segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

COMO ERA O IRÃ NOS ANOS 60 E 70?


Vista aérea da Praça Valiasr, em 1971

26/11/2013

Antes da Revolução Islâmica, em 1979, a capital do país era uma vanguarda cultural. De acordo com o jornal New York Times, "Até a revolução, o Irã estava entre os países mais cultos e cosmopolitas da região. O país contava com um movimento progressivo nas artes e na literatura, bem como uma sofisticada indústria televisiva e cinematográfica." Kaveh Farrokh, um escritor que vive atualmente no Canadá, lembra dos verões que passava em Teerã assistindo filmes Americanos em cinemas luxuosos e vendo o tempo passar no moderno aeroporto.
No entanto, a vida não era um mar de rosas para todos Iranianos. As desigualdades sociais e econômicas durante o reinado do Xá Mohammad Reza Pahlavi produziram uma incrível carência para alguns e abundância para outros. Estas tensões resultaram na renúncia do monarca em 1979 e, consequentemente, na Revolução Islâmica, que dita as regras no país até hoje. 



Aeroporto Internacional de Mehrabad, em 1971
O Mehrabad estava para se tornar um dos aeroportos mais movimentados e modernos do oeste Asiático no fim dos anos 1970, mas a revolução, como era de se esperar, acabou com a conexão de turismo internacional. Nos anos de 1960, quando viajar de avião era uma novidade para a maioria das pessoas e os aeroportos chamavam a atenção de todos, o aeroporto de Mehrabad era palco de populares apresentações de jazz, segundo Farrokh. Atualmente, é o Aeroporto Internacional Imam Khomeini que recebe a maioria dos voos internacionais no Irã.



Avenida Istanbul, em 1965
Os carrões estilosos Americanos eram comuns nas ruas de Teerã àquela época. Para Farrokh, que viajava para o Irã nos verões quando era jovem, a visita à capital Iraniana era considerada tão cosmopolita como uma viagem à Paris ou Nova Iorque. 



Universitárias no câmpus da Universidade de Teerã, em 1971

A Universidade de Teerã abriu as portas para mulheres em 1934, ou seja, muito antes de a maioria das universidades americanas aceitarem mulheres nas salas de aula. Após a revolução, as mulheres continuam sendo admitidas, porém agora elas frequentam áreas separadas. Não precisa nem dizer que elas não vestem mais minissaias. Apesar da liberdade daquela época, apenas 35% das mulheres em Teerã eram alfabetizadas.



Estudantes universitários Iranianos da década de 1970

Embora os estudos religiosos fossem um popular ramo de pesquisas, os cursos de matemática, astronomia, medicina e literatura também eram campos de estudo concorridos. Atualmente, em média 35.000 estudantes estão matriculados na universidade. 



Twist de Teerã

Jovens da elite de Teerã se divertem ao som do rock and roll, nos anos 1960. 



Mulher compra roupas para seu filho, em 1972
A chique loja de departamento Kourosh também possuía um restaurante famoso no último andar.



Tampinha da Pepsi Iraniana dos anos de 1970

Segundo Farrokh, os Iranianos alegavam que a versão local da Pepsi era mais gostosa que a original Americana. A "guerra dos refrigerantes" acontece até hoje em Teerã. A despeito das crescentes sanções dos Estados Unidos, em 2007 a Coca-cola e a Pepsi disputavam mercado com a marca local, a Zam Zam Cola. 



Sala de cirurgia do Hospital de Teerã, em 1971

No fim da década de 1970, haviam apenas 15.000 médicos para atender uma população de 34 milhões de pessoas, o que causava enormes desigualdades no acesso à saúde, principalmente nas regiões afastadas dos grandes centros urbanos como Teerã.



Shahla Vahabzadeh - Miss Irã de 1967

O hotel Tehran Hilton (hoje chamado de Esteghlal Hotel) sediou muitos concursos de beleza, nos quais as jovens competiam para serem coroadas como a mulher mais bonita do Irã.



Torre Azadi em construção (1966)

Originalmente, o monumento que virou cartão-postal de Teerã era chamado de Shahyad (Memorial do Rei) em homenagem à dinastia Pahlavi, que governava o Irã à época. Após a revolução Islâmica, o monumento foi rebatizado como Azadi, que quer dizer "Liberdade" em Persa.



The Black Cats

Formação original da banda de rock e jazz Iraniana, Black Cats. No início dos anos 1990, o nome da banda voltou a ser lembrado pela comunidade Iraniana em Los Angeles



Portões de acesso da Universidade de Teerã, em 1971

Desde a revolução, o campus principal - considerado o símbolo do ensino superior no país - é frequentemente o local das orações de sexta-feira que reúnem uma multidão de pessoas.



Créditos: Créditos: Kaveh Farrokh/Foreign Policy via


Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook 

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