“Bishara Awad se mantém em silêncio sobre a perseguição muçulmana aos cristãos na Palestina. Havia muitos cristãos na Palestina apenas algumas décadas atrás, mas eles estão desparecendo. Awad dirá que o culpado é a ‘ocupação israelense’?”
Julio Severo
No começo de maio de 2013, o escritor cristão palestino Walid Shoebat avisou que “Jesus at the Check Point” (Jesus no Posto de Controle) estaria logo dando palestras numa igreja perto de você. “Jesus at the Check Point,” que é uma organização “cristã” com tendências socialistas, está fazendo uma turnê nos Estados Unidos para juntar apoio para aliviar a “perseguição aos cristãos.”
De acordo com Shoebat, “A principal força e agente patrocinador dessas turnês é o Colégio Bíblico de Belém, em Belém, Israel.”
Enquanto o aviso de Shoebat, publicado no WND em maio passado, estava sendo dirigido aos americanos, Bishara Awad, fundador e presidente emérito do Colégio Bíblico de Belém (também chamado de Faculdade Bíblica de Belém), estava visitando igrejas no Brasil, inclusive como principal palestrante de uma grande conferência comemorando os 35 anos da Missão Portas Abertas no Brasil no mesmo mês de maio.
Líder brasileiro abalado por discurso de Awad
Ele foi também um dos principais palestrantes de um grande encontro da SEPAL de pastores progressistas no Brasil. O encontro dos pastores comemorou os 50 anos da SEPAL, uma organização brasileira que treina e equipa pastores e líderes evangélicos brasileiros. Ezion Geber, que esteve no evento, relatou que depois de ouvir a palestra de Awad ele teria de abandonar muitos paradigmas. Ele disse (conforme foi originalmente gravado aqui no blog dele: http://archive.is/rRsPM):
Dr. Bishara Awad veio de Belém, da Cisjordânia. Ele é palestino, cristão, fundador e diretor da Faculdade Bíblica de Belém. Começou trazendo o Salmo 11.3: “Quando os fundamentos são destruídos, que pode fazer o justo?” Falou sobre sua história... sua família. Seu pai morreu na guerra de 1948, e sua mãe foi acolhida com os filhos na casa de muçulmanos, em Jerusalém. Falou sobre a ocupação da terra pelos israelenses... como na época dos romanos... agora os judeus são os ‘opressores’.
Pensei nos meus paradigmas que me faziam ver os palestinos como as pedras no sapato de Israel. Pensei na minha educação que me inculcou um Israel triunfante... e eu li as biografias dos pais da nação de Israel, como Golda Meir, Moshe Dayan, Ythzak Rabin... e vibrei com cada vitória de Israel nas guerras de 1948, do Sinai em 1956, dos Seis Dias em 1967 e do Dia do Perdão, em 1973.
Agora estou ouvindo um cristão palestino falando do amor de Jesus...
É muito confronto, é muito paradigma a ser abandonado... que Deus me ajude...
Bishara Awad, Ezion Geber e Marco Cruz de Portas Abertas |
O rei Davi, o amado autor dos Salmos (a maioria deles, pelo menos), era de Belém. Mal posso imaginar Davi voltando hoje e ser informado por Awad: “Belém está sob ocupação.”
Davi pergunta: “Quem está ocupando minha cidade?”
A resposta de Awad: “Seu povo judeu, claro!”
Confronto entre Awad e James Dobson
Awad é mais conhecido por atacar o Dr. James Dobson em 2002. Dobson, fundador de Focus on the Family (a maior organização evangélica pró-família do mundo), é um proeminente líder cristão pró-família e pró-Israel. Ele havia denunciado a ativista palestina Dra. Hanan Ashrawi e seu discurso numa faculdade americana. Dobson denunciou:
1. Ashrawi tinha ligação com Yasser Arafat e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
2. A revista feminista esquerdista americana Mother Jones descreve Ashrawi como “uma cristã feminista rica e ex-marxista.”
3. MIFTAH, a organização da Dra. Ashrawi, recebia anualmente 850.000,00 dólares diretamente de Yasser Arafat.
4. Em 1998, Ashrawi disse ao Al-Hayat Al-Jadeeda, jornal oficial da Autoridade Palestina, que o Holocausto é “um mito mentiroso que os judeus rotularam de ‘o Holocausto’ e têm explorado para obter simpatia.”
