente da Sainte-Chapelle, outra instituição que rejeitou os estudantes de Tel Aviv, em claríssimo ato de antissemitismo. que ainda realiza os agendamentos de forma manual.

"Me pergunto qual a ideia por trás disso. Se não virmos a 'Mona Lisa' a ocupação na Cisjordânia acabará? Isso é uma tolice", diz Hendler: "No momento em que você passa a escolher para quem abrirá os museus, no fim das contas estará admitindo apenas cidadãos de democracias ocidentais que pensam exatamente como você". Os franceses sempre tiveram, ao longo da história, uma nítida e acentuada atitude antissemita. Vide-se o que fizeram com o coronel judeu Dreyfuss, cuja injustiça foi intensamente combatida pelo escrito Emile Zola, em um livro chamado "J'accuse". Durante a 2ª Guerra Mundial, parte muito significativa do povo francês contribui para a perseguição aos judeus. Milhares de judeus franceses foram levados ao extermínio para os campos de concentração nazistas.

Quem quiser saber um pouco mais sobre isso deve ler o magnífico livro do escritor Jorge Semprun, "A longa viagem". E também deve ver o magnifico filme "Lacombe Lucien", do cineasta Louis Malle. Agora, sob a capa da falsa solidariedade com os árabes palestinos, a França aproveita para reviver seus antissemitismo ordinário, reavivando a formação de listas de perseguidos, pespegando a estrela amarela no peito de judeus que não podem entrar em seus museus. Isso é a mais vil e infame perseguição com motivação racista. A França revela seu caráter verdadeiro.



Publicado em 23 de jan de 2015 

A comunidade judaica de França ainda está de luto pelo ataque a supermercado ‘kosher’ de Paris, a 9 de janeiro, em que quatro pessoas foram mortas por um terrorista radical islâmico. Foi o mais recente ataque de que foram alvo os judeus franceses, num rol que tem vindo a engrossar já no decurso deste milênio. A ideia de que o antissemitismo está a crescer na Europa e em particular em França está a agravar também o medo entre a comunidade hebraica francesa e fazer muitos procurar refúgio em Israel, adotando a chamada Aliá, a “elevação espiritual” representada pela imigração judaica nos territórios de Israel.

Nous sommes tous Charlie. Nous sommes tous policiers. Nous sommes tous juifs.


Na edição desta semana do magazine Repórter, fomos até Paris tentar perceber o estado de espírito da comunidade judaica na capital francesa. Na rua do supermercado assaltado há duas semanas, visitamos uma outra loja judaica, situada a poucos metros. Uma cliente disse-nos estar “em curso um movimento” que a leva a pensar que “o antissemitismo está a crescer”. “Desde o sucedido a Ilan Halimi que fiquei traumatizada”, garantiu-nos, recordando o caso do jovem judeu francês de origem marroquina, sequestrado há exatamente oito anos por um grupo apelidado “Gangue dos Bárbaros”, que o torturou durante três semanas até o matar.

Este caso de 2006 assim como outros que tem vindo a ocorrer com preocupante regularidade contra judeus noutras cidades como Lyon, Toulouse, Sarcelles ou Marselha agravam os receios da comunidade e levam cada vez mais pessoas a procurar a delegação de Paris da Agência Judaica para Israel em busca de informações sobre a burocracia a ultrapassar para poderem emigrar rumo a Israel. “Existe um ódio aos judeus que está a tornar-se público. A expressão desse ódio agravou-se e está a criar desconforto e mal-estar”, garantiu-nos Daniel Benhaim, o diretor da agência judaica parisiense.

Conhecemos, entretanto, Olivia, uma mãe e judia francesaresidente em Provence, que já ponderou com a família deixar a França, mas recuou. “Seria fácil se bastasse dizer: ‘Ok, está decidido, vamos todos fazer a Aliá e partir para Israel’. Quando voltasse à rotina diária iria perceber, porém, que não é assim tão simples. Não é assim que se resolve o problema e, acima de tudo, eu sou francesa”, sublinha Olivia.

Benjamin Netanyahu visitou recentemente Paris para se deslocar ao bairro Porte de Vincennes. O primeiro-ministro israelita visitou a rua onde se situa o supermercado atacado a 9 de janeiro por Amedy Coulibaly, confesso agente solitário fiel ao grupo extremista Estado Islâmico (ISIL, na popular sigla inglesa). Netanyahu aproveitou para reiterar o convite à comunidade judaica para aderirem à Aliá.



17 victimes. 17 noms. 17 visages.


O presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas em França (CRIF, na sigla original) percebe porque “muitos judeus queiram partir”. “Não é agradável viver-se sob constante ameaça e com seguranças armados de metralhadoras para nos proteger”, explica-nos Roger Cukierman.

Na União Judaica Francesa pela Paz (UJFP, na sigla original), encontramos críticas aos políticos israelitas. Em especial, contra os de extrema-direita. “Se há um país onde os judeus não estão em segurança é em Israel e assim será enquanto for negada a existência e continuarem a ser martirizados os palestinianos. Ninguém pode dizer que estamos à beira de uma nova Noite dos Cristais”, garantiu-nos Pierre Stambul.


