quarta-feira, 6 de agosto de 2014

DELEGADO ORLANDO ZACCONE É CHAMADO A DAR EXPLICAÇÕES SOBRE SUA LIGAÇÃO COM EXTREMISTAS

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,adolescente-e-estuprada-por-10-homens-em-bauru,1537852
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19/02/2014 às 16:48
Na VEJA.com. Volto no próximo post:
O delegado Orlando Zaccone foi chamado a dar explicações sobre sua participação em protestos e sua ligação com pessoas suspeitas de cometer crimes em manifestações. Nesta quarta-feira, Zaccone, que assumiu ter colaborado com 200 reais para um evento organizado por manifestantes em frente à Câmara Municipal, em dezembro, será ouvido sobre a doação e sobre sua presença em outro evento, promovido por um humorista, em que o roubo à loja da Toulon, no Leblon, foi escolhido “o melhor ato de vandalismo de 2013”.
A Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol) informou, por e-mail, que “está investigando a conduta do delegado Orlando Zaccone ao participar de eventos promovidos por manifestantes”. “O objetivo é avaliar se houve transgressão disciplinar”, diz a mensagem.
Reportagem do site de VEJA mostrou que Zaccone figura em uma lista de doadores do evento, na qual também aparecem os vereadores Renato Cinco e Jefferson Moura, do PSOL, e o juiz João Damasceno. Com exceção do magistrado, os outros três confirmaram ter colaborado com o evento “Ceia dos Excluídos”, que não teve violência. Zaccone informou ter sido convidado a participar e a doar dinheiro pela estudante de cinema Elisa Quadros, a Sininho.
A ceia ocorreu em 23 de dezembro. O site de VEJA também mostrou que, diferentemente do que informou Zaccone, os dois haviam se conhecido no mês anterior, em um evento promovido pelo humorista-ativista Rafucko, em 20 de novembro. Em uma espécie de premiação, foram escolhidos os “melhores e piores” dos protestos de 2013. Zaccone aparece em uma foto ao lado de Sininho naquela noite. Um dos premiados da noite, na categoria “Maior Ato de Vandalismo” do ano, foi a quebra dos manequins da Toulon – na noite de 17 de julho, no bairro do Leblon.

Ao site de VEJA, Zaccone disse se sentir como na inquisição. Nesta quarta-feira, ao jornal O DIA, o delegado voltou a se defender: “Não participei de nada ilegal, não fiz apologia de nenhum crime. Tenho o direito de exercer meus direitos civis”, disse. Zaccone também afirmou que “vai ser bom prestar essas declarações” sobre seu depoimento à Coinpol.
O processo na corregedoria pode ter como resultado desde o simples arquivamento, sem consequências para o delegado, até a exoneração. O delegado que vai ouvir Zaccone é Felipe Bittencourt do Valle.
Por Reinaldo Azevedo
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook 




E, em um encontro inusitado, Rafucko, manifestante que alegou ter sido preso injustamente, ficou cara a cara com o comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o coronel Luís de Castro.

Preso na Zona Sul do Rio, Rafucko contou no programa por que chegou a ser detido em uma madrugada durante um protesto. “Fui preso simplesmente porque não corri rápido suficiente, porque não havia motivo algum. Eu tenho tudo isso gravado. O policial de choque pegou uma camisa que eu tinha na mão e colocou pedra dentro da camisa e falou que eu e mais cinco pessoas, que eu não conhecia, éramos um quadrilha”, relembrou o jovem para o coronel.

O comandante da PM apresentou sua defesa, após ser questionado por Rafucko sobre “quem a polícia está querendo proteger de verdade”. “A Lei, a Constituição. Esse é o nosso papel. A gente acredita que a população tem o direito de se manifestar, e a polícia militar vai estar lá para garantir esse direito constitucional. O resultado de uma manifestação não será alcançado por violência”, garantiu o comandante.

A discussão de relação entre os dois rendeu mais. O PM ainda questionou o manifestante sobre a violência durante os protestos: “Será que a gente não pode se manifestar dentro de um processo democrático sem violência?”.





Publicado em 09/06/2014
Trechos da entrevista do ORNITORRINCO com o videomaker, diretor, escritor, e performer Rafucko.

Sobre casamento gay, manifestações e as acusações do colunista da Veja Reinaldo Azevedo contra Rafucko.