Dr. James Dobson |
Dobson estava completamente certo com sua denúncia, pois Arafat era um proeminente terrorista palestino treinado e apoiado pela extinta União Soviética. Por tal denúncia necessária, Bishara Awad o criticou de modo duro e público, dizendo que Dobson era “um instrumento de ódio e divisão” e que a denúncia de Dobson equivalia à “propaganda de ódio e métodos mentirosos do inimigo da justiça.” A esquerda evangélica americana apoiou a queixa de Awad contra Dobson.
O que Awad queria no Brasil?
Governo brasileiro: pró-ocupação palestina da Terra Prometida
Se sua missão era, entre outras coisas, converter pessoas e instituições para uma postura pró-Palestina, Awad não tinha nenhuma necessidade de se encontrar com representantes do governo brasileiro, que descaradamente apoia os palestinos e sua causa de ocupação da Terra Prometida. Em 2010, o governo Lula doou mais de 10 milhões dólares para a Autoridade Palestina.
O governo Lula fez do Brasil uma das primeiras nações do mundo a reconhecer a “Palestina” como um estado — um estado ocupando a terra que Deus prometeu aos judeus, não a outros povos.
E sob esse intenso clima de apoio a Palestina, o Brasil realizou no ano passado o maior evento pró-Palestina do mundo, oficialmente apoiado por grandes personalidades teológicas esquerdistas e pelo Conselho Mundial de Igrejas, entidade anti-Israel fortemente apoiada pela extinta União Soviética.
Leonardo Boff, o mais proeminente defensor da teologia da libertação no Brasil, mostrou o mesmo apoio ao evento. Ele disse: “É nosso dever estar do lado dos palestinos.”
Por que Bishara Awad estava na SEPAL, que representa muitas igrejas brasileiras, quando a causa dele é em grande parte apoiada por socialistas poderosos no governo e meios de comunicação do Brasil? As igrejas brasileiras têm sido o último bastião pró-Israel em face de enormes forças esquerdistas pró-Palestina na sociedade brasileira. Awad quer alinhar as igrejas brasileiras a essas forças?
Boicotes anti-Israel
A turnê de Bishara no Brasil foi uma cabeça de praia para “Jesus at the Check Point”? Os participantes (socialistas seculares e cristãos) de “Jesus at the Check Point” têm um consenso: Israel tem de ser boicotado porque os palestinos são vítimas e Belém está sob ocupação dos judeus!
Os palestrantes das conferências “Jesus at the Check Point” têm pedido boicotes contra Israel há muito tempo. Em 1 de abril de 1933, apenas uma semana antes de subir ao poder na Alemanha, o líder nazista Adolf Hitler ordenou um boicote das lojas, bancos e negócios dos judeus.
Em anos passados, várias denominações reformadas (presbiterianas) e organizações ecumênicas dos EUA e Europa têm publicado declarações condenando a alegada “ocupação” israelense de Belém e outras terras histórica e biblicamente pertencentes aos judeus, e têm escolhido ou apoiar campanhas para boicotar produtos israelenses e empresas multinacionais que operam dentro de Israel, e/ou denunciar todo apoio a Israel como “heresia.”
Numa carta ao arcebispo de Canterbury Dr. Rowan Williams (junho de 2011), Naim Ateek, cujo Centro Ecumênico de Teologia da Libertação Palestina (‘Sabeel’) esteve representado na Conferência Christ at the Checkpoint, descreveu os sionistas judeus e cristãos como “uma ameaça maior a nós [cristãos árabes] do que os islamistas extremistas.” (Paul Wilkinson, Church at Christ’s Checkpoint, p. 5.)
Essa postura é especialmente adotada pelo Conselho Mundial de Igrejas.
O lema de “Jesus at the Check Point” é “resistência não-violenta à ocupação sionista israelense.” “O sionismo é o obstáculo à paz,” escrevem eles, e eles querem “educar os evangélicos” para “compreender a Bíblia a partir de uma perspectiva da teologia da libertação palestina,” que apoia abertamente um “Estado dividido” como a solução para o conflito entre israelenses e palestinos.
Sua “Christ at the CheckPoint,” realizada em março de 2012, foi dirigida por Bishara Awad e sua família. Vários grupos cristãos expressaram oposição a essa conferência. De acordo com o jornal Jerusalem Post, o Dr. Jürgen Bühler, diretor executivo da Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém (International Christian Embassy Jerusalem [ICEJ]), disse numa declaração antes do evento que a postura teológica da conferência “pode facilmente prestar-se a propaganda antissemita e anti-Israel, como alguns palestrantes da Checkpoint comprovaram no passado”.
