Quilômetro 101 da ONU (Arquivo histórico da Eged, Pikiwiki)
Shalom amigos,
No dia 6 de Outubro de 1973, o Egito e a Síria uniram forças e atacaram Israel pelo norte e sul: As forças armadas egípcias cruzaram as linhas do cessar-fogo no Sinai e tanques sírios cruzaram as linhas do cessar-fogo nas Colinas do Golan. As linhas de defesa israelenses diminuídas foram ocupadas por forças árabes massivas.
Diferente de outros exércitos, a maioria do Exército de Defesa de Israel é composto de reservistas (milu’im, מִלּוּאִים). Esses reservistas eram e ainda são, os cidadãos comuns de Israel, que trabalham nos setores públicos e privados. Muitos deles estavam rezando nas suas sinagogas no Yom Kipur de 1973 quando foram chamados de repente para defender nosso país.
Depois de alguns dias de luta feroz, as forças israelenses conseguiram parar os invasores e encontraram maneiras de se infiltrar por trás das linhas inimigas.
Em um ataque surpresa, o exército israelense, baixo o comando de Ariel Sharon (אֲרִיאֵלשָׁרוֹן) cruzou o Canal de Suez no Egito, cortando as linhas de suprimentos para o exército egípcio invasor. Sem encontrar oposição, o exército de Israel parou voluntariamente 101 km antes de chegar ao Cairo.
No norte, os sírios se depararam com defesas israelenses teimosas lideradas por indivíduos e pequenas unidades que frearam o avanço. Em um caso, um único capitão de tanque chamado Avigdor Kahalani conseguiu destruir mais de 200 tanques sírios, trocando de tanques algumas vezes, utilizando toda a sua munição. Em outro caso, um pequeno tanque chamado “Força Zvika” (כּוֹחַ צְבִיקָה) parou uma divisão síria inteira.
Tanque sírio bloqueado de atacar um posto do exército (Forças de Defesa de Israel)
As Forças de Defesa de Israel empurraram o exército sírio de volta para a Síria e parou apenas 35 km antes de chegar até a capital da Síria, Damasco. No dia 22 de Outubro, a Brigada Golani e os comandos da Sayeret Matkal reconquistaram o ponto mais estratégico nas Colinas do Golan - o Monte Hermon (הַר הַחֶרְמוֹן). Em uma transmissão famosa, um dos soldados descreveu o pico da montanha como “os olhos do país” (הָעֵינַיִם שֶׁל הַמְּדִינָה,ha’eynayim shel hamedina) – uma expressão que se transformou em sinônimo com oHermon, um lugar que fornece uma vista profunda para dentro do território inimigo.
A proximidade das forças israelenses das capitais do Egito e da Síria e o cerco no exército egípcio forçaram as dias superpotências do mundo naquele momento, a URSS e os EUA a intervirem, ambos exigindo um cessar-fogo imediato que foi efetivado em 24 de Outubro de 1973.
Apesar da recuperação rápida e da vitória militar, Israel estava de luto pela perda de 2.656 soldados e com o orgulho nacional ferido. O fato que Israel foi atacada de surpresa fez com que os cidadãos começassem a questionar a habilidade do país de proteger e cuidar dos seus cidadãos. Depois da guerra, a então primeiro ministro de Israel, Golda Meir e o Ministro de Defesa, Moshe Dayan, assumiram a responsabilidade pela guerra e se demitiram dos seus cargos.
Todo Yom Kipur, enquanto oramos por perdão, nos lembramos dos soldados e herois que lutaram bravamente, defenderam e mudaram nossa nação. As palavras de Isaías são especialmente comoventes quando lembramos desta guerra, já que ainda são adequadas para eventos na região até os dias de hoje:
וְכִתְּתוּ חַרְבוֹתָם לְאִתִּים, וַחֲנִיתוֹתֵיהֶם לְמַזְמֵרוֹת--לֹא-יִשָּׂא גוֹי אֶל-גּוֹי חֶרֶב, וְלֹא-יִלְמְדוּ עוֹד מִלְחָמָה. (יְשַׁעְיָה ב, ד)
e converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear. (Isaías 2:4)
גְּמַר חֲתִימָה טוֹבָה,
Gmar Xatima Tova
Que sejamos inscritos no Livro da Vida,
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