Leia a entrevista completa em:

ORNITORRINCO Entrevista: Rafucko 



19/02/2014
 às 4:53

Zaccone, o delegado Pinóquio, tem chilique e confessa que mentiu à reportagem uma segunda vez. Já que foi desmascarado, que vista a máscara dos black blocs de vez!

O delegado Zaccone e Sininho, a ativista: na festa, o produto de um saque
O delegado Zaccone e Sininho, a ativista: na festa, o produto de um saque
Lembram-se do delegado Orlando Zaccone, o tal que é titular do 31º DP do Rio? Pois é… Flagrado na mentira, resolveu rodar a baiana, saltar das tamancas e vituperar contra a VEJA.com. Até aí… Ele fez circular em alguns blogs sujos o que seria uma resposta às reportagens da revista. Ela segue abaixo, em vermelho, com comentários meus, em azul. Como vocês verão, Zaccone admite a sua ligação com aqueles que chama ativistas e confessa que mentiu uma segunda vez.
EU CONHEÇO A SININHO!
Sim, claro que conhece! É o que evidenciam as reportagens de VEJA.com.
Sim. Eu conheço Elisa Quadros, a Sininho. Confirmei isso desde o primeiro contato feito pela Revista Veja sobre a minha doação para o evento “Mais amor menos capital”. Então quem é o Pinóquio nesta história?
O Pinóquio é o delegado Zaccone mesmo, é claro! Quando  VEJA.com o procurou, ele disse ter doado dinheiro para o evento e que Elisa Quadros, a Sininho, era uma completa desconhecida até então. Mais tarde, outra reportagem demonstrou que ele havia aparecido no tal evento que premiava o vandalismo bem antes da doação. Então foi Zaccone que mentiu para a reportagem. O Pinóquio é Zaccone.
1) O fato de ter sido comprovado em menos de 24 horas que a reportagem da Veja, ao tentar me vincular a um suposto financiamento da violência dos protestos, foi construída na má fé, uma vez que na planilha editada pela revista foram omitidos os gastos do evento, que incluía a compra de rabanadas, pão, papel, bem com o aluguel de cadeiras e pagamento de transporte, demonstra por si só quem está desde o início com dolo (a palavra agora está na moda) de mentir.
Mentira de novo! A reportagem deixava claríssimo que o tal evento não resultou em pancadaria, embora promovido, sim, pela turma dos black blocs. Transcrevo em itálico trecho, em que o delegado fala fartamente:
O delegado Zaccone confirmou ao site de VEJA ter doado 200 reais. Ele disse ter recebido um telefonema de Sininho, até então uma desconhecida para ele, propondo que participasse de um debate no evento “Ceia dos Excluídos”, em 23 de dezembro do ano passado. Como delegado de polícia, ele deveria apresentar sua visão sobre direito de manifestação, Copa do Mundo e cerceamento de liberdade. Segundo ele, advogados e representantes de movimentos sociais integravam o grupo. “Achei interessante falar na Cinelândia. Já dei palestras em universidades e me interesso pelo tema”, disse. “Fiz a doação para um evento cultural e vi para o que estava doando. Quando a Sininho ligou, explicou que estava buscando aproximação com instituições e pessoas que não visse o movimento com olhar criminalizante. A doação foi para o ‘Ocupa Câmara’, não foi para o Black Bloc. Não tenho nada a omitir em relação a isso. A Constituição garante o direito de se fazer tudo que não é proibido em lei. E, no Brasil não é proibido fazer doação para evento com distribuição de alimento”, afirmou. “Sou policial. Como vou financiar ou contribuir com pessoas que entram em conflito com policiais?”, disse.
2) A nova tentativa de me vincular às violências ocorridas nas manifestações tem agora toques inquisitórios. O delegado de polícia que conhece a “fadinha do mal”! Nunca neguei conhecer a Sininho, pelo simples fato de não existir nenhum impedimento jurídico, moral ou ético para isso. Conheci Elisa Quadros, assim como outros ativistas do movimento Ocupa Câmara, muitos que assim como ela foram presos e tiveram as respectivas prisões revogadas pela Justiça.
Enrolação! Quando a reportagem o procurou para falar sobre a doação, ele afirmou que jamais tinha entrado em contato com Sininho. Como ele foi desmoralizado pelos fatos, fica agora tendo faniquitos.
3) Elisa Quadros, pelo que eu e a Revista Veja sabemos, não é foragida da Justiça e nem tem nenhum mandado de prisão pendente. Ah, sim! Esqueci! Ela é apontada como sendo líder dos Black Blocs. Por quem? Pela própria Revista Veja.
