segunda-feira, 7 de julho de 2014

ESCOLINHA DA PROFESSORA DILMA - POLÍCIA INVESTIGA TENTATIVA DE EXPLOSÃO DE COLUNA DO MONOTRILHO EM SP

.Dinamites presas com fitas à coluna de sustentação da Linha 15, no dia 29 de junho. (Foto: Reprodução)
Kleber TomazDo G1 São Paulo
06/07/2014 13h21 - Atualizado em 07/07/2014 08h45

Dinamites foram colocadas em obra da Linha 15-Prata na Av. Sapopemba.
Ação ocorreu em 29 de junho e teve participação de quatro pessoas

Quatro pessoas não identificadas tentaram explodir uma das colunas da obra do monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô, na Zona Leste de São Paulo, na madrugada de 29 de junho, segundo investigação da Polícia Civil. Previsto para ser inaugurado em setembro, o primeiro trecho do monotrilho vai ligar as estações Vila Prudente e Oratório. O incidente ocorreu em um trecho mais adiante, na Avenida Sapopemba, altura do nº 10.200.
Duas bananas de dinamite e 2 m de pavio de pólvora foram afixados com fita adesiva a um dos pilares na Av. Sapopemba. O G1 teve acesso a imagem que mostra o material fixado no concreto com fitas adesivas (veja acima).
O delegado Marco Antonio Desgualdo, diretor do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), informou que a Delegacia do Metropolitano (Delpom) suspeita de "grupos desordeiros". Os criminosos que colocaram os artefatos fugiram após ver um vigilante da obra. Os explosivos foram apreendidos pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar.

Olha, eu acho que isso aí não foi nada de atentado. É um explosivo, mas muito antigo. (...) Me pareceu aí pelo que o pessoal disse que seria meio inócuo. Está cheirando mais molecagem"

Marco Antonio Desgualdo, diretor do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade)

Com medo, o vigia da obra que acompanhou a chegada do grupo disse que optou por pedir demissão. “Por causa disso eu até saí fora já, nem estou mais”, disse ao G1, pedindo anonimato.
Atentado descartado
O diretor do Decade explicou que os cartuchos estavam sem detonador e, mesmo que fossem acionados, não teriam potencial para derrubar ou abalar a estrutura da coluna.

Para Desgualdo, o mais provável é que um "grupo de desordeiros" colocou a bomba para chamar a atenção.
O delegado lembrou que o país vive uma onda de protestos em meio a cenários de disputas políticas e críticas aos gastos públicos com a Copa do Mundo - as dinamites foram afixadas a pilastra 10 horas depois de o Brasil ter vencido o Chile pelo mundial de futebol.
“Olha, eu acho que isso aí não foi nada de atentado. É um explosivo, mas muito antigo", disse o delegado. "Me pareceu aí pelo que o pessoal disse que seria meio inócuo. Está cheirando mais a molecagem”.
O diretor afirmou que nenhuma hipótese de autoria está descartada. "O leque [da investigação] está aberto, mas não tem nada assim de grande potencial. Você tem que apurar circunstâncias, motivos e autoria”, disse o delegado.
Até a publicação desta reportagem, os suspeitos do crime não foram identificados ou presos e o motivo da ação também não foi esclarecido. "Local ermo, não tem imagem nenhuma. Mas nós estamos correndo”, disse Desgualdo.
Uma das colunas de sustentação da obra do monotrilho prata, na Avenida Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, foi alvo de pessoas que queriam explodi-lo horas depois de o Brasil vencer o Chile pela Copa do Mundo. (Foto: Kleber Tomaz / G1)Obra do monotrilho prata, na Avenida Sapopemba. (Foto: Kleber Tomaz / G1)

Sem detonador
Policiais ouvidos pelo G1 disseram que, no material apreendido, não havia um detonador. O caso foi registrado como tentativa de explosão no 69º Distrito Policial (DP), Teotônio Vilela. Depois, seguiu para investigação do 70º DP, Vila Ema,  e agora está sob responsabilidade da Delegacia do Metropolitano.


