sábado, 2 de março de 2013

MANTEGA: "FOI UM ANO COM PIB ABAIXO DAS NOSSAS EXPECTATIVAS"

Ministro da Fazenda reconheceu baixo crescimento da economia do Brasil, mas vê trajetória positiva e acredita que o PIB será maior em 2013

REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA BRASIL E ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comenta o resultado do PIB de 2012 (Foto: Elza Fiúza/ABr)O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comenta o resultado do PIB de 2012 (Foto: Elza Fiúza/ABr)
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou nesta sexta-feira (1) sobre o baixo crescimento da economia brasileira. Segundo dados divulgados nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu apenas 0,9% em 2012
"Foi um ano de PIB mais baixo, abaixo das nossas expectativas", disse Mantega. O ministro, no entanto, minimizou o baixo crescimento e disse que os números mostram uma trajetória positiva, uma " trajetória de aceleração que vai continuar e nos levar aos objetivos de crescimento que nós estabelecemos para o Brasil".
Segundo Mantega, o ano de 2012 começou com baixa atividade. O primeiro trimestre registrou crescimento de apenas 0,1%. Já no último trimestre, o país cresceu 0,6%, o que indicaria a trajetória positiva. "Foi um ano de crise, parecido com o ano de 2009, quando o PIB foi negativo em 0,3%, mas, dessa vez, tivemos um PIB positivo", disse.
Variação do PIB no Brasil (Foto: Reprodução)
Mantega disse que, embora o crescimento foi baixo, 2012 foi um ano bom para a maioria dos brasileiros. “A crise internacional não bateu à porta da família brasileira. Nós tivemos a criação de 1,3 milhão de postos de trabalho. A massa salarial cresceu 6% ao ano, o que não é pouca coisa. O aumento real de renda da população chegou a 4% e houve o aumento do financiamento para habitação, em 35%. Isso significa que população está adquirindo mais moradia e automóveis". 
Mantega prevê 2013 positivo na economia
Segundo Mantega, o governo precisa ter mais iniciativas para alavancar o crescimento da economia. Apesar disso, o ministro acredita que as ações tomadas em 2011 e 2012 ainda vão surtir efeito. "As ações já tomadas levaram mais tempo para fazer efeito devido à crise internacional em 2012", disse. 
O ministro acredita que o rendimento da economia brasileira será melhor neste ano, devido à recuperação de alguns países que enfrentaram crise no ano passado. "Para 2013, o cenário internacional é mais benigno. A economia mundial deverá crescer mais e devemos ter mais mercados para a indústria brasileira exportar".
Entre as medidas consideradas importantes para alavancar a economia do Brasil, Mantega citou o lançamento de um programa de concessões nas áreas de infraestrutura - portos, aeroportos, ferrovias e rodovias -, além da política de redução da tarifa de energia.
Imprensa internacional ironiza "otimismo" de Mantega
O jornal britânico Financial Times voltou a criticar o ministro Guido Mantega por causa do baixo crescimento do PIB brasileiro. O texto fala sobre a previsão de que 2013 terá 3% de crescimento econômico e diz que "seu otimismo incansável não é bom para a credibilidade do governo".

A festa acabou. A economia empacou. O investidor fugiu. E agora?

O Brasil não brilha mais no céu das finanças globais. Por que nossa imagem no exterior se deteriorou tanto – e como isso afeta nossa economia e nosso futuro

JOSÉ FUCS

ECONOMIA - 22/02/2013 21h57 - Atualizado em 22/02/2013 21h57
O eclipse do Brasil (Foto: Ilustração: Alexandre Lucas)
>>Trecho de reportagem de ÉPOCA 
Três anos atrás, enquanto o mundo ainda estava nas trevas da crise de 2008, o Brasil brilhava como um Sol ao meio-dia. O país crescia em ritmo acelerado, ajudado pelas medidas de estímulo do governo, e acabara de ser escolhido como palco da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. O brilho iluminava nossas vantagens competitivas – um ambiente institucional mais sólido que noutros países emergentes, um mercado interno gigantesco, uma agroindústria pujante e imensas riquezas minerais e energéticas. As publicações internacionais davam de ombros para os gargalos históricos da economia brasileira e reverenciavam o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. A austera revista britânica The Economist chegou a publicar uma reportagem de capa exaltando a força e o dinamismo do país. Sob o título “O Brasil decola”, a reportagem era ilustrada pela figura do Cristo Redentor disparando como um foguete em direção ao espaço sideral. O eterno país do futuro, outrora marcado por calotes nos credores externos, uma inflação estratosférica e um crescimento pífio, parecia ter se tornado enfim o país do presente, pronto para realizar seu potencial.
Parecia.
A lua de mel durou pouco. No fim do ano passado, a percepção do Brasil no exterior, que se deteriorava gradualmente desde o final do governo Lula, piorou muito. Nos últimos meses, as críticas se multiplicaram e se tornaram ainda mais fortes. Como num eclipse que oculta os raios do Sol, o brilho do Brasil perdeu intensidade na arena global. “A ideia do Brasil decolando passou”, disse a ÉPOCA o megainvestidor Mark Mobius, presidente da Templeton Emerging Markets, empresa que administra um patrimônio de US$ 54 bilhões em mercados emergentes, US$ 4,3 bilhões no Brasil. “A percepção do Brasil pelos investidores estrangeiros está no pior momento desde 2002”, afirma o cientista político Christopher Garman, diretor da área de estratégia para mercados emergentes do Eurasia Group, uma consultoria americana especializada na análise de riscos políticos. “Exceto em circunstâncias excepcionais, o mundo não se deixa enganar por muito tempo”, diz Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda e ex-secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). A mesma Economist, que louvara o Brasil três anos antes, defendeu recentemente em editorial a saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerado inepto para garantir o crescimento de que o país carece. “Aquela capa do Cristo Redentor falava que o Brasil estava decolando e não que tinha chegado à Lua”, afirma a correspondente da Economist no Brasil, Helen Joyce. “Aquele momento especial chegou ao fim.”
Rubens Ricupero (Foto: Fernanda Bernardino/Ed. Globo)
A mensagem (Foto: reprodução)







A mudança radical na imagem do Brasil lá fora tem a ver, em boa medida, com o desempenho sofrível da economia brasileira. Depois de crescer 7,5% em 2010, no último ano do governo Lula, o país desacelerou. Para desconforto da presidente Dilma Rousseff e de sua equipe econômica, confirmaram-se as previsões mais pessimistas dos economistas. Em 2011, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) não passou de 2,5%, um resultado apenas razoável para um país emergente do porte do Brasil. Em 2012, de acordo com as projeções oficiais, ele desacelerou ainda mais, para 1,35%. É um patamar bem inferior à média mundial no período, de 3,3%, e das estimativas hiperotimistas, de até 5%, feitas por Mantega no início do ano passado. “Lula manteve sem necessidade os estímulos econômicos criados no combate à crise para gerar um clima de euforia e eleger Dilma presidente”, afirma Ricupero. “Mas ele sabia que o dia do juízo chegaria depois.” 
>>Continue lendo esta reportagem em ÉPOCA que está nas bancas.
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Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Aqui meu facebook 

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