O Jerusalem Post informa que “Entre os palestrantes está o pastor britânico Rev. Stephen Sizer, que tem falado duramente contra Israel e teve um encontro com o xeique Nabil, comandante militar do [grupo terrorista anti-Israel] Hezbollah.” Stephen Sizer não está só na defesa da causa da teologia da libertação palestina em todo o mundo muçulmano. Dois de seus amigos e colegas mais íntimos dentro do movimento são Gary Burge e Donald Wagner, ambos pastores ordenados dentro da Igreja Presbiteriana dos EUA (PCUSA), a maior denominação presbiteriana pró-aborto e pró-homossexualismo do mundo. Eles têm sido muito ativos no Diálogo Evangélico-Islâmico, e o trabalho de Sizer tem recebido louvor de Tony Campolo, Hank Hanegraaff e o falecido John Stott. (“Prophets Who Prophesy Lies In My Name”, Christian Palestinianism and the anti-Israel Crusade, pages 14,16)
Apesar de que “Jesus at the CheckPoint” está envolvida na teologia da libertação palestina, Awad pregou livremente seu evangelho “palestino” em várias igrejas brasileiras em maio passado.
Um palestrante socialista em Portas Abertas Brasil
Sua oportunidade mais importante no Brasil foi falar na comemoração dos 35 anos de Portas Abertas no Brasil. Jeff Taylor, presidente de Portas Abertas Internacional, foi também um dos palestrantes.
Não estou surpreso com um protestante palestino socialista falando na Missão Portas Abertas do Brasil. Ariovaldo Ramos, um dos mais proeminentes líderes evangélicos socialistas do Brasil, já falou em alguns dos eventos de Portas Abertas. Ariovaldo tem louvado o ditador socialista Hugo Chávez e ele é um influente defensor da Teologia da Missão Integral, uma versão evangelicalizada da marxista Teologia da Libertação. (Você pode encontrar mais informações sobre ela baixando meu livro grátis aqui: http://bit.ly/11zFSqq)
Ariovaldo Ramos |
O perfil socialista de Ariovaldo Ramos nunca foi impedimento para ele ministrar na Missão Portas Abertas na gestão do então secretário-geral Carlos Alfredo de Sousa, onde Ariovaldo dava palestras, ministrava devocionais e até escrevia artigos no site de Portas Abertas.
Um ano atrás, expus um artigo de Portas Abertas do Brasil apoiando revoluções marxistas como uma solução para destruir a perseguição contra os cristãos em nações muçulmanas. Eu os desafiei a corrigir o texto e mostrar a realidade: o marxismo e o islamismo estão em grande parte por trás da perseguição aos cristãos. Eles recusaram corrigir. Seu secretário-geral acabou sendo removido. O caso está registrado nestes dois artigos:
Conversando com o novo secretário-geral de Portas Abertas Brasil
Conversando dias atrás com Marco Cruz, o novo secretário-geral de Portas Abertas Brasil, ele deixou claro que desconhece a Teologia da Libertação Palestina. Sobre o caso Awad, ele disse que a vinda dele como principal palestrante de Portas Abertas Brasil havia sido agendada vários meses antes, ainda durante a gestão do ex-secretário-geral. O principal responsável por esse agendamento foi Portas Abertas Internacional.
Expliquei para ele os envolvimentos de Awad e que tudo o que ele representa é um desvio da missão de Portas Abertas, que é ajudar a igreja perseguida. Cruz deixou claro para mim que na gestão dele, no que depender dele o foco de Portas Abertas Brasil será Jesus e a igreja perseguida. Isso é uma notícia encorajadora. Mas, e quanto a Portas Abertas Internacional?
Será que Portas Abertas Internacional perdeu seu primeiro amor?
Em 2004, Awad disse: “O Irmão André nos visita pelo menos duas ou três vezes por ano, e foi nosso principal orador na graduação e celebração dos 25 anos da Faculdade Bíblica de Belém desse ano [2004]. Ele é um amigo chegado.”
Acho estranho que Portas Abertas Internacional, que começou seu ministério ajudando cristãos perseguidos por marxistas, esteja agora disposta a ter aliança com “cristãos” socialistas, inclusive Bishara Awad.