Além de policiais, vigilantes da obra e testemunhas disseram à equipe de reportagem que suspeitam que a tentativa de explosão da coluna do monotrilho não foi realizada por criminosos profissionais. Para eles, quem afixou os cartuchos explosivos não tinha conhecimento do seu poder de detonação.
Sapateiro Joseílton de Moura trabalha em frente à obra do monotrilho; ele aponta para coluna onde desconhecidos colocaram duas bananas de dinamite e fio para acionar pólvora (Foto: Kleber Tomaz / G1)
Sapateiro Joseílton de Moura trabalha em frente à
obra do monotrilho; ele aponta para coluna onde
desconhecidos colocaram duas bananas de
dinamite e fio para acionar pólvora.
(Foto: Kleber Tomaz / G1)
Em busca de câmeras e teorias
O sapateiro Joseilton de Moura, de 44 anos, é vizinho do canteiro de obras. Ele disse que funcionários buscam teorias para a motivação do crime.

"Outros operários me contaram que esse grupo queria explodir a coluna do monotrilho para causar e chamar a atenção para essa gastança do dinheiro público (por causa da Copa)”, disse Moura.


De acordo com Moura, que há mais de um ano tem uma sapataria voltada para a Avenida Sapopemba, um delegado do 70º DP o visitou e perguntou se ele tinha câmera de segurança voltada para a rua. “Isso aconteceu no dia 30, um depois da ameaça de tentativa de explodir a bomba na coluna da obra”, afirmou. "Mas não tenho câmera aqui", relatou.
Ainda segundo o sapateiro, o delegado havia lhe informado que criminosos planejavam roubar e por isso estavam com explosivos. "Ele só não me disse roubar o quê. Para mim foi estranho porque o burburinho que ficou aqui é de que queriam explodir a pilastra. Afinal de contas: o que tinha para se roubar num canteiro de obras?”, afirmou.


G1 apurou que os explosivos apreendidos no monotrilho são os mesmos usados por criminosos para destruir caixas eletrônicos. De acordo com o boletim de ocorrência, policiais militares foram acionados pelo Centro de Operações da PM (Copom) por volta das 3h do dia 29 de junho “para atender ocorrência de ameaça de bomba”.
Chegando ao local, “constataram a existência de duas bananas de dinamite (cartucho) e dois metros de pavio de pólvora”.Em seguida, a equipe do esquadrão de bombas da PM foi até a obra do monotrilho, onde apreendeu os artefatos.


“No local, em entrevista com o vigilante responsável pela obra ali realizada (Monotrilho Prata), soube-se que quatro indivíduos desconhecidos ali se encontravam em atos preparatórios para realizar a detonação das dinamites, não concretizando a ação tendo em vista a chegada do vigilante, evadindo-se todos a pé para rumo ignorado, e que devido ao horário, não fora possível efetuar a descrição dos mesmos”, informa o registro policial feito no 69º DP.
Desde o início da Copa, quarenta pontos da cidade de São Paulo estão sendo vigiados 24 horaspor dia por um efetivo composto por 4.265 policiais militares. São hotéis, centros de treinamento, áreas de festa e vias considerados potenciais alvos de ameaças durante a Copa do Mundo. Entre os pontos estratégicos estão estações e linhas do Metrô.
Monotrilho previsto para setembro
De acordo com a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, o monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô, na Zona Leste de São Paulo, deverá funcionar a partir de setembro deste ano. Provavelmente, a partir do próximo dia 26 deste mês, o novo modal será aberto ao público, mas para visitas monitoradas e nos finais de semana.


A previsão é que a Linha 15 tenha 26,6 quilômetros operacionais e 18 estações, ligando Vila Prudente à Cidade Tiradentes. Ela custará R$ 6, 4 bilhões.
Em junho, um acidente em outra obra do monotrilho deixou um morto. O acidente ocorreu na Avenida Washington Luís, na Zona Sul de São Paulo, em estrutura da futura Linha 17-Ouro do Metrô.

Teste de circulação do monotrilho. (Foto: Cristiano Novais/CPN/Estadão Conteúdo)


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10/06/2014 11h59 - Atualizado em 10/06/2014 17h38

Polícia apura se negligência causou queda de viga do monotrilho em SP

Delegado também vai apurar se ferro que sustentava viga se rompeu.
Acidente matou operário e feriu outros dois na segunda-feira (9).

