sábado, 16 de março de 2013

AS ROSAS E A FELICIDADE ROUBADAS






















Um homem cometeu, ontem, um crime hediondo em Belo Horizonte.
Nada de anormal neste país que dia a dia, se transforma em uma selva.
Desta vez, o criminoso se deu mal.
Um ladrão pego em flagrante delito.
A novidade é que foi fotografado e hoje, exposto na capa de um jornal e dos sites de BH.
O monstro praticou o crime a céu aberto.
Em plena praça da Liberdade.
Ignorando a todos, o facínora roubou… TRÊS ROSAS!

TRILHA SONARA DA POSTAGEM!


Isso mesmo.
As rosas que estavam em um espaço público, pelo qual o ladrão certamente também pagou com os seus impostos.
Mas este ato de um ladrão, não poderá ficar impune.
Será exemplo. Afinal ganhou capa de jornal. Exemplo de selvageria. Motivo para exposição pública e lição de moral.
Mas, para mim, também é outro exemplo.
Exemplo de um homem carregado de alguma emoção.
Que “roubou” três rosas em uma praça de BH no meio de uma tarde.
E foi manchete.
Junto a quem rouba o orçamento de todos nós. Dos ladrões que assaltam nossos bolsos em gabinetes. Que empregam parentes e apaniguados.
Este homem, a quem deu as rosas que roubou?
Para a mulher amada? Para uma filha? Serviu para enfeitar a casa à espera de amigos? Ou serviu como lembrança para quem já se foi?
Pouco importa.
Um homem roubou três rosas na Praça da Liberdade.
Está no jornal. O homem de costas e as três rosas – que parecem felizes! – na sacola ao ombro.
Que um dia todos os ladrões do Brasil roubem rosas em praças públicas.
E que sejam, por isso, sempre manchetes pelo gesto de amor.
Fonte:

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