Uma ova! A vinculação da moça com os black blocs é determinada pelos fatos, meu senhor!, não pela revista VEJA.
4) Outro aspecto da pretensa ofensa a mim dirigida pela Veja é ter estado na cerimônia de premiação organizada pela jornalista e humorista Rafucko que retrata de forma divertida o cenário das manifestações. A confusão entre a abordagem humorística e a realidade feita pela Veja muito se assemelha a perseguição e as ameaças sofridas pelo ator Fábio Porchat em razão do vídeo do Grupo Porta dos Fundos intitulado “Dura”. A Veja e alguns policias militares parecem compartilhar da mesma falta de humor.
Está misturando alhos com bugalhos. Uma peça de humor na Internet, por mais sem graça ou desastrada que seja, é uma obra de ficção. O delegado Zaccone participou de uma celebração em que estavam expostos manequins de uma loja que tinha sido saqueada. Se os criminosos não estavam presentes — muito provavelmente, sim! —, tinham ao menos levado para lá o produto do seu crime. Até onde sabe, a turma do “Porta dos Fundos” não apela a roubo para a sua cenografia. A comparação é estúpida. E o delegado está reprovado como humorista.
5) O que está em jogo não é o fato de eu ter conhecido a Sininho dois meses antes do evento para o qual fui por ela convidado e tão menos eu ter participado da premiação teatral realizada pelo meu amigo Rafucko. O que a Veja não tolera é um policial que despreza o Estado Policial! O que a Veja não tolera é um delegado de polícia que ao invés de aparecer em fotografias com empresários e políticos se dispõe a encontrar ativistas e pessoas que podem lhe oferecer muito mais do que todas as articulações empresariais, políticas e financeiras de uma revista comercial, através da sublime experiência da LIBERDADE.
Então mentiu de novo para a reportagem. O nariz continua a crescer. Quando indagado sobre a sua participação na festa, o que ele disse? Reproduzo trecho da outra reportagem: “Questionado sobre a foto, Zaccone explicou que foi convidado por Sininho, em outubro, para uma palestra em dezembro. O encontro na noite em que o vandalismo foi premiado foi ao acaso. De acordo com o delegado, ele apenas passou pelo evento na Cinelândia, onde encontrou algumas pessoas, e de lá seguiu para um show de Caetano Veloso e Marisa Monte no Circo Voador, na Lapa.”
No vomitório que lançou na Internet, nota-se que não foi lá por acaso, como disse. O tal “Rafucko” já virou “um amigo”. Se a data em que conheceu Sininho não importa, mentiu por quê? Se a sua participação na tal festa — decorada com objetos que eram frutos de um crime — também não tinha importância, por que mentiu uma segunda vez?
6) Por fim, quero consignar o imenso orgulho que sinto em poder ser fotografado e de participar de eventos ao lado de pessoas que pensam o país para além do capital financeiro. Sendo assim, por esta publicação de hoje não pretendo nenhum ressarcimento por danos morais. Estou com a moral elevada!
A Justiça — mesmo esta que o delegado deve achar “burguesa”… — existe, entre outras razões, para que aqueles que se sintam agravados busquem o devido desagravo. Se ele encontrar razões para pedir ressarcimento, que o faça. Seria uma boa oportunidade para que ficasse claro, nesse jogo de competências profissionais, quem cumpre os mandamentos da carreira que escolheu. Até onde se sabe, um delegado de polícia deve zelar pela lei e pela ordem, segundo os códigos escritos. E o papel de um jornalista e da imprensa é revelar ao público questões que são de interesse público.
7) Não esqueçam de pesquisar sobre a Privataria Tucana.
Isso é coisa de chicaneiro. Se o doutor sabe de alguma irregularidade praticada pelos tucanos e não denuncia aos órgãos competentes, sendo ele quem é, sendo ele um delegado, então é, além de tudo, um prevaricador. A propósito: Zaccone sabia ou não que os manequins que decoravam a festa eram roubados? Será que já não prevaricou ali? Afinal, aquele ato mereceu o premio máximo na noite. Ele não viu nada de estranho?
Zaccone não é obrigado a ser policial. Se é, está obrigado a cumprir a lei. Ou, então, que meta logo uma máscara na cara, já que foi desmascarado.
E aí, José Mariano Beltrame?
Por Reinaldo Azevedo


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