Kleber TomazDo G1, em São Paulo
 A Polícia Civil de São Paulo investiga três hipóteses para tentar explicar as causas da queda de uma viga da obra do monotrilho, que matou um operário e feriu outros dois na tarde de segunda-feira (9) na Zona Sul da capital. O delegado Marcos Gomes de Moura, titular do 27º Distrito Policial, Campo Belo, informou nesta terça-feira (10) ao G1 que também será apurada eventual responsabilidade pelo acidente com morte e lesões.
O caso foi registrado como homicídio e lesão corporal culposos (sem intenção). A investigação quer saber se houve imperícia, imprudência ou negligência na colocação da estrutura de cerca de 90 toneladas que despencou.
Desde segunda-feira, a Defesa Civil interdita por tempo indeterminado um trecho de 300 metros de distância da obra onde ocorreu o acidente. A liberação só ocorrerá após a retirada da viga que despencou.
Apesar disso, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) vai interditar parte da obra por risco de acidente do trabalho, segundo informou a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP). Em novembro, um ponto da obra também tinha sido interditado por causa da queda de vergalhões.
O Ministério Publico Estadual (MPE) vai instaurar inquérito para para apurar a situação da obra.


A peça do monotrilho que despendou estava sustentada por duas colunas a mais de 20 metros de altura. Três operários estavam sobre ela. A viga caiu por volta das 16h50 sobre a Rua Vieira de Morais, na esquina da Avenida Washington Luiz. Essas vias estavam abertas para o trânsito de veículos no momento do acidente, mas nenhum auto foi atingido. O local também é perto do Aeroporto de Congonhas.

A Avenida Washignton Luís ficou interditada das 16h30 de segunda até 9h30 de terça. A Rua Vieira de Morais continuava interditada às 13h50 desta terça-feira por causa da viga que bloqueia totalmente a via e ainda não tem previsão para ser retirada, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Polícia Civil
“Tenho informação preliminar e não oficial de que parte do ferro que dava sustentação à viga se rompeu, mas isso ainda precisa ser apurado”, disse o delegado Moura, do 27º DP, nesta terça-feira (10) ao G1. “Em tese, como o crime que está sendo apurado é culposo, sem intenção de provoca-lo, cabe a polícia investigar se houve imperícia, imprudência ou negligência na execução da peça que caiu”.


Entre as questões que o delegado quer saber, estão, por exemplo, qual o tipo de material foi empregado na estrutura da viga, se a peça foi colocada corretamente, como foi encaixada e quem realizou esse procedimento. “Mas para isso precisamos ter noção de engenharia. Nesse caso, a investigação vai depender mesmo dos laudos técnicos que serão feitos pela Polícia Técnico-Científica”.



Imagens de uma câmera de segurança gravaram o momento da queda da viga da obra do monotrilho da Linha 17-Ouro do Metrô.

Queda de uma viga em uma obra do monotrilho da Linha 17 Ouro do Metrô, deixa uma pessoa morta e outras duas feridas, na Avenida Washington Luís, zona sul de São Paulo (Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press)Queda da viga deixou uma pessoa morta e outras duas feridas (Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press)

Operário morto
Segundo a investigação, outros operários teriam visto o momento em que um lado da viga se movimenta sobre uma coluna, se deslocando e caindo primeiro. Depois, o outro lado da viga onde estavam operários teria deslizado, atingindo Juraci Cunha dos Santos, de 27 anos. Ele fazia ajustes na viga e ficou prensado entre com a pilastra, morrendo no local. A vítima fatal era do Piauí (PI) e trabalhava havia um ano na empresa. Seu corpo foi levado ao estado onde ele nasceu para ser enterrado, informou o SPTV.

Em nota, o Metrô informou que “lamenta o acidente ocorrido na obra do monotrilho da Linha 17” e acrescentou que vai exigir do consórcio responsável pelo serviço “uma rápida apuração sobre as causas da ocorrência”.


O governador Geraldo Alckmin (PSDB) se solidarizou com os parentes da vítima pelo Twitter. "Lamento a morte do Juraci Cunha do Santos, ocorrida hoje na queda de uma viga nas obras da linha 17. Toda nossa solidariedade à família", escreveu na segunda-feira.



O Consórcio Monotrilho Integração, responsável pela construção da obra, lamentou a morte de Juraci. Por meio de nota, informou que os trabalhadores ajustavam a viga quando a peça caiu. Ainda divulgou que “uma perícia será feita no local paraidentificar as causas do acidente”.



O grupo informou nesta terça-feira que espera a presença dos peritos. Uma viga foi retirada por motivos de segurança no trabalho feito durante a noite. A pilastra que despendou ainda precisa ser retirada.