Perseguição muçulmana aos cristãos
O que é interessante é que Awad se mantém em silêncio sobre a perseguição muçulmana aos cristãos na Palestina. Havia muitos cristãos na Palestina apenas algumas décadas atrás, mas eles estão desparecendo. Awad dirá que o culpado é a “ocupação israelense”?
De acordo com a CBN News, o Relatório de Liberdade Religiosa Internacional de 2012 do Departamento de Estado dos EUA mostra que a perseguição contra os cristãos e judeus está crescendo, principalmente nos países muçulmanos.
Os cristãos estão fugindo da Palestina, por exemplo, não por causa da “ocupação israelense,” como Awad queria que crêssemos. Cristãos fugindo de nações muçulmanas é uma tendência universal, por causa da violência muçulmana.
Por que essa realidade seria diferente na Palestina, que é em grande parte muçulmana hoje? Por que os muçulmanos radicais estariam dispostos a tolerar Awad e sua família? Certamente, eles são úteis para propaganda anti-Israel e desinformação entre cristãos.
Professores da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Essa propaganda não tem sido contestada no Brasil. Portas Abertas Brasil abriu muitas portas para Awad no Brasil. Awad falou também num “culto apologético” na Igreja Cristã Trindade, liderada por Paulo Romeiro, que é professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo.
Romeiro, por sua vez, abriu seu programa de TV online para Awad compartilhar sua visão palestina aos brasileiros. Conforme uma testemunha, Awad disse à sua audiência que a fonte da opressão aos cristãos palestinos é Israel — a mesma linguagem que ele usou na SEPAL.
Romeiro é um ex-diretor do Instituto Cristão de Pesquisas no Brasil. Esse instituto era conectado e fora fundado por sua versão americana, o Christian Research Institute, dirigido por Hank Hanegraaff. Será que Romeiro foi influenciado por Hanegraaff, que considerava apoio a Israel uma “heresia”?
Apenas por ser professor do Mackenzie, não dá para dizer que Romeiro tem todas essas tendências esquerdistas. Mas alguns de seus colegas no Mackenzie têm, especialmente Ricardo Bitun, professor cujos alunos nessa importante universidade presbiteriana dizem que ele ensina que “a Teologia da Libertação é o que pode mudar a igreja.”
Coincidência ou não, sobre a chamada “causa palestina” a Teologia da Libertação e a Teologia da Missão Integral têm posturas semelhantes às posturas de Awad: Israel é o opressor. Ricardo Bitun foi uma dos palestrantes principais da recente Conferência Missão na Íntegra, o maior evento dos líderes da Teologia da Missão Integral no Brasil.
Por sua vez, o Mackenzie sediou em novembro o maior encontro protestante de jovens do Brasil, sob a liderança de Ariovaldo Ramos e outros líderes da Teologia da Missão Integral. Foi o maior evento protestante esquerdista para jovens do Brasil.
O Mackenzie tem sido denunciado em meu blog por seus cessacionistas fanáticos. Veja meus artigos Surpreendido com a Voz de Deus: Julio Severo refuta teólogo da Universidade Mackenzie que nega que Deus concede hoje profecia e outros dons sobrenaturais e Uma Resposta Carismática à “Crise Crescente por Trás da História de Sucesso Evangélico do Brasil.”
Teologia da Libertação Palestina
Portanto, eu não ficaria surpreso com apologetas, com ligação com o Mackenzie, atendendo a interesses da propaganda anti-Israel. Hoje em dia, a maioria dos apologetas brasileiros tem servido, de um jeito ou de outro, a causas socialistas. A teologia da libertação, e sua versão evangelicalizada Teologia da Missão Integral, tem sido a principal inspiração para muitas publicações e líderes protestantes brasileiros assumindo uma postura contra Israel para apoiar a ocupação palestina da Terra Prometida.
A teologia da libertação tem desfigurado o Evangelho e o plano de Deus para o povo judeu e sua Terra Prometida.
Em Israel, a mesma teologia, adotada por protestantes palestinos, tem provocado a mesma devastação. A teologia da libertação palestina supostamente foca na humanidade de Jesus de Nazaré, apresentando-O de forma distorcida como um palestino vivendo sob ocupação.
