Do L. PROFITERI,
“declarar em público”, formada por PRO-, “à frente (dos outros)”, + FATERI,
“reconhecer, confessar (sua escolha religiosa)”. Um derivado é, naturalmente, o
substantivo “profissão”; outro é o verbo “professar”, que tem o significado de
“reconhecer publicamente, ser adepto de uma religião ou sistema”.
Parece meio estranho,
mas inicialmente o significado desta palavra era “aquele que tomou ordens,
religioso”.
Profissão, do latim professĭo,
é a ação e o efeito de professar (exercer um ofício, uma ciência ou uma arte).
A profissão, por conseguinte, é o emprego ou o trabalho que alguém exerce e
pelo qual recebe uma retribuição económica. Exemplos: “Foi o meu pai que me
ensinou a amar esta profissão”, “Para se dedicar a esta profissão, há que se
esforçar muito”, “A profissão de veterinário era um dos motores da sua vida”.
Regra geral, as
profissões requerem competências especializadas e formais, que se costumam
adquirir com uma formação universitária ou profissional. Os ofícios, no
entanto, consistem em atividades informais ou cuja aprendizagem consiste na
prática. Em alguns casos, de qualquer forma, a fronteira entre a profissão e o
ofício é difusa.
Aquele que exerce uma
profissão é um profissional. Esta pessoa tirou um curso e é titular de um
certificado ou diploma que credita as suas competências para desempenar o seu
trabalho.
Um exemplo de profissão
é a medicina, cujos profissionais são os médicos. Estes especialistas
fazem estudos universitários para se especializarem nos cuidados e na
recuperação da saúde humana através do estudo, do diagnóstico e do tratamento
de doenças ou lesões (feridas).
É
imprescindível que o médico seja um profissional que tenha ingressado na
universidade e que tenha um diploma que o comprove, uma vez que a vida do
paciente depende do seu trabalho. Se uma pessoa se fizer passar por médico e
prescrever um tratamento, estará a cometer um delito. Esta prática é conhecida
como exercício ilegal da medicina.
Profissão é um trabalho ou atividade especializada dentro
da sociedade,
geralmente exercida por um profissional. Algumas atividades requerem estudos
extensivos e a masterização de um dado conhecimento,
tais como advocacia, biomedicina ou engenharia,
por exemplo.
Outras dependem de habilidades práticas e requerem apenas formação
básica (ensino fundamental ou médio), como as profissões de faxineiro,
ajudante, jardineiro. No sentido mais amplo da palavra, o conceito de profissão tem
a ver com ocupação, ou seja, que atividade produtiva o indivíduo
desempenha perante a sociedade onde está inserido.
Algumas precisam de uma
licença especial. Por exemplo, um engenheiro só pode ser responsável por uma
obra se tiver o registro no Conselho Regional de Engenharia. Um motorista só
estará apto a desenvolver sua profissão caso esteja habilitado pelo DETRAN na modalidade de
veículo correspondente.
A maioria das profissões reconhecidas no Brasil possuem um corpo consultivo e deliberativo, chamado de Conselho, que habilita o profissional e fiscaliza o exercício de cada profissão. Existem os conselhos federais (exemplos: CFM, CFC, CONFEA, CFP, etc.), que atuam em âmbito nacional, e os conselhos regionais (exemplos: CRM, CRC, CREA, CRP, etc.), que atuam dentro dos Estados ou regiões.
No Brasil, o salário mínimo que se pode receber por uma
profissão é de R$ 678,00, para maiores
de 18 anos. Porém, para menores de 18 e maiores de 14 anos, a lei prevê somente
meio salário mínimo (R$ 340,00), trabalhando apenas meio turno, na qualidade de
aprendiz.
Menores de 14 anos, legalmente podem
exercer a profissão de estudante.
Porém, há quem viole a lei explorando o trabalho
infantil, o que desencadeia numa multa rescisória
ou prisão de
0 a 15 anos.
Em Portugal,
legalmente, só se pode exercer uma profissão a partir dos 16 anos, e o salário
mínimo é de 450€.
Em Grego Clássico, o
verbo hístanai significava “fazer ficar em pé”. Uma palavra não muito
longa mas que teve uma prole numerosíssima, sem a qual não conseguiríamos nos
comunicar.
Statós era “aquele
que fica em pé, que fica ereto”. Em Latim, esse significado se manifestou no
verbo stare, “estar”.
