quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Presidente da Nextel revela como se tornou CEO antes dos 40

Assim como os jovens da Geração Y, Sergio Chaia mudava de empresas em busca da ascensão rápida

Rachel Sciré
quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Presidente da Nextel revela como se tornou CEO antes dos 40
Como muitos garotos, Sergio Chaia, 47 anos, presidente da Nextel, tinha o sonho de ser jogador de futebol. Ele até chegou a realizá-lo por um tempo, quando integrou o time juvenil do Guarani, de Campinas (SP), mas acabou largando os gramados para estudar Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas, de onde também saiu pós-graduado em Marketing e Finanças.


“Só quem desistiu de ser jogador de futebol aos 14 anos sabe a frustração que é abandonar um sonho sem batalhar por ele”, diz. O acontecimento foi determinante para que ele aprendesse a não abrir mão dos seus sonhos dali para frente. E a energia que antes consumia correndo atrás da bola, Chaia canalizou para outra meta, a de tornar-se CEO antes dos 40 anos. Veja na entrevista a seguir a trajetória do executivo.

Dos gramados para o escritório 
Comecei minha carreira aos 14 anos. Eu tinha o desejo de ser jogador de futebol e acabei jogando no Guarani, na categoria juvenil. Depois tive que optar entre continuar estudando ou seguir com a carreira de jogador, e optei pelos estudos. Aí chegou o momento, quando estava com 20 anos, que pensei: “Puxa, o que vou fazer da vida?”. Porque eu queria ter sido jogador e isso gerou uma frustração. Mas transformei essa frustração em combustível para atingir outro objetivo. Coloquei na cabeça que queria ser presidente de uma empresa multinacional antes dos 40 anos. Aos 22, fiz um plano de ação para que eu atingisse essa meta. E deu certo. Aos 37 anos, me tornei presidente de uma multinacional (a Sodexho, em 1996).


Dinâmica do futebol e da empresa
A dinâmica do futebol me ajudou em muitas coisas dentro das empresas. Primeiro, a aprender que você precisa falar a língua do jogador, customizar a sua mensagem para gerar conexão e engajamento. Ou seja, ser extremamente simples, falar pouco, observar muito e traduzir essas observações específicas para esses jogadores e times. O futebol mostra que uma verdadeira equipe não é feita só de estrelas, pelo contrário, se você tem um time em que todo mundo quer ser centro-avante, a chance de você tomar uma goleada é muito grande. Às vezes, na hora de formar times, é muito importante que você tenha uma missão específica para cada um dos colaboradores, valorizando cada um, independente de ser o craque, o centro-avante, o médio-volante (que não aparece para a torcida, mas faz um trabalho de bastidor).  


Não abrir mão dos sonhos
Você não pode desistir, é muito importante ter sonhos e correr atrás deles. Hoje sou cheio de sonhos, posso até ir modificando e trabalhando esses sonhos ao longo da vida, mas não desisto deles. Só quem desistiu de ser jogador de futebol aos 14 anos sabe a frustração que é abandonar um sonho sem batalhar por ele. Eu aprendi que o mais importante nessa história não é você realizar o seu sonho, mas batalhar com energia, com alegria, com dedicação. Eu tenho cinco sonhos por ano que transformo em projetos e a cada dia avalio se estou cumprindo esses projetos. A cada trimestre faço uma autoavaliação de quanto caminhei e, no final do ano, faço uma avaliação de desempenho por escrito, até para que eu possa me redirecionar no próximo ano, se aquele continuar a ser um sonho meu.


Metas e meditação
Eu acredito muito na prática e na disciplina, porque se você faz a retrospectiva do ano, mas só deixa para pensar nos seus projetos no dia 31 de dezembro, a chance de você não os ter alcançado é brutal. Como eu não quero isso para mim, preciso ter certeza que eu estou aproveitando cada dia, me lembrando das minhas prioridades e fazendo algo em prol delas. Todo dia eu faço uma meditação de manhã e à noite, relembrando meus projetos para o ano. Eu coloco na minha mente que eu preciso correr atrás deles todo dia, num processo de autogerenciamento diário.


Vivência no ponto de venda 
Eu queria começar a minha carreira pelo Marketing, porque achava que essa área tinha viagens, coquetéis, jantares, apresentações, eu conheceria pessoas diferentes... Aí consegui um estágio na área, na Johnson&Johnson, e quando cheguei lá, muito feliz, me falaram que eu começaria como promotor de vendas e merchandising. Então eu, o “mauricinho” da GV que achava que ia conhecer as grandes cabeças do Marketing, comecei limpando xampu, abrindo caixas de fraldas, fazendo ilhas de merchandising, pendurando cartazes, fazendo a marcação dos preços. Eu aprendi a importância da transpiração: você faz ótima campanha de Marketing, mas, se ela não estiver bem executada no ponto de venda, a chance de dar certo é muito pequena.


Geração Y antes do tempo
Eu fiz uma engenharia reversa. Pensei, se eu quero chegar à presidência aos 40, tenho que ser diretor aos 33, gerente aos 27, supervisor aos 24 e entrar em uma empresa aos 22 ou 23 anos. Ao longo da minha caminhada, se não estivesse naquela determinada posição com a idade estipulada, tinha que mudar de empresa. Por isso a Nextel é minha oitava empresa. Acho que já era da Geração Y há 30 anos. Se eu visse que não ia chegar ao meu objetivo, já procurava outra empresa em que pudesse ser promovido ou estar mais próximo daquela posição, com aquela idade. Foi muito interessante porque em determinando momento eu vendia para o mercado e para os headhunters que estava construindo a minha carreira com uma visão generalista, mas a verdade é que eu tinha um foco e, se não fosse na empresa X, eu ia buscar a minha promoção em outro lugar, independentemente do segmento.


Competitividade
Eu era aquele profissional extremamente focado, extremamente carreirista, com ambições delineadas. Nunca puxei o tapete de ninguém, mas sempre fiz questão de demonstrar que estava mais bem preparado, que sabia mais de determinado assunto e sempre aproveitei uma oportunidade de demonstrar isso, fosse para o meu chefe, para o chefe do meu chefe, para os pares, mesmo em uma apresentação, ou chegando mais cedo que todo mundo para uma reunião, saindo mais tarde, até mesmo num jantar ou happy hour. Eu sempre fui extremamente competitivo. Em um determinado momento da minha carreira, vi que isso não era bom. Entendi que ao me tornar diretor aquelas pessoas que eram meus pares seriam meus colaboradores. Se eu fosse muito competitivo, elas não iam querer que eu fosse chefe e, conseqüentemente, a minha chance de impactar e gerar resultados seria menor. Eu aprendi a duras penas que eu tinha que mudar o meu modelo. O verdadeiro competitivo é aquele que faz os outros competirem bem. Hoje eu dedico uma boa parte do meu tempo e da minha energia em fazer as pessoas serem melhores.


Vida pessoal e profissional
Eu não acredito na separação entre vida profissional e vida pessoal, pelo contrário, toda vez que eu quis separar, no começo da minha carreira, eu aprendi que eu ficava devendo nas duas. Profissionalmente eu achava que não conseguia realizar todas as atividades do dia e pessoalmente eu não conseguia ter sido um bom pai, um bom marido e até um bom filho. Hoje eu tenho plena consciência que não existe vida profissional e nem vida pessoal, existe a vida. 



Osvaldo Aires Bade - Comentários Bem Roubados na "Socialização"

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