Identificar Jesus como “um palestino vivendo sob ocupação” se tornou norma para os palestinistas cristãos, e uma arma de propaganda forte em sua cruzada contra Israel. Essa identificação foi mais evidente na mensagem de Páscoa que Naim Ateek pregou em Jerusalém em 9 de abril de 2001:
“Aqui na Palestina Jesus está de novo andando na Via Dolorosa. Jesus é o palestino impotente humilhado num posto de controle, a mulher tentando passar para chegar ao hospital para tratamento, o rapaz cuja dignidade foi pisada, o jovem estudante que não consegue chegar à universidade para estudar, o pai desempregado que precisa achar pão para alimentar sua família… Nesta estação de Quaresma, parece para muitos de nós que Jesus está na cruz de novo com milhares de palestinos crucificados ao redor dele. Tudo o que é necessário são pessoas de inteligência para ver as centenas de milhares de cruzes em toda a terra, homens, mulheres e crianças palestinos sendo crucificados. A Palestina se tornou um imenso Gólgota. O sistema de crucificação do governo israelense está operando normalmente. A Palestina se tornou o lugar da caveira.” (“Prophets Who Prophesy Lies In My Name”, Christian Palestinianism and the anti-Israel Crusade [Profetas Que Profetizam Mentiras em Meu Nome], página 7.)
Mas os “cristãos” da teologia da libertação palestina não está sozinhos em sua missão de apresentar de forma torcida Jesus Cristo. Muçulmanos palestinos são seus poderosos aliados. De acordo com um artigo do Observatório da Mídia Palestina de 24 de dezembro de 2010, “Um dos modos pelos quais a Autoridade Palestina tenta criar uma história palestina é negar a nacionalidade judia/judaica de Jesus, e apresentá-lo de forma deturpada como um ‘palestino.’” (“Prophets Who Prophesy Lies In My Name”, Christian Palestinianism and the anti-Israel Crusade [Profetas Que Profetizam Mentiras em Meu Nome], página 8.)
Só o “Israel espiritual” tem direito à Terra Prometida?
Por que Portas Abertas estaria disposta a ter Awad, um aliado dos promotores da teologia da libertação palestina, como o palestrante principal em sua conferência mais importante no Brasil? Portas Abertas crê que o povo judeu tem direito à sua Terra Prometida?
De acordo com WND, Portas Abertas apoia as opiniões do escritor calvinista e pastor John Piper sobre Israel. As opiniões de Piper são as seguintes:
As promessas feitas a Abraão, inclusive a promessa da terra, serão herdadas como presente eterno pelo verdadeiro Israel espiritual, não o Israel desobediente e descrente.
Portanto, o Estado secular de Israel não pode reivindicar um presente direito divino à terra.
Então, Portas Abertas Internacional tem uma resposta “espiritualizada” para sua postura de não apoiar o moderno estado de Israel e o direito dos judeus à Terra Prometida. Mas ao mesmo tempo, Portas Abertas não tem dificuldade de apoiar Bishara Awad, que tem uma aliança estranha com muçulmanos e teólogos da teologia da libertação palestina para defender uma Terra Prometida dividida. Essa aliança é necessária, pois Belém está sob ocupação de seu inimigo comum: Israel.
Penso que se Davi fosse sobrenaturalmente ressuscitado, ele estaria em condições de julgar esse caso. Não consigo vê-lo se colocando ao lado dos muçulmanos ou dos teólogos da teologia da libertação palestina. Essa teologia apenas usa o verdadeiro Evangelho como plataforma para o marxismo e sua enganosa “libertação.”
É claro que Davi clamaria a Deus pela condição dos judeus modernos, mas nunca trairia sua posteridade entregando a Terra Prometida aos muçulmanos e aos teólogos da teologia da libertação.
Entretanto, não temos nenhum Davi para decidir o caso. E quanto a uma resposta verdadeiramente espiritualizada? Se, como Piper e outros calvinistas compreendem, o Israel verdadeiro é o Israel espiritual, então será que nós, o Israel espiritual, estamos sob a responsabilidade de ocupar Israel e expulsar os muçulmanos e os heréticos “cristãos” da teologia da libertação da Terra Prometida?
Temo que ambas as soluções — a de Davi e a resposta espiritualizada — não satisfariam Awad e Portas Abertas.
Por amor dos cristãos verdadeiramente perseguidos, Portas Abertas demonstraria sabedoria se não se envolvesse nas simpatias e confusões de Awad envolvendo a teologia da libertação e numa guerra cultural e espiritual que não tem condições de entender.
Osvaldo Aires Bade
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Versão em inglês deste artigo: Anti-Israel Activist Speaks at Open Doors Brazil
Fonte: www.juliosevero.com
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