terça-feira, 22 de outubro de 2013

BREVE ANÁLISE SOBRE A ZUAÇÃO CONTEMPORÂNEA – RESPOSTA AO ARTIGO DE REGIS TADEU.




posted on Outubro 20, 2013

Hoje me deparei com um artigo intitulado “Desde quando calúnias, difamações e afirmações mentirosas se tornaram ‘humor’?” 


O autor do referido texto, Regis Tadeu, é jurado do Programa Raul Gil e já “atuou” no Superpop, como informa o verbete da Wikipédia.
Ele, que é uma espécie de Pedro de Lara descolado, publica em seu blog fotos com o semblante carrancudo e textos nos quais fala de assuntos que finge conhecer.
Regis usa gentis adjetivos para me qualificar, tais como: Mente doentia, desocupado, 
vagabundo, caluniador, difamador e imbecil. Uma fofura, não acham?

Como não sou afetadinho, dessa vez abrirei mão de processá-lo por injúria, crime que ele, Regis Tadeu, cometeu ao proferir tais impropério à minha pessoa, e embora eu pretenda polemizar com o dito cujo num nível acima do esgoto, peço desculpas antecipadamente caso cometa o deslize de também xingá-lo.

Vamos ao artigo de Regis:

“Tenho verdadeiro desprezo por políticos. Todos eles. Sem exceção. As razões para este tipo de postura são as mesmas que levam a população inteira a execrar esta classe que, com raras exceções, é um antro de pilantras. Nem preciso enumerá-las aqui. Só que isto não significa que tem meu apoio qualquer ato que leve estes políticos ao constrangimento, ainda mais quando calcado em mentiras e calúnias.”

Notem que Regis inicia seu artigo afirmando desprezar, sem exceção, todos os políticos, ao mesmo tempo que afirma haver “raras exceções” nesse meio que classifica como “antro de pilantras.”

A condição de político para ele, independente do caráter de quem seja, já é o bastante para receber seu desprezo.

Prossigamos. Regis afirma que caluniei a ministra Maria do Rosário.

Antes de sair por aí escrevendo asneiras, não custava nada dá uma olhadinha no Código Penal, e descobrir que a calúnia se dá quando alguém imputa crime a outrem sabendo que tal imputação é inverídica. Como jamais afirmei que a ministra Maria do Rosário, ou qualquer outra pessoa, houvesse cometido crime, impossível me acusar de caluniador.

Ao me acusar de cometer um crime que não cometi, Regis acaba, ele sim, cometendo o delito.

Sei que isso pode parecer complexo para a cabecinha de nosso amigo, que não sei se já leu ao menos algum livro na vida, mas qualquer conduta delituosa deve se enquadrar exatamente na dicção do tipo penal, senão, mesmo que nos deixe chateadinhos, não poderá ser considerado crime.

“Nulla poena, nullum crimen sine lege”, sacou Reginho?

Vejamos outro trecho do artigo:

“O que leva um ser humano a utilizar o seu tempo de trabalho – ou de vagabundagem mesmo – para manter um blog de “notícias falsas” já mereceria um estudo psicológico profundo e sério. Agora, descer ao pântano da calúnia e da difamação só pode ser explicado nos tribunais, né? O absurdo da coisa foi tamanho que o tal blogueiro teve a manha de botar uma foto de Maria do Rosário e ainda colocar uma ‘fala’ atribuída a ela entre aspas, como se a própria tivesse dito o que foi publicado.”

Desconheço a competência de Regis no campo da psicologia, do mesmo modo que não sei se ele sabe a diferença entre psicologia e psiquiatria, mas no que se refere à ciência do Direito, como já ficou claro, ele é um ignorante completo.

Não sei se manter blog de “notícias falsas” é objeto que interessa à psicologia. Mas que o conteúdo que publico – independentemente da minha higidez mental – já foi objeto de estudo em universidades, é um fato, senão vejamos os seguintes trabalhos: “Sujeito emissor: O ‘Bolsa prostituição’ como verdade nas redes sociais”, de autoria de Helton Costa e Rafael Kondlatsch (http://www.unigran.br/mercado/paginas/arquivos/edicoes/4/6.pdf) e “Estudo sociorretórico do gênero notícia satírica: O caso do portal MEIUNORTE” de Emanoel Barbosa de Sousa (http://www.ufpi.br/letras/eventos/index/mostrar/id/2391).

No que se refere ao uso de meu tempo, devo observar que Regis ignora que há atividades profissionais que permitem a quem as exerce dispor de tempo para se dedicar ao hobby que apetecer, seja tocar oboé, colecionar tampinhas de garrafa, pintar quadros ou ridicularizar autoridades na internet.