Pierre Stambul « Contre l’antisémitisme, l’égalité »


O responsável da UJFP refuta qualquer perigo de reedição dos atos de violência perpetrados em novembro de 1938 em vários locais da Alemanha e da Áustria, já sob domínio nazi, que ficaram conhecidos como Noite dos Cristais e nos quais foram mortos mais de 90 judeus. Mais de 25 mil foram levados para campos de concentração, enquanto 7500 lojas e mais de 260 sinagogas foram destruídas.

Elie Buzyn é um sobrevivente do “campo da morte” de Auschwitz, no sul da Polônia, onde ainda costuma voltar como guia de grupos a quem explica na primeira pessoa os horrores ali vividos. Radicado em França, este judeu diz que a “grande maioria da população francesa não é antissemita”. Buzy alega que o “atual antissemitismo tem origem em pequenos grupos muito bem organizados e estruturados” e avisa: “Se não encontrarmos uma solução para os pararmos, estes grupos vão crescer e propagar-se.”

Lecture de la Torah dans la Synagogue d'Auschwitz avec Elie Buzyn et Moché Lewin

A filha de Elie Buzyn, que pediu para não ser identificada, esteve na recente Marcha pela Solidariedade, de Paris, organizada após os atentados de 7 e 9 de janeiro, respetivamente, contra um jornal satírico e o supermercado judaico. Ela ficou emocionada pela adesão e pela mensagem de união passada pelos franceses. De todas as origens e credos. “Para mim, não só estes atentados falharam no ataque à liberdade de expressão como provocaram esta enorme revolta internacional pela morte dos cartoonistas e jornalistas do Charlie Hebdo”, sublinhou a filha de Elie Buzyn.

O antissemitismo existe. Se está a crescer é difícil de dizer. A efervescência social e religiosa é real e tem estado espelhada nas notícias a quase toda as horas. Boa parte da comunidade judaica em França continua a tentar perceber como podem continuar a ser em simultâneo franceses e judeus. Só no ano passado, sete mil emigraram: um recorde que dobrou os números de emigrantes judeus em França de 2013.



7000 olim de en #2014. Chiffre historique, pour la 1ère fois la France est le 1er pays d'immigration vers .


Também a França está ainda a tentar perceber como foi possível que as diferenças inerentes à “igualdade” da divisa nacional tivessem permitido tamanho horror como o que foi vivido há cerca de duas semanas e que deixou feridas abertas na sociedade gaulesa, mas também um pouco por todo o Mundo.

Não deixe de assistir ao vídeo desta reportagem conduzida por Valérie Zabriskie.

Com a contribuição de Francisco Marques
 

A Dinamarca passou um dos piores fins de semana da sua história com o duplo atentado a um centro cultural e a uma sinagoga. Os ataques tiveram as mesma características dos atentados contra o semanário satírico francês Charlie Hebdo e contra o supermercado judeu em Paris, no mês de janeiro. Mas a réplica, no entanto, teve origem na Dinamarca.

No dia 30 de setembro de 2005, um dos jornais com mais tiragem no país, o Jyllands-Posten, publicou uma dúzia de caricaturas de Maomé, acompanhadas de um texto a favor da liberdade de expressão e contra a autocensura, a pedido do editor de Cultura. O autor, Kurt Westergaard, de 79 anos, reconheceu, uns anos mais tarde, que nunca imaginou as consequências que os desenhos iriam causar: “Sou um simples cartonista e no dia em que fiz o cartoon, o meu trabalho foi igual ao de todos os dias. Este cartoon foi um, entre os milhares que fiz, ao longo de 30 anos.” 

Westergaard, ameaçado de morte, tem proteção policial permanente. Em janeiro de 2010, sofreu um atentado numa casa, a cinco horas de carro de Copenhaga, no norte. No início de 2006, os protestos atravessaram as fronteiras dinamarquesas, principalmente no mundo árabe. Houve manifestações no Líbano, na líbia, no Paquistão e na Nigéria, todas violentas e com vítimas. A Arábia Saudita fez uma condenação pública das caricaturas. Em fevereiro de 2006, os jornais europeus publicaram as 12 caricaturas, em solidariedade com os colegas dinamarqueses. Em França, o Charlie Hebdo, mas também na Noruega, na Alemanha e em Espanha. Todos defenderam a liberdade de expressão. No dia 7 de janeiro de 2015, o atentado ao Charlie Habdo fez 12 mortos. Hoje, a Dinamarca e a França estão mais unidas do que nunca na defesa dos valores europeus de liberdade de expressão, mas a ameaça persiste.

ANTISSEMITISMO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. VAI FICAR POR ISSO MESMO? Por Reinaldo Azevedo



QUE NUNCA MAIS SE REPITA!!!




Publicado em 11 de jun de 2015

Nesta quarta pela manhã, na Comissão de Cidadania de Direitos Humanos (CCDH), e pela tarde, no plenário, falei sobre o absurdo caso de antissemitismo ocorrido na Universidade Federal de Santa Maria. 

A CCDH oficiou o Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa para que esclareça por que pediu que fossem identificados alunos ou professores israelenses. Aguardaremos a resposta para, então, votar meus requerimentos de repúdio ao ato discriminatório e de voto de apoio aos israelenses e à comunidade judaica.

  

Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook

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