segunda-feira, 30 de março de 2015

Os Correios renderam-se à força do imperialismo ianque


Os Correios: de repente, uma eficiência espetacular
27/03/2015 às 18:22 \ Tema Livre

Sem qualquer interesse pessoal, mas objetivando criticar um serviço público que, no Brasil, já foi impecável — os Correios –, publiquei recentemente uma nota irônica dizendo que a estatal provavelmente havia se tornado bolivariana, porque não entregava de forma alguma qualquer encomenda que fosse proveniente dos Estados Unidos.
Na ocasião, o post dizia: “Se compro um livro, digamos, num site da França ou da Espanha, ele chega direitinho. Já se for dos Estados Unidos, neca. CD e DVD, nem pensar. Provavelmente os Correios estão atentos às más influências causadas pela ideologia neoliberal do Imperialismo Ianque sobre os incautos brasileiros”.
Espetei os correios dizendo que, naquele momento, me deviam “uma série de encomendas que revelam toda as malévolas intenções dos neoliberais de me promover lavagem cerebral.”
E informei que, “desde 9 de setembro de 2014, quando foram embarcados nos Estados Unidos, aguardo três livros ameaçadores ao bolivarianismo governamental: Unto the Sons, em que Gay Talese conta a saga de sua família, que emigrou da Itália para os Estados Unidos; A Good Life — Newspapering and Other Adventures, memórias de Ben Bradlle, o mitológico editor do jornal The Washington Post, falecido em outubro passado aos 95 anos; e Loyalties, a Son Memoir, memórias da perseguição do macartismo à família de outra figura emblemática doPost, Carl Bernstein, um dos dois repórteres, junto com Bob Woodward, que explodiram o escândalo de Watergate, pivô da renúncia do presidente Richard Nixon.”
As capas desses três livros estão aqui embaixo:
livros galeria
As memórias pessoais de Bradlee, o livro de Bernstein sobre a perseguição do macartismo a sua família e o de Gay Talese sobre suas origens italianas: apareceram, “por coincidência”, depois da publicação de um post neste blog
Observei, também, que “o fato de os três livros serem autografados pelos autores certamente os torna mais suspeitos ainda aos olhos dos Correios bolivarianos: mostram o quanto o comprador (eu) é um sabujo dos nefandos “irmãos do Norte”, chegando ao ponto mesmo de admirar jornalistas que atuam ou atuaram na imprensa fascistoide e golpista do país” e arrematei dizendo que “é contra esse tipo de coisa que os gloriosos Correios bolivarianos estão sempre atentos”.
A nota continuava por aí afora. Foi publicada dia 18, com o único e exclusivo objetivo de mostrar um exemplo entre muitos da ineficiência dos outrora exemplares Correios. Passado tanto tempo, eu não tinha a mais remota esperança de que os livros aparecessem e nem escreveria um post para resolver um problema pessoal. Em dois casos, a empresa até havia me devolvido o dinheiro.
Pois bem, mal saiu a nota e ontem, dia 26, os livros chegaram, direitinho e misteriosamente, a meu escritório.
Estavam mofando em algum depósito — sabe lá Deus onde, como e por quê –, enquanto o idiota do consumidor que sou eu, e que são tantos, não tinha ideia do que havia se passado. Algumas centenas de dólares pagos ao site de livros nos EUA haviam ficado por isso mesmo, até então.
Os livros vieram impecavelmente embalados, todos despachados no começo de setembro do ano passado e com alguns dados nas etiquetas borrados em tinta preta (não sei o que é). Os autógrafos dos três autores estão nas fotos abaixo:
autografos galeria
Os autógrafos de Ben Bradlee, de Carl Bernstein e de Gay Talese: seis meses mofando em algum depósito (Cliquem na imagem para ampliá-la)
Cabe-me, portanto, agradecer ao anônimo funcionário dos Correios que, seis meses depois, resolveu cumprir seu dever elementar e mandou entregar as encomendas que me pertenciam.
Agora, pergunto: e como ficam os incontáveis cidadãos que levam o cano dos Correios e não podem bradar num blog?





Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook 

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