Antes de explicar algo que é evidente para quem tenha cérebro, o que não sei se é o caso de nosso amigo Regis Tadeu, cito aqui um trecho de um excelente artigo de Luciano Ayan (http://lucianoayan.com/2013/10/19/maria-do-rosario-e-o-calcanhar-de-aquiles-da-esquerda/) que diz o seguinte sobre essa celeuma:

“O ponto adicional, que complementa toda essa situação, é a absoluta falta de senso de humor que os esquerdistas possuem enquanto estão sendo ridicularizados. Eles simplesmente “travam” quando se defrontam com o lançamento do ridículo sobre eles. Perdem a compostura e qualquer sinal de espirituosidade. Acima de tudo, se desestabilizam.
(…)
Um dos melhores autores a explicar a funcionalidade do uso da ridicularização na guerra política foi Saul Alinsky, que transformou o ato de ridicularização do oponente em um método para a política. Alinsky constatou o que hoje já tomamos como óbvio: pode-se responder a um argumento, mas não a um ato de ridicularização.”

Pois bem, o que fiz ao atribuir à ministra Maria do Rosário declarações que ela nunca fez? Apliquei o discurso corriqueiro dela a uma situação concreta, demonstrando, por meio da ironia, como o ponto de vista ideológico ali aludido é absurdo.

Para não maltratar os neurônios de Regis, serei mais claro. A ministra é daquelas pessoas que acreditam que a criminalidade deve ser combatida por meio de “políticas sociais” e não por meio de força policial.

Rememoremos dois episódios que evidenciam a assertiva acima: Enquanto o país vive uma conjuntura capaz de levá-lo à instabilidade, marcada pela ação sistemática de facções criminosas, tais como PCC e Black blocs, Sua Excelência dedica tempo a criticar a violência praticada por… policiais: (http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/10/15/violencia-da-pm-em-protestos-e-resquicio-da-ditadura-diz-ministra-de-dilma.htm).

Ora, criticar violência policial, ao mesmo tempo em que ignora as ações criminosas dos grupos supramencionados denota a intenção de desmoralizar a polícia e, de tabela, o estado democrático de direito, no qual não é permitido sair por aí quebrando vidraças de bancos, nem tocando fogo em viaturas.

Outro episódio foi a reação da ministra à declaração do deputado Jair Bolsonaro a favor da redução da maioridade penal. Na referida ocasião, Sua Excelência chamou Bolsonaro de estuprador. Imputando ao deputado crime que sabia que ele jamais cometeu.

MINISTRA DOS DIREITOS HUMANOS CHAMA O INTEGRO DEP. JAIR BOLSONARO DE ESTUPRADOR


Agora, ao ser ridicularizada mediante aplicação de um discurso fictício que ela muito bem poderia ter proferido, chora indignada diante do país e pede investigação da Polícia Federal, como se o monopólio da irresponsabilidade pertencesse a ela.

Em seguida,Regis faz a inteligentíssima pergunta em seu artigo: “Gostaria de saber exatamente em que ponto da História da vida na Terra a ‘zuação’ e o ‘humor’ se transformaram em calúnias, difamações e ‘afirmações’ mentirosas. Quando isto passou a vigorar?”

A calúnia e a difamação não se transformaram em humor, Regis. E a pergunta só demonstra que você não sabe o que é uma coisa nem outra. Muito provavelmente nem saiba que são duas coisas diferentes, ambas espécies de crimes contra a honra.
Já fiz uma breve consideração sobre o que vem a ser calúnia. A difamação, por sua vez, é, grosso modo, ofensa à honra objetiva de outrem.

A injúria, crime que Regis Tadeu também cometeu ao me dirigir os adjetivos retromencionados, é ofensa à honra subjetiva.

Nosso amigo Regis Tadeu deveria se informar sobre os temas que escreve antes de falar asneiras. Ao invés disso ele faz uso de impropérios, tais como chamar os outros de paspalhos e retardados, na esperança de que tal verborragia oculte sua própria inépcia.
Ele, como foi dito, afirma desprezar todos os políticos. Eu, na condição de sujeito de “mente doentia, desocupado, vagabundo, caluniador, difamador e imbecil”, confesso que desprezo gente burra como Regis Tadeu. Com esse tipo de gente é difícil estabelecer um debate sério e só nos resta fazer uso de zuação para deixar claro quão ridículos são eles todos.

Sem exceção.

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook 

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