STATUS – muito em voga
atualmente para dar uma sensação da ordem que alguém ocupa na hierarquia
social. Em Inglês tem um uso de cerca de 400 anos.
O interessante é que a
palavra em si é usada apenas no sentido de status bom, positivo:
“Aquilo me deu o maior status“.
ESTADO – é a maneira
como se apresenta a situação em dado momento. É um modo de dizer como tudo está.
Refere-se também a uma
nação soberana ou a uma subdivisão administrativa dela.
ESTATÍSTICA –
inicialmente, era “o conjunto de abastecimentos de um estado”. Mais tarde se
aplicou ao uso de dados e informações para a administração de uma cidade e
depois passou a abranger uma área muito mais ampla, aplicável a qualquer
ciência.
ESTÁTICA – refere-se
àquilo que está parado. Na Física, estuda certas ações sobre corpos que estão
em equilíbrio.
Quando só se ouve
chiado num rádio, dizemos que há estática, querendo dizer que a emissão
está inativa.
ESTATURA – é a medida
da pessoa quando está em pé.
ESTÁTUA – figura em
relevo, seguindo o sentido de “fazer ficar firme”; do Latim statua.
ESTATUTO – vem de statuere,
“manter em pé, estabelecer, firmar”. Um estatuto é um conjunto
estabelecido de normas que se mantém em ação.
ESTABILIDADE – é a
“ação de se manter”. Quem tem estabilidade em determinada área nela se mantém
sem grandes alterações.
ESTATIVA – é a parte de
um equipamento que serve para mantê-lo em pé. Um tripé para máquina
fotográfica, por exemplo, é um tipo de estativa.
ESTÁDIO – deriva do
Grego stadion, uma medida fixa de comprimento que equivalia a cerca de 185
metros.
DESTINO – do Latim de-,
intensificador, mais stanare, derivado de stare. Destinare era
“fixar, afirmar, estabelecer”. Passou a ser usado como “aquilo que é firmemente
estabelecido para uma pessoa”. Às vezes, apelar para o Destino é uma maneira
confortável de levar a vida sem lutar muito.
PRÓSTATA – do Grego prostatés,
“o que se coloca à frente”, do verbo prohístanai, de pro-, “à
frente”, mais hístanai, dada a situação desta glândula no sistema
urogenital masculino.
PROSTITUTA – as moças
desta antiga profissão, em Roma, “ficavam” (stare) “em frente” (pro-) dos
possíveis clientes, fazendo uma exibição do material oferecido. Daí prostituere,
“prostituir-se”.
METÁSTASE – do Grego metá-,
“além, ao lado”. Designa as células que “estão além” do órgão de origem, que se
deslocaram para onde não deviam estar.
SISTEMA – do Grego synístanai, “colocar
junto ao mesmo tempo”, de syn-, “junto”, maishístanai. Systema passou
a designar “reunião de diversas partes diferentes”.
CONSTÂNCIA – do Latim com-,
intensificativo, mais stare, com o sentido de “permanência, firmeza,
segurança”. A pessoa constante é aquela que sempre está daquele
jeito em relação a uma determinada característica.
CIRCUNSTÂNCIA –
“condições que cercam um fato e que são inerentes à sua natureza”. Vem do Latim circum-,
“ao redor”, mais stantia, de stare.
DISTÂNCIA – do latim dis-,
“aparte, separado”, mais stantia: “o que está longe, que está afastado”.
Distal é “o
elemento mais afastado numa série”. Falange distal é o ossinho do
dedo situado mais na extremidade.
OBSTAR – de ob-,
“à frente”, mais stare. Quem “fica à frente” de outra pessoa a está
impedindo de chegar onde quer.
Usando o diminutivo,
temos obstaculum, “obstáculo, aquilo que impede”.
OBSTETRA – o
profissional que “fica à frente” do canal do parto para receber o nascituro,
formado como no verbete acima. Só que aqui é para ajudar, não para atrapalhar.
INTERSTÍCIO – de intersticium,
“o que fica entre duas coisas”.
ESTÁBULO – é o lugar
onde fica, onde está o gado.
RESTITUIÇÃO – de restituere,
formado por re-, “de novo, de volta”, mais -stituere, forma
que assume a palavra status com a conotação de “estabelecer” ao
formar outras palavras.
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na
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