Imagem mostra momento em que a viga despenca e mata operário em obra do monotrilho em São Paulo (Foto: Reprodução/GloboNews)
Imagem mostra momento em que a viga despenca
e mata operário em obra do monotrilho
(Foto: Reprodução/GloboNews)
Operários feridos
Os dois operários feridos no acidente são Carlos Vieira de Souza e Manoel Cristiano da Silva. Eles também estavam em cima da viga no momento que ela despendou. Um deles ficou pendurado. Carlos teria sido levado ao Hospital Saboya, e Silva para o Hospital da Luz. As unidades médicas ficam na Zona Sul. Segundo os bombeiros, os dois machucados estavam em estado grave.

O consórcio informou que esses funcionários que se feriram no acidente foram socorridos, mas não correm risco de morte. “Nesse momento o consórcio responsável pela obra se solidariza com as famílias e prestará todo o suporte necessário às mesmas", diz a nota.

Defesa Civil
Segundo Jair Paca de Lima, coordenador municipal da Defesa Civil, um trecho de 300 metros da obra onde ocorreu o acidente está interditado desde a tarde de segunda-feira e continuará por tempo indeterminado. “Foi interditado emergencialmente porque a viga continua bloqueando a rua e também precisa se retirada", disse Lima.

Uma locadora de carros ao lado do local do acidente também foi interditada pela Defesa Civil após ter a estrutura abalada.  O impacto da queda da viga provocou rachaduras no subsolo. “Deve ter sido um problema técnico”, disse o coordenador sobre uma das prováveis causas do acidente que serão apuradas pelo Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica.
Operários realizam a retirada de uma viga do monotrilho da Linha 17 Ouro do Metrô, com a ajuda de um guindaste, na zona sul de São Paulo,  na manhã desta terça-feira (10). A viga caiu nesta segunda-feira (9) causando a morte de um operário  (Foto: Luiz Claudio Barbosa/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Operários realizam a retirada de viga do monotrilho
(Foto: Luiz Claudio Barbosa/Futura Press/
Estadão Conteúdo)
Ministério do Trabalho e Emprego
O Ministério do Trabalho e Emprego irá interditar o trecho da obra onde ocorreu o acidente, segundo informou o superintendente Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP), Luiz Antônio Medeiros.

“Dois auditores do MTE vão interditar por tempo indeterminado parte da obra por casua do risco de acidente do Trabalho e porque é a segunda vez que tem acidente na obra do Monotrilho. Na primeira vez caíram vergalhões, mas felizmente ninguém se feriu", disse Medeiros sobre a interdição de trecho da obra feita em novembro, quando havia risco de desabamento de uma viga da mesma linha 17 na altura da Avenida Jornalista Roberto Marinho .
"Era para ter acidente zero e um negócio desse não pode cair", disse Medeiros, que quer fazer a interdição nesta tarde. "A obra só será liberada após laudos e fiscais garantirem as medidas de segurança que serão feitas pelo MTE".


Ministério Público Estadual
O Ministério Público Estadual vai instaurar inquérito para apurar a situação da obra, se ela oferece segurança ou não. "O MPE vai pedir um laudo para atestar isso", disse o promotor de Habitação e Urbanismo, José Carlos de Freitas. "Se o laudo não apontar deficiência, ok, mas se apontar, poderá ser pedida a paralisação da obra".

Ministério Público do Trabalho
Procurada para comentar o assunto, a assessoria do Ministério Público do Trabalho (MPT), órgão responsável por receber denúncias e fiscalizar questões trabalhistas, não respondeu aos pedidos do G1 até a publicação desta matéria.

Monotrilho
O Consórcio Montrilho Integração é formado pelas empresas Andrade Gutierrez, CR Almeida, Scomi Engineering e MPE Montagens e Projetos Especiais. O monotrilho é uma espécie de trem elevado, que transita num único trilho. Durante seu anúncio, foi cogitada a possibilidade de a obra ser entregue durante a Copa do Mundo, mas devido a atrasos não ficou pronta neste ano.

A linha 17 do monotrilho terá 18 km de extensão e ligará os bairros do Morumbi e Jabaquara, passando pelo Aeroporto de Congonhas. O primeiro trecho deverá ter 7,7 km e contará com as estações Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin, Vereador José Diniz, Água Espraiada, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi.


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