01/11/2010 às 15:52
Vocês se lembram de Borebi, no interior de São Paulo? É aquela
cidade dos laranjais derrubados pelo MST, entre outros vandalismos. Pois é… O
“movimento” considera Antonio Carlos Vaca, o prefeito, um inimigo. Ontem à
noite, militantes dessa “causa social” foram comemorar a vitória de Dilma
Rousseff numa praça perto de sua casa. Alguns deles tentaram tirar cartazes em
favor de Serra que ele havia colocado em sua propriedade. O MST, como sabemos,
acha que essa conversa de propriedade é papo furado. É o que continua expresso,
diga-se, no Programa Nacional-Socialista dos Direitos Humanos, aquele que foi
gestado na Casa Civil, quando Dilma Rousseff, presidente eleita, era ministra.
O prefeito se zangou e foi agredido por militantes do movimento. Está internado
com traumatismo craniano.
Li vários relatos, de vários jornais. A coisa é noticiada mais ou
menos assim: “O prefeito foi empurrado, caiu
e bateu a cabeça”. Não aparece o agente da voz passiva. Logo será
preciso mudar a língua portuguesa, transformando o verbo “empurrar” em
pronominal, aplicando ainda um reiterativo para deixar tudo bem claro: “O prefeito empurrou-se a si mesmo, caiu e
quebrou a própria cabeça só para culpar o MST”. Aliás, acho que é preciso mudar a
Constituição: “Todo não-petista será culpado quando for agredido na cabeça”
O MST foi um dos temas que praticamente ficaram ausentes da
campanha eleitoral do PSDB. O candidato José Serra criticou, sim, sua atuação
em debates e em entrevistas, censurou as distorções do tal programa de direitos
humanos, mas o tema mereceu uma menção não mais do que lateral nos programas de
TV, o que é, evidentemente, um erro. Mais de 70% dos brasileiros rejeitam os
métodos desses senhores. E não está claro, não o suficiente ao menos, que se
trata de um movimento financiado com dinheiro do governo federal.
Como a agente ilustra esse post? Que tal assim?
Ou assim?
Dou as boas-vindas às afinidades eletivas da
presidente eleita. Como ? “O que ela tem a vem com o movimento?” Até que não
faça um mea-culpa por causa daquele boné, ela se torna co-responsável, moral ao
menos, pelos males que a turma praticar. É o mínimo que se deve exigir de uma
figura pública. O MST racha a cabeça das pessoas porque aposta na impunidade e
obtém a impunidade. Presidentes da República e ministros de estado são
porta-estandartes da Constituição, aquela que ela jurou respeitar ontem.
Por Reinaldo Azevedo
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