terça-feira, 9 de setembro de 2014

MARCELO FREIXO, O INIMIGO DO POVO E UMA INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO ORIENTADO A FRAMES





Dia desses um leitor me perguntou: “Luciano, o que faço para ser tão rápido no gatilho (assim como você) no momento de responder adequadamente aos esquerdistas?”.
Bem, eu poderia recomendar para alguém ler guias de falácias. Ou mesmo a dialética erística. E ainda recomendo. Mas não é o suficiente. É preciso de algo mais para aumentar nossa “rapidez no gatilho” no momento de duelarmos com a esquerda.
Em breve publicarei mais textos sobre um método que estou desenvolvendo: o pensamento orientado a frames. Método a meu ver fundamental para a guerra política.
Antes de começar a utilizar o método, é preciso conhecer os guias de falácias (e o assunto sob discussão) tanto como atuar sob os parâmetros da guerra política. Mas o núcleo da técnica se baseia em mudar a forma de pensar enquanto o oponente discursa, para que sua resposta seja uma efetiva neutralização. Esta mudança da forma de pensar abrange não apenas respostas em debates, como também a elaboração de suas propostas políticas, a qualquer momento.
Me mandaram um vídeo (localizado ao final deste post) onde Marcelo Freixo discursa a respeito do livre mercado, em relação ao qual ele efetivamente se opõe.
Obviamente, mesmo com raciocínios falsos, ele venceu o seu questionador por três motivos: usou o recurso da polarização (básico da guerra política), afirmou que o oponente pensava errado (“partia de premissa errada”) e principalmente posicionou-se como o “amigo do povo”. Observe quando ele conclui com “eu estou do lado do povo, não do mercado”.
Quem pensa da forma tradicional, tende a não perceber o quanto frames estratégicos são embutidos durante o discurso opositor e muitas vezes acaba respondendo “ah, mas o mercado é bom por isso, por aquilo, é mais livre, etc.”. Como consequência, muitos se esquecem de neutralizar e rebater todos os frames, especialmente “amigo do povo” (associado a ele) e “inimigo do povo” (associado ao oponente). Ou seja, pensam que estão no debate, enquanto Freixo com certeza ri sordidamente da ingenuidade do oponente.
A esquerda pensa em frames, mesmo que alguns deles de forma subconsciente. Eles fazem isso por que os discursos nos quais acreditam e/ou propagam foram arquitetados cinicamente desta forma, mesmo com total desapego aos fatos. Por isso eles obtém poder. Já a direita sempre pensou mais em argumentação básica (e nisto são muito mais consistentes), mas ignorou os frames. Exatamente por isso tem perdido poder. Conclusão: o poder não é conseguido principalmente pelos argumentos, mas pela vitória em uma guerra de frames.
O pensamento orientado a frames (que estou desenvolvendo como método) não observa apenas os argumentos do outro lado, os quais já são conhecidos de cor e salteado, mas principalmente os frames lançados. Se sua resposta neutralizar e rebater adequadamente os frames (até usando outros frames adicionais) do oponente, você obteve sucesso. Se não, fracassou. Simples assim. (É evidente que mudarmos a forma de reagir aos eventos do mundo não é tão simples assim, e será preciso treino. É quase como instalar um software de grande porte em nossas mentes. E existem impactos a serem tratados. Mas isso ficará para breve, em textos futuros.)
Enfim, eis a resposta que Freixo merecia, sob essa ótica: “Historicamente, os países com mais livre mercado melhoraram o nível de vida de suas populações. Em contrapartida, os países de economia mais controlada pelo estado destroem o nível de vida de seu povo. A premissa errada é achar que existe uma escolha entre livre mercado e o bem estar do povo. Mas é o pensamento de esquerda que tem criado mais carestia, racionamento, desemprego e, quando obtém sucesso, até genocídios. Tudo em prol de uma elite que mama nas tetas do estado. Quem mais se preocupa com o povo está do lado do livre mercado”.
Este é o tipo de resposta a ser dada, pois neutraliza todos os frames, mantém a polarização (ótimo recurso, que não deve ser abandonado) a seu favor e lança o rótulo “inimigo do povo” ao seu oponente. (Alias, também existe o rótulo de “usuário de premissa errada”, que impõe inferioridade intelectual a alguém, o que também foi neutralizado e rebatido em minha sugestão de resposta)
Como diria Oren Klaff, o controle de frame é simplesmente o conhecimento mais importante que podemos obter em nossas vidas. O pensamento orientado a frames, método que estou desenvolvendo, cria um método especialmente útil para tratarmos todos os nossos debates políticos. Em breve, terei novidades.
Veja o vídeo abaixo, com o discurso original de Freixo:

  
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)


Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook 


Freixo explica por que é contra o neoliberalismo e a redução do Estado 

Publicado em 06/09/2014

Durante debate na UFF do Polo Universitário de Campos dos Goytacazes, Marcelo Freixo é questionado por que defende o fortalecimento do Estado e não sua diminuição, já que o Estado brasileiro gera tantos problemas, como corrupção e ineficiência.

COMENTÁRIO DO BLOG:

O que apendemos com as manifestações de junho?
R: Marginais tem que serem presos no mínimo - em um Estado mínimo. Os marginais vândalos estavam ligados ao partido dele.
E, o PSTU e outros querem o Estado para si.
EUA: 2 ESTADOS INICIAM MILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS (aqui)

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